Desafios adicionais na gravidez de mulheres autistas e implicações relacionadas à saúde mental

Compartilhe este conteúdo:

A gravidez é para todas as mulheres um período de grandes mudanças emocionais e físicas. No entanto, para algumas mulheres este período pode ser bem mais desafiador devido a algum transtorno mental ou do desenvolvimento.

O TEA – Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno do neurodesenvolvimento complexo e multifatorial, e suas causas ainda não são completamente compreendidas. Conforme a CID-11, o Transtorno é caracterizado por prejuízo na interação social, comunicação e comportamento, interesses e atividades restritos, repetitivos e estereotipados.

Estudos apontam que no mundo, 1 a cada 100 crianças tem autismo. Também mencionam que há uma proporção maior de casos entre meninos: 1 menina a cada 4 meninos. Nas mulheres, o transtorno tende a ser subdiagnosticados visto que os sintomas nelas são diferentes e, passam despercebidos pois na puberdade elas passam a praticar o “Masking”, que se trata de um comportamento de camuflagem dos sintomas, visando esconder suas dificuldades. Assim, a maior parte das mulheres costuma receber o diagnóstico de TEA quando adulta e durante ou após a maternidade.

                                                                                                                                             Fonte: Pixabay

A maior parte das mulheres costuma receber o diagnóstico de TEA quando adulta e durante ou após a maternidade

Mulheres que estão no espectro do transtorno podem apresentar muitos complicadores no período da gravidez devido a apresentarem características como:

  • Maior sensibilidade sensorial – São muito mais sensíveis a estímulos como som, cheiros, texturas, luz. As idas ao laboratório e ao médico tornam-se um grande problema, pois muitas são extremamente sensíveis ao toque e desta forma coisas como o tão sonhado momento de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento do bebê ou as desejadas mexidas do bebê na barriga podem se tornar um pesadelo.
  • Problemas em relação a mudança de rotina – Normalmente os autistas necessitam de previsibilidade no seu dia a dia e as idas constantes ao médico e laboratório, bem como os ajustes nas atividades diárias podem se tornar um incômodo;
  • Incômodo com a interação social e a comunicação excessiva – Grávidas autistas podem ter dificuldades com a interação com profissionais de saúde o que gera por vezes ansiedade e pode necessitar de informações concisas e de um profissional mais atento e sensível às suas necessidades;
  • Níveis altos de ansiedade e estresse – Devido ao excesso de preocupações sobre o parto, os cuidados consigo e com a criança, as mudanças na rotina ou a falta dela nos primeiros meses;
  • Mudanças corporais – Podem apresentar dificuldade em aceitar e entender as mudanças que ocorrem no corpo e ter sua autoestima e autoimagem afetadas.

Além destas questões citadas acima, ainda há a presença de outros fatores de risco como: anormalidades estruturais cerebrais com diferentes causas e disfunção fisiológica e bioquímica; Epilepsia e TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Depressão, Transtornos Afetivos Bipolar, Ansiedade e transtornos somáticos.    

                                                                                                                          

                                                                                                                    Fonte: Pixabay

O uso de drogas psicotrópicas e antiepilépticas durante a gravidez está associado a desfechos adversos

Um agravante em relação às grávidas que estão no espectro é que frequentemente são tratadas com drogas psicotrópicas e antiepilépticas e o uso destes medicamentos durante a gravidez está associado a desfechos adversos, como parto prematuro e cesáreo, aumento do risco de pré-eclâmpsia, peso anormal do bebê no nascimento e má adaptação neonatal.

Precisamos lembrar que cada mulher autista é única e que o TEA se manifesta de maneiras diferentes em cada uma delas.  Sendo assim, o desenvolvimento e experiências que envolvem a gravidez sofrerão influências individuais. O importante é que em sua individualidade, cada gestante obtenha atenção e apoio, bem como acesso a tratamento da saúde física e emocional garantindo o seu bem-estar e do bebê. Vale ressaltar que é de suma importância que sejam acompanhadas por profissionais de saúde que estejam atentos às necessidades específicas e que possam ajudar a promover uma gravidez mais positiva e tranquila, bem como avaliar o custo-benefício e adequação do uso de medicações psiquiátricas durante a gestação.

                                                                                                                                               Fonte: Pixabay

O Pré-natal psicológico é uma ferramenta extremamente necessária, pois auxilia a grávida a lidar com as mudanças e desafios da gestação

O Pré-natal psicológico torna-se uma ferramenta extremamente necessária, pois auxilia a grávida a lidar com as mudanças e desafios da gestação e a entender suas particularidades como alguém que está no espectro. Ele atua de forma preventiva e visa a promoção da saúde mental materna durante toda a gestação, no pós-parto ou puerpério. Pode ser realizado de forma individual ou em encontros grupais conduzidos por um psicólogo, podendo contar com uma equipe interdisciplinar. Tem caráter psicoeducativo e psicoterapêutico e visa desenvolver juntamente a gestante recursos e estratégias para lidar com suas emoções, comportamentos e dificuldades em relação ao medo, a ansiedade, as questões sensoriais e sua comunicação, dentre outras demandas.

