Concordo com os termos (malefícios) e desejo continuar

Compartilhe este conteúdo:

Ao criarmos uma conta em qualquer plataforma online, há sempre uma pergunta antes de finalizarmos o cadastro: Você concorda com os termos de uso? E ao concordar, quase que automaticamente sem ao menos nos perguntar com o que estamos compactuando, é permitido uma série de usos de dados, informações e ainda concordamos com o modo em que a plataforma nos tratará dali para frente [1].

As redes sociais são onde atualmente mais produzimos dados de valor para uma grande estrutura onde as gigantes da tecnologia faturam bilhões, a venda de anúncios. Trata-se de um mercado tão lucrativo e obscuro em seus segredos que de tempos em tempos participantes desse sistema são levados a júri. Como é o caso do Facebook[2].

Já houve vários casos sobre esse assunto, mas um dos mais polêmicos remete às eleições do presidente dos Estados Unidos, onde o Facebook sofreu um forte abalo com a revelação de que as informações de mais de 50 milhões de pessoas foram utilizadas sem o consentimento delas pela empresa americana Cambridge Analytica para fazer propaganda política[2].

Porém o fato que iremos dar atenção vai um pouco mais a fundo desse emaranhado de interesses. Para que a estrutura de venda de anúncios esteja em pleno funcionamento, as centenas de algoritmos por trás do Facebook trabalham em cada ação dos usuários para traçar perfis cada vez mais detalhados. O que antes era “Homem, entre 18 e 25 anos, Brasil”, agora está cada vez mais direcionado para os nichos comportamentais “Homem, entre 18 e 25 anos, tem interesse em ciclismo e politica de direita, acessa conteúdo de curiosidades históricas, Brasil”[3].

Todas essas informações poderiam ser consideradas apenas como uma estratégia de negócios agressiva e eficiente por alguns e até conveniente para outros ao mostrar anúncios e conteúdos personalizados ao perfil de quem utiliza a rede social. No entanto, a ex-gerente de produto da Facebook, Frances Haugen, foi a público expor os malefícios que esses algoritmos podem trazer à sociedade em uma escala quase que global.

Fonte: Imagem no Pixabay

Acontece que, segundo a ex-funcionária, as linhas de códigos desenvolvidas e treinadas para traçar perfis e entregar anúncios e conteúdos direcionados (para que, no fim, gere interesse de terceiros comprar esse veículo de comunicação) estão polarizando as opiniões, ajudando na disseminação de discursos de ódio, entregando conteúdos nocivos a mentes fragilizadas e promovendo uma espécie de “bolha social”[3].

Para exemplificar a gama da nocividade, pesquisas apontaram que adolescentes que apresentam indícios de comportamento depressivo estão recebendo em suas redes sociais mantidas pelo Facebook (agora conhecida como Meta) conteúdos melancólicos e cada vez mais negativos, podendo formar uma espiral que puxa tudo que é apresentado na tela para um contexto mais nocivo a cada clique.

Essa nocividade se estende a quem consome conteúdos extremistas e de discursos de ódio, o que leva ao indivíduo a estar sempre recebendo um reforço positivo para posições negativas.

É realmente assustador, mas o pico do terror se dá quando Francês Haugen declarou em tribunal que a gigante do vale do silício dona do Facebook e do Instagram tem conhecimento desses “desvios de conduta” em seus algoritmos. Alguns relatórios datados de 2016 já demonstravam essas tendências e Francês continua em seu depoimento dizendo que a empresa escolheu conscientemente o lucro ao invés da segurança[3].

Não que seja surpreendente uma multinacional bilionária subjugar necessidades humanas a troco de alguns dólares a mais. Os tribunais são lentos e com dinheiro quase ilimitado, grandes empresas como o Facebook não temem à lei, pois multas referentes a processos perdidos são irrisórias perto do quanto faturaram com a irresponsabilidade.

Fonte: Imagem no Freepik

O mundo on-line não é mais um equipamento que você deixa na sala e compartilha com todos da casa. Com a popularização dos smartphones e a facilidade no acesso à internet, as horas conectadas aumentaram drasticamente. Não se tem mais a necessidade de haver uma intenção para acessar as mídias sociais, elas estão onipresentes, a cada momento uma notificação mostra isso.

Essa aproximação do ser humano com a internet e as mídias sociais maximiza a influência que recebemos e entregamos via megabits. Qualquer pessoa pode ser ouvida, qualquer pessoa pode ser calada, qualquer pessoa pode ser atacada, tudo isso do conforto e segurança de uma tela. Nesse contexto, atos passíveis de interpretação de integridade como o caso dos algoritmos do Facebook estão na palma da mão de bilhões de pessoas antes de receberem um veredito.

