Abertas as inscrições para o XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos

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A partir dessa sexta-feira (7/10), estarão abertas as inscrições para um dos maiores encontros de estudiosos(as), de pesquisadores(as) e de profissionais do Brasil e doutros países do mundo para discutir sobre possíveis estratégias preventivas para enfrentamento de ameaças atuais e futuras aos Direitos Humanos.

Promovido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), desde 2012, e organizado pelo Programa de Mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos, com o tema “A Proteção dos Direitos Humanos em Cenário de Guerra e Pandemia, acontece de quarta a sexta-feira, no período de 19 a 21 de outubro de 2022.

Após dois anos desde o início da pandemia, o Evento retorna ao presencial, tendo o Auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, o Auditório e as Salas de Aula da Esmat como locais para realização das atividades. O Congresso também será transmitido simultaneamente no canal da Escola no Youtube.

Estão sendo disponibilizadas duas mil vagas para servidores(as), magistrados(as), estagiários(as) e colaboradores(as) do Poder Judiciário Tocantinense; estudantes, professores(as), profissionais e integrantes do sistema de justiça brasileiro e membros da comunidade em geral.

Com carga horária de 20 horas, a programação está distribuída entre conferências, painéis, oficinas e outras dinâmicas. O Evento é gratuito e contará com a participação de renomados palestrantes do Brasil, Hungria, Turquia, Egito, Estados Unidos, México, Espanha, Inglaterra, Bolívia e Moçambique.

Em complemento, serão realizados, nos dias 17 e 18 de outubro, quatro oficinas voltadas para a temática de Direitos Humanos. Mas atenção é necessário se inscrever separadamente nas atividades desejadas.

O Congresso tem como objetivo oportunizar aos(às) docentes e discentes do Programa de Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Prestação Jurisdicional e Direitos humanos e à comunidade em geral a compreensão das reflexões e dos estudos sobre os temas mundiais e atuais em direitos humanos e sua correlação com a atividade prática da prestação jurisdicional.

XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos (19 a 21 de outubro)

Inscrições específicas para participação no Congresso, clique aqui.

Para mais informações, leia o Edital clicando aqui.

Confira a programação completa clicando aqui

Para acessar a homepage do evento, clique aqui.

Oficinas (17 e 18 de outubro)

Inscrições para a Oficina I (17 e 18 de outubro) — Ver, Saber, Celebrar e Comprometer-se: oficina de Educação em Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina II (18 de outubro) — Sistema Penal e Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina III (18 de outubro) — Filosofia e Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina IV (18 de outubro) — Tutela Jurídica e Bioética de Direitos de Pacientes, clique aqui.

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CAOS 2021: Desafios dos profissionais de saúde na COVID

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No dia 03 de Novembro de 2021, no Congresso de Psicologia do CEULP conhecido como CAOS, aconteceu uma mesa redonda com o tema: Saúde Mental dos profissionais da saúde em perspectiva- desafios e oportunidades perante a Covid-19. O tema geral do congresso foi a Psicologia e Atuação Psicossocial em situações de emergência e esse tema de tal mesa redonda representou, de certa forma, o símbolo do CAOS deste ano. 

 

A convidada que chamou atenção com suas falas foi a psicóloga Almerinda, egressa do CEULP e doutoranda na UFT, sendo especialista em saúde mental e técnicas psicoterápicas. A mesma iniciou sua fala enfatizando que a Covid-19 funcionou como um convite a sociedade e a todos que precisam dos serviços da equipe da linha de frente da saúde, na qual já se encontrava desgastada e esgotada em muitos aspectos. Dessa forma, já existia um sofrimento latente nesta classe de profissionais, mas os usuários não compreendiam ou compartilhavam deste quadro e só foi possível a compreensão após esse caos mundial. 

A mesma levantou a necessidade de repensar a práxis do profissional da saúde em relação ao contexto pandêmico, no qual potencializou a emergência de se ter saúde mental. Salientou a importância do profissional da saúde mental frente a demandas de crise e de urgência e emergência, como nestes contextos. Destacou que como profissionais devemos estar atualizados constantemente e buscando novos manejos e formas de atuação pois o meio social exige isso, por estar em constante mudanças. 

