Servidão Voluntária nas relações de trabalho

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Durante a primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, no dia 22 de agosto, ocorreu a palestra de abertura do evento com a Dra. Ana Magnólia Mendes, tendo como tema “Discurso e Sujeito na Psicanálise: dimensões éticas e políticas”. A palestrante apresentou o tema de acordo com o contexto atual do trabalho. Ressaltava com veemência o papel dos psicólogos no mercado agressivo de hoje.

 De acordo com Ana Magnólia, o sofrimento humano faz parte da angústia na sociedade. A psicanálise estuda o sujeito de modo distinto da ciência, pois não o reduz ao capitalismo, segundo o qual o indivíduo será ”feliz” se consumir, pois produz o subordinado do desejo. Quanto mais se tem, mais se quer. A qualidade do psicólogo deve ser acima da questão do lucro e do dinheiro. Isso envolve investimento no paciente e tempo. Caso o profissional vise o lucro, a tendência é custar mais barato e menos tempo nas consultas, o que compromete a qualidade da análise clínica.

A oradora apresentou ao público a noção do sujeito da repetição, aquele que repete de modo incessante determinado processo isento de senso crítico. Desse modo, neste discurso ele vai trazer a construção de laços sociais que se estabelecem na perversão, que é a quebra dos seus direitos básicos. Para ser considerado como um, é preciso ser surdo e atender a um comando de uma voz, que apenas a repete e obedece.

A função do psicólogo é resgatar o dependente compulsivo da repetição para o conhecimento. O capitalismo contrapõe o sujeito do saber a um repetitivo e com isso ela retratou suas características. Ele não é reduzível, pois não se submete a processos contínuos; ele é infinito, pois busca o conhecimento. O sujeito repetitivo busca o conhecimento para se resgatar. As pessoas que se automedicam causam aprisionamento do sujeito da compulsão da repetição. Ele é fisgado a partir da produção do outro, no discurso das promessas (paraíso), pois é o lugar da plenitude.

Percebe-se que a palestrante continuamente relaciona seu tema com o capitalismo, pois está intrinsecamente ligado a ele. Esse sistema de mercado contemporâneo destrói a identidade do indivíduo e o submete a desumanização, e dessa maneira causa a indiferença com os demais. Ana Magnolia também expôs o conceito de normopatia, fenômeno no qual acarreta a aniquilação da humanização e laços sociais devido à banalização da violência e da opressão.

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Fonte: http://www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=20&id=3124

Outras duas definições diferentes que ela apontou foram sujeito invocante e invocado. No primeiro, refere-se diretamente ao repetitivo, submetido intensamente a demanda do outro e que precisa se descobrir como ser falante e pensante. No segundo, supõe-se uma alteridade, isto é, algo próprio e crítico àquilo que o rodeia. O contraste entre os dois conceitos vigora na globalização, pois a maior parte da população global está como invocada e uma mínima parcela como invocante.

Logo, ocorre a servidão voluntária, onde o submisso é condicionado a aceitar e conviver em situações degradantes para poder manter sua sobrevivência. O psicólogo, nessas condições, deve realizar uma escuta clínica a fim de o sujeito sair da repetição. Além disso, priorizar a ética profissional deve ser o ideal do psicólogo, pois a qualidade do serviço não está ligada na quantidade de pacientes atendidos em um dia. Desse modo, deve analisar os casos e então realizar a demanda necessária separadamente, mesmo que isso custe mais tempo do que o esperado e investimento.

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Comunicações orais na 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra

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Dos dias 22 a 26 de agosto de 2016 ocorreu a primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra. Nas comunicações orais do dia 23 de agosto foram apresentadas os seguintes trabalhos: “Mídia e Infância: a erotização do corpo infantil”; “O Critério Estético da Moral: Reflexos de uma Sociedade Estigmatizadora” e “As Redes Sociais Digitais e seu Impacto no Desempenho do Portal (En)Cena – A Saúde Mental em Movimento”.

A primeira apresentação abordou como a mídia pode influenciar as crianças a se tornarem consumidoras em potencial. Inicialmente, foi exposta uma linha do tempo que mostrou a visão dos adultos em relação a elas no decorrer da história. Algo que impressionou-me foi o fato de crianças serem consideradas mini-adultos e o uso de mão-de-obra infantil nas fábricas após a 2ª Revolução Industrial.

Ainda sobre mídia e infância, apresentou-se a facilidade de acesso a informação que as crianças têm hoje através da internet, televisão e até mesmo do celular. Outro aspecto abordado foi a banalização do corpo feminino e como isso acaba refletindo nas crianças.

A segunda apresentação abordou a forma com que julgamos moralmente uma pessoa com base em critérios estéticos. Atribuímos aquilo que é mau ao feio e o que é bom ao belo, e isso é bastante retratado em desenhos infantis. Outro critério que o julgamento moral também assume é o econômico, sobre isso retratou-se a diferença entre um crime  na periferia e um crime em zonas centrais das cidades.

A terceira e última apresentação foi sobre o impacto das redes sociais sobre o Portal (En)Cena – ferramenta de publicação de artigos do curso de Psicologia. O (En)Cena foi criado em 2012 e em 2016 passa por transformações. A partir do índice de visitação, buscou-se identificar o público que acessa o canal através das redes sociais, qual conteúdo mais interessa esse público e porque, as ameaças que podem afetar o portal, o que pode ser melhorado para que ele atinja maior público e que as pessoas naveguem por ele por mais tempo.

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Fonte: http://girasp.com.br/2015/10/representante-da-comunicacao/

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Psicologia Hospitalar e cuidados intensivos

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No quarto dia da primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, houve uma mesa redonda com profissionais psicólogos ligados a saúde hospitalar, a partir do seguinte tema: O psicólogo hospitalar na atualidade. Três componentes da mesa trabalham no Hospital Geral de Palmas.

Uma das profissionais focou no tema dos psicólogos hospitalares em unidades de cuidados intensivos. As unidades de cuidados intensivos só atendem pacientes em estado grave ou em casos de risco da própria vida. Desse modo, é preciso primeiramente uma mão de obra qualificada e aparelhos sofisticados.

Quando o paciente é enviado a essas unidades, é de maneira abrupta. Isso acarreta um alto nível de estresse e descontentamento. O ambiente é muito iluminado, confinado e estressante. O enfermo não tem privacidade e geralmente possui pouca relação com os profissionais da saúde, pois há troca constante deles devido ao excesso de testes.

Em uma análise psicológica do estado mental do doente nesta situação, os profissionais disseram que os mesmos se encontram com medo, impacientes, inseguros quanto à recuperação, ansiosos devido aos procedimentos e à falta de comunicação. É a partir desse momento que o profissional da saúde mental deve abordar e estudar a condição do paciente. A partir do seu histórico familiar, social, econômico e trajetória de vida, o psicólogo atende e tenta auxiliá-lo neste processo.

A profissional apresentou aos ouvintes algumas diretrizes necessárias para a assistência psicológica em unidades de cuidado. Ele deve promover o acolhimento do paciente, identificar os aspectos psicossociais a partir de entrevistas e do seu histórico de vida. Tentar minimizar os agentes estressores e geradores de ansiedade. Avaliar a partir da visão do enfermo a gravidade da doença para ele e como reage sobre esta problemática.

hqdefaultFonte: http://nunesjanilton.blogspot.com.br/2016/06/psicologia-hospitalar.html

Os objetivos principais do psicólogo nestas unidades são o alívio da angústia, o favorecimento da melhora da qualidade de permanência nestes locais. Compreender as crenças e os sentimentos deles; enxergar o paciente não como doença, mas sim como indivíduo dotado de singularidades. Eles geralmente apresentam ansiedade e temor dos resultados dos testes; agitação psicomotora; insegurança; medo e impotência; agressividade, depressão ou delírio, além de desequilíbrio psicológico pelo prolongamento da internação, entre outros.

Muitas vezes a gravidade da doença para o paciente é encarada de forma diferente para a família. E em vários casos, eles não podem interagir verbalmente devido a estar debilitados e limitados a aparelhos. Desse modo o psicólogo deve promover meios em que haja gestos ou outras maneiras que estabeleça a comunicação. Também há situações em que o enfermo não reage a nenhum tipo de comunicação devido ao seu estado final de vida.

O psicólogo tenta promover a melhor interação entre o paciente, profissionais e familiares. Esta tríade deve estabelecer a comunicação saudável a partir da compreensão da gravidade da enfermidade. As unidades intensivas são ambientes propícios para discussões familiares e de grande tensão.

O acolhimento é hospedar, receber, dar crédito, atender, escutar os pacientes e familiares. A partir disso cria-se a demanda para iniciar o processo de acolher o doente.  O caso do enfermo é mais crítico porque é bombardeado a todo o momento por estar submetido a vários procedimentos e profissionais.

O psicólogo atua como facilitador de fluxos emocionais; ele tenta estudar a subjetividade do paciente e resgatá-la; tenta recuperar sua identidade como indivíduo. Ele também procura denunciar a finitude do ser humano, pois obedecemos a um ciclo inevitável, que é nascer, desenvolver-se e falecer. Tal compreensão facilita a aceitação da doença.

1427801417_10Fonte: http://www.noarnoticias.com.br/noticias/Setrem-promove-8-Jornada-de-Psicologia/3417

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Contemporaneidade e os obstáculos para a igualdade de gênero

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No dia 25 de agosto de 2016, recebemos no auditório central do CEULP/ULBRA (Centro Universitário Luterano de Palmas), a presença das professoras Dra. Cynthia Miranda e Dra. Temis Parente, juntamente com Hareli Fernanda Garcia Cecchin, fazendo parte da mesa redonda no quarto dia da 1° Semana Acadêmica de Psicologia. A mesa redonda foi sobre o tema “A construção do Feminino: impasses entre o moderno e o contemporâneo”.

A professora Dra. Temis Parente abordou o conceito de gênero e a discriminação da mulher, tanto profissional (a desigualdade salarial e desvalorização do serviço prestado no mercado de trabalho); também falou da exclusão da mulher em cursos considerados de homens (engenharia civil, por exemplo) ao longo da história e fez uma leve discussão sobre a descriminação de negros e pobres.

Equality woman man conceptFonte: http://ec.europa.eu/justice/newsroom/gender-equality/news/150429_en.htm

Já a professora Dra. Cynthia Miranda relacionou mulher e comunicação, dando ênfase ao espaço e o papel da mulher na mídia. Expondo que as mulheres ainda são representadas nos meios de comunicação como vítimas e não como protagonistas e também quanto à banalização da imagem do corpo da mulher, alimentando com isso a ideia de mulher como objeto, propagando a cultura de estupro, assédio sexual e moral e, por fim, o machismo na sociedade.

Dra. Cynthia Miranda citou vários exemplos de violência simbólica (conceituada pela mesma como danos morais e psicológicos, sem danos físicos), como foi o caso das mulheres nas Olimpíadas Rio2016, que foram retratadas como musas e não como atletas e também do tratamento de mulheres que cobrem notícias sobre esporte. Finalizando suas palavras falando a cerca do desafio que é esta busca por igualdade de gênero na nossa sociedade, regada pelo machismo e patriarcado.

Resultado de imagem para igualdade de generoFonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/comportamento/igualdade-genero.jpg

Com um discurso temático pertinente, observei um debate polêmico acerca da identidade de gênero e não apenas ao gênero feminino (da mulher, biologicamente falando). Então houve esta inquietação quanto ao tema. Por fim, suas falas estenderam-se até às 10h, quando Hareli Garcia agradeceu a presença das professoras, fez seu comentário sobre o assunto e abriu oportunidades aos estudantes para fazerem perguntas.

Após debaterem algumas questões como feminismo, identidade de gênero (quando veio à tona a quebra de expectativa quanto ao tema) e a aprendizagem dos participantes, por fim às 11h15min houve o encerramento, acalentado com aplausos do público presente.

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Acolhimento em clínica-escola e postura ética

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Durante a 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, tive a oportunidade de conhecer mais sobre o acolhimento em Clínica-Escola. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução com ativação de redes de compartilhamento de saberes.

Diferenças conceituais entre Acolhimento e Triagem:

Acolhimento: É uma postura ética e não pressupõe hora ou profissional específico. É uma estratégia de cuidados empregada desde sua chegada à unidade de saúde com responsabilidade integral sobre ele. Também é feita por uma equipe multiprofissional, que envolvem: médicos, psicólogos, nutricionistas, etc.

Triagem: Diferentemente do acolhimento, a triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade do seu estado. Este processo raciona eficientemente os cuidados quando os recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato.

Acolher inclui ouvir queixas, permitir que o paciente expresse suas preocupações, angústias, e ao mesmo tempo, fazer a articulação de outros serviços de saúde para a continuidade da assistência, quando necessário. Alguns erros cometidos no acolhimento: preocupar se apenas com a demanda e esquecer o sujeito, não deixar que a pessoa fale, preocupar-se apenas em fazer anotações, confundir triagem com acolhimento; não estabelecer vínculo com o paciente, mergulhar-se na queixa e esquecer que o sujeito é um ser biopsicossocial.

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Fonte: https://mentemagra.com/2013/08/

 

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O psicólogo hospitalar na atualidade

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Durante a 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, fui assistir à mesa-redonda realizada em 24/08. Achei muito enriquecedora, pois abordou um tema muito importante, a atuação do psicólogo hospitalar na atualidade. Através das falas dos convidados pude conhecer mais sobre esse campo de atuação, e entender melhor, pois foi falado da atuação do psicólogo no hospital em vários setores.

Começamos com a psicóloga Izabela, falando sobre a atuação nas Unidades de Tratamento Intensivo. Ela nos explicou que muitas vezes o atendimento é feito só com os familiares, pois o paciente está por algum motivo impedido de se comunicar, e que é um trabalho árduo, pois sabemos que os pacientes que estão nessa ala são pacientes em estado grave, muitas vezes sem nenhuma esperança de recuperação, apenas à espera da morte. E por esse motivo é necessário que além do médico, haja também um psicólogo acompanhando a família, ajudando a entender e aceitar aquela situação.

Nos casos em que o paciente, mesmo estando nessa ala, pode se comunicar, o psicólogo age diretamente com ele. Izabela nos explicou que esse atendimento é muitas vezes bem complicado, pois mesmo o paciente estando consciente, ele pode não conseguir falar, e ainda assim o psicólogo tem que se manter ali, dando assistência ao paciente. Muitos desses pacientes estão ali, já sem esperança de cura, mas é importante que se mantenha a fé na cura, e o psicólogo está ali também para incentivar isso.

Muitas vezes o psicólogo não pode sair do Hospital, nem mesmo para seu descanso, eles têm que descansar ali mesmo, fazendo desse trabalho por vezes cansativo para o profissional, que além de ajudar o paciente e seus familiares, tem que buscar manter-se bem para exercer seu papel com bom desempenho.

A psicóloga Marilia trouxe para nós sua experiência atuando na maternidade. Foi também muito enriquecedora e importante sua fala. Ela nos explicou como uma psicóloga age em diversas ocasiões nessa ala. Como quando a mãe chega para ter ser bebê, e é internada, muitas vezes sem acompanhante, isso causa estresse a ela, cansaço, e o psicólogo está ali para apoiar. Quando o bebê nasce, a primeira coisa que as mães querem é pegar seu bebê e ir para casa, mas nem sempre isso é possível.

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Fonte: http://www.suprema.edu.br/2014/equipe-de-ginecologia-e-obstetricia

Mesmo a mãe estando saudável e podendo sair do hospital, o bebê pode precisar de mais alguns dias ali, em observação, sendo medicado, muitas vezes, por nada grave, mas que inspira cuidados. E a mãe, por já estar cansada daquele ambiente, quer ir embora e levar o bebê, porque acredita que em casa, ela será capaz de cuidar como ele precisa e sanar o problema. Então entra o psicólogo, agindo de forma que apoie a mãe, e demonstre entender seu desejo de ir embora, mas explicando para ela que o bebê ainda precisa ficar ali, e que ali ele será mais bem assistido, cuidado, muitas vezes até fazendo a mãe mudar de ideia e aceitar ficar. Há também os casos em que o bebê nasce e precisa ir para o UTI neonatal. Como o paciente é um bebê, a ação dos psicólogos nesses casos é sempre com os pais, ajudando a entender a situação e aceitar.

Quando há casos de morte, não cabe ao psicólogo informar aos pais, mas sim ao médico. Já houve, e ainda há uma discussão em torno disso, muitos médicos acham que esse papel, o de informar óbito é do psicólogo, mas já está confirmado que isso é papel exclusivo do médico. Pois os pais vão querer saber como, por que, e isso não cabe ao psicólogo explicar, ele nem teria informações para isso. Ao psicólogo, nesses casos, cabe o papel de apoiar os pais, sempre na busca da aceitação, é um trabalho difícil, pois os pais já estão fragilizados pelo parto, e tudo que envolve esse momento, mas é preciso que haja a aceitação.

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Fonte: http://noticias.r7.com/empregos/noticias/dia-do-psicologo-profissionais

Em minha opinião, esse debate foi de enorme importância para nós, acadêmicos, nos permitiu conhecer mais sobre essa área de atuação, suas dificuldades, e também a recompensa, quando tudo “acaba” bem.

Para nós, enquanto estudantes, é necessário conhecer ao menos um pouco, sobre cada abordagem, cada área de atuação, para que na hora de fazermos nossas escolhas, de onde e como atuar, possamos ir com mais segurança, pois sabemos que o trabalho de um psicólogo não é nada fácil. E para que possamos exercer nossa profissão da melhor forma possível, é necessário que saibamos onde estamos, e que tenhamos segurança para atuar ali.

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A psicologia, a comunicação e as mulheres

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No dia 25 de agosto participei de uma palestra – durante a 1ª. Semana de Psicologia do Ceulp – que tinha como tema “gênero e contemporaneidade”. Essa palestra dava certa ênfase ao feminismo. O que mais me chamou atenção foram as colocações da palestrante prof. Dra. Temis Parente, que tinha como base de sua tese os meios de comunicação. Com isso pude ver que as mulheres não são tão respeitadas como deveriam em nosso meio midiático e que apesar de toda a luta contra o machismo ele ainda prevalece; observei que as mesmas são utilizadas como “objetos” por homens (me perdoe a palavra) cretinos e sem caráter, que não vê o talento que há por trás de uma “saia”. Um exemplo que ela deu e que eu achei interessante, foi o caso que ocorreu durante as Olimpíadas de 2016 quando William Waack – apresentador da Rede Globo – dividiu a cobertura com a jornalista Cristiane Dias; William, em um determinado momento, simplesmente ignorou a presença da colega ao lado. Aí a mesma falou assim: “finalmente você me cumprimentou”… Só que a câmera estava aberta e dava para ver a cara de deboche de William. E não é a primeira vez que ele faz isso, mas é aí que me questiono e se fosse um homem ao lado dele, ele trataria do mesmo jeito? Acredito que com certeza não, e isso é só a ponta do iceberg.

Há inúmeros outros casos em que mulheres são destratadas sem o menor pudor. Ao analisar o contexto midiático vi que são poucas as mulheres que apresentam programas com uma linha esportiva, por mais que tenhamos alguns exemplos de mulheres neste meio, ainda prevalece a visão de que a mulher tem que cobrir editorias mais leves, como saúde geral ou colunismo social.

Outra ênfase que dou a este relato é que a mulher continua a ser fragilizada, ou seja, uma mulher não pode ser a provedora do lar, logo vem a sociedade e taxa a mesma como coitada, da mesma forma uma mulher não pode ser mãe solteira, pois já colocam um selo na mesma, tais com: puta, sem juízo entre outras palavras, que é melhor nem prosseguir.

Essa palestra me fez perceber que nossa luta por melhor lugar na sociedade vai longe, e que teremos que mostrar que nosso potencial é maior que nossos seios ou até mesmo a nossa bunda. Que não somos objetos sexuais, somos cidadãs que compõem essa nação, e que também estamos aqui para mostrar o nosso valor.

E para terminar afirmo que merecemos respeito acima de tudo. Se estamos onde estamos é porque batalhamos muito e queremos os nossos devidos méritos!

Fonte: http://www.vilamulher.com.br/imagens/vilamulher/thumbs

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Seminários clínicos: caso Helena

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Durante a primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra foram abordados vários temas e contextos de casos da Psicologia; O caso que mais me chamou atenção foi o de Helena (nome fictício). Helena tinha nojo do próprio pai, quando o mesmo a tocava sentia coceiras pelo corpo inteiro, depois passou a desenvolver nojo de vários objetos, não sentava em qualquer lugar, não tocava em qualquer coisa, sentava-se apenas em sua própria cama. Um dos possíveis fatores para esse nojo do pai seria o fato dele ser alcoólatra e agredir a mãe eventualmente em sua frente, desde muito pequena.

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Fonte:http://letsangiworld.tumblr.com/post/64117248802/ich-bin-mir-nicht-sicher-ob-ich-weiterhin

Helena, que se encontra no inicio da adolescência, pretende trabalhar sua timidez com os atendimentos e se livrar desse nojo que acaba atrapalhando sua vida de modo geral. Durante as sessões com Helena ou com sua mãe, o pai nunca é citado por elas nas conversas, como se o mesmo não existisse para elas. Talvez pelo fato de ser alcoólatra e ter sempre o hábito de ser violento com toda a família.

O estudante de psicologia e supervisor usaram várias técnicas para que Helena tentasse vencer a timidez, como por exemplo: desenhos, jogos, dinâmicas, histórias lúdicas, linha do tempo de sua vida, baralho dos sentimentos e sensações, e pintura a dedo.

Helena possuía muita dificuldade para nomear seus sentimentos, é sempre muito ansiosa e insegura, muito tímida e reservada, diz não ter amigos e sim colegas. A paciente ainda se encontra em tratamento, está respondendo bem a ele e o objetivo é que Helena passe a conviver melhor com o pai e possa construir novas amizades.

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Fonte: http://www.depoisdosquinze.com/2011/10/31/como-vencer-a-inseguranca-e-a-timidez/

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Processo de avaliação psicológica na orientação profissional

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A 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do CEULP/ULBRA foi composta de diversas atividades que agradaram todos aqueles que tiveram a oportunidade de participar. Durante o evento foram propiciadas diversas experiências e informações que são de suma importância para a formação do psicólogo como profissional emergente. No decorrer da semana foram efetivadas variadas ações tais como seminários, palestras, oficinas e mesas redondas. Desta forma no dia 23 de agosto de 2016, às 9h, nas dependências da instituição, foi realizada uma mesa redonda que tinha como tema principal a orientação profissional. A mesa era composta por psicólogas convidadas: Larissa Machado, Karla Klein e tendo como mediadora Silvana Galante.

A introdução do tema foi realizada com falas da psicóloga Karla Klein, sobre como muitas pessoas que não recebem a devida orientação profissional acabam se sentido insatisfeitas; depois foi relatado as principais causas da evasão universitária, com destaque para a falta de orientação profissional, desconhecimento da metodologia do curso, reprovações sucessivas, problemas financeiros, falta de perspectiva de trabalho, ausência de laços afetivos na universidade, busca de herança profissional, falta de referência familiar, casamento não planejado, e nascimento de filhos.

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Fonte: http://uvceara.com.br/associacoes-poderao-receber-estrutura-para-receberem-mais-alunos-residentes-nos-distritos/sala-de-aula-vazia/

Ao longo do diálogo foi mencionado os fatores decisivos na escolha da profissão, entre eles estão a família – que tem um fator de contribuição de 33,3% na hora da escolha -, a característica profissional – com 30,5 % -, a remuneração – com 26,5% – e a vocação, com 17,5%. Ou seja, esses dados mostram que a escolha da profissão não é um ato isolado. Foi exposto também assuntos como: a centralidade da identidade pela via do trabalho, questão muito presente na sociedade atual, sendo este o fator de adoecimento no trabalho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, até 2020, a Depressão será a maior causa de afastamento do trabalho no mundo. Ainda sobre isso, foram apresentadas informações de suma importância, como o fato de o Brasil ser um país onde a Depressão é, hoje, a segunda causa de afastamento do trabalho, só perdendo para LER (Lesão por Esforço Repetitivo), também denominado Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

Em seguida ocorreu uma fala sobre o papel do psicólogo neste processo de orientação profissional que tem a função de identificar a maturidade do paciente, conhecer o papel da família no processo de escolha do paciente (pressionadora, ausente, facilitadora). Além disso, o profissional tem que facilitar o processo de autoconhecimento e escolha do cliente utilizando seus métodos e teorias. Também tem que identificar a necessidade de atendimento em outros campos, atuar na orientação profissional, reconhecimento de carreira e preparação para aposentadoria.

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Fonte: http://www.webstudy.pt/formacao_curso_275_2_1.php

A psicóloga Larissa Machado expôs os processos práticos utilizados na orientação profissional levando questionamentos como “onde fazer esse procedimento?”. Os mesmos são realizados em consultórios, contextos escolares, espaços onde se trabalha em grupo (ex: clínica escola – SEPSI), por meio de projetos (ex: faculdades, empresas, ONGS).

Outro aspecto abordado durante a mesa redonda foi o desenvolvimento pessoal e profissional englobando o papel da família, ansiedade versus vestibular, net working (conhecer outros profissionais que atuam em áreas profissionais do interesse do adolescente). Ainda foi falado dos procedimentos usados na orientação profissional, tais como: entrevistas, técnica e dinâmica de grupo, Avaliação do Interesse Profissional (AIP), Escala de aconselhamento profissional (EAP), Escala de maturidade para a escolha profissional (EMEP), Teste das dinâmicas profissionais (TPP), Profissiogame, QUATI- Questionário e avaliação tipológica, e etc. Desta forma é visível que a mesa redonda foi de extrema importância na Semana Acadêmica, pois foi possível aumentar o conhecimento sobre o tema abordado.

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