Enquanto isso, os usuários continuam sendo levados a pensar serem protagonistas e guias de suas próprias redes sociais. Grupos com ideias perigosas e violentas continuam recebendo novos membros trazidos pelos rastreadores de interesses, adolescentes continuam sendo soterrados por conteúdos nocivos à saúde mental, pessoas continuam achando que estão em completa razão quando toda sua bolha social pensa o mesmo.

E todos continuam curtindo e compartilhando enquanto o que permanece são as perguntas: Quantos segredos que afetam bilhões de pessoas serão mantidos por um punhado de corporações? Até quando o usuário dirá “concordo com os termos e desejo continuar”?

Fonte: Imagem no Freepik

Referências

[1] COSTA, Thaís. O que está acontecendo com o Facebook?: Entenda por que a maior rede social do mundo pode estar caminhando em direção ao fim. In: COSTA, Thaís. Https://rockcontent.com/br/blog/facebook-vazamento-de-dados/: Thaís Costa, 23 mar. 2018.

[2] POZZI, SANDRO. EUA multam Facebook em 5 bilhões de dólares por violar privacidade dos usuários: Empresa é punida com multa recorde pelo vazamento de dados no caso Cambridge Analytica. In: POZZI, SANDRO. EUA multam Facebook em 5 bilhões de dólares por violar privacidade dos usuários: Empresa é punida com multa recorde pelo vazamento de dados no caso Cambridge Analytica.

[3] HAO, Karen. O denunciante do Facebook diz que seus algoritmos são perigosos. Eis o motivo. In: HAO, Karen. O denunciante do Facebook diz que seus algoritmos são perigosos. Eis o motivo.. Https://www.technologyreview.com/2021/10/05/1036519/facebook-whistleblower-frances-haugen-algorithms/: Karen Hao, 5 out. 2021.

Compartilhe este conteúdo:

Robô Victor, uma simples IA ou um futuro juiz?

Compartilhe este conteúdo:

Um robô seria capaz de ditar sentenças de um caso?

Victor é uma inteligência artificial criada para agilizar os processos jurídicos no Supremo Tribunal Federal que custou cerca de R$ 1,6 milhões [2][5]. Recebeu esse nome em homenagem a Victor Nunes Leal, ministro do STF entre os anos de 1960 e 1969, autor da obra “Coronelismo, Enxada e Voto” de 1948 e principal responsável pela sistematização do STF, o que facilitou a implantação de uma inteligência artificial dentro do meio jurídico [3].

Victor, a Inteligência Artificial do Supremo Tribunal foi desenvolvida pela agência de tecnologia do STF em parceria com a Universidade de Brasília, como uma ferramenta para acelerar os processos que aguardam julgamento nos tribunais do país, uma solução hábil que garante ganhos de tempo para todos que a utilizam. Mas a pergunta que não quer calar, uma IA seria capaz de ditar uma sentença e substituir os juízes e advogados que fazem parte da Ordem dos Advogados do Brasil?

Calma, a pergunta será respondida. Mas qual a necessidade de implantar uma IA em uma ciência que tangencia inexoravelmente os valores morais que sustentam as sociedades humanas?

Com a crescente demanda de ações judiciais em todo o Brasil e com a necessidade de respostas rápidas e adequadas para os cidadãos que buscam prestação jurisdicional efetiva, o STF concentrou seus esforços para buscar meios eficientes que automatizassem a resolução de ações repetitivas. Isso foi feito com o devido amparo dos princípios constitucionais do processo legal e buscando a celeridade processual.

Victor não é uma máquina que dita sentenças ou decide sobre a vida de uma pessoa, isso é uma atividade humana. O robô utiliza um algoritmo baseado em Machine Learning (Aprendizado de Máquina) com a finalidade de analisar casos semelhantes e agilizar o processo de buscas por casos que podem ter a mesma avaliação judicial, para aumentar a velocidade dos trâmites dos processos e auxiliar o trabalho do STF.

Para obtenção de um bom desempenho da IA, foi realizada uma separação das peças de acordo com o tema de repercussão, com isso foi possível identificar cinco peças processuais: acórdão, recurso extraordinário, agravo de recurso extraordinário, despacho e sentença [4]. Através da separação das peças foi possível utilizar os conjuntos de dados a serem treinados para que o Victor pudesse reconhecer padrões na base de dados do STF e, consequentemente, encontrar as peças processuais semelhantes.

Machine Learning, segundo a IBM [1], é uma tecnologia que possibilita aos computadores aprenderem através da associação de respostas por meio de diferentes conjuntos de dados, podendo ser imagens, vídeos, números ou qualquer outro tipo de dados que o computador possa interpretar. Essa tecnologia permite que os computadores sejam treinados e melhorados à medida em que forem tendo experiências com os dados acessados. Após a etapa de treinamento o sistema baseado em Machine Learning será capaz de aprender sozinho, resultando em uma maior precisão dos resultados em um menor período de tempo.