No Brasil, temos o projeto de lei nº 2603/2022 que institui o programa de acompanhamento pré-natal e pós-parto no caso de gestante com transtorno do espectro autista – TEA em âmbito Federal. No projeto de lei, em seu artigo 2º diz que toda gestante no transtorno do espectro autista será considerada de alto risco e será atendida pela Atenção Secundária, com vistas a reduzir a taxa de mortalidade materna e infantil facilitando o diagnóstico e acompanhamento.

Sabemos que durante o período gestacional a mulher necessita de apoio e compreensão. No caso das autistas e devido as particularidades de seu transtorno vemos que este apoio e compreensão são redobrados.

 Pesquisadores tem contribuído através de seus estudos para que haja cada vez mais a adoção de políticas e práticas de saúde e assistência social, visando um maior acesso à informação e recursos que possam ajudar as mulheres grávidas que estão no espectro a vencer suas dificuldades nesta fase de suas vidas.

 

Referências:

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Camara.leg, 2022. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2335612. Acesso em 23 de outubro de 2023.

MULHERES AUTISTAS: GRAVIDEZ E PARTO. Instituto Inclusão Brasil, 2022. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/mulheres-autistas-gravidez-e-parto/#:~:text=As%20dificuldades%20com%20sensibilidade%20aumentada,indu%C3%A7%C3%A3o%20do%20trabalho%20de%20parto. Acesso em 23 de outubro de 2023.

MULHERES AUTISTAS: ELAS EXISTEM E PRECISAM DE ATENÇÃO. Instituto Singular. Org, 2023. Disponível em: https://institutosingular.org/mulheres-autistas/. Acesso em 23 de outubro de 2023.

MULHERES COM AUTISMO ESTÃO MAIS SUJEITAS A DESENVOLVER ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA GRAVIDEZ, Academia médica.com, 2022. Disponível em: https://academiamedica.com.br/blog/mulheres-com-autismo-estao-mais-sujeitas-a-desenvolver-ansiedade-e-depressao-na-gravidez. Acesso em 23 de outubro de 2023.

GRÁVIDA E COM TEA: ATERRORIZADA COM A SENSAÇÃO DE TER ALGUÉM DENTRO DE MIM. Uol. Com, 2023. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/24/gravida-e-com-tea-aterrorizada-com-sensacao-de-ter-alguem-dentro-de-mim.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 23 de outubro de 2023.

SAÚDE DA MULHER AUTISTA. Canal autismo, 2022. Disponível em: https://www.canalautismo.com.br/artigos/saude-da-mulher-autista/. Acesso em 23 de outubro de 2023.

Compartilhe este conteúdo:

O que é a Primeira Infância?

Compartilhe este conteúdo:

Lei que institui o Mês da Infância é aprovada. Fase do desenvolvimento deu nome a Lei n° 14.617. Por que investir nessa fase é lucrativo para o futuro?

 Talita Marques Teixeira: talitampsi@rede.ulbra.br

 

A primeira infância é uma fase crítica no desenvolvimento humano, que compreende desde o nascimento até os seis anos de idade. Durante esse período, o cérebro das crianças passa por um crescimento e desenvolvimento acelerados, estabelecendo as bases para a aprendizagem, saúde emocional, habilidades sociais e cognitivas ao longo da vida. Portanto, investir na primeira infância é fundamental para garantir o pleno desenvolvimento das crianças e para promover uma sociedade mais justa e igualitária, pautada nos princípios dos direitos humanos.

Surge aqui a necessidade de garantia de direitos, visto que o não incentivo e déficit no investimento na primeira pode acarretar em baixos índices de desenvolvimentos futuros. A intervenção precoce, que consiste em oferecer suporte e estimulação adequados às crianças desde os primeiros anos de vida, desempenha um papel crucial nesse processo. A pesquisa científica tem demonstrado repetidamente que as experiências vividas pelas crianças na primeira infância têm um impacto profundo em seu desenvolvimento futuro. Isso inclui sua capacidade de aprender, tomar decisões, resolver problemas, manter relacionamentos saudáveis e contribuir de maneira positiva para a sociedade.