Fonte: Google imagens

 

 Dessa forma, a convidada palestrante enfatizou que os profissionais, com o ocorrido da Covid-19, devem repensar as possibilidades, limites e desafios que foi imposto por esse contexto. E com isso, criar novas maneiras e estratégias que satisfaçam as demandas que estão em transformações recorrentes. Um exemplo que a convidada apresentou foi o do atendimento online, no qual não era tão usado pelos profissionais da saúde mental mas que passou a ser muito aderido devido ao isolamento social causado pela pandemia.

 

Fonte: Google imagens

 

Em resumo, a convidada acentuou que essa ocorrência da pandemia trouxe um convite instigante para os profissionais da saúde se atentarem ao sofrimento psíquico dos usuários. Para isso, precisa-se de atualizações constantes e, logicamente, de uma escuta ativa qualificada, na qual amplie o foco de atuação com recursos, mecanismos e materiais que possam potencializar a atuação do psicólogo.

 

Fonte: Google imagens

Foi de suma importância sua participação pois através de sua fala foi possível refletir sobre aspectos que outrora não eram tão priorizados, mas que se via superficialmente, como as situações de crise e emergência. 

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CAOS 2021 – Mesa redonda aborda a saúde mental dos profissionais da saúde

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No dia 03 de novembro, primeiro dia do Congresso Acadêmico de Psicologia, teve como encerramento da programação diária o lançamento do livro “Psicologia Inclusiva na Prática”, contando com a participação da Profa. Me. Ana Letícia Odorizzi, no qual começou às 18h30, sob a mediação da acadêmica Maria Isadora. Em seguida, ocorreu uma mesa redonda com o tema “Saúde Mental dos Profissionais da Área da Saúde em Perspectiva – Desafios e Oportunidades Perante o COVID”, iniciando às 19h, contando com a participação da psicóloga Almerinda Maria Skeff Cunha e o psiquiatra Leonardo Rodrigues Baldaçara. O evento foi transmitido pelo YouTube, sob a mediação dos acadêmicos do curso, Marcelo Pinheiro e Fabíola Bocchi.

Há mais de um ano nos encontramos inseridos no contexto pandêmico, no qual vêm representado através dos dados informativos, alto índices de adoecimento psíquico decorrentes dos fatores proporcionados por este cenário. Diante disso, encontram-se os profissionais da área da saúde inseridos neste grupo em que se depara com uma essa desestrutura emocional.

Fonte: Divulgação CAOS

No decorrer do evento foram apontadas questões, no qual partem da importância da atenção para com os profissionais de saúde, principalmente em situações de “desastre”. Um ponto levantado pelos convidados da mesa foi sobre a necessidade de uma escuta adequada com aquele que está em sofrimento. Outro momento trouxe uma fala “cuidar de quem cuida”, e com isso exemplificou a importância da atenção com o ambiente de trabalho e a carga que o mesmo tem para os que estão à frente do mesmo.

O encerramento do primeiro dia do CAOS trouxe perspectivas abrangentes a respeito dos cuidados para com os profissionais da área da saúde, como também esclarecer sobre levar em consideração os adoecimentos como adoecimentos, além de despertar interesse nos participantes a respeito do que foi explanado na transmissão. Outro ponto a ser destacado, é sobre a oportunidade de compartilhar informações diante da área da psicologia, trazendo visões de diferentes contextos, tornando assim o evento mais enriquecido. Para participar das demais programações, basta inscrever-se no site.

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CAOS 2021 – Jornalista fala sobre a saúde mental na Linha de Frente

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Com início na manhã desta quarta-feira, o CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia traz um repertório temático que aborda a “Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência”. Os inscritos no evento estavam ansiosos para o início desse grande evento que já está na sua 6ª edição.

Na tarde do dia 03, a partir das 14hs e com transmissão pelo Google Meet, foi liberada para que os inscritos no CAOS apreciassem as colocações no Psicologia em Debate a partir do Documentário – Saúde Mental na Linha de Frente, que contou com a explanação do jornalista e Mestre em Comunicação Contemporânea, Wilson Roberto Vieira Ferreira e com a mediação do estudante de Psicologia do CEULP/ULBRA de Palmas Jorgeton Vinicyus Vieira e Silva.

Fonte: Arquivo Pessoal

O jornalista Wilson Roberto, iniciou sua fala expondo na sua concepção o descaso do governo e do “Morde assopra” entre o jornalismo brasileiro e o governo federal no que tange as notícias repassadas para a população brasileira em tempos de pandemia, relatando que houve sinais trocados e ambíguos com as notícias referentes à pandemia do Covid-19 e as informações truncadas do governo perante essa tragédia sanitária.