É inegável que novas tecnologias têm ganhado espaço em todas as áreas do conhecimento. Para as ciências jurídicas não seria diferente, embora, esse fenômeno cibernético ainda seja controverso para o mundo jurídico. De um lado existem entusiastas da tecnologia no Direito, os quais acreditam que a Inteligência Artificial poderá revolucionar a área eliminando especialmente discordâncias e disparidades epistemológicas típicas de uma ciência humana e social. Nesse sentido, um robô seria capaz de ditar sentenças em um processo de modo absolutamente técnico e racional. Por outro lado, também há posicionamentos mais tradicionais sobre essa discussão. Para esse público, a possibilidade de uma máquina decidir os rumos de uma lide é absolutamente inconcebível. No entender destes tradicionalistas a “magia do Direito” se encontra no seu dinamismo, elemento esse que possibilita discordâncias ferozes, debates acalorados e mudanças de paradigmas que movimentam as ciências jurídicas intensamente.

Para aqueles que já possuem o famigerado poder de império, não parece razoável ver sua força decisória se esvaziar em favor de uma máquina ou programa de computador. Retomando o questionamento inicial deste ensaio, talvez não haja uma resposta correta, mas sim uma que seja possível em um dado tempo e espaço. Concretamente, tem-se que a utilização do robô Victor, no STF, assim como em outros tribunais brasileiros, não está programada para prolatar juízos terminativos ou definitivos, essa tecnologia visa apenas auxiliar na tramitação dos processos e aumentar a velocidade da avaliação judicial, separando e identificando as peças contidas nos documentos que chegam ao STF, a fim de facilitar a vida dos ministros.

Usar de recursos tecnológicos como robôs para auxiliar os trâmites processuais é uma jogada excepcional para área do conhecimento que, por vezes, ainda resiste às novas tecnologias e parece pouco interessada em reverter seu status quo.

Portanto, como fechamento desta reflexão fica o seguinte questionamento: pode haver um futuro juiz digital?

Referências

[1] https://www.ibm.com/br-pt/analytics/machine-learning

[2] https://cryptoid.com.br/banco-de-noticias/victor-e-o-nome-do-robo/

[3] https://portal.tce.go.gov.br/-/inteligencia-artificial-chegou-ao-stf-com-victor

[4] https://www.advogatech.com.br/blog/@NayaraAzevedo/victor-o-primeiro-projeto-de-inteligencia-artificial-do-stf-qs3oyyu

[5] https://bernardodeazevedo.com/.

Compartilhe este conteúdo:

IOT pós pandemia

Compartilhe este conteúdo:

O mundo estava lentamente começando a aderir a ideia de um trabalho remoto nos anos antecedentes a 2020, e certamente a pandemia acelerou de forma exponencial esse processo. Diante da pior crise de saúde do século XXI, em poucos meses, a Covid-19 colocou países inteiros em isolamento, modificou hábitos diários e alterou totalmente a rotina de empresas de todos os setores. As principais economias mundiais ainda tentam retomar as atividades comerciais após um longo período de paralisação em todos os serviços “não essenciais”. No entanto, ainda que muito devastadora, a pandemia abriu um leque de oportunidades para o amadurecimento de algumas tecnologias. Por conseguinte, surgem algumas indagações, como: quais tecnologias realmente vieram para ficar? E que tipo de tecnologias devemos apostar neste, talvez, “novo mundo”?

De fato, foi possível observar uma rápida adaptação das organizações no novo modelo de trabalho, que por sinal se mostrou muito eficiente. Essa resposta rápida teve como papel fundamental o uso da tecnologia, que contribuiu diretamente na manutenção de operações de empresas, de produtividade e forneceu, diante de tantas incertezas, algo para se apoiar e continuar a evolução estrutural e financeira [1]. Sendo assim, pode-se afirmar que a reinvenção está, mesmo que de forma mínima, inserida no DNA das empresas atuais. Através de uma seleção natural do mercado, a pandemia veio separar as empresas em dois tipos: as que estavam preparadas para usar a tecnologia a seu favor e seguir em frente, e as que resistem e não se adaptam a novas formas de trabalhar. É certo que esta divisão digital já existia antes, mas nunca tinha sido tão acentuada ou tão decisiva.

Fonte: Imagem por storyset no Freepik

O “be-a-ba” de antes, mesmo que por enquanto seja funcional, não é o suficiente mais, é preciso pensar em novas maneiras de atuar e, principalmente, de sobreviver a este período de incertezas. Portanto, é necessária certa cautela, pois segundo especialistas o pós-crise pode ser tão importante quanto o atual momento, e suas consequências podem ser maiores que a crise de 1929 [2]. A boa notícia é que atualmente temos uma importante aliada para minimizar os efeitos: a tecnologia. Numa altura em que o mundo todo combate o mesmo inimigo, e infelizmente, no que diz respeito ao coronavírus, especialistas alertam para o fato de que o que se conhecia por “normalidade” está longe de ser alcançado, e que muito provavelmente, não retornaremos ao mesmo padrão. Tivemos que, de maneira obrigatória, abraçar novas ideias e descobrir os seus benefícios, mesmo que ainda exista um longo caminho a percorrer. Como resultado, a COVID-19 pode muito bem ter sido a consagração da Internet das Coisas (IoT).

