Em razão da pandemia da Covid-19, as aulas presenciais foram suspensas em todo o território brasileiro e o ensino remoto foi aderido em março. As escolas estão se preparando para retornar as aulas presenciais seguindo uma série de medidas de segurança para evitar que aumentem os casos de infectados e de transmissão dentro do ambiente escolar.
Vale lembrar que o retorno às atividades escolares será facultativo a alunos e pais que assim desejarem. Da mesma forma, professores e funcionários, terão a opção de escolha, e não poderão ser obrigados pelos patrões a voltar a trabalhar presencialmente se não se sentirem em condições.
Por isso, é fundamental pensar em todas as medidas necessárias para preservar a saúde dos alunos e colaboradores. Os profissionais das escolas precisam estar atentos às exigências governamentais do estado, mas também de outros estados. Por exemplo, será necessário limitar consideravelmente o número de alunos por sala, barrar a entrada de estudantes sem máscara e buscar orientar todos dos cuidados pessoais. Para esse momento, a conscientização é extremamente importante.
Fonte: encurtador.com.br/gnpAO
É preciso também compreender os pais que não se sentem prontos ainda para o retorno de seus filhos à escola. Por isso, as instituições devem respeitar a opinião deles, se colocar no lugar desses responsáveis e tomar medidas necessárias para que ninguém tenha sua educação prejudicada.
Mesmo que a escola assegure todas as medidas para que não haja contaminação, nem violação à saúde de ninguém, é essencial sempre apoiar alunos e pais procurando adaptar e fazer o melhor para todos.
Portanto, que as escolas possam seguir as recomendações e protocolos para a volta de seus alunos prezando pela máxima segurança e bem estar de todos. Os tempos podem ser outros, mas o cuidado e carinho nunca mudam.
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Estresse e ansiedade causados pela quarentena são gatilhos para surgimento ou piora de doenças psicodermatológicas
Vitiligo, psoríase e dermatite atópica são alguns exemplos de enfermidades que podem ser agravadas durante a pandemia pelo Novo Coronavírus
A confirmação de pandemia pelo Novo Coronavírus e a necessidade de realizar a quarentena com isolamento domiciliar trouxe muitos questionamentos, medos, ansiedade e estresse. Uma das consequência disso são as queixas, nos últimos dias, de surgimento ou piora das doenças psicodermatológicas, área da dermatologia que foca na interação entre as doenças de pele e a saúde mental dos pacientes. Alguns exemplos das queixas são a acentuação de queda de cabelos, piora da dermatite atópica, agravamento da psoríase e a volta das manchas brancas de vitiligo que já estavam pigmentadas.
Já é comprovado que estressores psicológicos são gatilhos para o aparecimento ou piora dos quadros cutâneos. “Emoções são importantes fatores em todas as doenças de pele. Os estressores tanto internos quanto externos rompem o equilíbrio do organismo estimulando uma série de reações do sistema neuroendócrino afetando vários aspectos imunológicos das doenças da pele”, explica a Dra. Márcia Senra, Coordenadora do Departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Algumas pessoas com pouca resiliência, sensíveis ao estresse, portadores de transtornos ansiosos e depressivos, pioram muito com a experiência de quarentena, afastados de seus entes queridos, pela perda de liberdade, fobias desenvolvendo quadros de pânico, insônia pelas incertezas quanto à doença e ao futuro, inclusive levando à ideação suicida. “Com tantas emoções negativas, com toda certeza, as somatizações na pele irão aumentar enormemente justamente por essa inter relação entre a pele, o sistema nervoso e o psiquismo”, afirma Márcia Senra.
Diante do cenário, a SBD orienta que a população, nesse período de quarentena, invista em bons hábitos que vão ajudar a reduzir o estresse e prevenir alterações em sua pele, como prática de atividades físicas, ter um bom sono, se alimentar bem e ocupar a cabeça com atividades que causem prazer (desenhar ou realizar jardinagem, por exemplo). Além disso, é importante ter uma rotina diária de cuidados com a pele.
Quanto ao profissional dermatologista, cabe a ele abordar tanto a pele quanto o psiquismo de quem o procura. “O dermatologista deve desenvolver a melhor relação médico paciente com total empatia, acolhimento, fornecendo ferramentas, oferecendo terapias complementares e indicando em alguns casos, o aconselhamento psicológico/psiquiátrico”, finaliza o Dr. Sérgio Palma, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Estudos apontam que a prática de exercícios físicos pode ser uma grande aliada para reduzir casos de ansiedade, estresse e depressão, principalmente, em nosso atual momento de isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus.
As estratégias que estão sendo usadas para conter e impedir a proliferação do COVID-19 pode estar diretamente relacionadas ao acréscimo desses males na população, visto que, segundo pesquisa recente da rede de Academias SmartFit, 6 em cada 10 brasileiros relataram um aumento na ansiedade após o início da quarentena. O exercício físico pode estar diretamente relacionado à prevenção da saúde mental, considerando que 83,2% das pessoas entrevistadas disseram que a atividade física os auxiliam a manter a calma na rotina diária.
É necessário também, considerarmos que, o Brasil é o país no topo do ranking mundial de pessoas com ansiedade, são cerca de 9,3% da população. Além disso, possui 5,8% (acima da média global) de pessoas que sofrem de depressão, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
No entanto, com diversas academias, parques e clubes temporariamente fechados é necessário que as atividades sejam realizadas em casa. De acordo com o Educador Físico Felipe Mascarelo, especialista em Musculação e Condicionamento Físico, e sócio fundador da LF Performance, ‘é imprescindível que durante a pandemia sejam adotadas estratégias – mesmo que caseiras – para continuidade do hábito de se exercitar, ou até mesmo iniciar essa prática como prevenção de lesões e saúde mental. Atividades como subir escadas, sentar e levantar ou caminhar já podem ser de grande valia’.
Alguns estudos sugerem que indivíduos com maior prática de atividades físicas regulares possuem chances mais reduzidas de desenvolver distúrbios de ansiedade, comparando-se a pessoas com baixo nível de atividade física, provando ser um fator preponderante no quesito prevenção. Além disso, quanto maior a capacidade cardiorrespiratória da pessoa, menor é o risco de desenvolver ansiedade. Sendo assim, uma simples caminhada ou corrida pode ser altamente recomendável, pois melhora o condicionamento e está diretamente relacionada à menor incidência e prevenção da saúde mental.
‘O exercício físico atua diretamente em aspectos fisiológicos, bioquímicos e psicológicos, como por exemplo, aumenta significativamente a produção de neurotransmissores como a dopamina e serotonina, hormônios relacionados ao bem-estar, prazer e humor. É importante salientar que os exercícios devem ser praticados de maneira regular, e durante um período contínuo para de fato percebermos os efeitos. Além disso, é necessário utilizar o exercício em doses apropriadas, com a intensidade correta e sem exageros, para poder de fato aumentar a produção desses hormônios’, explica Mascarelo.
O profissional ainda listou alguns benefícios das atividades físicas na saúde mental:
Melhora na autoestima;
Reduz o estresse;
Melhora a qualidade do sono;
Aumenta a concentração e foco;
Reduz os sintomas da ansiedade/depressão; e
Maior produção de hormônios relacionados ao humor e bem-estar.
No entanto, vale lembrar que o tratamento convencional por meio de acompanhamento médico e psicológico, através de terapias e tratamento medicamentoso continua sendo uma das estratégias adotadas pelos especialistas. Porém, os estudos vêm mostrando que o exercício físico bem planejado e executado juntamente a profissionais capacitados pode prevenir e auxiliar no tratamento desses males.
Matemática é aliada para entreter crianças em tempos de coronavírus
24 de março de 2020 EBC - Empresa Brasil de Comunicação
Notícias
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Portal Saber oferece quebra-cabeças dirigido ao público infantil
Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
A matemática pode ser um grande aliado de pais e responsáveis para entreter os filhos durante o período de isolamento imposto pela pandemia de coronavírus. Um bom exemplo é o Portal do Saber, disponível na internet, que cobre todo o material curricular, desde o ensino fundamental até o fim do ensino médio. Ele oferece quebra-cabeças matemáticos dirigidos às crianças menores, sobretudo do ensino fundamental 1, que aprendem matemática em tom de brincadeira.
A informação foi dada hoje à Agência Brasil pelo diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Marcelo Viana. O Impa promove, anualmente, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “As questões disponíveis no Portal do Saber, ao mesmo tempo em que ocupam as crianças em casa, contribuem com a formação deles”, afirmou Viana.
Para os jovens e adolescentes do ensino médio, as provas de anos anteriores da Obmep podem constituir grande aliado neste momento de quarentena para prevenção do coronavírus, indicou Viana. O Portal oferece toda a matemática dirigida à Obmep que inclui desde o 6º ano do ensino fundamental até o 3º do ensino médio.
As provas estão disponíveis também no site da olimpíada . Dessa maneira, crianças e jovens podem aproveitar o ensino lúdico da matemática para aumentar o conhecimento, enquanto se divertem. “Desperta a criança e, ao mesmo tempo, contribui para sua formação”, diz o diretor-geral do Impa.
A Obmep já descobriu talentos em todo o Brasil. O certame é feito todo ano por mais de 18 milhões de alunos de 99,7% dos municípios brasileiros.
Plataforma
Exercícios criativos do programa Mentalidades Matemáticas, desenvolvido em inglês por professoras de educação matemática da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, podem também ser grandes aliados dos pais para distrair os filhos no atual momento de quarentena imposto pelo vírus. O programa foi criado com base em pesquisas recentes da neurociência, que mostra como ensinar matemática de maneira criativa.
O Instituto Sidarta traduziu o site para o português e disponibiliza gratuitamente o conteúdo do Youcubed para o Brasil e outros países de língua portuguesa. A plataforma contabiliza mais de 38 milhões de visualizações, envolvendo pela internet 230 milhões de pessoas em 140 países.
A presidente do Instituto Sidarta, Ya Jen Chang, disse que na plataforma são encontrados desde artigos científicos, para ajudar no desenvolvimento de professores, até atividades específicas para as crianças fazerem em sala de aula ou em suas residências. “Esse aprendizado da matemática é, na verdade, uma nova abordagem diferenciada da matéria, onde ela traz uma perspectiva de uma matemática aberta, criativa e visual”, afirmou Ya Jen.
“Ela parte do pressuposto de que matemática não é o que a gente está acostumado a ver hoje em dia, que é a questão dos procedimentos, das fórmulas e dos cálculos, é muito mais ampla e muito mais aberta”, garantiu a presidente do Instituto Sidarta. Segundo Ya Jen, nessa nova matemática, a pessoa pode explorar ideias, brincar com os conceitos matemáticos e desenvolver raciocínios lógicos.
Educação de qualidade
Ya Jen destacou que a missão do Instituto Sidarta, criado há 20 anos e sem fins lucrativos, sempre foi o de promover educação de qualidade para todos. Ao ter contato pela primeira vez com o material do programa “Mentalidades Matemáticas”, a presidente do instituto viu ali uma oportunidade de ampliar o conhecimento da matéria, especialmente entre os adolescentes brasileiros, que apresentam deficiência crônica para aprender essa matéria.
De acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) referentes a 2017, sete em cada dez brasileiros com mais de 15 anos de idade não têm o domínio da matemática, comparado com outros países que mostram a mesma situação socioeconômica, entre os quais a Índia, por exemplo. “Realmente, a gente tem uma sensação crítica de não aprendizagem”.
Ya Jen Chang disse ainda ue parte dessa deficiência se deve ao jeito como a matemática é ensinada, em geral, no Brasil, que “causa traumas” e deixa em muitas crianças a sensação de que a matéria não foi feita para elas. “Esse é um dos primeiros mitos da matemática”. Assegurou que a matemática é inerente ao ser humano. Um conceito equivocado, segundo ela, é que a pessoa que faz contas rápido é melhor do que aquela que não faz. “A rapidez não tem nada a ver com a capacidade matemática. O que se busca é a profundidade”.
A dimensão que temos de volume, de geometria, explica porque sabemos que um carro não pode ser colocado na vaga de uma moto. Isso é matemática. O sentido da matemática é mais amplo e não se restringe a números e cálculos.
Jogos
Na plataforma Youcubed são encontrados vídeos, artigos, atividades e jogos sobre a abordagem inovadora baseada em pesquisas de neurociência, abertos a uma ampla faixa etária que abrange desde os quatro anos de idade até a fase adulta do ser humano.
Uma das atividades é intitulada Léo, o coelho, voltada para crianças menores, que aprendem matemática baseada nos pulos que o coelho tem de dar para subir uma escada de dez degraus. Para estudantes do 5º ao 8º ano do ensino fundamental, há o Labirinto das Operações, tabuleiro onde as peças são movidas para baixo ou para os lados, mas nunca para cima. A criança não pode passar duas vezes pelo mesmo lugar. O objetivo é escolher um caminho que resulte no maior valor quando a pessoa chegar ao fim.
No Quatro Quatros, em que uma folha é dividida em 20 quadrados, preenchidos de 1 a 20, o desafio é encontrar todos os números entre 1 e 20 usando apenas quatro quatros e qualquer operação. A atividade demonstra a flexibilidade dos números e como há diferentes maneiras de chegar ao mesmo resultado. Como trabalha com as quatro operações, o jogo é indicado para crianças a partir do 3º ano do ensino fundamental.
Nas Cartas Matemáticas, em vez de trabalhar com rapidez de raciocínio e memorização, a atividade usa o jogo de cartas para trabalhar com o senso numérico e multiplicação sem nenhuma limitação de tempo. O objetivo é casar as cartas com a mesma resposta numérica, mostrada em diferentes representações. O jogo é indicado para alunos do 3º ao 8º ano do ensino fundamental.
O empresário Raphael Campos usou jogos do Youcubed e a prova da Obmep com a filha Ana Beatriz e sua amiga Yasmin Cândido, ambas de 11 anos. Segundo ele, as meninas adoraram e ficaram entretidas por mais de uma hora.
“Brincamos do exercício ’4 quatros’, que precisa usar as operações com o 4 para se chegar a todos os números até 20. E elas também adoraram fazer a prova da Olimpíada de Matemática. São questões de raciocínio, não de fórmula, desafiadoras e interessantes. Assim as crianças ficam ocupadas de forma lúdica e aprendem”, assegurou Raphael Campos.
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MP permite suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses
23 de março de 2020 EBC - Empresa Brasil de Comunicação
Notícias
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Texto integra conjunto de ações do governo contra efeitos da covid-19
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília
O governo federal editou medida provisória (MP) com uma série de medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública no país e da emergência em saúde pública decorrente da pandemia da covid-19. A MP já entrou em vigor neste domingo (22) ao ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União, e tem validade de 120 dias para tramitação no Congresso Nacional, e caso não seja aprovada, perde a validade.
Entre as medidas estão o teletrabalho, a antecipação de férias, a concessão de férias coletivas, o aproveitamento e antecipação de feriados, o banco de horas, a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, o direcionamento do trabalhador para qualificação e o adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Durante o estado de calamidade pública o contrato de trabalho poderá ser suspenso por até quatro meses, para participação do empregado em curso de qualificação profissional não presencial, oferecido pela empresa ou por outra instituição. Essa suspensão poderá ser acordada individualmente com o empregado e não depende de acordo ou convenção coletiva.
Nesse caso, não haverá pagamento do salário, mas a empresa poderá pagar ao trabalhador um ajuda compensatória mensal, em valor a ser negociado entre as partes.
De acordo com a MP, todos os acordos e convenções coletivas vencidas ou que vencerão em até 180 dias poderão ser prorrogados, a critério do empregador, pelo prazo de 90 dias.
A medida define que os casos de contaminação pelo coronavírus não serão considerados ocupacionais, exceto com comprovação do nexo causal.
Teletrabalho
Os empregadores poderão adotar teletrabalho independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos. Entretanto, deve ser firmado contrato por escrito, previamente ou no prazo de 30 dias, sobre a responsabilidade pelo fornecimento dos equipamentos e infraestrutura ou reembolso de despesas arcadas pelo empregado.
Mesmo que o trabalhador não possua os equipamentos necessários ou o empregador não puder fornecer, o período da jornada normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à disposição do empregador.
O regime de teletrabalho também poderá ser adotado por estagiários e aprendizes.
Férias e feriados
Os trabalhadores que pertençam ao grupo de risco da covid-19 terão prioridade para o gozo de férias, individuais ou coletivas.
Caso o empregador decida antecipar as férias, elas deverão ser de, no mínimo, cinco dias, poderão ser concedidas ainda que o período aquisitivo não tenha transcorrido. O empregador e o trabalhador poderão também negociar a antecipação de períodos futuros de férias. Nesses casos, a empresa poderá optar por pagar o adicional de um terço de férias junto com o 13º salário.
No caso de concessão de férias coletivas, o empregador está dispensado da comunicação prévia aos órgão trabalhistas e sindicatos.
As empresas poderão ainda antecipar feriados religiosos nacionais ou locais, mas isso dependerá da concordância do empregado. Nesse caso, os feriados poderão ser utilizados para compensação do saldo em banco de horas.
Já para os profissionais de saúde ou aqueles que desempenham funções essenciais, o empregador poderá suspender as férias ou licenças não remuneradas. A decisão deverá ser comunicada ao trabalhador preferencialmente com antecedência de 48 horas.
Banco de horas e qualificação
Os empregadores também poderão interromper as atividades e constituir um regime especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas, em favor do empregador ou do empregado. A compensação deverá acontecer no prazo de até 18 meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública, e poderá ser feita mediante prorrogação de jornada em até duas horas, que não poderá exceder dez horas diárias.
Também está suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais. Entretanto, eles deverão ser realizados no prazo de 60 dias, depois do encerramento do estado de calamidade pública.
Caso o médico coordenador do programa de saúde ocupacional considere que a suspensão representa um risco para a saúde do empregado, ele deverá indicar a realização dos exames. No caso do exame demissional, ele também poderá ser dispensado caso o exame ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 180 dias.
Os empregadores também estão desobrigados de realizar treinamentos periódicos e eventuais dos atuais empregados, previstos em normas de segurança e saúde no trabalho. Nesse caso, eles deverão ser realizados no prazo de 90 dias, após o encerramento do estado de calamidade.
Entretanto, esses treinamentos poderão ser realizados na modalidade de ensino a distância, desde que os conteúdos práticos sejam executadas com segurança.
FGTS
Está suspensa ainda a exigência do recolhimento do FGTS pelos empregadores, referente aos meses de março, abril e maio, com vencimento em abril, maio e junho, respectivamente. O recolhimento dos valores para o fundo poderá ser realizado de forma parcelada, em até seis parcelas mensais, sem incidência de multa e encargos, a partir de julho.
As empresas poderão utilizar esse benefício independente do número de empregados, do regime de tributação, da natureza jurídica, do ramo de atividade econômica ou da adesão prévia. Mas para isso, deverão declarar as informações até 20 de junho. Os valores não declarados serão considerados em atraso e, nesse caso, será cobrada multa e encargos.
A suspensão do FGTS não se aplica em caso de demissão do trabalhador.
Por 180 dias, também estão suspensos os prazos processuais para defesa e recurso em processos administrativos de autos de infração trabalhistas e notificações de débito de FGTS.
Atividades de saúde
Durante o estado de calamidade pública os estabelecimentos de saúde poderão prorrogar a jornada de trabalho dos funcionários e adotar escalas de horas suplementares no intervalo de descanso entre 13ª hora e a 24ª hora. Entretanto, as empresas deverão garantir o repouso semanal remunerado.
Nesses casos, deve haver acordo individual escrito entre as partes. A medida é válida mesmo para as atividades insalubres e para a jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso.
As horas suplementares realizadas poderão ser compensadas por meio de banco de horas ou remuneradas como hora extra. A compensação deve ocorrer no prazo de 18 meses, após o encerramento do estado de calamidade pública.
Abono anual
Para 2020, o pagamento do abono anual aos beneficiários da previdência social que, durante este ano, tenham recebido auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão será efetuado em duas parcelas, em abril e maio.
Caso já esteja previsto o fim do pagamento do benefício antes de 31 de dezembro, o valor do abono será proporcional. Caso o encerramento do benefício aconteça antes da data programada para os benefícios temporários, ou antes de 31 de dezembro de 2020 para os benefícios permanentes, “deverá ser providenciado o encontro de contas entre o valor pago ao beneficiário e o efetivamente devido”.
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Sistema de saúde pode entrar em colapso em abril, diz ministro
Estimativa é que em agosto ocorra um movimento de queda da Covid-19
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília
O sistema de saúde pode entrar em colapso em abril em decorrência da pandemia do novo coronavírus, disse sexta (20) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante videoconferência da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro e representantes de associações empresariais brasileiras.
“No final de abril sistema entra em colapso. O colapso é quando você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas não há o sistema para entrar”, afirmou o ministro.
A estimativa do Ministério da Saúde é que haja um crescimento dos casos do Covid-19 nos próximos 10 dias, uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e junho. A partir de julho é a expectativa de início da desaceleração. Em julho começa um plateau (estabilidade) e em agosto um movimento de queda.
Mas a intensidade depende das medidas adotadas e do comportamento das pessoas, destacou Mandetta. Neste sentido, o ministro reiterou a importância da redução de circulação e iniciativas de isolamento. “Para evitar esse colapso eventualmente pode ser necessário segurar a movimentação para ver se consegue diminuir a transmissão. Quando tomamos medida de segurar 14 dias, o impacto só é sentido 28 dias depois. A cadeia é sustentada e você quebra”, comentou Mandetta.
Fonte: encurtador.com.br/bANX1
Isolamento
Na quinta (19) o Ministério divulgou novo protocolo para os postos de saúde. Nos locais com transmissão comunitária (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Porto Alegre, Belo Horizonte e Santa Catarina) pessoas com sintomas do novo coronavírus terão um atendimento agilizado, serão colocadas em isolamento por 14 dias assim como familiares e todos os idosos acima de 60 anos.
Nos locais sem transmissão comunitária, pessoas com sintoma de Covid-19 devem buscar os postos de saúde e ficar em isolamento, com monitoramento a cada 48 horas. Caso mais graves serão encaminhados para atendimento hospitalar.
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SES debate atendimento à comunidade LGBT e populações vulneráveis
13 de janeiro de 2020 Governo do Tocantins
Notícias
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Articulação acontece com outros órgãos do Executivo Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil e Prefeitura de Palmas
As políticas públicas de saúde voltadas para à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e demais populações vulneráveis, foram discutidas, na tarde desta sexta-feira, 10, pela Diretoria de Atenção Especializada e a Gerência de Áreas Estratégicas para os Cuidados Primários da Secretaria de Estado da Saúde (SES); a Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, no Tocantins (OAB-TO) e o Núcleo Dandara do Ambulatório de Atenção à Saúde Dr. Eduardo Medrado, de Palmas.
Em pauta, a criação de um protocolo de atendimento para a população mencionada e a elaboração de um cronograma de capacitação dos servidores para atendimento nas unidades de saúde, em todo o Estado. “Estamos articulando a participação da Secretaria de Estado da Saúde, no Valoriza Seg, um aplicativo da Secretaria de Segurança Pública, que trata do atendimento voltado para os LGBTs e demais populações vulneráveis”, destacou a diretora de Atenção Especializada da SES, Dhieine Caminski.
Dhieine afirmou que há uma articulação para a participação da Secretaria de Estado da Saúde, no Valoriza Seg – Fotos: André Araújo/Governo do Tocantins
Para o presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB, Landri Alvez Neto, “a saúde sexual deve ser melhor explorada e aplicada de forma que atenda as necessidades de todos os públicos”, enfatizou.
Dentro da temática, a SES está em fase de articulação e avaliação da viabilidade da implantação do Ambulatório Transexualizador, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em nível estadual, ampliando o atendimento já realizado em parceria com o município de Palmas, que atualmente oferece serviços psicológico e endocrinológico.
Landri defende uma maior exploração da saúde sexual – Fotos: André Araújo/Governo do Tocantins
Como usuária do SUS já vivenciei várias situações que marcaram a minha vida, e a mais recente delas ocorreu quando precisei ficar de acompanhante de um primo após um coma alcoólico no mês de agosto deste ano.
Cheguei ao Hospital Regional de Miracema- TO por volta das nove horas da noite de um sábado, com um misto de agonia e tensão, pois ainda não sabia o que tinha acontecido com meu primo Sérgio, apenas tinha recebido um telefonema para que pudesse encontrar a equipe do SAMU no hospital e ficasse como acompanhante. Não sabia como proceder diante daquela situação, a minha ansiedade era tanta, que não sabia quais informações perguntar ou onde esperar.
Sem saber se o pessoal do SAMU já havia chegado, resolvi ficar um pouco lá fora pegando um ar para então entrar na recepção, quando me sentir menos agoniante fui até a moça e perguntei se o paciente por nome de Sergio havia chegado naquela unidade, ela super prestativa e muito educada me respondeu que não, e pediu para aguardar na sala de espera que assim que o SAMU chegasse ela me avisaria, assim fiz, fiquei aguardando do lado de fora do hospital onde me dava uma visibilidade de entrada e saída de todos os veículos.
Por volta de 23 horas da noite avistei o carro do SAMU tão apressado quanto os meus batimentos cardíacos ao avistá-lo. Nesse momento comecei a ter todos os sintomas de ansiedade, pois era uma experiência nunca vivenciada antes, mas agora já era tarde para pensar em desistir. O SAMU adentrou as portas do fundo do hospital, e logo a moça da recepção me chamou, entramos e Sergio já estava sendo colocado em cima da maca do hospital pelo motorista é enfermeira do SAMU. Em seguida foi encaminhado para sala de urgência e emergência onde o médico iniciou os primeiros procedimentos como aferir sua pressão arterial, o nível de glicose e seus batimentos cardíacos, logo depois, foi recomendado um soro na veia para hidratar e acelerar a eliminação do álcool do organismo. Após esses procedimentos Sergio foi encaminhado para a sala de observação onde permaneceu durante dois dias.
Já estando na sala de observação, sendo mais ou menos uma da manhã, Sergio acordou muito agitado e gritando muito, rolava de um lado para o outro e eu já não sabia o que fazer, fui até a sala da enfermagem e pedi ajuda, elas de imediato foram lá no leito, conferiram a medicação, ajudaram quando precisei levar ele ao banheiro e me deu algumas dicas do que fazer caso algumas situações hipotéticas ocorressem. Na manhã do dia seguinte, Sergio já estava bem melhor, porém com fortes dores de cabeça, com isso o médico voltou a medicá-lo e o deixou em observação por algumas horas antes de dar alta definitiva.
Sergio já esteve internado no Hospital Geral de Palmas por tentativa de violência autoprovocada, mesmo a família tentando ajudá-lo sempre voltava para a situação precária na qual vivia, e por vezes demonstrava comportamento muito agressivo. A enfermeira ao ter acesso a essas informações chamou Sergio para uma conversa e entendeu que o abuso de substâncias químicas era proveniente de uma atenção e cuidado que ele recebia quando se encontrava em dada situação. A enfermeira apresentou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para que ele pudesse receber um atendimento integralizado e especializado, onde passaria por assistente social, psicólogo, psiquiatra e outros atendimentos caso necessário, depois dessas informações os papeis de alta foram assinados e Sergio foi levado para casa de parentes.
As oito horas da manhã do diante seguinte, uma segunda-feira, estávamos nós no CAPS para tentar conseguir um atendimento, fiquei impressionada com o quanto foi rápido para ele ser atendido, visto que anos atrás tive algumas experiências que demonstraram uma falta de efetividade e tato na prestação dos serviços básicos de saúde.
No primeiro atendimento, Sergio passou pela assistente social e a psicóloga, no entanto existia uma resistência muito grande em conversar com essas profissionais. Ele ainda não estava se sentindo seguro para iniciar um diálogo, então foi marcado para o dia seguinte que ele retornasse no mesmo horário para uma nova tentativa. Chegando em casa fui conversar com Sergio e explicar a importância de ele responder as perguntas feitas pela assistente social e psicóloga, e no dia seguinte teve um resultado muito maior a volta ao CAPS, e logo foi encaminhado para uma consulta com o psiquiatra. Após a referida consulta com ele já estava com seus medicamentos em mãos e com um encaminhamento para um neurologista. Ficou marcado um retorno com o psiquiatra com a data de 90 dias após o início dos medicamentos, e sua consulta com o neurologista está marcada para o mês de dezembro de 2019.
Foi uma experiência agregadora, visto que pude constatar na prática como o SUS tem evoluído em todos os aspectos ao longo dos anos e de fato tem cumprido o que propôs a fazer que é oferecer desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Não é à toa que é considerado um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo.
O estágio teve foco na psicologia-social-comunitária que se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em condições ambientais específicas.
A matéria de Estágio Básico III, do curso de psicologia do Ceulp-Ulbra, me proporcionou um contato direto com o Sistema Único de Saúde (SUS), no qual tive a oportunidade de conhecer de perto um pouco da Unidade Básica de Saúde (UBS), especificamente o trabalho dos Agentes Comunitários de uma Saúde (ACS’s) em Palmas-TO.
Os encontros ocorreram entre os dias 26 de fevereiro de 2019 e 13 de junho de 2019, sendo supervisionado pela professora Lauriane dos Santos, que a princípio explicou como funciona o sistema, logo após, tivemos a experiência de ir para o campo. A finalidade do estágio foi de entender melhor qual o papel dos ACS’s na UBS e nas visitas domiciliares; identificar os principais problemas e dificuldades dos ACS’s enfrentados no ambiente de trabalho; e por fim, propor uma intervenção com os mesmos a partir dos problemas que percebemos e que nos foram apresentados.
O estágio teve foco na psicologia-social-comunitária que se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em condições ambientais específicas.
“A psicologia social comunitária visa promover a consciência e minimizar a alienação, procura promover a participação reflexiva dos grupos com os quais trabalha na definição das prioridades de atuação, planejamento, execução e avaliação de suas atividades.” (Campos,2002).
No primeiro encontro, fomos solicitados para conhecer a Unidade Básica de Saúde (UBS), e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s), com o intuito de criar vínculo. A princípio fomos recebidos muito bem, tanto pelos ACS’s, quanto pela equipe da UBS. Nesse primeiro contato, explicamos então como aconteceriam esses encontros e qual a finalidade dos mesmos.
No dia 21/05/2019, às 08:00 horas, proporcionamos uma discussão e reflexão em torno do tema “Assertividade”. Essa dinâmica possibilitou uma reflexão sobre como agimos diante de certas situações, se somos assertivos, passivos ou agressivos. A intervenção durou em torno de 1 hora.
Fizemos algumas perguntas que se encaixavam no que é ser: Agressivo, Passivo ou Assertivo. Todos os ACS pegaram uma pergunta e leu. Solicitamos a resolução do problema, da forma que eles acham melhor. Todos os ACS leram a sua pergunta e propôs uma solução. Depois foi discutindo o tema assertividade relacionando com as perguntas.
Os ACS reagiram de forma positiva a esse diálogo, interagindo sobre esse tema, e compartilhando situações que eles já vivenciaram que se encaixam no que estávamos discutindo. Ocorreu uma autorreflexão sobre como eles agem em determinadas situações, se agem de forma assertiva, passiva ou agressiva. A discussão possibilitou também entender como agir para ser uma pessoa assertiva, sem que isso lhe tire a saúde mental.
Portanto após a experiência de estágio, adquirimos um entendimento sistêmico do SUS, Atenção Primária de Saúde e o papel dos ACS’s na unidade Básica de saúde. Propomo-nos a desenvolver com eles momentos de análise sobre a importância do seu papel no trabalho e a autorreflexão. Tivemos uma melhor compreensão dos papéis que os ACS’s exercem no ambiente de trabalho, como é a rotina nas visitas domiciliares, o jeito que cada ACS conhece e se preocupa com as famílias que fazem parte dessa Unidade de Saúde, compreendemos melhor os estressores do dia-a-dia que esta profissão traz. E por fim, promovemos reflexões sobre o quanto o trabalho dos ACS’s é importante para muitas famílias que precisam.
ACS é um personagem ambíguo: ao mesmo tempo em que é considerado agente transformador da sua comunidade (por trabalhar e morar nela), sofre por não ter as ferramentas e conhecimento necessário para realizar a transformação que a profissão exige. Assim, o ACS é descrito como um personagem “híbrido e polifônico”. (MENDES; CEOTTO, 2011, p. 498).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema Único de Saúde (SUS): Estrutura, princípios e como funciona. 2013-2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>. Acesso em: 30 abr. 2019.
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