Diante disso, é sancionada a lei a Lei nº14.617, que fica instituído o mês de agosto como o Mês da Primeira Infância, para promoção de ações de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes e às crianças de até 6 (seis) anos de idade e a suas famílias, em todo o território nacional. A lei vem como forma de garantir os direitos de 20,6 milhões de crianças de 0 a 6 anos que no último DataSUS de 2021 foram registradas nos informes de saúde, a iniciativa conta com poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. São medidas como oferta de atendimento integral e multiprofissional, promoção dos vínculos afetivos, da nutrição, imunização, direito de brincar e prevenção de acidentes e doenças.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/criancas

Congresso aprova projeto de lei que cria o Mês da Primeira Infância

Quando os investimentos públicos são direcionados para programas de intervenção precoce, uma série de benefícios se desdobra. Primeiramente, esses programas ajudam a identificar e tratar precocemente qualquer problema de desenvolvimento, como atrasos na fala, déficits cognitivos ou questões emocionais, que, quando não tratados a tempo, podem se agravar e causar dificuldades ao longo da vida. Isso não apenas reduz o sofrimento das crianças, mas também economiza recursos a longo prazo, uma vez que o custo de intervenções tardias é muito maior.

Além disso, ao investir na primeira infância, estamos fortalecendo os alicerces da igualdade de oportunidades. Crianças que recebem apoio adequado desde cedo têm maior probabilidade de atingir seu potencial máximo, independentemente de seu contexto socioeconômico ou étnico. Isso é essencial para promover os direitos humanos, que incluem o direito à igualdade de oportunidades para todas as crianças, independentemente de sua origem.

Os investimentos públicos na primeira infância também têm o potencial de reduzir as desigualdades sociais. Crianças que crescem em ambientes desfavorecidos muitas vezes enfrentam barreiras adicionais ao seu desenvolvimento. Portanto, programas que oferecem educação de qualidade, serviços de saúde acessíveis, creches de qualidade e apoio emocional podem ajudar a nivelar o campo de jogo, permitindo que todas as crianças tenham a chance de prosperar.

Além disso, investir na primeira infância é uma estratégia eficaz para a prevenção de violações dos direitos humanos, como o abandono, abuso e negligência infantil. Quando as famílias recebem apoio e recursos para cuidar de seus filhos desde cedo, as chances de problemas graves de proteção à criança são reduzidas significativamente.

Em resumo, os investimentos públicos na primeira infância, com foco na intervenção precoce e na promoção dos direitos humanos, são fundamentais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ao proporcionar às crianças as condições necessárias para o desenvolvimento pleno, estamos investindo em um futuro mais promissor para elas e para a sociedade como um todo. Isso não é apenas um imperativo ético, mas também uma estratégia inteligente que gera benefícios duradouros para todos.

Fonte:https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes 

Pacto Nacional pela Primeira Infância

De acordo ao PNPI (Plano Nacional pela Primeira Infância) junto da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, o investimento direcionado à primeira infância representou 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,92% do Orçamento Geral da União (OGU). A análise das despesas por área temática revelou que quase 94% do GSPI se concentraram em saúde, assistência social e educação, enquanto menos de 1% foi alocado em habitação, saneamento, proteção e defesa dos direitos humanos, esporte e cultura.

A disponibilidade de recursos também desempenhou um papel importante, já que áreas como saúde e educação têm repasses obrigatórios, enquanto a cultura pode sofrer contingenciamentos sem grandes consequências. A assistência social enfrentou desafios devido a não aprovação da dotação inicial e à insuficiência de créditos adicionais. Portanto, a análise destaca a necessidade de repensar a alocação de recursos e a implementação de políticas específicas para a primeira infância no Brasil.

Em conclusão, a primeira infância é uma fase crucial no desenvolvimento humano, com um impacto profundo no futuro das crianças e da sociedade como um todo. Investir nessa fase da vida é essencial para garantir o pleno desenvolvimento das crianças, promover a igualdade de oportunidades e prevenir violações dos direitos humanos. A recente instituição do Mês da Primeira Infância no Brasil é um passo importante nessa direção, buscando conscientizar sobre a importância da atenção integral às gestantes e crianças até seis anos de idade.

Os investimentos públicos na primeira infância devem ser direcionados com sabedoria, considerando a eficiência na execução e a priorização de áreas que impactam diretamente o desenvolvimento infantil, como saúde, assistência social e educação. Além disso, esses investimentos têm o potencial de reduzir desigualdades sociais e garantir que todas as crianças, independentemente de seu contexto, tenham a oportunidade de prosperar. Em suma, investir na primeira infância não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia inteligente para construir um futuro mais promissor para a sociedade como um todo, e a garantia de economia futura.