Nos últimos anos, a IoT se tornou uma das tecnologias mais importantes do século. Em 2017 existiam mais de 7 bilhões de dispositivos IoT conectados e até 2025 é esperado que esse número chegue a 22 bilhões [3], ou seja, em menos de 10 anos o número de aparelhos IoT conectados, triplicou! E aliado a isso, estima-se que o seu valor de mercado até 2021 possa valer 243 bilhões de dólares [4].

Agora que podemos conectar dispositivos que variam de objetos domésticos comuns a ferramentas industriais sofisticadas, é possível estabelecer uma comunicação perfeita entre pessoas, processos e outras coisas. Por meio da computação de baixo custo, nuvem, big data, análise avançada e tecnologias móveis, coisas físicas podem compartilhar e coletar dados com o mínimo de intervenção humana. Nesse mundo hiperconectado, os sistemas digitais podem gravar, monitorar e ajustar cada interação entre itens conectados. O mundo físico encontra o mundo digital – e eles cooperam.

E nesse momento alguns podem pensar, “Tudo bem! Realmente é incrível essa evolução tecnológica e todas essas possibilidades, mas como é que a IoT pode nos ajudar num cenário de pós Covid-19?” Muito provavelmente de inúmeras formas, e acrescento também, que ela contribuirá até mesmo numa próxima pandemia.

Fonte: Imagem por rawpixel.com no Freepik

Existem grandes chances de outra pandemia surgir. E infelizmente, isso não é idealizado a partir de teorias conspiratórias, e sim, do fato que nossa sociedade proporciona ambientes, onde é possível surgir e proliferar um vírus mortal de maneira contundente. Além disso, essa terrível possibilidade pode ser mais endossada, ao observar a “retrospectiva da calamidade”: ebola em 2013, gripe suína em 2009, gripe espanhola 1918 e dentre outras situações de saúde que a humanidade teve de superar [5]. Se a questão é “quando?”, então devemos estar preparados para que a sociedade não seja tão impactada como está ocorrendo neste momento.

A IoT aplicada com o uso de inteligência artificial poderá muito em breve fazer diagnósticos prévios, de maneira rápida sem a necessidade de aguardar horas por um exame. Já ouviu falar em “medicina remota” e “medicina interativa”? A área da saúde é uma das áreas mais incríveis que a tecnologia pode estar presente, pois mexe diretamente com a saúde das pessoas, se por algum motivo o paciente não pode ir para um hospital então o hospital pode ir até o paciente de maneira remota, quando se aplica tecnologias da Indústria 4.0 se torna possível interligar equipamentos de imagens e radiologia ou monitorar pacientes à distância [6].

Embora a saúde tenha sido área central de atuação, o uso de IoT em outros setores é evidente. Como mencionado, se tem um botão on-off, as chances são enormes de que o dispositivo possa fazer parte desse sistema. Segundo Paulo José Spaccaquerche, Presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABIN), os sensores serão essenciais em nossa nova vida, garantirão que as atividades sociais possam ser realizadas sem grandes aglomerações, ao menos até que todos sejam vacinados contra o novo coronavírus. O presidente da ABIN, ainda afirma – “ a solução através de um sistema integrado capaz de oferecer um diagnóstico preditivo torna a resposta mais rápida, evita o fechamento temporário de empresas e preserva a força de trabalho” [7]. Outro mercado, que apesar de ser mais para o futuro, mas terá grande relevância quando o quesito for “espaço gerenciável”, é o de “smart place”. O head de IoT/LoRa da American Tower, comentou em uma conferência organizada pela Mobile Time e TELETIME, que o grau de maturidade da tecnologia ainda está relativamente baixo. No entanto, ele conclui informando que contar o número de pessoas em um ambiente, assim como seu fluxo, terá extrema importância, considerando principalmente, o momento de volta ao convívio social [8].

Fonte: Imagem por gstudioimagen1 no Freepik

Além disso, o sucesso do trabalho remoto deve se perpetuar mesmo após a pandemia e trazer benefícios em curto prazo. Segundo a consultoria Gartner, quase a metade dos seus funcionários continuarão o trabalho remoto por mais algum tempo, o que representa um aumento de 30% em comparação a anos anteriores ao da pandemia. Além de oferecer esse suporte para o trabalho virtual, a tecnologia IoT também representa uma evolução tanto nos negócios, quanto na eficácia operacional [4]. Dessa forma, o retorno aos trabalhos presenciais deve ser feito de maneira gradual, e para tornar seguro o regresso dessas atividades, diversas empresas estão apresentando sensores para o monitoramento das atividades humanas no pós-covid-19. E dentre essas soluções baseadas na tecnologia IoT, foram apresentadas câmeras de segurança que são usadas para o monitoramento da temperatura corporal, e pulseiras inteligentes com sensores que geram alerta de proximidade [9].

Essas inúmeras soluções, para um cético estilo Tomé, podem parecer somente alternativas temporárias, visando diminuir o transtorno e possibilitar uma normalidade aos vários setores. Entretanto, as tendências do mercado, a rápida adaptação das organizações e as perspectivas para o período pós-pandemia, apresentam um caminho sem volta, quando se trata de investimento nesse tipo de tecnologia. E isso é ruim? Muito pelo contrário, isso é excelente para as empresas [10]. Fica evidente que, seja na indústria de manufatura, na saúde ou na cadeia de suprimentos, a pandemia provocou muitas mudanças, em especial a aceleração da transformação digital. E quando pensamos no mundo pós-pandemia, é certo pensar que os Estados e as empresas que estão tirando lições e vantagens de tecnologias como a IoT, advindas dessa nova realidade, conseguirão sair na frente. Portanto, a IoT é uma longa jornada, esteja bem preparado e acompanhado, e correndo o risco de ser clichê, concluo citando o esplêndido Steve Jobs, pois a verdade é que “A tecnologia move o mundo”.

Referências

[1]https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/iot-no-pos-pandemia-como-a-internet-das-coisas-pode-ajudar-o-mundo-depois-do-coronavirus/

[2]https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/06/14/crises-globais-do-ultimo-seculo-trouxeram-aprendizados-mas-que-nem-sempre-foram-aproveitados-veja-quais.ghtml

[2]https://abinc.org.br/pandemia-cria-oportunidades-para-o-desenvolvimento-de-solucoes-em-iot-sustentaveis/

[3]https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/

[4]https://tudosobreiot.com.br/iot-pos-pandemia/

[5]https://enterpriseiotinsights.com/20200512/channels/news/siemens-spies-golden-opportunity-to-remake-world-with-tech

[6]https://blog.infraspeak.com/pt-br/iot-covid-19/

[7]https://opiniaoecritica.com.br/pandemia-cria-espaco-para-iot-sustentavel/

[8]https://teletime.com.br/20/07/2020/iot-com-pandemia-mercado-esta-mais-maduro-e-pragmatico/

[9]https://columbiati.com.br/blog/como-iot-revoluciona-a-conexao-entre-dispositivos/

[10]https://vivomeunegocio.com.br/conteudos-gerais/gerenciar/iot-coronavirus/

 

Nota: o texto é resultado de uma atividade da disciplina Tecnologias Criativas, do Programa de Extensão Interdisciplinar do CEULP, ministrada pela professora Dra. Parcilene Fernandes de Brito, dos cursos do Departamento de Computação.

Compartilhe este conteúdo:

Neuralink: interface Cérebro-Computador

Compartilhe este conteúdo:

Desde milhares de anos atrás os seres humanos sempre buscaram aprender a desenvolver não só habilidades de caça mas também de superação quando relacionados às limitações do corpo. Hoje em dia não é diferente, o aperfeiçoamento humano está presente em diversas áreas da sociedade, como no esporte, ciência e tecnologia. Superar as limitações do corpo humano por vias de métodos naturais ou artificiais vai muito além de sobrepujar as dificuldades e limitações presentes, significa expandir um universo de novas possibilidades que os seres humanos ainda não conhecem.

A tecnologia de aperfeiçoamento humano são técnicas que podem ser utilizadas não somente para melhorar as características e capacidades humanas, mas também para o tratamento de doenças ou deficiência. De acordo com um relatório para o Global Trends 2030 do Conselho Nacional de Inteligência, o “aperfeiçoamento humano poderá permitir civis e militares trabalharem de forma mais eficiente, ainda mais em ambientes que anteriormente seria impossível faze-lo”.

A Neuralink surgiu como uma sociedade comercial neurotecnológica estabelecida por Elon Musk e outros oito fundadores, que tem o objetivo de desenvolver interfaces cérebro-computador, também conhecidas como interface mente-máquina, que é um caminho comunicativo direto entre o cérebro e um dispositivo externo implantável. Musk disse, ao periódico “Wait But Why”, em abril de 2017, que a empresa aspira, no curto prazo, criar dispositivos para tratar doenças cerebrais graves e, principalmente, o aperfeiçoamento humano com a ajuda da tecnologia.

Construir veículos para o mercado de massa e colonizar Marte não são ambições suficientes para Elon Musk. O empresário bilionário visa fundir computadores com cérebros humanos para ajudar pessoas a acompanharem as máquinas. A Neuralink está buscando o que Musk chama de tecnologia de “renda neural”, implantando minúsculos eletrodos cerebrais que podem um dia carregar e baixar pensamentos.

Fonte: Divulgação Neuralink

Expandindo Nosso mundo

De acordo com o site oficial da Neuralink, atualmente eles estão criando o futuro das interfaces cerebrais construindo dispositivos que ajudarão pessoas com paralisia e inventando novas tecnologias que poderão expandir nossas habilidades e nossa comunidade como um todo. O desenvolvimento de uma interface cérebro-máquina totalmente implantada, sem fio, de alta contagem de canais, que tem como objetivo permitir que pessoas com paralisia usem diretamente sua atividade neural para operar computadores e dispositivos móveis com velocidade e facilidade.

Algo tão complexo pode provocar estranheza, mas, de uma certa maneira, nós já somos como um cyborg, nossos celulares e tecnologias vestíveis não são muito diferentes de um membro no qual usamos para aumentar nossa capacidade produtiva, acessar e processar informações. O problema é que a comunicação entre esses dispositivos externos e o nosso cérebro é muito lenta, as informações dos dispositivos demoram muito – tanto para chegar ao cérebro quanto para sair de lá.

A maneira de ultrapassar esse obstáculo é através de um chip minúsculo que é capaz de conectar o cérebro humano diretamente com a máquina, o que aumenta a velocidade de conexão entre os dois pontos em até 10.000 vezes. Esse tipo de tecnologia já existe, mas sem data definida para iniciar os testes em humanos, cenário que deve mudar em breve, visto que, uma concorrente da Neuralink, a Synchron, que possui apenas 20 funcionários, já obteve autorização da Agência reguladora de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos EUA para realizar testes em seres humanos com chips criados pela própria companhia.

Em meados de 2017, Musk divulgou o projeto Neuralink pela primeira vez. Fascinado com a possibilidade de integrar softwares e seres humanos, Musk comprou a empresa sem que a mesma tivesse algum produto desenvolvido e apenas em 2019, através de uma conferência de lançamento, trouxe a público os seus resultados iniciais do primeiro produto, batizado de “N1”, esta versão que possui aparência similar a de uma chip.

Através dele, parte uma série de cabos flexíveis e ultrafinos com a espessura 5x mais fina que um fio de cabelo. O objetivo central é que esses fiozinhos se conectem diretamente ao córtex do cérebro humano, estabelecendo assim uma conexão direta entre homem e máquina. Tal implante possibilita a captação de sinais eletroquímicos que os neurônios emitem e, através de um computador, traduzi-los de forma que possam ser interpretados.

Fonte: Reprodução/ Mais Tecnologia/ Neuralink

Para a implantação, também foi desenvolvido um robô que, controlado por um médico, é capaz de realizar a inserção desses fios milimétricos no tecido cerebral sem causar quaisquer danos ao paciente. Este é o ponto crucial, pois para conseguir a aprovação governamental e adoção em massa da tecnologia, ela precisa ser 100% segura, então não pode haver espaço para erro médico [1].

Em 2020, foi lançada uma nova versão deste dispositivo, batizado de “Link V.09”, que possui o tamanho de uma moeda e, segundo Musk, encaixa perfeitamente na cabeça. Modelo este que corrige a estética de seu antecessor, trazendo um conforto e impercepção na utilização do mesmo. A nova versão também apresenta fios 10x mais finos que um fio de cabelo. Este dispositivo possui autonomia de funcionamento de um dia e precisa ser carregado ao longo da noite, que pode ser operada via bluetooth a uma distância de até 10 metros [2].

O objetivo principal dessa invenção é ajudar pessoas portadoras de lesões graves no cérebro ou que tivessem perdido parte dos movimentos do corpo por causa de um derrame, um acidente cerebral ou qualquer condição causada por uma falha na comunicação entre o cérebro e o corpo [8]. De uma forma simplificada, nosso cérebro é composto de uma rede neural com aproximadamente 100 bilhões de neurônios que se comunicam com sinais elétricos chamados sinapses. Esses sinais controlam as ações do corpo, então se houver algum problema na comunicação entre os neurônios que controlam o seu braço, você perde a capacidade de usá-lo [9].

Porém, mesmo que suas sinapses estejam funcionando corretamente, mas por algum motivo eles não consigam chegar até determinada parte do corpo, a perna por exemplo, você não conseguirá movimentá-lo. Dessa forma, nos casos onde o problema é no caminho que conecta os pontos, o dispositivo da Neuralink faria o papel de repassar os sinais onde a comunicação foi interrompida.

Porém, nem todos os pesquisadores e pessoas estão tão animadas com tais anúncios da Neuralink. A transmissão de dados neurais por meio de uma tecnologia sem fio é a grande inovação, mas o que pode ser feito a partir dessa coleta de dados não foi apresentado. “As manifestações foram bastante desanimadoras a este respeito e não mostraram nada que não tivesse sido feito antes” [7], afirma Andrew Jackson, professor de interfaces neurais da Universidade de Newcastle.

Imagem por kjpargeter no Freepik

Futuro Preocupante?