No seu discurso o jornalista trata a pandemia como um fenômeno semiótico, onde a sociedade ficou desprovida de informação e que as informações ficaram ocultas para a sociedade. E que o medo e a ansiedade são ferramentas de manipulação para um regime totalitário, já que a pandemia não permitiu que se pudessem protestar contra a falta de informações. Ele considera que ouve um golpe militar hibrido e que ninguém percebeu onde está ocorrendo um aparelhamento do estado pelos militares e que é impossível nesse contexto esconde-la da sociedade.

Wilson fala que o segundo aspecto importante provocado pelo documentário foi a   questão do medo, da ansiedade e do isolamento social provocado pela pandemia, e que não enterrar os seus mortos e não conseguir criar o luto é uma questão importante em termos de psicanalises em suas diversas maneiras de assimilar a morte no nosso psiquismo.

Fonte: Imagem no Freepik

Após muitos assuntos abordados, a última fala do jornalista foi que as soluções colocadas no horizonte são muito privativas e isoladas e que são necessário ações coletivas. E que a pandemia nos empurrou para situações que já eram previstas, onde a esperança é sair dessa situação e entender isso coletivamente. Por fim, o convidado agradeceu pelo convite e convidou para participar das sus redes sócias.

Não se esqueçam que esse foi só um evento dentro da programação do CAOS e que para se inscrever basta entrar no site e seguir a programação.

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Mesa redonda discute a assistência em situações de crise

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Participaram da mesa Alex Matos Fernandes (profissional da Defesa Civil); Karlla de Souza Luz e Claudete Nascimento (profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU); e Andreya Bueno, (Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar).

Ocorreu na manhã da última quarta-feira, dia 02 de outubro, nas dependências do CEULP/ULBRA, a mesa redonda “Intervenção em Situações de Crise”, organizada pela professora Izabela Querido e os acadêmicos de Psicologia da disciplina de Intervenção em Situações de Crise. A mesa redonda teve o objetivo de abordar a assistência prestada por profissionais nas mais diversas situações de crise, como suicídio, surtos psicóticos, desastre e violências.

       Participaram da mesa Alex Matos Fernandes (profissional da Defesa Civil); Karlla de Souza Luz e Claudete Nascimento (profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU); e Andreya Bueno, (Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar). Como mediadora, a professora Izabela Querido iniciou com a apresentação do evento, abrindo para as apresentações dos profissionais convidados.

      A tenente Coronel Andreya Bueno, do Corpo de Bombeiros, atualmente no cargo de diretora do Departamento de Ensino e Pesquisa, abriu a fala dos convidados da mesa. Inicialmente abordou sobre a sua experiência pessoal com a Psicologia, reconhecendo a importância das intervenções do profissional psicólogo. Durante a sua fala explicou sobre o trabalho de capacitação para situações de emergência que realiza nas instituições de ensino, o qual envolve crianças do primário até universitários, focando na prevenção como também no manejo em caso de incidentes.

(Da esquerda para a direita: Karlla de Souza, Claudete, professora Izabela Querido, Andreya Bueno e Alex Matos Fernandes )

         Dando continuidade às falas da composição da mesa redonda, a enfermeira Karlla de Souza Luz, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), relatou como ocorre a assistência e os procedimentos em casos de emergências, em que os profissionais do SAMU são acionados para prestar assistência direta ao paciente ajudando e fornecendo o atendimento pré-hospitalar às vítimas em situações de urgência. Karlla relatou sobre algumas experiências que foram marcantes em sua vida profissional, demandas relacionadas aos atendimentos direto com os pacientes em situações de urgência. Compondo também a mesa, a  profissional do SAMU, Claudete Nascimento, explicou sobre a simulação de acidente com múltiplas vítimas ocorrido na Teotônio Segurado, que teve o objetivo de preparar os profissionais de salvamento e segurança.