SITES CONSULTADOS:

https://revistacrescer.globo.com/fique-por-dentro/noticia/2023/07/agosto-passa-a-ser-o-mes-da-primeira-infancia-define-lei.ghtml

https://www.unicef.org/brazil/relatorios/medicao-do-gasto-social-com-primeira-infancia-em-2021 

https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pacto-nacional-pela-primeira-infancia/

Compartilhe este conteúdo:

Bebida alcoólica na gravidez: quais as consequências?

Compartilhe este conteúdo:

O Transtorno do Espectro Alcóolica Fetal – TEAF é uma doença congênita (de nascimento) provocada pelo consumo de bebida alcoólica na gravidez e causa alterações no sistema nervoso central, sendo a principal causa de deficiência intelectual e de anomalias congênitas não hereditárias em crianças. Por essa razão, representa um grande problema de saúde pública.

Quando ingerido pela gestante, o álcool cruza a placenta e penetra no feto diretamente pelo cordão umbilical. Em cerca de uma hora, a taxa de álcool no sangue do feto é a mesma encontrada no sangue da mãe.

Alguns sintomas que podem estar presentes em maior ou menor grau são: baixo peso ao nascer, microcefalia, falha de crescimento (baixa estatura e peso), deformação facial, deformidades do esqueleto e dos membros, malformações em órgãos como coração e rins, distúrbio de visão, má coordenação, má-nutrição, perda de audição, deficiência intelectual, problemas na fala e fenda palatina ou labial.

Fonte: encurtador.com.br/xFW02

A síndrome é irreversível. O tratamento precoce pode ajudar a reduzir alguns sintomas. Como não se conhece a quantidade de álcool que pode provocar o TEAF – Transtorno do Espectro Alcoólica Fetal, a abstinência é a única forma de prevenção. Entre os sintomas cognitivos e neurológicos dessa síndrome, podem-se destacar: dificuldades de concentração, memória e aprendizado; limitações de coordenação motora e de equilíbrio; impulsividade; dificuldade de habilidade na solução de problemas e no entendimento de consequências.

Ao longo da vida, os indivíduos que nasceram com síndrome alcoólica fetal podem apresentar uma série de dificuldades dentre elas estão, tendência ao abuso de álcool e de outras drogas; agressividade; depressão, ansiedade e hiperatividade; disfunções sexuais; anorexia e outros distúrbios alimentares; dificuldade de julgamento e distinção entre certo e errado; baixo desempenho escolar; habilidades cognitivas prejudicadas no geral; aumento no risco de suicídio, morte precoce, como consequência de acidentes ou devido a suicídio.

Fonte: encurtador.com.br/cuU79

Não há um exame específico que detecta essa síndrome, o diagnóstico é clínico, a criança apresenta traços faciais sindrômicos característicos que podem ajudar no diagnóstico, mas estudos apontam que a maioria das crianças que têm SAF não possuem as características morfológicas clássicas e isso dificulta muito o diagnóstico, que muitas vezes passa despercebido, ou é confundido com outras condições até a fase adulta.

Para as mulheres que são dependentes de bebida alcoólica e/ou outras substâncias psicoativas, é interessante procurar os Centros de Atenção Psicossocial – CAps, lá são prestados serviços de saúde e poderá ajudá-las a encontrar a melhor estratégia para que possa ter uma gravidez mais segura tanto para a mãe, como também para a saúde do bebê.

Estudos não mostram até o momento qual é a dose segura para evitar essa síndrome, logo, é importante que a gestante não ingira bebida alcoólica em nenhum período gestacional. Se houver dúvida sobre estar grávida, faça o teste de gravidez, e caso você aprecie uma bebida opte por bebidas sem graduação alcoólica.

Autoras: Márcia Mascarenhas Grise e Ana Paula De Lima Silva

 

Compartilhe este conteúdo:

Psiquiatria perinatal: diagnóstico e tratamento

Compartilhe este conteúdo:

O livro Psiquiatria Perinatal Diagnóstico e Tratamento é livro de extrema relevância a ser discutido, especialmente pelo avanço constante acerca da investigação dos transtornos mentais da lactação e gravidez. Torna-se válido enfatizar nesse contexto a depressão pós-parto, visto que se tem uma diferenciação conceitual entre depressão pós-parto (DPP), baby blues e psicose puerperal, considerando que são termos utilizados no contexto deste estudo.

O livro discute de uma maneira dinâmica e clara todos esses conceitos, fator que por sinal leva-nos a perceber a necessidade de discutirmos cada vez mais acerca da Psiquiatria Perinatal. A manifestação da depressão pós-parto (DPP) acontece geralmente a partir das primeiras quatros semanas após o nascimento do bebê, alcançando sua intensidade máxima durante os seis primeiros meses posteriores.

Interessante observar que pode ser de intensidade leve, transitória ou agravar-se até uma neurose ou desordem psicótica. Os primeiros dias após o nascimento do bebê são um misto de sentimentos para as mães, sendo os hormônios os principais responsáveis por essa mudança.

Os sintomas da depressão pós-parto (DPP) iniciam como os sintomas do baby blues, más pioram cada vez mais quando não há procura de ajuda. A puérpera sente-se incapaz de cuidar do bebê, medo de machucar, exausta, nervosa, com vontade de sumir ou morrer. A (DPP) requer acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. (MORAES et al., 2006).

O baby blues é o distúrbio de maior frequência, é caracterizado por uma melancolia ocasionada pelas alterações hormonais que acontecem com a mãe após o parto, quando a produção de leite se inicia e os hormônios que estavam relacionados à gestação sofrem mudanças, não dar para prevenir, porém é um quadro passageiro que é caracterizado por hiperemotividade, estado de fragilidade, falta de confiança e de incapacidade para cuidar do bebê. É considerado um quadro leve e transitório, tendo remissão espontânea.

Os sintomas são: irritação, ansiedade, medo, vontade de chorar sem motivo, entre outros. Isso acontece devido às mudanças hormonais e também insegurança frente ao novo momento de vida. (SCHWENGBER; PICCININI, 2003).

FICHA TÉCNICA

Título Original: Psiquiatria Perinatal – Diagnóstico e Tratamento

Autores: Alexandre Augusto Jatobá Vasconcelos, Chei-Tung Teng

Editora: Atheneu -RJ

ISBN:  853880166X 9788538801665

Formato: Capa comum

Páginas: 176

Ano: 2010

REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual técnico pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília (DF): MS; 2006.

MORAES, I. G. S. et. al. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 65-70, ago. 2006.

SCHWENGBER, D. D., & PICCININI, C. A. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia, Natal, v. 8, n. 3, p. 403-411, set. / Dez, 2003.

Compartilhe este conteúdo:

Gestantes no SUS: transformações e desafios

Compartilhe este conteúdo:

O Sistema Único de Saúde (SUS), criado na Constituição de 1988 e regulamentado pelas leis 8.080/90 e 8.142/90, constitui uma rede de saúde organizada e hierarquizada, que busca ofertar serviços de prevenção, proteção e recuperação da saúde. Um sistema muito bem elaborado e colocadoem prática com muita luta. Atualmente, faço parte da parcela mínima da população brasileira que tem um plano de saúde. Porém, entrei nessa parcela a pouco tempo, em agosto de 2014, junto com o contrato de trabalho. Assim como a minha família, eu sempre utilizei o SUS. Foram experiências marcadas por alegrias e tristezas, lutas e vitórias.

Começamos por minha mãe, ela teve 3 filhos e 2 filhas. As três primeiras gestações, nos anos de 1986, 1989 (meu nascimento) e 1992, com o início da implantação do SUS. Foram de muito sofrimentos, dores físicas e emocionais insuportáveis, como a morte do filho em 1992 por falta de prevenção, equipamentos e responsabilidade profissional. Porém, com o avanço do sistema do SUS, as duas últimas gestações, 1994 e 1999, foram tranquilas e de grandes alegrias.

Fonte: https://bit.ly/2tb3TXz

Conheci melhor o SUS com implantação do Programa Saúde da Família. Foi ali que a comunidade local e eu tivemos acesso total a saúde. Agentes comunitários e equipe médica visitando casas, unidades de saúde mais próximos, campanhas de prevenção, acompanhamento a gestantes e grande alegria com o nascimento de irmãos, sobrinhos, primos… Agora sim, a Saúde era para todos. Utilizei o SUS em diferentes cidades dos três estados que já morei e sempre fui atendida dentro do sistema amplo que é o SUS. Algumas vezes muito bem atendida, outras vezes nem tanto, devido à falta de informação e capacitação de profissionais que trabalham no SUS, o que é ainda é um grande desafio.

A pouco tempo, não conhecia outra forma de saúde que não fosse o SUS e, atualmente, mesmo com plano de saúde, o SUS continua fazendo parte da minha vida e digo com orgulho que a melhor forma de saúde que conheço é o Sistema Único de Saúde, mesmo com as suas imperfeições na prática. A luta por saúde para todos com integridade, equidade e universalidade deve ser batalha de toda a população.

Compartilhe este conteúdo:

A maternidade invisível

Compartilhe este conteúdo:

Recente Psicologia em Debate, por tema ´´A maternidade invisível“, realizado pela acadêmica Roberta Galvani refletiu e debateu acerca dos aspectos sobre o feminino, dando ênfase a maternidade, a perda de identidade e os inúmeros papéis que a mulher desempenha principalmente nesse período de gestação e pós-gestação, chegando muitas vezes a esquecer de si mesma.

Percebemos que cada vez mais a mulher vem sendo cobrada de forma excessiva pela sociedade quanto ao vários papeis que ela “deve” desempenhar, e isso acaba tendo um peso negativo para a mulher que, dependendo do contexto que está vivenciando perante a gravidez e outros conflitos que possam surgir, pode vir a sofrer ainda mais. Por esse e outros motivos citados no debate, é de extrema importância que a mulher faça terapia, principalmente nesse período que antecede a gestação, reduzindo assim possíveis danos que eventualmente venham causar algum conflito mais extenso.

Fonte: http://zip.net/bktJ9D

Alguns aspectos levantados na discussão serviram de questionamento e reflexão, pois em maior parte, a gravidez é olhada somente por um lado, o lado do positivo, de um bebê que vai nascer e trazer alegria, isso é o que os “de fora” pensam e argumentam, sem ao menos pensar no outro lado, o lado da mulher que recebeu esta noticia e que pode talvez, não estar tão contente com isso, e é justamente aí que se encontra possivelmente o maior erro. Pois tendemos logo a dar mais atenção, cuidado e importância ao bebê e esquecendo-se da mãe, que nesse período precisa de um maior cuidado e atenção. Diante da pressão da sociedade e da vivência da maternidade, ocorre a perda de identidade da mulher, que passa a ser vista como “mãe de, esposa de, trabalha na”.

Compartilhe este conteúdo:

A Gravidez e os Transtornos de Ansiedade

Compartilhe este conteúdo:

Os Transtornos de Ansiedade são um interesse para muitas áreas da psicologia, em especial durante a gestação, que é um período crítico para a mulher no que tange aos aspectos biológicos, físicos e psicológicos, que passam por inúmeras mudanças. Aumentando ainda mais esse anseio, está o fato da gestação consistir na origem do desenvolvimento do ser humano. Apesar das várias condições sociais, econômicas e religiosas entre gestantes do mundo todo, bem como o papel da mulher no meio onde vive, a gestação deve transcorrer da melhor maneira possível, fato que pode ser prejudicado pelo adoecimento psicológico (FREGONESE, 2014).

Fonte: http://zip.net/bwtHC2

 

O conceito de ligação mãe-bebê como não sendo apenas biológico é relativamente recente. Com o surgimento da psicologia como ciência, e o concomitante desmembramento de suas áreas, inferiu-se a correlação entre a saúde psicológica e biológica do indivíduo, portanto, quando as doenças psicológicas acometem o indivíduo, sua saúde mental também influencia a saúde física. Essa contingência, continua durante a gravidez, sendo agravada pelo fato de haver um indivíduo ligado à gestante ansiosa, totalmente depende dela no aspecto desenvolvimental (FREGONESE, 2014).

A ansiedade patológica consiste em uma experiência que ocupa um papel funcional na interação humana com o meio ambiente, podendo ocorrer também como sintoma de várias doenças, como distúrbio psiquiátrico ou sob a forma de “stress”. O conceito de ansiedade patológica é, portanto, diferente do sentimento de ansiedade (CASTILLO et al., 2000). Segundo Cury (2013) a ansiedade causada pela Síndrome do Pensamento Acelerado deve ser considerada o mal do século, atribuindo à sociedade moderna a responsabilidade por uma alteração no ritmo de construção dos pensamentos, gerando consequências para a saúde psicológica.

Fonte: http://zip.net/brtH54

 

Ansiedade é um sentimento repulsivo de medo, angústia, que caracterizado por tensão ou inquietude proveniente de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho, passando a ser considerado patológico quando é desproporcional em relação a sua causa ou estímulo, ou qualitativamente divergente do que se espera como norma da faixa etária do indivíduo, passando a interferir na qualidade de vida, conforto emocional ou o desempenho diário (CASTILLO et al., 2000).

Todos os Transtornos de Ansiedade têm como principal manifestação um alto nível de ansiedade. O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (1994), IV Revisão (DSM-IV), classifica como transtornos de ansiedade: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno do Pânico, Fobia Social (FS), Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC), Fobias Específicas e Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT).

Vinculação biopsicológica entre o bebê e a mãe ansiosa

Desde a fase embrionária, a gestante se encontra ligada biologicamente ao pequeno ser sendo gestado dentro dela. A mulher defronta-se no processo de mudança para a parentalidade, com tarefas condicionantes para sua adaptação à situação, sendo a ligação com o feto uma delas. Na vinculação pré-natal, que ocorre a partir do início da gravidez, a gestante se imagina progressivamente no papel de mãe assim como idealiza uma imagem e representação cognitiva do bebê (SAMORINHA; FIGUEIREDO; MATOS, 2009).

Fonte: http://zip.net/bgtH6n

 

A gravidez representa um período de grande sensibilidade no ciclo vital feminino, envolvendo grandes transformações fisiológicas, psíquicas e do papel familiar e social da mulher, como apontam Correia e Linhares (2007), tais mudanças podem servir de catalisadoras para um quadro de instabilidade emocional da gestante, seja no desenvolvimento de uma desordem patológica ou com o agravamento ou manifestação de uma desordem que já pré-existe. A exposição do bebê à psicopatologia da mãe, em casos de transtorno de ansiedade, no período pré-natal pode causar efeitos nocivos à sua saúde e desenvolvimento (CORREIA; LINHARES, 2007).

Entende-se por gestação o desenvolvimento desde a concepção até o nascimento. A fecundação é a união de um espermatozóide com um óvulo, formando assim um ovo que inicia o processo de multiplicação celular. O ovo se dirige ao útero, em busca de um lugar para se fixar, com circulação sanguínea capaz de oferecer oxigenação e alimentação, sendo formado então um novo tecido, a placenta, que é responsável pela fixação do ovo à parede do útero (MALDONADO; DICKSTEIN; NAHOUM, 2000).

Fonte: http://zip.net/bytJx2

 

Durante a gravidez, o organismo feminino produz hormônios sexuais e não-sexuais pela placenta, o que pode trazer mudanças orgânicas e comportamentais significativas, não condizentes com os comportamentos habituais. Verificando os sintomas comuns no primeiro trimestre, muitas vezes, devido à delicadeza da situação a gestante poderá passar por mudanças de comportamento (BAPTISTA; BAPTISTA; TORRES, 2006).

Nesse sentido, Fregonese (2014, p. 18) afirma que “durante a gestação os níveis de estrógeno e progesterona são superiores àqueles vistos nas mulheres fora do período gestacional e esse fator pode estar envolvido nas alterações de humor que ocorrem nessa fase”, salientando a influência do aumento dos níveis hormonais na gestante, portanto aumentando a possibilidade de instabilidade psicológica.

A gestante está exposta a preocupações como: alterações corporais que podem ser permanentes, modificações permanentes de personalidade, com a aproximação do parto, cirurgia, dores, medo de morrer, e mudanças na sua rotina de vida diária após o nascimento do bebê (BAPTISTA; BAPTISTA; TORRES, 2006). Essas preocupações são esperadas e recorrentes, porém podem propiciar o início da ansiedade patológica.

Fonte: http://zip.net/bmtHZM

 

No contexto histórico, Fregonese (2014) afirma que nunca foi dada a atenção devida à saúde mental da gestante pelos profissionais da área, atribuindo o fato à crença popular de que a gravidez é um período de bem-estar e satisfação para a mulher, tendo baixa propensão para doenças psiquiátricas. “A prevalência de transtornos de humor e ansiosos são maiores no período gestacional em relação ao período pós-parto, com isso a gravidez não protege as mulheres do adoecimento mental” (FREGONESE, 2014, p. 16).

Complicações desenvolvimentais e obstétricas relacionadas à ansiedade e efeitos em indivíduos gestados por mulheres ansiosas

Perante o contexto de desequilíbrio psicológico, a mulher em período pré-natal apresenta com maior intensidade os sintomas ansiosos. Diversos estudos buscaram compreender as implicações da ansiedade no desenvolvimento pré-natal e nas complicações obstétricas. Conforme Fregonese (2014):

As mulheres diagnosticadas com desordem de ansiedade pré-natal apresentaram maior probabilidade de complicações obstétricas durante a gravidez. Por sua vez, as complicações atuaram como estressores crônicos durante a gestação. A ansiedade materna foi considerada como fator de risco ao desenvolvimento normal do feto. Fetos de mães com alto nível de ansiedade apresentaram altas taxas de batimentos cardíacos quando comparados aos fetos de mães com baixo nível de ansiedade. Desse modo, a ansiedade materna pré-natal contribui na predição de problemas comportamentais e emocionais em crianças avaliadas aos quatro anos de idade. (FREGONESE, 2014, p. 17)

Fonte: http://zip.net/bwtHC8

 

Mães que apresentaram ansiedade tiveram também, filhos com maior probabilidade para desenvolver depressão e transtornos de comportamento na adolescência (FREGONESE, 2014). Analisando apenas bebês nascidos a termo, entende-se que os níveis desenvolvimentais do bebê se apresentam inversamente proporcionais aos níveis de ansiedade materna.