Há uma certa empolgação quando se imagina essa tecnologia atuando na área da medicina. Um paciente com esclerose, como o Stephen Hawking poderia ter levado uma vida ‘normal’, utilizando esse dispositivo da Neuralink. Exoesqueleto, dispositivo de voz, e até mesmo uma casa inteligente adaptada às suas necessidades, recebendo comandos da sua mente, iria proporcionar uma vida independente às pessoas com algum tipo de deficiência. Mas ao mesmo tempo em que gera uma empolgação, há uma preocupação: Empresas podendo ler sua mente.

Não é de hoje que sabemos de gigantescos vazamentos de dados de grandes empresas. Em 2018, Mark Zuckerberg foi a julgamento explicar o uso indevido de dados de 87 milhões de usuários, coletados pela Cambridge Analytica, onde os dados foram usados para influenciar a opinião de vários eleitores em vários países [4]. Além desse famoso caso, há várias notícias de vazamento de dados quase toda semana, mas pouco importa se esses dados são vazados ou se são vendidos, o principal motivo de preocupação é a privacidade.

Quem garante que o Neuralink não armazene mais do que comandos para ligarmos nossa tv, chamar um carro? E quem sabe mais no futuro, quando sair updates para essa tecnologia, ele não passe de um receptor de estímulos para um estimulador?

Segundo uma matéria do site futurism, conforme relatou pesquisadores de Harvard, MIT e da Universidade de Montreal, empresas de marketing já estão ativamente testando novas maneiras de orientar comportamentos de compra durante o sono, sem deixar memórias, a chamada publicidade “dreamtech”. Os pesquisadores também temem que dispositivos como relógios inteligentes comecem a vender dados biométricos obtidos enquanto seus usuários dormem para essas empresas de marketing. Por enquanto, o dispositivo mais próximo a nós (referindo a coleta biométrica de dados) é o smartwatch, que poderá perder o lugar quando o Neuralink chegar [6]. As perspectivas em relação a esse contexto, podem parecer distópicas ou até mesmo um surto mental e, talvez, isso nunca aconteça de fato, mas não há como termos certezas quando o contexto é inovação tecnológica.

Ok, mas é só não usar! Será? Será que teremos essa opção? “As pessoas podem se sentir compelidas a usar chips cerebrais para se manterem empregadas em um futuro em que a inteligência artificial pode nos superar no local de trabalho” disse ao Observer a psicóloga cognitiva e filósofa Susan Schneider [5]. A inteligência artificial está dominando o mercado, carros autônomos da Tesla (que por coincidência é do Elon Musk), GPT3, github copilot, utilizam a IA para facilitar muitas coisas. No momento em que as atividades começam a se tornar mais fácil, começamos a produzir mais, fazer tarefas que antigamente necessitavam de duas ou mais pessoas. Uma empresa pode querer manter apenas aqueles funcionários que se profissionalizaram no uso dessas ferramentas. Da mesma forma, no futuro, a “profissionalização” talvez seja o uso do Neuralink.

Referências:

[1] Neuralink | O que é e como funciona o projeto que conecta um chip ao cérebro. Natalie Rosa, 2020.  Disponível em: https://canaltech.com.br/inteligencia-artificial/neuralink-o-que-e-como-funciona-170585/. Acesso em: 20 de nov. de 2021.

[2] Elon Musk’s Neuralink unveils sleek V0.9 device, uses sassy pigs for live brain machine demo. Dacia J. Ferris. Disponível em: https://www.teslarati.com/elon-musk-neuralink-smartwatch-features-implant-robot-live-demo-video/. Acesso em: 20 de nov. de 2021.

[3] Global trends 2030: Alternative Worlds. 2012. Disponível em: https://www.dni.gov/files/documents/GlobalTrends_2030.pdf. Acesso em: 20 de nov. de 2021.

[4] Em depoimento de 5 horas ao Senado americano, Mark Zuckerberg admite erros do Facebook. G1, 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/mark-zuckerberg-depoe-ao-senado-sobre-uso-de-dados-pelo-facebook.ghtml. Acesso em 22 de nov. 2021.

[5] Neuralink’s Monkey Experiment Raises Questions From Scientists and Tech Ethicist. Sissi Cao, 2021. Disponível em: https://observer.com/2021/04/elon-musk-neuralink-monkey-demo-draw-skepticism-scientist/. Acesso em 22 de nov. 2021.

[6] Scientists Warn That Marketers Are Trying to Inject Ads Into Dreams. Futurism, 2021. Disponível em: https://futurism.com/scientists-marketers-ads-dreams. Acesso em 22 de nov. 2021.

[7] Homem com implante cerebral desafia macaco da Neuralink para uma partida de Pong. Rafael Rigues, 2021. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2021/05/17/ciencia-e-espaco/homem-com-implante-cerebral-desafia-macaco-da-neuralink-para-uma-partida-de-pong/. Acesso em 20 de nov. de 2021.