       Alex Matos foi o responsável por descrever a atuação da Defesa Civil na cidade de Palmas-TO. Esta representa um conjunto de ações preventivas de socorro, assistenciais e reconstrutivas visando preservar a integridade física e moral das pessoas em situação de vulnerabilidade. Alex explicou que o papel da Defesa Civil vai além de apenas salvar uma vida em situação de perigo, sua atuação também envolve oferecer suporte para que as vítimas se sintam acolhidas. Um exemplo citado foi o de oferecer brinquedos para crianças que estão em abrigos temporários depois de desastres, sejam estes causados por eventos naturais ou decorrentes de incidentes tecnológicos. Na pauta do evento, também foi discutida a questão de cadastros de profissionais para auxiliarem em situações de desastre.

      Na ocasião da mesa redonda os profissionais aproveitaram para reforçar a necessidade de desenvolver ações que promovam saúde mental para as pessoas que intervêm nas situações de crise. Andreya apontou que cresce o número de mortes por suicídio em profissionais da segurança pública enquanto Karlla e Claudete citaram o adoecimento físico e mental de profissionais da saúde. De acordo com os depoimentos, o suicídio é uma experiência vivenciada com colegas próximos tanto da corporação do Corpo de Bombeiros quanto em áreas da saúde.

           O encontro foi encerrado com a reflexão da importância de discutir e abrir espaço para abordar cada vez mais sobre a atuação desses profissionais, construindo juntamente com acadêmicos  um trabalho intersetorial em que diferentes áreas poderão articular para atender as necessidades vigentes.

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Rotatividade dos profissionais da saúde: uma experiência prática

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A alta rotatividade da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) pode acarretar também em falta de profissionais qualificados, engajados e conhecedores do serviço.

A rotatividade profissional, para Tonelli et al. (2018), é definida como uma permanente entrada e saída de pessoas de uma organização, sendo estas voluntárias ou involuntárias. Dentro das organizações sempre há rotatividade, estas podem ser positivas, desde que sejam de funcionários não essenciais que estejam executando determinada atividade e venham deixar a organização. Portanto, é importante ressaltar que a rotatividade pode acarretar em perdas de pessoas estratégicas para determinada vaga, causando assim o fator de interrupção das atividades e consequentemente prejudicando no desenvolvimento da organização.

A alta rotatividade da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) pode acarretar também em falta de profissionais qualificados, engajados e conhecedores do serviço. Uma vez que o profissional que se encontra pertencente a instituição e conhece todo o funcionamento desta é afastado, a inserção de um novo profissional implicará em todo um processo de adaptação que poderá trazer consequências diversas para o serviço. De acordo com Gil (2006), a rotatividade dos profissionais de saúde resulta na perda de investimentos dos gestores que estão em processo de capacitação e qualificação dos profissionais para desenvolver novas práticas, como cursos de introdução aos princípios organizativos da saúde.

Outro fator que pode estar relacionado ao alto índice de rotatividade dos profissionais de saúde, pode estar interligado com a insatisfação relacionada a política da organização, pois se o profissional não acredita nesta política, o trabalho vai se tornar adoecedor e sem sentido. Para Medeiros et al (2010), os profissionais insatisfeitos com o trabalho podem apresentar maior probabilidade de fazerem parte da taxa de rotatividade. Na medida em que o profissional apresenta falta de realização e pouca motivação, começam a receber pouco reconhecimento no cargo, vivenciar constantes conflitos com a chefia e com os colegas, e ainda experimentam a incapacidade de realizar os objetivos do seu cargo.

Fonte: encurtador.com.br/hvCGR

Com o alto índice de rotatividade dos profissionais da saúde, os usuários do SUS podem apresentar dificuldade em construir novos vínculos e se dedicarem ao tratamento, devido a possibilidade da saída repentina do profissional que, por sua vez, colabora para um sentimento de insegurança. Campos e Malik (2008) acreditam que na saúde, a rotatividade pode gerar alguns impactos, como o comprometimento com os vínculos da equipe com os usuários, que pode afetar também no objetivo dos resultados esperados dentro do serviço, principalmente na Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois o seu foco está na atenção à família na comunidade, onde valorizam-se os vínculos estreitos entre família e profissional.

A rotatividade dos profissionais dos SUS pode afetar também o andamento do tratamento do usuário, pois o profissional pode vir a iniciar uma atividade e deixá-la inacabada por conta de sua saída da organização, causando um desamparo no processo até a chegada de outro profissional, que pode ou não dar continuidade a esta atividade. Sendo assim, alguns profissionais optam por não planejar atividades que requeiram um longo período de execução, como demonstra Pialarissi (2017, p. 2)

Comprometendo a relação do sistema com os trabalhadores e prejudicando a qualidade e continuidade dos serviços prestados em razão de consequências tais quais o alto índice de rotatividade dos profissionais e a impossibilidade de se fixar projetos com processos de planejamento de médio e longo prazos

Fonte: encurtador.com.br/mqtGS

Para Guimarães, Oliveira e Yamamoto (2013), um dos aspectos que pode comprometer a continuidade e o andamento das atividades é a rotatividade dos estagiários, pois pode vir a  causar nos usuários um recomeço constante das atividades, além da necessidade de (re)criar novos vínculos entre usuários e estagiários.

Dentro do âmbito de saúde alguns projetos são colocados em prática, mas devido a rotatividade dos profissionais alguns projetos não são finalizados. Segundo Polejack et al. (2015), a descontinuidade das ações planejadas, a frequente rotatividade dos profissionais, a descontinuidade das políticas e da gestão das mesmas, podem acarretar em implicações severas para o serviço e para o papel de cada profissional.

Uma experiência de rotatividade vivenciada na prática

            O estágio em ênfase B se apresenta como um dos campos de estágio que o acadêmico do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra precisa cumprir, como matéria obrigatória para sua formação. Diante das muitas possibilidades de atuação que foram ofertadas, as estagiárias escolheram o campo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS AD 3).

Fonte: encurtador.com.br/LPQZ1

            As atividades no referido espaço foram iniciadas no mês de fevereiro de 2019, sob supervisão da psicóloga da instituição. Esse primeiro mês teve como objetivo principal a integração das acadêmicas ao campo, para que estas entendessem o funcionamento do serviço e acima de tudo pudessem estabelecer um bom vínculo com os usuários e com a equipe profissional.

            Diante da satisfatória integração, as estagiárias assumiram para si funções específicas, sendo: a condução de um grupo terapêutico sobre autoconhecimento, bem como a realização de atendimentos psicoterápicos individuais. Dessa forma, a inserção e atuação no campo começou a tomar forma e engajamento, e assim foi durante os meses de março e abril, até que o fenômeno da rotatividade acontecesse.

            A psicóloga supervisora tomou a decisão de não continuar mais trabalhando na instituição, por motivos específicos e pessoais. Como consequência da saída da Psicóloga, as estagiárias não puderam mais continuar na instituição, uma vez não permitida a permanência de estagiários atuando no campo sem um supervisor. Sendo assim, o abandono do campo ocorreu, e ocorreu de forma dolorosa para todos os envolvidos no processo: acadêmicas, supervisora, equipe e usuários.

            Tal abandono acarretou no desamparo dos usuários, que estavam sendo assistidos pelos grupos e pelos atendimentos individuais que eram conduzidos pelas estagiárias e pela supervisora. Além de implicar bastante nas relações de vinculação que haviam sido estabelecidas, fazendo com que todas experimentassem um sentimento de rompimento muito doloroso.

Fonte: encurtador.com.br/sFUY6

            O romper desse vínculo e suas consequências foram externalizadas na fala de alguns usuários, que ao saberem da saída das profissionais demonstraram inquietação e preocupação, questionando “por quem” e “como” eles seriam assistidos.

            Contudo, a nova realidade que se apresentava levou as acadêmicas a estagiarem em outro campo, agora a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (SEMUS), especificamente na área de gestão, sob supervisão da psicóloga Isabela Monticelli que se encontrava responsável pelo grupo condutor de Infectologia.

            Diante de todo o exposto, é possível perceber o quanto a rotatividade nos serviços de saúde existe e o quão nocivas elas são, tanto para os usuários dos serviços quanto para os profissionais envolvidos. Dessa forma, para as acadêmicas, ter vivenciado esse processo lhes fizeram perceber que, ao profissional da saúde pública é necessário sempre uma criatividade e expertise no que tange a sua atuação profissional, estando sempre atento para que o processo seja o menos prejudicial possível, para os usuários e para si mesmo.

            Tal expertise e atenção, pode se aplicar numa prática baseada num cuidado comprometido que seja efetivo enquanto o profissional estiver inserido naquele espaço de trabalho, tendo este a consciência de que fez o seu melhor dentro do tempo que lhe foi concedido. Além disso, entender que os usuários do serviço podem, por meio da sua atuação profissional alcançar um nível de autonomia que lhes façam ser os protagonistas de suas vidas, colaborando assim para a dissolução de vínculos de dependência não-saudáveis.

 

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Claudia Valentina de Arruda  and  MALIK, Ana Maria. Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família. Rev. Adm. Pública [online]. 2008, vol.42, n.2, pp.347-368. ISSN 0034-7612.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122008000200007.

GIL, C. R. R. Práticas profissionais em saúde da família: expressões de um cotidiano em construção. 2006. 318 f. Tese (Doutorado) – Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro.

Guimarães, S. B., Oliveira, I. F., & Yamamoto, O. H. (2013). As práticas dos psicólogos em ambulatórios de saúde mental. Psicologia & Sociedade, 25(3), 664-673

MEDEIROS, Cássia Regina Gotler et al. A rotatividade de enfermeiros e médicos: um impasse na implementação da Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, Lajeado Rs, v. 15, n. 4, p.1521-1531, jun. 2010.

PIALARISSI, Renata. Precarização do Trabalho. Rev. Adm. Saúde, São Paulo, Vol. 17, Nº 66, Jan. – Mar. 2017.

POLEJACK, Larissa. Psicologia e Políticas Públicas na Saúde: Experiências, Reflexões, Interfaces e Desafios. (2015), Porto Alegre, 1 ed.

TONELLI, Bárbara Quadros et al. Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Revista da Faculdade de Odontologia – Upf, [s.l.], v. 23, n. 2, p.180-185, 22 out. 2018. UPF Editora. http://dx.doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8314.

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Acadêmicos de Psicologia do Ceulp participam do pré Corep

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O Corep do Tocantins irá ocorrer nos dias 30 e 31 d março, e todos os participantes desta fase preliminar irão compor as discussões.

Vários acadêmicos de Psicologia do Ceulp/Ulbra participaram na última quinta-feira, dia 07/02, do pré Corep – Congresso Regional de Psicologia. A ação é realizada em diversas localidades com a tarefa de suscitar debates e levantar questões para a formulação de teses sobre os rumos da profissão. Em Palmas, ocorreu na sede do Conselho Regional de Psicologia – CRP.

O Corep do Tocantins irá ocorrer nos dias 30 e 31 de março, e todos os participantes desta fase preliminar poderão compor as discussões. Cada Conselho Regional define os delegados eleitos nos pré-congressos, cujo foco será a apreciação das teses nacionais e, a partir disso, confirmar a eleição dos delegados para o Congresso Nacional.

Para a profa Msc. Muriel Rodrigues, do curso de Psicologia do Ceulp e que esteve no pré Corep, ‘é muito importante a participação dos alunos, uma vez que eles já estão percebendo na prática o funcionamento do sistema conselhos, e contribuíram com colocações pertinentes sobre os temas levantados, sobretudo no que se refere a questões éticas da profissão’.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Psicologia, psicólogo Pedro Paulo Valadão, ‘o evento é uma grande oportunidade de aproximação entre o Conselho Regional de Psicologia, os profissionais e principalmente os estudantes, que discutiram temas pertinentes e atuais sobre a profissão. Através dos pré Coreps conseguimos nos aproximar da comunidade acadêmica, o que oxigena os debates e possibilita uma ampla discussão de caráter social e político’.

Fonte: https://goo.gl/L2YeXi

Congresso Nacional– Após estas etapas, os representantes locais participam do Congresso Nacional, que é o processo de discussão e decisão sobre as orientações para a atuação dos Conselhos de Psicologia. Participam os delegados nacionais, eleitos nos Coreps. O Congresso Nacional é realizado atualmente em Brasília (DF). Durante o Congresso Nacional, as teses devem ser propostas em consonância com o tema do CNP e classificadas de acordo com os eixos do Congresso definidos pela APAF. O temário, eixos, regimento e períodos para a realização das etapas regionais e nacional são propostas pelo CFP e apreciadas e deliberadas na APAF.

A Comissão organizadora Nacional, composta por representantes dos regionais, e presidida pelo CFP, trabalhará desde a instalação das etapas regionais até a abertura da etapa nacional, onde os trabalhos serão conduzidos pela Mesa Diretora. O relatório final das deliberações será divulgado amplamente para toda a categoria,  de forma a garantir a transparência do processo. – Com informações do CPF.

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HACKATHON: Equipe “QR-TC” objetiva acolher estudantes

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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

A equipe QR-TC (Quer refúgio? Tecle conosco), composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”. O grupo tem como objetivo possibilitar habilidades sociais a partir de ferramentas utilizadas para promoção de saúde mental, bem como prevenção e diminuição de problemas interpessoais.

Trata-se de uma plataforma cujo objetivo é estabelecer uma aproximação entre pais, alunos, colégios, profissionais da saúde mental, e ser um meio de apoio para os adolescentes que estão passando por situação em que necessitem de apoio. Ele é um sistema online onde o aluno tem acesso de forma anônima por um QR Code que estará presente em seu colégio. Depois de ter feito o acesso, o aluno poderá conversar de forma anônima com profissionais capacitados e treinados que poderão lhe dar apoio.

O sistema irá identificar quando alguma palavra ou frase das conversas deverão ter uma atenção especial, e então irá gerar dados que irão mostrar estatísticas dos assuntos mais frequentes abordados pelos alunos, com isso a escola poderá intervir com conscientização em seu ambiente.

O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

1º Hackathon Tech for Life – Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).

Integrantes da equipe

Carolina Láuria,22 anos, acadêmica de Psicologia, 4° período

Leonardo Setubal Maggio,20 anos, acadêmico de Engenharia de Software, 4° período

Renan Bringel,20 anos, acadêmico de Ciência da Computação, 5° período

Samuel Felipe Branco Paiva,34 anos, acadêmico de Psicologia, 4° período

 

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O que me faz ser um bom Profissional?

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“O que me faz ser um bom profissional?” Você já se questionou sobre isso?

 

Não é preciso trabalhar na área da saúde para observar o que as pessoas esperam dos profissionais que irão atendê-las. Basta sermos o “outro lado”, nos colocarmos no lugar do outro, para sabermos, sem nenhuma sombra de dúvidas, o que é ser atendido por um bom profissional.

 

 

Dois anos e alguns dias depois da graduação em psicologia foram o suficiente para eu ter a audácia de escrever sobre o que, nitidamente, as pessoas esperam de nós. Esta não é a primeira vez que menciono que antes de termos uma profissão somos seres-humanos que necessitam igualmente das mesmas coisas: alimentação, educação, lazer, saúde, bem estar. Portanto, temos o conhecimento natural da importância de tudo isso em nossas vidas. E por termos essa consciência é que, possivelmente, desenvolvemos esta paixão pelo o cuidar do outro.

Trabalho há um ano em uma Unidade Básica de Saúde e tenho observado que o que realmente cura e dá conforto aos meus pacientes é a maneira como eles são recebidos e a forma como os problemas deles são tratados, sejam esses problemas graves ou “simples”. Tal como diz Rubem Alves “o que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio”. Talvez o segredo não está nas técnicas, mas no acolhimento e atenção. Sentir-se acolhido.

 

“O que me faz ser um bom profissional?” Antes de tudo, aprenda a se questionar sobre isso. Foram os anos de estudos, teorias, leituras, trabalhos e provas intermináveis? O diploma e o registro no conselho? É sua convivência passiva com seus colegas de trabalho, o respeito aos demais profissionais? A forma como você atende o outro, como o escuta, como trata seu problema e suas aflições? É manter-se humano e centrado, apesar dos percalços e dos problemas pessoais? É sua remuneração? O status atribuído ao longo dos anos?

 

Eu arrisco dizer que é justamente isso. Isso é  toda a trama, é um imenso emaranhado de linhas que sustentam o profissional que você é. Qualquer que seja a falta dessas características acima, faz com que deixamos de ser um bom profissional e nos tornamos apenas mais um profissional. É como em uma daquelas provas em que se errar uma questão, anula uma certa, compreende? Um sustenta o outro. De nada adianta sua teoria, se na prática você não consegue exercer metade do que os livros e suas notas “10” te apresentaram. Não adianta você ser ótimo na prática, se você nem sequer sabe o nome daquele que está à sua frente, esperando por uma resposta.

 

Para chegar onde realmente deseja é preciso, muitas vezes, ir além de um diploma. Não é o diploma que te faz profissional, serão seus pacientes, serão aqueles que trabalham com você, serão todos que estão intimamente ligados ao seu trabalho.

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