Portanto, acredita-se que a situação psicológica da mãe, com a saúde mental fragilizada pelos efeitos de transtornos de ansiedade, influencie negativamente o bebê, que durante o período pré-natal encontra-se dependente da mãe para qualquer ação no sentido desenvolvimental, passando por vários momentos críticos nessas fases delicadas, que podem ser afetadas.

REFERÊNCIAS:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and statistical manual of mental  disorders. 4. ed. Washington, 1994.

BAPTISTA, Makilim Nunes; BAPTISTA, Said Daher; TORRES, Erika Cristina Rodrigues. Associação entre suporte social, depressão e ansiedade em gestantes. Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 7, n. 1, p. 39-48, Jan.  2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psic/v7n1/v7n1a06.pdf>. Acesso em 31 de mai. 2016.

CASTILLO, Ana Regina G.L; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, Fernando R; MANFRO, Gisele G. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v.22, n. 2, p. 20-23, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf>. Acesso em 31 de mai. 2016.

CORREIA, Luciana Leonetti; LINHARES, Maria Beatriz Martins. Ansiedade materna nos períodos pré e pós-natal: Revisão da literatura. Revista Latino-Americana de Enfermagem, São Paulo, v. 15, jul. 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n4/pt_v15n4a24.pdf>. Acesso em 27 de mai. 2016.

CURY, Augusto. Ansiedade– Como enfrentar o mal do século. São Paulo: Saraiva, 2013.

FREGONESE, Adriana Aparecida. Gestantes de Alto Risco com e sem histórico de óbito fetal ou neonatal: sintomas de ansiedade e depressão, capacidade para o relacionamento com o feto e estratégias de enfrentamento. São Paulo: Biblioteca Central da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 2014.

MALDONADO, M. T; DICKSTEIN, J; NAHOUM, J.C. Nós estamos grávidos. São Paulo: Saraiva, 2000.

SAMORINHA, Catarina. FIGUEIREDO, Bárbara. MATOS, José Cruz. Vinculção pré-natal e ansiedade em mães e pais: Impacto da ecografia do 1º trimestre de gestação. Psicologia, Saúde & Doenças, Lisboa, v. 10, n. 1, p. 17-29, 2009. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/362/36219059002.pdf>. Acesso em 27 de mai. 2016.

Compartilhe este conteúdo:

A prática de Pilates durante a gestação

Compartilhe este conteúdo:

Não é novidade para as futuras mamães que exercícios físicos leves são sempre bem vindos durante a gestação, além de garantir a qualidade de vida, a independência, exercícios moderados e com o devido acompanhamento, ainda podem ajudar na hora do parto e nos afazeres diários, fazendo ainda muito bem à saúde.  A rotina de sedentarismo e repouso durante a gravidez não faz parte da concepção de gestantes da atualidade, que buscam além de boa forma, principalmente após a gravidez, um dia-a-dia “normal” que inclui trabalho, trânsito, exercícios, cuidados de casa e até sexo!

Claro que toda e qualquer atividade deve ser avaliada durante o período da gestação por um ginecologista obstetra que acompanhe todos os passos da paciente. Não é diferente com o Pilates, já que a prática, inclui exercícios que são feitos por posições que ajuda a aliviar a pressão sobre as costas e a bacia, além de ser ótima para auxiliar os bebês a se movimentar na direção certa para a hora do parto.

A educadora física, especialista em Pilates, Priscila Bendo, fala sobre os inúmeros benefícios desta prática durante a gestação. “Além de fortalecer a musculatura central do corpo, o Pilates garante membros superiores mais fortes o que facilitará a vida da mamãe na hora de cuidar do bebê”, explicou a educadora dizendo ainda que o Pilates ativa o sistema circulatório, o que contribui para aliviar as dores e inchaços nos membros inferiores, fortalecendo essa musculatura para que aguentem o ganho de peso e ajudem a aliviar a sobrecarga na coluna”, conclui Priscila.

 Fonte: Mais Vida Gestante

A prática de Pilates pode ser uma opção a mais para seu equilíbrio físico e emocional. O ideal é se informar sobre os estúdios que oferecem aulas de forma especializada e verificar com o médico as condições para a realização dos exercícios de Pilates, afinal, cada caso é um caso. As gestantes devem se focar em um restabelecimento gradual do corpo, à saúde da mãe e do bebê e o alívio de tensões e não um retorno imediato à antiga forma e condicionamento físico.

Conheça o Pilates

O Pilates é uma atividade física que combina flexibilidade, força, consciência corporal, relaxamento e respiração. Os exercícios são baseados em movimentos feitos ao mesmo tempo em que se contraem o abdome e os músculos do assoalho pélvico (área entre as pernas, a partir do osso púbico na frente até a base da espinha nas costas), região conhecida nesta prática como “core”.

Fonte: Revista Pilates e Baby Center

Compartilhe este conteúdo: