Relações conturbadas: como ficam os filhos após o divórcio?

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O divórcio é um desafio não apenas para o casal, mas também para os filhos envolvidos no processo, e pode acarretar em uma série de problemas para o convívio familiar.

O divórcio é o processo legal que dissolve o vínculo matrimonial entre duas pessoas. É uma decisão difícil e muitas vezes dolorosa, marcando o fim de um casamento ou união estável. O divórcio pode ser resultado de diversos fatores, como incompatibilidade, problemas de comunicação, infidelidade, abuso, divergências irreconciliáveis ou simplesmente a constatação de que o relacionamento não é mais saudável.

A separação pode ocorrer de maneira amigável, em que ambas as partes mantêm uma relação de amizade e resolvem seus conflitos sem recorrer a meios judiciais. Por outro lado, pode ser um processo mais difícil, caracterizado por intensas brigas, resultando em sentimentos de mágoa, tristeza e rancor. Além disso, é importante destacar que o divórcio afeta não apenas os cônjuges, mas também os filhos, a família e a rede de apoio envolvida. Pode ser um período emocionalmente desafiador, com sentimentos de tristeza, raiva, frustração e confusão.

Em muitos casos, como traz Amato (2000), o divórcio representa uma perda tanto para o casal, como para os filhos. A partir disso, acarreta em um desajustamento emocional e provoca sofrimentos para todos os envolvidos da família, principalmente quando o casal possui filhos menores.

Dessa forma, o divórcio se configura como sendo um processo complexo e longo, que traz diversas mudanças aos membros da família. Martins (2010) aborda o assunto ao dizer que mostra-se necessário um período de cerca de quatro anos para que todos os envolvidos consigam realizar os ajustamentos familiares apropriados após a separação.

Quando discutimos o divórcio, é comum que o foco esteja nos cônjuges, porém é essencial direcionar uma atenção especial às crianças e adolescentes, pois eles são mais propensos a desenvolver transtornos de ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos. Portanto, torna-se importante discorrer sobre os impactos causados pelo processo nos filhos envolvidos. O divórcio pode ter um resultado significativo, pois envolve uma grande mudança na estrutura familiar e na dinâmica do relacionamento dos pais. No entanto, é importante observar que o impacto varia de criança para criança, dependendo de vários fatores, como idade, personalidade, nível de apoio emocional e como os pais lidam com a situação.

Hetherington (2005) alega que crianças com temperamento mais fácil, responsáveis, inteligentes e socialmente sensíveis possuem mais probabilidade a uma adaptação positiva diante das mudanças no sistema familiar. Kelly e Emery (2003) relatam que fatores como a autoestima, habilidades cognitivas e independência da criança, juntamente com o apoio social, também estão correlacionados de maneira positiva com uma melhor adaptação infantil.

Além do mencionado anteriormente, existem outros fatores que também contribuem para uma adaptação melhor ou pior a essa mudança. Esses fatores incluem a frequência e qualidade do contato com o pai ou mãe não guardião, o ajuste psicológico e habilidades parentais do pai ou mãe guardião, o nível de conflito entre os pais após a separação ou divórcio, o nível de dificuldades socioeconômicas e a quantidade de eventos estressantes adicionais que afetam a vida familiar, como abordado por Souza (2000).

Os sintomas relacionados a essa mudança familiar podem ser observados tanto a curto quanto a longo prazo, abrangendo aspectos cognitivos, emocionais e/ou comportamentais, e podem se manifestar em diversos contextos, como o ambiente escolar e social. Torna-se normal observar que após passarem pelo fenômeno do divórcio, grande parte das crianças ou adolescentes enfrentam desafios emocionais e comportamentais. Esse acontecimento pode incluir sentimentos de tristeza, raiva, ressentimento, demandas excessivas, ansiedade, depressão, agressividade, culpa, baixa autoestima e dificuldades para lidar com a confusão e preocupações resultantes das mudanças nas relações familiares e em sua situação de vida, aborda Berger (2003).

Além disso, outro problema abordado pelos estudiosos é a nova dinâmica financeira do lar. A falta de recursos econômicos pode acarretar diversos problemas para a criança, como menor conforto, qualidade de vida e oportunidades de estudar em boas escolas. Além disso, os momentos de lazer e cultura podem se tornar raros, atividades essenciais para o desenvolvimento social e cognitivo da criança. Os pais também podem enfrentar alterações de humor e estresse devido à impossibilidade de prover os cuidados necessários para a criança.

De acordo com Amato e Keith (1991), é possível observar que, como resultado da separação dos pais, as crianças na fase da infância podem apresentar diversos impactos negativos, tais como baixo rendimento escolar, baixa competência social, redução do nível de autoestima e dificuldades de ajustamento psicológico. Além disso, os adolescentes podem manifestar comportamentos delinquentes, dificuldades de aprendizagem e até problemas de insônia.

Fonte: Imagem stevepb no Pixabay.

Imagem de contrato de casamento sendo cortado

Diante dessa nova dinâmica familiar, a maioria dos pais sente preocupação em relação ao impacto da separação e divórcio em seus filhos. No entanto, é comum que eles também estejam angustiados e perturbados com seus próprios problemas, o que faz com que estejam menos disponíveis e atentos, e, consequentemente, menos capazes de oferecer suporte e auxílio nessa fase. Como resultado, apresentam Almeida e Monteiro (2012), os filhos acabam expostos a diversas perturbações psicológicas, que podem variar em intensidade. É de se esperar, portanto, que essas crianças expressem insatisfação em relação às suas vidas.

Souza (2000) expressa a importância de fornecer informações claras por parte de ambos os pais é fundamental para que as crianças possam compreender e lidar com a separação. A falta de explicações sobre como será a vida dali em diante é um tema que parece causar grande sofrimento infantil. Muitas vezes, para muitas crianças, é muito cedo para compreender o significado prático dessa situação. Além das mudanças na estrutura e funcionamento da família, a criança também precisa lidar com alterações profundas em sua rotina diária, o que, por si só, é extremamente doloroso e difícil, mesmo para um adulto.

Existe, ainda, o divórcio conflituoso, caracterizado por Glasserman (1989), como sendo destrutivo. Segundo a autora, nesse tipo de divórcio, a relação entre os ex-cônjuges é marcada por constantes conflitos, caracterizados por brigas contínuas com o objetivo de preservar a união. Além disso, há dificuldades no cuidado com os filhos, uma necessidade de ganhar e desvalorizar a imagem do outro, bem como a presença de intermediários litigantes, como membros da família extensa, profissionais da saúde, da escola e do sistema judicial, entre outros.

A cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aborda uma variedade de temas relacionados ao divórcio dos pais, oferecendo contribuições e dicas para a implementação de medidas que minimizem o impacto nos filhos durante e após o divórcio. O CNJ (2015) destaca que após o divórcio, é comum que os pais adotem comportamentos prejudiciais para os filhos. Isso inclui falar mal um do outro na frente das crianças, usar os filhos como mensageiros ou espiões, discutir na presença deles e dificultar o contato com o outro pai/mãe. Essas atitudes causam ansiedade, estresse, tristeza e prejudicam o desenvolvimento emocional dos filhos.

De acordo com o CNJ (2015), é comum que os pais tenham a percepção de que o divórcio é um problema apenas deles e não dos filhos. No entanto, o divórcio afeta também as crianças e os adolescentes, resultando em grandes mudanças, tais como a perda ou redução da disponibilidade de um dos pais, a queda no padrão de vida, alterações na residência, escola, vizinhança e amizades, o novo casamento de um ou ambos os pais, além do processo de adaptação aos novos membros da família.

As consequências dessas mudanças podem perdurar até a vida adulta, e até mesmo resultar em traumas que podem surgir anos depois. Portanto, é crucial lidar com o divórcio na presença dos filhos com cautela e sensibilidade. Os pais devem orientá-los e explicar as mudanças que acontecerão na vida de todos, além de evitar ao máximo discussões na frente das crianças e adolescentes. É fundamental proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para ajudá-los a lidar com as transformações decorrentes do divórcio.

No contexto jurídico, é fundamental que os profissionais que lidam com essas famílias priorizem o bem-estar das crianças e adolescentes envolvidos. Nesse sentido, é necessário dar ênfase aos papéis parentais em detrimento dos papéis conjugais, especialmente em casos nos quais o divórcio se apresenta como um fenômeno destrutivo ao sistema e causador de sofrimento aos filhos envolvidos.

O apoio aos filhos de pais separados/divorciados representa um desafio para os profissionais de saúde mental, uma vez que essa área de intervenção tem enfrentado um aumento significativo de demanda devido ao crescimento das taxas de divórcio observadas nos últimos anos. A literatura tem evidenciado a importância e os benefícios do suporte emocional e psicológico oferecido a crianças e adolescentes que enfrentam dificuldades significativas ao lidar com a separação ou o divórcio de seus pais.

A infância é um período único na vida das pessoas, e deve ser vivido de maneira tranquila e feliz. A saúde mental da criança está diretamente relacionada ao bem-estar dos pais e à qualidade do relacionamento entre eles. Se ela crescer em uma família com conflitos conjugais, corre o risco de absorver o sofrimento do casal sem compreender claramente os motivos que levaram a essa situação. Isso pode prejudicar o desenvolvimento social, emocional e mental da criança, causando traumas que podem perdurar até a vida adulta.

Não é o divórcio em si que causa danos aos membros da família. Seria igualmente prejudicial para as crianças se o casal adiasse a separação em prol delas, mas não fosse capaz de manter uma amizade saudável. O divórcio é melhor compreendido pelos filhos quando os pais conseguem conduzi-lo de forma amigável.

É responsabilidade dos pais ou pessoas próximas da família estarem atentos às mudanças de comportamento ou outros problemas que podem ser causados pelo divórcio. Além disso, os pais devem ser capazes de separar as questões matrimoniais da relação entre os genitores e os filhos, evitando envolver as crianças nos desentendimentos do casal separado.

 

Referências:

ALMEIDA, N.; MONTEIRO, S. Os meus Pais já não Vivem Juntos. Intervenção em Grupo com Crianças e Jovens de Pais Divorciados. Comunicação apresentada no 1º Congresso da OPP: Afirmar Psicólogos, Lisboa, 2012.

AMATO, P. As consequências do divórcio para adultos e crianças. Journal of Marriage and Family, v. 62, p. 1269-1287, 2000.

BERGER, M. A criança e o sofrimento da separação. 2. ed. Lisboa: Climepsi, 2003.

HETHERINGTON, E. Divórcio e ajustamento de crianças. Pediatrics Review, v. 26, n. 5, p. 163-169, 2005.

KELLY, J.; EMERY, R. Ajustamento das crianças após o divórcio: perspectivas de risco e resiliência. Relações Familiares, v. 52, n. 4, p. 352-362, 2003.

MARTINS, A. Impacto do Divórcio Parental no Comportamento dos Filhos. Factores que contribuem para uma melhor adaptação. Implicações Médico-Legais. Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Porto, 2010.

SILVA, L. Boas Práticas dos Programas Psicoeducacionais para Pais Separados/Divorciados. Dissertação de Mestrado (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde/ Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa). Universidade de Lisboa, Lisboa, 2012.

SOUZA,  Rosane  Mantilla.  Depois  que  papai  e  mamãe  se  separaram:  um  relato  dos  filhos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. São Paulo, 2000, vol. 16. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v16n3/4807.pdf>. Acesso em: 15 set. 2012.

SOUZA, R. Grupos de Apoio para Filhos de Pais Separados e Divorciados. Iberpsicología: Revista Eletrônica da Federação Espanhola de Associações de Psicologia, v. 10, n. 2, p. 579-599, 2005.

 

 

 

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A importância do psicólogo em processos de divórcio e guarda

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No mundo jurídico é comum ser dito que uma das formas mais antigas de contrato é a marital, a união de pessoas para a constituição de uma família e um novo lar é algo tão antigo quanto à própria humanidade. Um ponto importante é que desde o início deste tipo de relacionamento, a intenção era que durasse para toda vida – seja de forma monogâmica ou poligâmica – e aqueles seres ficariam unidos até suas respectivas mortes.

Fonte: l1nq.com/HIkz1

Porém, mesmo na antiguidade já existia a figura do divórcio, apesar de ser uma prática pouco apoiada pelos povos de outrora.

Nos tempos modernos, tanto o conceito de família quanto da própria sociedade sofreu alterações, descobriu-se um vasto campo do saber e dos cuidados mental, e, dentro destas descobertas, notou-se que nas situações de divórcios, o emocional daqueles envolvidos sofria drasticamente com a separação consensual e litigiosa.

É de amplo conhecimento social que o estado emocional de um indivíduo é capaz de ditar os rumos de sua sociabilidade, impactar o seu desempenho profissional, podendo chegar aos extremos de causar danos a sua integridade física se não for devidamente acompanhada e tratada por profissional capacitado.

Fonte: l1nq.com/OvuoU

Nos casos de divórcios há o rompimento afetuoso, há o desgaste do próprio litigio, há ainda toda aquela “lavação de roupa” entre os envolvidos, isso quando não há a presença de filhos no processo.

Infelizmente, os processos que envolvem divórcio e guarda de filhos menores são compostos por fatídicos episódios de alienação parental, agressões, abusos físicos e psicológicos.

Fonte: l1nq.com/G2ogQ

Com isto, além de um excelente profissional do direito, é necessário escolher, para um prosseguimento sadio da vida, um psicólogo capacitado no desenvolvimento de seu trabalho para amenizar e tornar suportável e sem traumas profundos esse momento tão angustiante que é o divórcio.

Um divórcio humanizado, com apoio emocional capacitado, pode evitar traumas e tragédias na vida dos envolvidos, bem como proporcionar um desenvolvimento saudável, mesmo com a separação dos pais, para o filho do ex-casal.

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Em meio à pandemia, registros de divórcios no Tocantins caem 28,8%

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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de divórcios concedidos no Tocantins caiu 28,8%, em 2020, na comparação com o ano anterior. Em 2019, essa queda havia sido de 5,8%, interrompendo dois anos consecutivos de crescimento. Com a retração, foram realizados 2.362 divórcios no estado, o menor número da série história desde 2010. O levantamento divulgado nesta sexta-feira, 18, faz parte das Estatísticas do Registro Civil e complementa as informações publicadas em novembro do ano passado.
No Brasil, 331,2 mil divórcios foram concedidos em 2020, uma queda de 13,6% na comparação com o ano anterior. “Essa queda expressiva pode ser explicada pelas dificuldades na coleta dos dados por causa do sistema de trabalho remoto adotado durante a pandemia. Também não há certeza de que a produção de sentenças dentro das varas continuou a mesma com o isolamento social. Muitos processos podem ter sofrido atrasos nesse período, o que pode ter ajudado a reduzir o número de divórcios em 2020. Foi um ano atípico”, explicou a gerente das Estatísticas do Registro Civil, Klívia Brayner. As dificuldades na coleta também justificam o adiamento da divulgação dos dados relativos aos divórcios.
Do total de 2.362 divórcios registrados no Tocantins, em 2020, 1.702 foram concedidos por via judicial e 660, por via extrajudicial. Enquanto os divórcios judiciais tiveram queda de 34% em um ano, os extrajudiciais, ou seja, aqueles feitos em cartórios, recuaram apenas 9,7%. Para a gerente da pesquisa, algumas pessoas podem ter procurado os cartórios pelas dificuldades no acesso às varas judiciais durante a pandemia. Mas nem todos os divórcios podem ser feitos pela via administrativa. Há critérios para que as separações extrajudiciais aconteçam.
Fonte: encr.pw/Er5qM
De acordo com a pesquisa, no Tocantins, a idade média do homem ao se divorciar era de 43.7 anos e das mulheres 39.6 anos. Quase metade (48,9%) dos casamentos que acabaram em divórcio em 2020 tinha menos de dez anos. É um aumento significativo em relação a 2010, quando essa proporção era de 29,9%. “Isso indica que os casamentos têm durado menos. Em alguns lugares duram mais, como no Sul. Mas na maioria das regiões, observando-se pela série histórica, é perceptível o aumento do percentual dos casamentos que acabam antes dos dez anos. É uma mudança cultural, de costumes e de valores”, observou Klívia.
Além da diminuição no tempo entre a data do casamento e a da separação, o percentual de divórcios entre pessoas com filhos menores de idade tem crescido. Em 2020, mais da metade dos divórcios judiciais (55,8%) ocorreu entre pessoas que tinham filhos menores. Já o percentual de divórcios entre cônjuges sem filhos aumentou de 19,5%, em 2010, para 26,7%, em 2020.
A responsabilidade pela guarda dos filhos é outro ponto levantado pela pesquisa.  Entre 2014 e 2020, houve aumento de 7,6% para 31,9% na proporção de divórcios com a guarda compartilhada, no Tocantins. Em 2014, a lei 13.058 determinou que essa modalidade de guarda deve ser padrão, a menos que um dos pais abra mão ou que não tenha condições de exercê-la.
Cenário nacional
O estado de São Paulo (30,8%), seguido por Minas Gerais (12%) e Rio de Janeiro (9,5%) registraram os maiores números de divórcios concedidos em primeira instância ou por escritura, em 2020. Tocantins apresentou o quinto menor índice (0,7%). No ranking da Região Norte, o estado ficou em quarto lugar.
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Por que é comum a mulher levar a culpa pelo fracasso da relação?

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Eu começo este post pedindo desculpa a mim mesma e a todas as mulheres que já julguei e culpei pelo fracasso de uma relação hétero amorosa. Nesta semana a cantora Luísa Sonza e o humorista Whindersson Nunes se separaram. Os 2 fizeram um texto anunciando o término e postaram em suas redes sociais. No mesmo momento um amontoado de pessoas foram até a conta de Luísa responsabiliza-la pelo termino e a acusaram de nunca ter amado o humorista. Da mesma forma, foram na conta do Whindersson, mas desta vez para falar que ele teve foi um livramento. Isto nos mostra que em uma sociedade com práticas machista, a mulher ainda leva a culpa pelo fracasso de uma relação.

Mesmo quando o homem age de má fé e não respeita a parceira com quem está, a mulher é responsabilizada (não estou falando do humorista). Quem nunca ouviu os  seguintes julgamentos: ¨ela não se dedicava tanto ao marido¨; ¨trabalha fora e esqueceu de cuidar da casa¨; ¨ele traiu porque ela não dava a merecida atenção¨; ¨ela se casou só por causa do dinheiro¨; ¨ela era dramática demais¨; ¨também, ninguém aguenta aquela mulher histérica¨; etc. Toda está dinâmica coloca o homem num lugar de vítima e responsabiliza apenas uma parte, sendo que a relação é construída por 2. Ninguém constrói uma relação sozinho.

Numa relação os 2 erram e os acertam. Não existe apenas um culpado. Porém, as mulheres ainda são atreladas a um estereótipo imaginário de maternidade, afeto, carinho, feminilidade, delicadeza, ou seja, a famosa ¨ bela, recatada e do lar¨. Se a mulher desvia deste padrão, é comum ser taxada como rebelde. Como consequência, é comum que a mulher feminista esteja sempre experimentando a solidão e/ou tendo casos curtos, e nem sempre isto é uma escolha. Muitos homens não estão preparados para ir contra algo que lhes favorece e ir para um local que considerado como frágil (para muitos). Desta forma é mais confortável colocar toda a culpa de seu despreparo na mulher feminista que busca independência do patriarcado. E infelizmente ainda me deparo com estereótipos do tipo: mulher para casar e mulher para ficar. Em qual estereótipo você acha que a mulher feminista se encaixa?

No patriarcado o homem é o provedor, e muitos estranham quando uma mulher ganha mais ou não precisa mais ser sustentada pelo homem, obtendo sucesso profissional. Haters julgaram Luísa de usar o humorista apenas para crescer profissionalmente. Estas pessoas não conseguem enxergar que ambos cresceram de forma profissional e pessoal quando estavam juntos. E assim acontece em muitas relações, onde a mulher é taxada como interesseira/aproveitadora, mas a relação amorosa é uma troca, de afeto, de tempo, de cuidado, de experiências e de aprendizados.

Outro ponto que me chamou a atenção foi o fato de internautas procurarem postagens em que Luísa declarava amor eterno, para dilacerar ódio e mensurar o amor da cantora. As pessoas precisam entender que toda separação tem suas dores e que não é nada comum alguém casar já pensando na separação e é natural quando se está tendo uma boa troca amorosa com alguém, desejar esta boa sensação para sempre. Afinal, na vida queremos o que nos faz bem, mas o mundo muda, as relações mudam e nós mudamos juntos. O que nos fez feliz ano passado, este ano pode deixar de fazer sentido e isto não invalida a veracidade do que foi sentido ano passado.

Assim como o amor é construído, a falta de amor também é uma construção. Algumas vezes ambos perdem o interesse, outras vezes acontece de forma unilateral. Assim como quem descobre que não é mais amado, quem deixou de amar também sofre. Quem deixou de amar também perdeu um amor. E se Luísa, Ana, Rosa ou Maria amou e deixou de amar, quem somos nós para mensurar e duvidar do amor de alguém?

Devido este contexto, depois do termino de uma relação, muitas mulheres aprendem a conviver com a culpa. E esta culpa carrega toda uma história que nos acompanha de maneira consciente e inconsciente. É comum ver a representação submissa da mulher em romances, lendas, mitologias, poemas, fatos históricos, filmes e textos bíblicos. Ir contra tudo isto, ter e exigir o poder de escolha se torna um grande peso. No entanto, aos poucos vamos nos fortalecendo. Seja uma mulher que fortalece a outra. Nós não somos as únicas culpadas quando algo dá errado em nossos relacionamentos, cada um tem sua parcela de culpa.

Não se responsabilize e carregue sozinha o peso de uma culpa que não é só sua. Perdoe o outro e se perdoe também!

Obs: Foi realmente triste ver que grande parte das críticas que Luísa recebeu foram feitas por mulheres. Não é só o homem que tem práticas machistas, a mulher também tem. A desconstrução do machismo precisa ser abraçada por ambos os sexos. Todo dia é um novo aprendizado e uma nova tomada de consciência.

Prints feitos no perfil do Instagram de Luísa 

 

Prints feitos no perfil do Instagram de Whindersson

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Manipulação psicológica: Alienação Parental

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‘’Até que a morte nos separe’’, hoje vem sida cada vez mais abolida dos casamentos, onde o aumento de separações tem crescido gradativamente em nosso país. Fator sociocultural vem influenciando essa atitude, que infelizmente vem afetando as estruturas familiares. O divorcio dos pais acabam gerando efeitos de culpa, desamparo e abandono tanto em crianças como em adolescentes.

Pelo fato de ocorrer muitas mudanças na estrutura e na rotina familiar, o divorcio acaba-se tornando um evento estressante para todos os presentes do momento, não só para o casal. Pelo fato de sermos biopsicossociais diversos fatores devem ser estudados em um adolescente que passa por essa situação, que é presenciar o divorcio dos pais.

Os temperamentos dos adolescentes que passam por situações assim acabam sofrendo uma alteração como: começar a conviver com comportamentos de risco, uso de drogas, álcool e podendo até ter seu rendimento escolar afetado.

Fonte: encurtador.com.br/jGRTU

De acordo com um estudo comparativo de Dunlop et al. (2001, a autoestima do adolescente está associada a um alto cuidado parental, sem que isso signifique um controle excessivo por parte dos pais, visto que aquele necessita também de autonomia e individuação. Filhos de casais que tiveram um rompimento com complicações normalmente tem um sentimento de revolta, seja pela ausência do pai ou pela ausência da mãe.

Um dos maiores problemas de ajustamento do adolescente á separação é o alienação parental, onde uns dos cônjuges motivados por rancores e mágoas acabam utilizando o próprio filho como instrumento de vingança seja consciente ou inconsciente, o que acaba influenciando a ‘’escolha’’ de um dos pais. Hoje esse tipo de atitude já é considerado crime.

A separação nem sempre é má aceita por parte dos filhos, muita já tem consciência de que a relação dos pais não estava estável como antes. Por ser uma situação delicada, não se pode falar que todos terão a mesma reação, alguns podem ser mais próximos dos pais, já outros não. Varia muito do contexto familiar. É necessário apoio, limites e cuidados, ou seja, se preza pela natureza das relações entre pais e filhos e pós-separação se preze a continuidade desses laços.

Fonte: encurtador.com.br/ajrG2
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“Namorados para sempre” e a crise do casamento contemporâneo

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Trata-se de um filme forte, que mostra o atual panorama da família média do Ocidente

Blue Valentine (em tradução aproximada seria “dia dos namorados deprê”, mas no Brasil recebeu o nome de “Namorados para Sempre”) é um filme norte-americano que aborda as dificuldades e a crise porque passa as famílias contemporâneas ocidentais, a partir do perfil médio de uma família norte-americana. A estória se passa entre Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling), quando se conhecem por acaso numa casa de cuidados para idosos e apaixonam-se e depois, passados cinco anos de casamento, a relação se esgota (o texto à frente contém spoiler).

Na trama dá para perceber perfeitamente os resultados do momento histórico levantado por Bauman (2004) e Birman (2016), além de Baptista e Teodoro (2012), onde o princípio da liberdade – que por muito tempo foi negligenciado aos casais – passa a suprimir a perspectiva da segurança, fazendo com que nenhuma instituição garanta a mediação dos conflitos entre os casais e, desta forma, possibilite a manutenção do relacionamento. Neste contexto, cabe apenas ao casal (ou a uma das partes, já que a liberdade individual não pode ser suplantada, neste paradigma) decidir ou não pela manutenção do relacionamento.

O que ocorre com Cindy e Dean, de acordo com o roteiro, é uma constante tentativa de Dean desenvolver um diálogo, e o mesmo é rechaçado por Cindy (numa dinâmica de incomunicabilidade e reações hostis que, por vezes, são mútuas), que num processo de regressão (na linguagem psicanalítica), acaba por embrenhar-se numa constante reminiscência do passado, saudosa do período em que era cortejada por dois jovens rapazes. No entanto, nesta estória não há vilões ou mocinhos. Apesar da filha do casal ter uma maior ligação afetiva com Dean, este por sua vez parece não ter se desenvolvido ao mesmo compasso que a esposa, mantendo uma dinâmica cotidiana que beira à eterna jovialidade, o que parece ter ocasionado um transbordamento de ressentimento na esposa que, como mecanismo de defesa, fechou-se para o diálogo.

Fonte: encurtador.com.br/rvAH2

Na segunda metade do filme, dá para perceber que a roteirização recai para Cindy a escolha pela ascensão profissional como primeiro plano – inclusive este é um objeto de tensão inicial do caso, sendo que Cindy é apontada como a mulher com potencial futuro, pela educação, e Dean aparece como o homem mediano, destinado ao trabalho braçal –, o que pode ter colaborado para a corrosão do relacionamento e posterior rejeição da mesma ao marido, naquilo de Fromm (1960) aponta como falha no processo de transformação dos impulsos passionais em amor maduro (passando por um longo processo de percepção do outro pelo viés da compaixão). Provavelmente a personagem ficou fixada num ideal de paixão duradoura, um up constante nos modos de interação marital, que tanto Baptista e Teodoro (2012) quanto Von Franz (1981) dizem ser impossível ocorrer por muito tempo, sendo necessária a conscientização do casal para a chegada de um período de marasmo.

No mais, a filha é apresentada como objeto de jogatina. Embora Dean pareça ter mais empatia por ela, também a usa como desculpa para tentar chantagear a esposa, na busca de debelá-la do pedido de divórcio. No entanto, ele, Dean, é o que mais se aproxima do que Baptista e Teodoro (Idem) comentam sobre o ideal de relacionamento, onde o narcisismo e as vontades pessoais, muitas vezes, devem ser deixados momentaneamente de lado, pelo bem da coesão familiar. No mais, a criança apresenta estar numa faixa etária entre 5 e 7 anos, já compreende o que vem ocorrendo entre os pais e sofre muito com o processo. Isso fica claro, sobretudo, na cena final do filme, quando Dean se despede da mesma e esta entra em desespero.

Fonte: encurtador.com.br/blyKU

Sabe-se que, na literatura especializada em relações familiares, esta criança pode carregar a culpa pela separação dos pais, além de quase sempre desenvolver hábitos nervosos, o que irá se arrastar por um longo período de sua vida. Além disso, já têm possibilidade de culpar os dois ou um dos genitores pela separação, dependendo da forma como encaram o processo ou se, eventualmente, serão ou não expostas à alienação parental.

Blue Valentine é um filme forte, que mostra o atual panorama da família média do Ocidente. Deve ser assistido com coração aberto, pois pode mexer com as emoções dos expectadores. Como poucos, é um longa que denuncia a crise nas famílias, crise esta gerada pela instabilidade das instituições mediadoras e pelo princípio da liberdade individual, cuja combinação eclodiu num modelo de relacionamento que, ao que parece, ainda não encontrou um equilíbrio mínimo.

Divórcio – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – compilados pela Agência Brasil, o Brasil registrou 1.095.535 casamentos civis em 2016, dos quais 1.090.181 entre pessoas de sexos diferentes e 5.354 entre pessoas do mesmo sexo. Estes números apontam para uma queda de 3,7% no total de casamentos em relação a 2015. Já em relação ao número de divórcios a pesquisa apurou um aumento. Foram concedidos 344.526 divórcios em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, o que corresponde a um acréscimo de 4,7% em relação a 2015, quando foram registrados 328.960 divórcios. Esta realidade impacta sobremaneira a saúde mental dos filhos, cuja percepção sobre o fenômeno varia de acordo com a faixa etária.

Fonte: encurtador.com.br/clnwO

Ainda de acordo com o IBGE, em média, o homem se divorcia mais velho que a mulher, com 43 anos dele contra 40 dela. No Brasil, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio é de 15 anos. A maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias constituídas somente com filhos menores de idade (47,5%) e em famílias sem filhos (27,2%). A guarda dos filhos menores é ainda predominantemente da mãe e passou de 78,8% em 2015 para 74,4% em 2016. A guarda compartilhada aumentou de 12,9% em 2015 para 16,9% no ano passado. (Com informações do IBGE e da Agência Brasil)

FICHA TÉCNICA
BLUE VALENTINE

Fonte: encurtador.com.br/bkmBH

Diretor: Derek Cianfrance
Elenco: : 
Ryan Gosling, Michelle Williams, Mike Vogel
Gênero:
Romance/Drama
Ano:
2010

Referências:

BAUMAN, Zigmund. Amor Líquido. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2004.

BAPTISTA, M. N., & TEODORO, M. L. M. (Orgs.) (2012). Psicologia de família: Teoria, avaliação e intervenção. Porto Alegre, RS: Artmed.

BIRMAN, Joel. Mal-estar na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

FROMM, Eric. A arte de amar. Rio de Janeiro: Editora Itatiaia,1960.

Resenha Blue Valentine. Disponível em <: https://omelete.com.br/filmes/criticas/namorados-para-sempre/?key=57649 >. Acesso em 14/05/2018.

VON FRANZ, Marie Louise. Puer Aeternus. São Paulo: Paulus Editora, 1992.

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Disciplina de Relações familiares problematiza fenômeno do divórcio

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – compilados pela Agência Brasil, o país registrou 1.095.535 casamentos civis em 2016, dos quais 1.090.181 entre pessoas de sexos diferentes e 5.354 entre pessoas do mesmo sexo. Estes números apontam para uma queda de 3,7% no total de casamentos em relação a 2015. Já em relação ao número de divórcios a pesquisa apurou um aumento. Foram concedidos 344.526 divórcios em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, o que corresponde a um acréscimo de 4,7% em relação a 2015, quando foram registrados 328.960 divórcios.

Esta realidade impacta sobremaneira a saúde mental dos filhos, cuja percepção sobre o fenômeno varia de acordo com a faixa etária. E foi sobre este tema que a disciplina de Relações Familiares, ministrada pela profa. Msc. Cristina Filipakis, se debruçou nas últimas semanas, numa ação que visa conscientizar os acadêmicos de Psicologia da importância de se inteirar sobre as configurações familiares, tendo em vista que esta demanda é uma das mais emergentes na clínica psicológica.

Fonte: encurtador.com.br/mqSV9

De acordo com Cristina Filipakis, os autores e textos trabalhados em sala de aula – a maioria da Teoria Sistêmica e da Psicanálise – têm um olhar aguçado sobre a questão, apontando para os desdobramentos psicológicos decorrentes da fragmentação da estrutura familiar e parental, evento que irá impactar sobremaneira a subjetividade de todos os envolvidos, mas, sobretudo, dos filhos destes casais separados, cuja percepção varia de acordo com a faixa etária. “Neste contexto, o psicólogo tem que se municiar de dados, técnicas e formas de intervenção para lidar com o cenário”, afirma Cristina.

Ainda de acordo com o IBGE, em média, o homem se divorcia mais velho que a mulher, com 43 anos dele contra 40 dela. No Brasil, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio é de 15 anos. A maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias constituídas somente com filhos menores de idade (47,5%) e em famílias sem filhos (27,2%). A guarda dos filhos menores é ainda predominantemente da mãe e passou de 78,8% em 2015 para 74,4% em 2016. A guarda compartilhada aumentou de 12,9% em 2015 para 16,9% no ano passado. (Com informações do IBGE e da Agência Brasil)

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Número de divórcios volta a crescer após três anos consecutivos em queda

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Índice monitorado pelos cartórios de notas registrou alta de 2,5% em todo o Brasil

São Paulo, 16 de abril de 2018  De acordo com o último levantamento do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), entidade que congrega os cartórios de notas paulistas, os tabelionatos de notas de todo o País lavraram 69.926 divórcios extrajudiciais em 2017.

O número é 2,5% superior ao total registrado no mesmo período do ano anterior (2016), quando foram lavrados 68.232 atos da mesma natureza. Segundo o CNB/SP, esta é a primeira alta no número de divórcios extrajudiciais em todo o Brasil após três anos consecutivos em queda: 2016 (-1,3%), 2015 (-2,3%) e 2014 (-0,4%).

“Antes da aprovação da Lei 11.441/07, que normatizou a realização de divórcio extrajudicial, e, principalmente após a Emenda Constitucional 66, em 2010, que facilitou ainda mais a separação, havia um número represado de casais que desejavam se divorciar. Agora é normal que se estabilize ou diminua. Como podemos analisar, houve uma variação positiva, mas nada que saia da curva do normal”, afirma Andrey Guimarães Duarte, presidente do CNB/SP.

São Paulo foi o estado que mais lavrou divórcios em 2017, com 17.269, número maior que os 16.998 computados em 2016. O aumento representa variação de 2% no intervalo analisado. O estado paulista é seguido, respectivamente por Paraná e Minas Gerais.

A mesma tendência se repetiu na capital paulista, que registrou uma das maiores altas do País. Foram lavrados na cidade 5.882 divórcios em 2017, aumento de aproximadamente 9% frente aos 5.361 atos da mesma natureza realizados em 2016.

Mais rápido, sem burocracia

Nos cartórios de notas, os procedimentos são realizados de forma ágil e com a mesma segurança jurídica do Judiciário. Se não houver bens a partilhar, um divórcio pode ser resolvido em poucas horas, caso as partes apresentem todos os documentos necessários para a prática do ato e estejam assessoradas por um advogado.

Podem se divorciar em um tabelionato de notas os casais sem filhos menores ou incapazes e também aqueles com filhos menores em que questões como pensão, guarda e visitas estejam previamente resolvidas no âmbito judicial. Também é necessário que não exista litígio entre o casal.

“Os divórcios em cartório são feitos de forma rápida, simples e segura pelo tabelião de notas. O CNB/SP ressalta que mesmo os casais que já tenham processo judicial em andamento podem desistir dessa via e optar por praticar o ato por meio de escritura pública em cartório, quando preenchidos os requisitos da lei”, pondera Andrey.

O que é o Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo?

O Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP) é a entidade de classe que representa institucionalmente os tabeliães de notas do estado de São Paulo. As seccionais dos Colégios Notariais de cada Estado estão reunidas em um Conselho Federal (CNB/CF), que é filiado à União Internacional do Notariado (UINL). A UINL é uma entidade não governamental que reúne 87 países e representa o notariado mundial existente em mais de 100 nações, correspondentes a 2/3 da população global e 60% do PIB mundial.

Para saber mais: www.cnbsp.org.br.

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