Principais doenças neurológicas em crianças

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As doenças neurológicas atingem, além do cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. A identificação pode ser mais complicada, pois elas geralmente apresentam variações. Por isso, é difícil identificar sinais precisos. Mas, as crianças que possuem alguma dessas doenças, provavelmente já nasceram com ela, pois os motivos para o desenvolvimento têm a ver com origem genética ou problemas na gestação, como o parto prematuro, por exemplo.

Apesar disso, há sinais que, muitas vezes, são deixados de lado por uma minimização da dor e que merecem ter uma atenção maior. É o caso da dor de cabeça ou nas costas, que pode ser sintoma de uma doença neurológica. Além disso, é importante estar atento ao desenvolvimento da criança e às dificuldades para a realização de algumas tarefas como ler e escrever, pois podem ser sinais.

Uma das doenças que é bem mais comum em adultos, mas não exclui a possibilidade de atingir as crianças, é a esclerose múltipla. O diagnóstico é mais complicado, pois os sintomas nos pequenos têm características parecidas com outras doenças, sendo necessário exames para excluir outras primeiras possibilidades. Além disso, o curso da doença varia de pessoa para pessoa.

Fonte: encurtador.com.br/bhrH0

Já o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, é uma das doenças neurológicas que mais atingem as crianças. O TEA compromete habilidades como a linguagem, por exemplo, dificultando a interação social e o desenvolvimento cognitivo da criança.

É preciso estar atento também a alguns sintomas que geralmente são confundidos com desobediência, falta de educação e preguiça. Porém, podem ser sinais do surgimento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este pode trazer, principalmente, dificuldades no desempenho escolar, gerando falta de atenção e agitação. No entanto, algumas escolas estão preparadas para lidar com as crianças que possuem o transtorno e sabem tornar o aprendizado mais didático e direcionado, de modo que não prejudique ninguém.

E a doença que definitivamente merece uma atenção maior é a inflamação das meninges, a famosa meningite. O tratamento precisa ser iniciado assim que o diagnóstico é feito. Dependendo da causa, a doença pode ser fatal ou pode melhorar com o tratamento, mas é de suma importância que haja acompanhamento.

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Principais doenças neurológicas em crianças

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As doenças neurológicas atingem, além do cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. A identificação pode ser mais complicada, pois elas geralmente apresentam variações. Por isso, é difícil identificar sinais precisos. Mas, as crianças que possuem alguma dessas doenças, provavelmente já nasceram com ela, pois os motivos para o desenvolvimento têm a ver com origem genética ou problemas na gestação, como o parto prematuro, por exemplo.

Apesar disso, há sinais que, muitas vezes, são deixados de lado por uma minimização da dor e que merecem ter uma atenção maior. É o caso da dor de cabeça ou nas costas, que pode ser sintoma de uma doença neurológica. Além disso, é importante estar atento ao desenvolvimento da criança e às dificuldades para a realização de algumas tarefas como ler e escrever, pois podem ser sinais.

Uma das doenças que é bem mais comum em adultos, mas não exclui a possibilidade de atingir as crianças, é a esclerose múltipla. O diagnóstico é mais complicado, pois os sintomas nos pequenos têm características parecidas com outras doenças, sendo necessário exames para excluir outras primeiras possibilidades. Além disso, o curso da doença varia de pessoa para pessoa.

Fonte: encurtador.com.br/duwNV

Já o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, é uma das doenças neurológicas que mais atingem as crianças. O TEA compromete habilidades como a linguagem, por exemplo, dificultando a interação social e o desenvolvimento cognitivo da criança.

É preciso estar atento também a alguns sintomas que geralmente são confundidos com desobediência, falta de educação e preguiça. Porém, podem ser sinais do surgimento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este pode trazer, principalmente, dificuldades no desempenho escolar, gerando falta de atenção e agitação. No entanto, algumas escolas estão preparadas para lidar com as crianças que possuem o transtorno e sabem tornar o aprendizado mais didático e direcionado, de modo que não prejudique ninguém.

E a doença que definitivamente merece uma atenção maior é a inflamação das meninges, a famosa meningite. O tratamento precisa ser iniciado assim que o diagnóstico é feito. Dependendo da causa, a doença pode ser fatal ou pode melhorar com o tratamento, mas é de suma importância que haja acompanhamento.

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Diagnóstico precoce do Transtorno do Déficit de Atenção muda vidas

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Crianças levadas, adolescentes sem limites, preguiçosos, entre outros. Esses são alguns estereótipos que jovens com Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) recebem, geralmente, de pessoas próximas, às vezes da própria família, colegas de sala de aula, profissionais da educação, entre outros.

Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 4,4% dos adultos possuem quadro completo de TDA/TDAH. O transtorno começa a se desenvolver na infância e persiste ao longo da vida, porém as características mudam com o crescimento e amadurecimento da pessoa.

Quando o diagnóstico ocorre na adolescência, esta criança já sofreu as consequências no âmbito social, emocional e acadêmico. Provavelmente já sentiu na pele o “bullying”.

Esses jovens carregam as dificuldades e buscam meios de fugir delas. Não raro, partem para abusos de substâncias lícitas e/ou ilícitas, vícios, brigas desnecessárias, além da probabilidade de ter comorbidades que se associam ao transtorno, complicando ainda mais a situação.

O adulto que foi diagnosticado na adolescência tem grande propensão de carregar este “fardo” vivido, como, por exemplo, a falta de estruturação para entender o TDA, ausência de limites, de cumprimento das rotinas e de resultados positivos.

Fonte: encurtador.com.br/emI18

A desatenção é um sintoma e não a causa. Ela compromete a capacidade de planejamento, execução, organização, tempo, memória de trabalho, emoções e persistência aos objetivos.

Acontece que na vida adulta as responsabilidades são maiores, as rotinas são mais apertadas, as pressões no trabalho aparecem com frequência e as obrigações em família são inúmeras. A pessoa deixa de ter ajuda dos pais ou orientação no dia a dia. Então, suas ações têm consequências desastrosas, gerando frustrações no trabalho, nos relacionamentos, provocando baixa autoestima, inquietude e ausência de gerenciamento de tempo.

No entanto, quando o diagnóstico ocorre na infância, há maiores possibilidades de ter qualidade de vida na fase adulta, porque já se conhece as estratégias compensatórias nas dificuldades, os mecanismos de driblar a memória, além da busca pela superação dos limites. A pessoa passa a ter e praticar seu autoconhecimento: o que funciona, o que ajuda ou atrapalha, como lidar, como vencer obstáculos.

Em todas as situações, a busca pelo diagnóstico assertivo é fundamental. Quanto mais precoce for, melhor o entendimento para aprender a lidar com o TDA e tirar proveito dele. Ele tem que ser um aliado, já que não tem como viver sem o transtorno. O risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento.

Portanto, faça o melhor que você puder com aquilo que tem. Não deixe passar a oportunidade de vencer as adversidades. Sua capacidade é infinita. Acredite!

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Livro ensina a lidar com os obstáculos do Transtorno do Déficit de Atenção

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O livro “Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA”, de Margarete A. Chinaglia, mostra como driblar os obstáculos sem se deixar dominar. 

Por meio de uma linguagem simples, o livro “Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA”, de Margarete Chinaglia, fala sobre as características principais do transtorno, traz exemplos reais, curiosidades e ensina como lidar com as situações nas diferentes faixas etárias.

Segundo a autora, a proposta é oferecer um suporte para as aflições, além de mostrar a realidade do transtorno e apresentar possíveis caminhos para se encontrar soluções. “Por exemplo, falo sobre a importância de transformar o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) em aliado. O objetivo é transformar os ‘Nós’, ou as dificuldades, em laços ‘frouxos’ para garantir a qualidade de vida”, comenta Margarete.

A obra é voltada para todos os públicos: leigos, para quem tem TDA, familiares e profissionais como psicólogos, neuropsicólogos, pedagogos, psicopedagogos e professores.

Segundo livro sobre o tema 

“Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA” é o segundo livro que Margarete lança sobre o tema. O primeiro, intitulado “Transtorno do Déficit de Atenção – TDA: sob o ponto de vista de uma mãe”, tinha como objetivo compartilhar a vivência pessoal com sua filha que tem TDA, mostrando os desafios de todas as fases da vida, da infância à idade adulta. “O atual já é mais técnico, com conteúdo informativo sobre o TDA e exemplificações reais da vida cotidiana.”

Chinaglia comenta ainda que a obra traz um histórico sobre o TDA, quando surgiu e quando chegou no Brasil. Fala sobre regiões do cérebro que o transtorno atinge, patologias que podem se associar ao TDA/TDAH, descreve os sintomas em cada faixa etária.

Apresenta ainda formas de lidar e agir com crianças, adolescentes e adultos com TDA/TDAH, tratamentos disponíveis atualmente no país, curiosidades, mitos e verdades entre outros assuntos.

Pesquisa e vivência

A escritora conta que estudou e pesquisou o assunto a fundo para ajudar sua filha e precisou aprender a lidar com o TDA para driblar os sintomas e as consequências do transtorno.

O prefácio da obra foi escrito pela própria filha. A ideia é que a visão dela possa dar um significado no modo de viver e de sentir o transtorno em todas as manifestações e, principalmente, nas escolhas durante a vida.

– O livro traz um suporte como agir, ou como driblar, as características e os obstáculos sem se deixar dominar. Ao contrário disto, usar o TDA a seu favor – conclui.

 

Ficha Técnica

Gênero: medicina I saúde

Editora: Saramago, Rio de Janeiro

Tamanho: 16 X 23 cm

Páginas: 122

ISBN: 978-65-5751-017-9

Palavras chaves: TDA; TDAH; Transtorno, Distúrbio, Hiperatividade

Custo do livro: R$ 34,90

Compra do livro: somente o livro físico.

Links:

https://loja.editoraalbatroz.com.br/desatando-os-nos-do-transtorno-do-deficit-de-atencao-tda

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Transtorno de conduta infantil

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O Transtorno de conduta (TC) não é uma simples desobediência. Bem mais séria do que um momento de pirraça ou birra, o TC é uma das alterações mentais, ou comportamentais, mais frequentes no final da infância ou no começo da adolescência.

A principal característica é o comportamento antissocial, além de insubordinação em qualquer ambiente e furto de objetos de valor. Quando iniciado precocemente, tem grandes chances de ser acompanhado do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Fonte: encurtador.com.br/ruOP7

Outro detalhe é o fato do TDAH ser a comorbidade mais comum entre crianças com TC (43% dos casos). Além disso, os pacientes do sexo masculino correspondem por uma parcela maior das pessoas diagnosticadas com ambos os distúrbios. Vale ressaltar que o transtorno de conduta afeta meninos e meninas de maneira diferente.

O Transtorno de Conduta está ligado a fatores constitucionais e ambientais, como, por exemplo, receber cuidados materno e paterno inadequados; viver em um local com discórdias familiares; ser criado por pais agressivos e violentos; ser filho de mãe com problema mental; entre outros.

Fonte: encurtador.com.br/cEHUW

A psicoterapia familiar e individual é a principal intervenção realizada para família e para quem tem TC. O tratamento com medicamentos é indicado para quem tem TC associado a outras comorbidades como TDAH.

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Intervenção Escolar diante da Medicalização Infantil

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Desafio no âmbito das políticas públicas, ao retorno da visão medicalizante/patologizante que atribui a deficiências do organismo da criança as causas da não aprendizagem. Embora esses recursos da área da saúde e da biologia sejam fundamentais enquanto avanços na compreensão de determinados processos humanos, quando aplicados ao campo da educação, retomam a lógica já denunciada e analisada durante décadas, de que o fenômeno educativo e o processo de escolarização não podem ser avaliados como algo individual, do aprendiz.

Outro desafio que consideramos importante ressaltar refere-se, no âmbito das políticas públicas, ao retorno da visão medicalizante/patologizante que atribui a deficiências do organismo da criança as causas da não aprendizagem. De fato, é possível considerar que assistimos, a partir do ano 2000, o retorno das explicações organicistas centradas em distúrbios e transtornos no campo da educação. Temáticas tão populares nos anos 1950-1960 voltam com roupagem nova. Não se fala mais em eletroencefalograma para diagnosticar distúrbios ou problemas neurológicos, mas sim em ressonâncias magnéticas e sofisticações genéticas, mapeamentos cerebrais e reações químicas sofisticadas tecnologicamente (Conselho Federal de Psicologia, 2013)

Trabalhar com os educadores como forma de psicoeducação dos fármacos a fim de entender o contexto da farmacologia e as consequências do uso indiscriminado destes fármacos. Além do encaminhamento para psiquiatria e sua ação, um modo mais seguro e apropriado é um acompanhamento psicológico que visa intervir de forma mais abrangente a situação. Trazer nesta mesma oficina soluções alternativas de trabalhar a motivação, interesse e atenção dos alunos para as atividades propostas em sala de aula.

Uma ferramenta que pode ser usada no contexto para melhorar a demanda de atenção e motivação para tarefas é ambiente lúdico, pois jogos e brincadeiras para a crianças ajudam para elas a se desenvolverem satisfatoriamente, e desenvolver atividades que foram propostas pela própria criança chama atenção para o processo. “O professor deve levar a atenção da criança a seus projetos de brincar, fazendo com que a sua experimentação na atividade proposta pela mesma seja mais intensa.” (Pires; Falkenbach, 2008)

Fonte: encurtador.com.br/gPTW5

Há uma necessidade de intervenção educativa especial nas escolas e no social, podendo se estender a um acompanhamento especial com um profissional especializado, apropriado à demanda da criança e com habilidades para se responsabilizar pela criança “estimular constantemente a atenção da criança com TDAH, para que a mesma não se perca a qualquer novo estímulo do ambiente” (Pires; Falkenbach, 2008). O apoio da família é a principal via para facilitação do processo,com a orientação e acompanhamento psicológico com os pais da criança ajuda a obter maior informação da família sobre a falta de atenção, impulsividade, ansiedade e formas de como agir com estas demandas. Manter uma mediação de qualidade entre pais, filhos e professores no processo de ensino aprendizagem.

É papel da escola promover um ambiente escolar agradável, de confiança, compreensão onde a criança encontre apoio que precisa nesses educadores e na equipe psicopedagógica para desenvolver a zona de desenvolvimento proximal, proposta por Vigotsky. O professor e o aluno devem aprender juntos, ao invés gerar culpabilização das crianças por seus possíveis déficits, direcione a sua atenção a ela, aos seus projetos, ganhos e acertos. (Pires; Falkenbach, 2008)

Trazendo também atividades lúdicas, educativas que despertam o interesse nessas crianças. A escola deve oferecer apoio a professores e educadores de forma mais coerente ante o problema de cada um e as dificuldades de aprendizagem dentro de sala, fugindo do reducionismo biológico a fim de promover um olhar do ser humano como um todo.

RFERÊNCIAS:

PIRES, E; Falkenbach, A.P. A aprendizagem e o brincar de crianças com transtornos de déficit de atenção/hiperatividade. Buenos Aires, 2008.

Conselho Federal de Psicologia Referências técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica / Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: CFP, 2013. 58 p

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Os laudos e a medicalização escolar: desafios de um estágio com professores

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Durante o semestre 2018/1, ao cursar uma disciplina do curso de psicologia do CEULP/ULBRA me deparei com uma proposta um tanto ousada feita pela professora que ministra a disciplina, a proposta era fazer intervenções em escolas e dessa vez com o olhar voltado para os professores, aqueles que sempre só recebem as cobranças dessa vez teriam a oportunidade de se expressarem, de serem ouvidos e receberem uma atenção. O tema a ser abordado com elas era “A MEDICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO” por isso afirmo que foi uma proposta um tanto ousada.

Um pouco apreensiva e com medo das reações que poderiam surgir me dirigi a uma escola da região norte de Palmas, juntamente com dois colegas. Inicialmente fomos bem recebidos, a coordenadora pedagógica se mostrou bem aberta a nos receber, falou um pouco sobre os problemas que enfrentavam e as ansiedades que tinham em relação há alguns alunos. Ela relatou que as professoras apresentam muito comprometimento e amor a causa, porém, existe uma deficiência por parte do próprio sistema educacional na preparação delas para manusear de forma assertiva os alunos com dificuldade

Em uma visita posterior conhecemos as professoras com quem iríamos trabalhar o tema citado. Nesse momento iniciamos uma conversa com elas, e perguntamos sobre suas dificuldades acerca da medicalização no ambiente educacional, e logo elas citaram a importância do laudo, pois segundo elas se sentem resguardadas quando o aluno é laudado, pois se ele não desenvolve seu aprendizado a culpa não é delas. A insegurança e angústia em relação ao que fazer e como fazer eram evidentes na fala das professoras e por isso se sentem seguras com o laudo.

Fonte: https://bit.ly/2NdsBQm

Apesar de já esperar ouvir algo parecido fiquei surpresa em ver que a realidade da educação é realmente esta, de que ter um laudo tira a responsabilidade do educador. O que torna isso muito pior é que além de o aluno laudado acabar sendo deixado de lado pela professora, ele ainda recebe um rótulo “meu aluno laudado”, “meu aluno TDAH”, “meu aluno autista” e assim por diante, tendo aquele aluno sua identidade perdida, ou até mesmo modificada devido aos rótulos que lhe foram impostos.

Durante os encontros com essas professoras, que totalizaram cinco encontros, presenciamos vários momentos de desabafos, de expressão de opiniões pessoais sobre os alunos e sobre o sistema que estão inseridas, bem como como opiniões de cunho profissional também. Uma das coisas que se destacou durante esse processo foi a imensa resistência delas para falar sobre assunto, e em todos os encontros tentavam sabotar o grupo e de algum jeito mudavam o assunto da conversa. Quando falavam algo relacionado ao tema logo proferiam sobre coisas que fizeram para “cortar as asas” dos alunos desobedientes.

De todas as formas que abordamos o tema encontramos muita resistência, por mais que participassem (geralmente duas ou três) sempre mudavam o foco e quando o tema era retomado pelos acadêmicos elas apresentavam muitos empecilhos para falar, como por exemplo as reuniões com pais, que surgiam de repente. Em um dado momento em que falávamos sobre o encaminhamento da queixa escolar e a produção do fracasso escolar uma professora que nunca tinha participado do grupo se aproximou após convidarmos ela. Essa professora fez uma pequena participação, pois foi apenas neste momento que ela se aproximou, mas com certeza foi a participação mais marcante de todo o processo de intervenção, pois ela trazia em si uma ira que era possível notar só de olhar.

De uma maneira bem agressiva começou a falar que não participaria “pois não ia perder seu tempo com esses alunos que só querem fazer um relatório sobre elas, e nunca trazem resultados nenhum”. “Não quero bater papo com ninguém, quero saber é se vocês vão fazer os laudos desses meninos, porque é isso que nós queremos” (SIC).

Com isso sendo expressado de forma objetiva e agressiva, percebi o quanto esse pensamento ao qual estávamos tentando desmistificar através de ações reflexivas às outras professoras, é realmente forte entre elas. Pude ver que essas professoras apresentam tanta resistência e desejo de sabotar o grupo, exatamente por não quererem mudar a si próprias e apenas “dá um jeito nos alunos “problemas””. Ficou evidente o pensamento de que os alunos devem se adequar a escola e às professoras, e que de forma alguma elas podem ou devem se adequar aos alunos e ao ritmo da turma.

Fonte: https://bit.ly/2IDBPSl

Mesmo tendo sido um processo de intervenção repleto de dificuldades, pois a pouca adesão que tinha era cheia de resistência, foi um processo de muito aprendizado visto que as discussões em sala de aula, por mais que sejam ricas, não nos proporcionam uma vivência tão marcante quanto a que é possível obter indo a campo. Enquanto acadêmica atuante no processo, vivenciei, juntamente com meus colegas, momentos intensos de buscas por métodos e formas que tornassem os encontros mais leves e atraentes para elas,e dessa forma a proposta inicial fosse mantida.

Os aprendizados adquiridos por meio da vivência em campo foram muitos, e de forma geral compreendi como é essa realidade apontada por tantas pessoas. Foi possível observar que o processo de produção da queixa escolar e o dito “aluno fracassado” ainda permeiam as escolas. A necessidade de um laudo em que as profissionais de educação possam se resguardar, também evidencia a escassez de motivação para uma melhora em conteúdos de aula mais atrativas e que alcancem todos os alunos e suas individualidades.

Com isso vejo que não podemos deixar de falar sobre a medicalização na educação e de intervAir diretamente com os educadores, pois são eles que passam boa parte do tempo com essas crianças que são tão brutalmente rotuladas e estigmatizadas por quem devia se preocupar com o progresso dessas crianças. Crianças estas que os tem como espelho e os admiram, e a partir dessas vivências traumatizantes podem ter uma vida toda modificada.

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TDAH: Transtorno situacional ou patologia? Um olhar à luz da fenomenologia

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TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE (TDAH): O que é e quais suas causas? É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que tem surgimento na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida adulta, tem como características a desatenção, inquietude e impulsividade. É reconhecido por vários países e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (ABDA, 2002). Como já descrito o TDAH se caracteriza pela junção de dois sintomas, a desatenção e a impulsividade. Ao nos depararmos com um diagnóstico de um Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), nos deparamos também com problemas de atenção focalizado no perceptor e hiperatividade no motor. Podemos dizer que essa perturbação/problema pode se caracterizar por uma desorganização de atuação do indivíduo com o meio em que se relaciona, entre espaço e tempo (MATOS, 2013).

Segundo Abda (2002), o TDAH trás a tona as dificuldades que crianças sentem em se relacionar com outras crianças como também com os próprios pais e, por conseguinte, professores. Desta forma essas crianças seguem com estereótipos do tipo “crianças lentas, estabanadas, sem noção de lateralidade, ligadas nos 220 w, etc.” Assim, visualizamos que se há problemas na percepção e motor dessas crianças, de fato acumulam-se todos esses sintomas de desatenção e impulsividade, limites e regras se tornam mais complexos para serem atingidos. Na vida adulta ocorrerá no trabalho dificuldades de iniciar e terminar o que foi proposto, sempre se esquecendo das atividades laborais, ansiedade em alto grau, e inquietação.

Assim, Seno (2010), retrata que o TDAH afeta de 3 a 5% das crianças e é na vida escolar que pais e educadores conseguem perceber este transtorno, mesmo a priori não se conseguindo identificar cura para tal transtorno, a manifestação deste segue tendência a diminuir com uso de fármacos, para melhor aprendizagem e concentração a fim de alcançar os objetivos pedagógicos. Podemos identificar a relação estreita entre a medicação e o transtorno frente às possibilidades que quietude nestas crianças, mas também se torna visível o outro lado destes fármacos, como sonolência e aumento da agressividade até se conseguir a dose certa para cada caso/criança.

Tentamos aqui identificar a hiperatividade como algo que pode aparecer na relação mente (psicológico) e corpo de uma criança de forma que expressa seu modo de ser ou constitui uma patologia. Tal transtorno tem sido estudado incansavelmente em pesquisas científicas para que possam ser aprimorados seus critérios diagnósticos a fim de conhecer melhor e saber o surgimento, causa deste transtorno, em contrapartida em relação à dimensão psíquica da criança é pouco discutida e estudada.

Fonte: https://goo.gl/q23tSh

Foco no indivíduo e não no TDAH- O Olhar FenomenológicoNa fenomenologia existencial buscamos trabalhar com a multidimensionalidade do ser humano, nosso enfoque é a relação (contato) e estudo desse ser.

A tendência do pensamento científico moderno começa a sinalizar uma mudança na concepção de saúde e doença. A nova noção de doença apresenta uma perspectiva de múltipla causalidade, renunciando à ideia antiga de que há apenas um único fator etiológico. Salienta a influência ambiental nas ações e no comportamento do indivíduo e a importância da subjetividade nas formas de manifestação da patologia. Antony e Ribeiro (2005)

A abordagem fenomenológica enxerga a patologia como intrapsíquica ou individual, vista como produto da subjetividade que se caracteriza por ser, ou seja, intra-subjetividade. Portanto a Gestalt-Terapia traça um histórico de pensamentos que tudo é uma totalidade, tudo muda e tudo se relaciona com algo mais. É um prisma relacional, que assinala a patologia com um produto da desconfirmação do ser enquanto existente, enxergando o homem como um ser de relações (HOLANDA, 1997). “A doença é relacional. Não existe doença em si. Doença é fenômeno como processo; como dado, existe em alguém, e não como realidade em si mesma”. O enfoque gestáltico, assim, visa ir além da descrição dos sintomas, busca o sentido da patologia e as vivências da pessoa adoecida (ANTONY; RIBEIRO, 2005).

Pela Fenomenologia caracterizamos o indivíduo pelos seus anseios, vontades e necessidades que geram impulsos internos, destacando-se a figura do fundo. Deste modo é necessário que haja contato com o meio a modo de realizar a tomada de consciência para que o indivíduo possa estabelecer experiências frente aos tipos de contato.

A hiperatividade nos últimos anos vem sendo estudada a partir da perspectiva de que é um tipo de transtorno que tem uma visão singular voltado para os princípios diagnósticos e a origem, em que cientistas atribuem à criança como o transtorno. Diversas pesquisas estão sendo pautadas na busca de encontrar uma causa que seja de ordem biológica que esclareça o que é o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Porém comprovações de lesão e disfunção neurofisiológicas são pouco relevantes e permanecem incertas (ANTONY; RIBEIRO, 2005). No entanto tem se aumentado a procura de pais que desejam um diagnóstico plausível e saber o que realmente os filhos possuem, nesta busca procuram por profissional afim de que sejam sanadas tais dúvidas e incertezas.

 

Fonte:https://goo.gl/NZ7ju1

Então, uma criança hiperativa ou distraída, vai se encaixar em três processos caracterizados pelos autores (ANTONY & RIBEIRO 2005, apud MUNHOZ, 2011) como o da deflexão, que é identificado pelo contato rápido que ela instaura em seu meio, é uma atitude de defesa em combate a ansiedades e tensões, tal como não fosse possuinte dos seus desejos, e não tivesse a compreensão de si a ponto de se direcionar a alguma coisa ou alguém, que a induza a constituir ligação, ou seja, evitasse o contato direto, desvia o olhar e a energia do objeto primitivo; a projeção, um mecanismo obstante da sua atitude, já que ela própria, depois de ser tanto repreendida, acaba acreditando que não consegue fazer de um jeito diferente, o que indica que a sua baixa autoestima é resultante de seus lapsos em sua estrutura corporal, deslocando assim, a própria responsabilidade para o meio; e o egotismo que a faz toda poderosa, com instabilidade emocional e comportamentos impetuosos, apesar de em forma de mecanismo de compensação, tendendo a ser generosa com relação à separação de seus bens, é um reforço deliberado das fronteiras de contato para reinvestir a energia do ego, é narcísica e uma etapa do processo terapêutico.

TDAH é, juntamente com o Transtorno Desafiador Opositivo e o Transtorno de Conduta, um dos três transtornos mais comuns no dia a dia profissional de pediatras, psicólogos e psiquiatras. Sua prevalência é estimada em 3% a 6% da população infantil geral, mas outros estudos encontraram índices de prevalência com ampla variância (de 3% a 26%) no mesmo tipo de população (MATOS, 2013).

Tamanha variação não deixa de impactar o nível de diagnósticos dados, um desvio considerado do desenvolvimento infantil que afeta de 3% a 5% das crianças, uns que a consideram uma doença biológica, neste seguimento o índice populacional afetado é bem maior e se tornando cada vez mais impossível de ser definido. Chegamos à discussão relevante de que uma visão patológica biológica do TDAH, quando diagnosticado uma criança passa a fazer uso de medicações anfetaminas e metilfenidato, partindo do pressuposto que a síndrome é uma disfunção neuroquímica. Assim o transtorno está intimamente ligado ao uso desta medicação metilfenidato, onde se teve um aumento de 700% de crianças fazendo uso de psicoestimulante, onde surgiu uma overdose de diagnósticos errados (MATOS, 2013).

Esses dados são uma forma de alarmar tanto aos pais quanto os profissionais da saúde que diagnósticos feitos de maneira errônea podem trazer consequências graves as crianças que foram somente medicadas sem ter um acompanhamento preciso, ocasionando um excesso de tantos medicamentos que foram ingeridos de forma descontrolada. Dessa forma esses dados são um jeito de repensar a maneira de se diagnosticar e adequar um tratamento que seja preciso, e não só a base de medicamentos.

A síndrome de déficit de atenção foi identificada em 1902 por um médico inglês que na época associou a hiperatividade ao aspecto motor da consciência, assim essas funções perturbadas são as mesmas as quais Freud atribuiu à inibição, desta forma encontramos aqui um modo para começar a pensar a esclarecer o TDAH, seria este pensamento pela inibição, percebemos que essa vinculação não é feita pela psiquiatria (MATOS, 2013). Começamos então a entender sobre a psicopatologia clássica a fim de esclarecer como se trata o pensar mais que um transtorno, mas como também a respeito da função que é perturbada por tal transtorno, a consciência.

Fonte: https://goo.gl/z9ghbd

Define-se a consciência de forma clássica como a junção de dois vocábulos latinos: cum (com) e scio (conhecer), indicando o conhecimento compartilhado com outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado consigo mesmo.” Já na língua portuguesa, a palavra consciência tem três diferentes definições: A primeira pela neuropsicologia define consciência no sentido de estado vígil, para consciência é fundamental estar desperto, acordado, lúcido, ou seja, um nível de consciência. Na segunda temos a definição psicológica, onde a conceitua como soma total das experiências conscientes de um determinado momento pelo indivíduo, é a dimensão subjetiva da atividade psíquica que se volta para a realidade, relação do Eu como o meio, é a capacidade de entrar com a realidade, perceber e conhecer seus objetos. E por último a definição ético-filosófica, usada com mais frequência na ética, filosofia e direito, aqui se refere à consciência a capacidade de tomar ciência de seus deveres éticos e assumir seus direitos. Tratando-se da consciência moral e ética (DALGALARRONDO, 2008).

Quanto à atenção a definimos como a direção da consciência, conjunto de processos psicológicos que torna o indivíduo capaz de selecionar, filtrar e organizar informações significativas. Já com as anormalidades da atenção encontramos a hipoprosexia que se relaciona com a perda básica da capacidade de concentração e fragilidade quanto à percepção de estímulos ambientais. Encontramos também a hiperprosexia a qual consiste em um estado exacerbado de atenção somente em algum estímulo, tais transtornos podem ser encontrados em pessoas com transtorno de humor, obsessivos compulsivos e esquizofrênicos (DALGALARRONDO, 2008).

Torna-se perceptível que toda essa alteração na capacidade de estado vígil, tanto em aumento quanto em diminuição altera-se também a percepção de tempo cronológico, uma vez que altas e baixas perdas de concentração implicam-se a falta de ordem temporal e espacial, tais eventos ficam perceptíveis no ambiente a partir que consciência é afetada (MATOS, 2013).

Diante disso, precisamos estar atentos aos sintomas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade que provavelmente pode começar na vida escolar, falta de concentração na escola, percepção de ordem espacial e temporal afeta também na vida das crianças que são diagnosticadas, por isso é importante o acompanhamento diário dos pais na vida e no desenvolvimento das crianças, para estar atentos aos sintomas, que quanto mais cedo forem percebidos melhor para iniciar o tratamento o quanto antes.

Fonte: https://goo.gl/tP6Y7W

No TDAH, o marcante é a dificuldade de prestar atenção a estímulos internos e externos, sentem dificuldades em organizar e planejar tarefas, como também controlar seus comportamentos e impulsos. Crianças com TDAH têm dificuldades na filtragem de estímulos irrelevantes, embora questionasse aqui se essa filtragem é ou não o principal problema das pessoas com TDAH (DALGALARRONDO, 2008).

Se compararmos os modos de vida de indivíduos contemporâneos aos sintomas do TDAH, iremos identificar semelhanças quanto ao modo acelerado de fazer as coisas, a falta de envolvimento com tarefas dentre tantos outros. Se estas são características de crianças e adolescentes com TDAH podem identificar também hiperatividade, desatenção e impulsividade em pessoas que não são diagnosticadas com TDAH (ARAÚJO, 2015). Entende-se que o TDAH é uma forma que expressa um adoecimento manifestando múltiplas variáveis e que ainda não são tão claras. Se os sintomas que caracterizam a patologia são ditos normais encontrados em outras pessoas, então o que separa o normal do patológico não são os aspectos qualitativos e sim a intensidade em que se apresentam.

Em busca de aprimorar conhecimentos, conhecer a história de vida e todo contexto familiar e social de uma criança ou adolescente, a psicopatologia fenomenológica busca ir ao contrário de julgamentos pré-estabelecidos, desta forma procura aproximar a experiência de vida do indivíduo. Tal postura fenomenológica compreende a genética dos fenômenos psicopatológicos não se restringindo a descrição, mas buscando aspectos construtivos a fim de aproximá-los, é ir além do que ser observável (ARAÚJO, 2015).

Muitas vezes, a certeza de um diagnóstico é formada de modo prematuro, não havendo tempo para um olhar mais global, que considere os seus aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais, históricos e políticos, dentre outros, que se apresentam entrelaçados no fenômeno psicopatológico, Araújo (2015).

Como a característica marcante de uma criança com TDAH é a impulsividade por estar em movimentação corporal durante uma execução de uma atividade, a criança responde aos múltiplos estímulos ambientais, sem selecionar com consciência entre tarefa e ação/objeto. Isso revela uma desarmonia entre o sentir, pensar e agir. Na Gestalt o contato e a awareness formam o eixo básico para ser compreendida esta forma de pensar, agir e sentir. A awareness trás o significado e sentido desta experiência, contato então é o processo psíquico ou comportamental por onde o indivíduo fará relação consigo e o outro (ANTONY; RIBEIRO, 2004).

O caminho da saúde é o resgate da consciência sobre o seu corpo, pensamentos e sentimentos, de forma a tornar-se uma presença consciente. Aprender a assumir responsabilidade sobre suas ações e escolhas. Ser capaz de criar metas e reconhecer limites para dar sentido a sua existência. Exercer a auto-regulação de forma consciente para poder hierarquizar as suas necessidades e se ajustar criativamente ao meio. O TDAH vem anunciar a totalidade da condição humana que está inserida em uma totalidade mais ampla que forma a realidade holística relacional. O TDAH está nas crianças assim como está no mundo com seu ritmo acelerado, retratando a desatenção humana e a inquietação ansiosa presentes na sociedade moderna. O todo está nas partes e a parte está no todo. Somos a sociedade que produzimos e que nos produz.  O TDAH é colocado totalmente no domínio da patologia, o que não é correto. Há talentos oriundos dessa alta excitabilidade – a intuição, a criatividade, a afetuosidade, a vitalidade – que devem ser sobrepostos aos supostos déficits, Antony e Ribeiro (2004).

Portanto, é preciso haver a consciência do seu corpo e seus pensamentos e sentimentos para que no caminho da saúde haja o que chamamos de tornar-se uma presença consciente. Poder criar metas, e tornar-se responsável pelas suas escolhas para que sua existência tenha um sentido. Exercendo a sua autorregulação, e tornando como prioridades as suas necessidades e ir se ajustando criativamente ao meio em que vive. Por conseguinte o TDAH vai estar presente na vida dessas crianças assim como o mundo está dentro delas, e por isso seremos frutos do que produzimos na sociedade e o que ela produz em nós.

Fonte: https://goo.gl/xhPHmL

As principais características de que uma criança pode estar com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é a inquietação, por exemplo, professores direto acabam lidando com crianças que não conseguem ficar quietas por muito tempo em sala de aula, questionamentos exagerados, quando a criança faz perguntas frequentes, crianças que não conseguem prestar atenção na metodologia da aula, ou seja, da didática aplicada pelo professor, acaba se distraindo facilmente, não ter paciência para estudar, e a criança também acabar fazendo mais esforço do que os colegas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final de toda pesquisa podemos descrever que o TDAH é visto como uma excitação de alto nível do organismo e suas funções emocionais se eleva pela mudança de altos e baixos, vivenciando o mundo e respondendo com hiperatividade. Com diagnósticos muitas vezes mal elaborados descrevem qualquer mudança de comportamento em crianças ou adolescentes como TDAH.

As crianças hiperativas vão ter dificuldades em se adequar em determinados contextos como nas escolas, por exemplo, onde os profissionais educadores terão que analisar como é o processo de aprendizagem da criança e de forma flexível e criativa criar atividades onde a criança consiga aprender da forma como ela consegue, ou seja, adaptar atividades da escola de acordo com a forma que ela consegue aprender, visando também suas habilidades onde possui talento, não somente focando em suas deficiências.  Em casa também há um grande desafio para os pais em se adaptar ao desenvolvimento da criança, então é importante que ao dar informações e instruções que sejam pequenas e abreviadas, fazer com que a criança reforce o que foi dito ou educado, destacar e trabalhar com a criança mais suas habilidades do que as suas dificuldades (ANTONY; RIBEIRO, 2004).

As relações que acercam o modo em que é tratada por família, amigos e sociedade devem estar de acordo com o que essas crianças necessitam; muitas vezes por termos preconceitos culturalmente estabelecidos, pela forma que enxergamos superficialmente essas crianças, tal ato nos impede de ter um olhar diferenciado e tratá-las de forma mais amável e respeitosa. Não é fácil lidar com crianças que fogem dos padrões estabelecidos pela sociedade, porém se faz necessário que tenhamos esse olhar diferenciado, pois enquanto psicólogo fenomenológico esse é nosso papel, enxergar no outro potencialidades.

Fonte: https://goo.gl/4h9i1K

Desse modo, crianças com o transtorno de hiperatividade precisam ser trabalhadas para que tomem consciência de si, das suas necessidades e as do meio em que vivem, a todo o momento buscando se ajustar criativamente de forma que a ajude no seu progresso, ou seja, no seu desenvolvimento.

Buscar um diagnóstico tardio é capaz de ocasionar falhas relevantes no processo de aprendizado e matemática o que geralmente acarretará complicações na vida escolar da criança. Dentro do ambiente escolar é preciso que os educadores saibam conhecer o diagnóstico para identificar se a criança está devidamente medicada. É preciso também que haja uma metodologia mais interessante, onde o tom de voz seja de forma que a criança entenda, para que ela se sinta compreendida e reconhecida pelo desenvolvimento da sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANTONY, Sheila; RIBEIRO, Jorge Ponciano. Hiperatividade: doença ou essência um enfoque da gestalt-terapia. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 25, n. 2, p.186-197, 30 jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 29 mar. 2018.

ARAÚJO, Juliana Lima de. Fenomenologia do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em Adolescentes. 2015. 185 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Psicologia, Universidade de Fortaleza – Unifor, Fortaleza, 2015.

ANTONY, Sheila; RIBEIRO, Jorge Ponciano. A Criança Hiperativa: Uma Visão da Abordagem Gestáltica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 20, n. 2, p.127-134, ago. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ /ptp/v20n2/a05v20n2.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2018.

ABDA. O QUE É TDAH. Abda-associação Brasileira do Déficit de Atenção, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/>. Acesso em: 23 abr. 2018.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2008.

MATOS, Roberto Pires Calazans. Elementos para entender o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – TDAH. Estilos da Clínica, Minas Gerais, v. 18, n. 2, p.342-357, ago. 2013. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282013000200009>. Acesso em: 29 mar. 2018.

HOLANDA, Adriano. Saúde e Doença em Gestalt-Terapia: Aspectos Filosóficos. Estudos de Psicologia, Florianópolis, v. 15, n. 2, p.29-44, out. 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v15n2/02.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2018.

MACHADO, Adriana Marcones. Os psicólogos trabalhando com a escola: Intervenção a serviço do quê?( 2013, pag. 771),

MUNHOZ, Dés Bertran. Revisão de literatura das psicoterapias para crianças e adolescentes com Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH./ Déa Bertran Munhoz; orientador Andrés Eduardo Aguirre Antúnez. São Paulo, 2011.

ANGELUCCI, Carla Biancha. Por uma clinica da queixa escolar que não reproduza a lógica patologizante.(Pag. 354).

LEANDRIN, kizzy Domingues,SARETTA Paula. Atendimento em grupo de crianças com queixa escolar: Possibilidades de escuta, trocas e novos olhares,(pág 381).

SENO, Marília Piazzi. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): o que os educadores sabem? Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 27, n. 84, p.334-343,  2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000300003>. Acesso em: 23 abr. 2018.

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HACKATHON: “SABER +” intervém em adolescentes com TDAH

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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

O SABER + é um sistema fornecedor de atividades complementares com o objetivo de reforçar o conteúdo ministrado em sala de aula para adolescentes com TDAH, que cursam o Ensino Fundamental II na faixa de 11 a 14 anos. Foi desenvolvida por uma equipe composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”.

Com espaço para produção de mapa mental, e futuramente uma estrutura base de questionários que trabalhe exatamente áreas que o transtorno afeta, e que permita ao professor encaixar perguntas relativas às suas disciplinas. Os jovens terão ajuda dos pais em casa para auxiliar, e dos professores para acompanhar e corrigir as atividades. Futuramente terá espaço para um psicólogo ou psicopedagogo analisar e acompanhar o desenvolvimento do jovem, com a possibilidade de fazer suas anotações. Assim, pais, professores e psicólogos/ psicopedagogos poderão através de um chat, conversarem sobre o estudante.

O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

1º Hackathon Tech for Life – Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).

Integrantes da equipe

Danilo Saraiva Vicente, 20 anos, acadêmico de Ciência da Computação, 1° período, Trabalha na  SOLUTTION certificação digital.

Emanoel Mendes Magalhães, 20 anos, acadêmico de Ciência da Computação, 4° período.

Thaylla Cristianne Oliveira dos Santos, 22 anos, acadêmica de Psicologia, 1° período.

Verônica Bibiana de O. Carvalho, 33 anos, acadêmica de Psicologia, 6° período.

 

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