[8] Musk promete mostrar dispositivo Neuralink em funcionamento nesta sexta. Olhar Digital, 2020. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2020/08/26/noticias/musk-promete-mostrar-dispositivo-neuralink-em-funcionamento-nesta-sexta/. Acesso em 20 de nov. de 2021.

[9] Neuralink and the Brain’s Magical Future. Tim Urban, 2017. Disponível em: https://waitbutwhy.com/2017/04/neuralink.html. Acesso em 20 de nov. de 2021

Compartilhe este conteúdo:

Nanotecnologia: A importância na saúde

Compartilhe este conteúdo:

Não é novidade que a tecnologia tem sua importância consolidada em praticamente todas as áreas de trabalho existentes, e quando o assunto é saúde e melhoria da vida humana, sua importância é ainda mais considerada. Em um mundo onde a nanotecnologia já é realidade, a mesma se tornou uma grande aliada no tratamento de diversas doenças.

Podemos ver em filmes de ficção que o uso da nanotecnologia é aplicado em diferentes utilidades. Por exemplo, Tony Stark, o Homem de Ferro, usa um reator em seu peito para, além de alimentar sua armadura, evitar que destroços de uma bomba que tem no peito cheguem ao seu coração. E no filme mais recente o personagem também usa nanorobôs dentro de seu corpo, que utilizando apenas de seu raciocínio cognitivo constroem a armadura automaticamente.

Tony Stark e seu reator no peito, tecnologia que o mantém vivo. Fonte: https://goo.gl/r8SwQq

As perspectivas da nanomedicina não estão distantes da realidade apresentada em um filme, nanorobôs e órgãos artificiais são objetivos a serem alcançados em um futuro não tão distante. Em seu estudo Cancino, Marangoni e Zucolotto [1] propõe que a cada descoberta oriunda da utilização de nanomateriais na medicina resultam na melhoria sobre instrumentalizações e metodologias tradicionais. Com isso encontra-se na utilização de nanorobôs uma das maiores promessas na reconstrução de órgãos, limpeza de artérias e diminuição de efeitos colaterais de remédios. Um dos órgãos com um dos maiores potenciais clínicos para reconstrução é o rim, devido sua capacidade de filtração. Deste modo, com o uso de nanotecnologia, o mesmo poderia ser reconstruído sem perder suas capacidades [3].

Injeção de nanorobô através de uma seringa. Fonte: https://goo.gl/2Nc9Yn

Antigos métodos medicinais, como a reprogramação de células da pele, já vêm sendo substituídos através de utilização de nanochips, eliminando a necessidade de trabalhos com células-tronco. O novo método é totalmente eficaz e sua execução é feita através de uma descarga elétrica que dura menos de um segundo [2].

Reprogramação de células através de nanochips. Fonte: https://goo.gl/1iUs1M

Porém, como nem tudo são flores, recursos como esses podem ser de grande risco para a humanidade se estiverem em mãos erradas. A iminência de armas químicas e biológicas que destruiriam nações devem ser consideradas, e seu uso deve ser consciente, pelo fato da existência do risco da nanopoluição gerada por nanomateriais, o que causaria danos desconhecidos à natureza.

Considerando as diversas possibilidades de aplicação da nanotecnologia no contexto geral, podemos ser otimistas nas inovações e avanços que servirão para a criação de um mundo melhor e a evolução principalmente da sua implantação na área medicinal.

Fonte: https://goo.gl/FZxAMo

Pode-se almejar a possibilidade de que em um futuro próximo a nanotecnologia possa curar doenças até então incuráveis de forma rápida e eficaz, como a AIDS e além disso pode-se esperar a utilização da nanotecnologia como forma de cura para doenças que necessitam de métodos extremos e exaustivos aos pacientes, como o Câncer, por exemplo, podendo reduzir os efeitos colaterais de seus tratamentos. É difícil mensurar o quanto este tipo de tratamento custará para pessoas com menos recursos, porém espera-se que o acesso seja possível a todos.

 

Referências:

CANCINO, Juliana; MARANGONI, Valéria S.; ZUCOLOTTO, Valtencir. NANOTECNOLOGIA EM MEDICINA: ASPECTOS FUNDAMENTAIS E PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES. Biblioteca Digital da Produção Intelectual, São Paulo, Revista Química Nova. v. 37, n. 3, p.521-526, jun. 2014. Disponível em: <http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/51325/Nanotecnologia em medicina aspectos fundamentais.pdf?sequence=1>. Acesso em: 18 jun. 2018.

ELER, Guilherme. Nanochip cura feridas e recupera órgãos usando células da pele. 2017. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/nanochip-cura-feridas-e-recupera-orgaos-usando-celulas-da-pele/>. Acesso em: 18 jun. 2018.

Portal da Educação . A Nanotecnologia na Medicina. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/a-nanotecnologia-na-medicina/50642>. Acesso em: 18 jun. 2018.

 

Compartilhe este conteúdo: