Seminário clínico conta com caso na visão da Gestalt-terapia

As estratégias utilizadas por Pedro Brito foi a abordagem dialógica, que exige um terapeuta carinhosa(o), atenciosa(o) e aberta(o)

No dia 24 de maio, dentro da programação do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) com a temática Psicologia & sexualidade: corpo, conhecimento e liberdade, foi ofertado seminários clínicos a partir das 14 horas, para compreensão de diferentes abordagens em estudos de casos feitos por egressos ou alunos do curso.

Eles trouxeram um recorte de suas experiências clínicas, mostrando desde dificuldades e superações dentro da proposta do SEPSI (Serviço Escola de Psicologia), assim como nos evidenciaram o tipo de abordagem utilizada a partir do conteúdo denso da atuação conjunta a supervisão de um professor.

A partir das 15 horas, dentro da programação, fora previsto a apresentação ministrada por Pedro Brito de Almeida Neto, acadêmico de psicologia da instituição, com o auxílio de sua supervisora, professora do curso e Psicóloga Rosangela Veloso (CRP 23/976), com a temática “A experiência do contato com a criança dentro da abordagem Gestalt-terapia”.

Em sua apresentação mostrou o perfil de seu cliente, sendo do sexo masculino, estudante, solteiro, do ensino fundamental com vínculos familiares rompidos e/ou fragilizados. A demanda apresentada foi de abuso sexual e relações conflituosas com os pais, cuja queixa inicial foi a agressividade, sendo esse um encaminhamento da instituição de ensino da criança, com intuito de diminuir o comportamento indesejado.

As estratégias utilizadas por Pedro Brito foi a abordagem dialógica, que exige um terapeuta carinhosa(o), atenciosa(o) e aberta(o), cujo objetivo é acolher as pessoas em suas dimensões biopsicossociais; o lúdico também foi usado, cujo o ajustamento criativo tinha como objetivo acessar a criança, dando a possibilidade de compreender as relações familiares assim como as violências vivenciadas, já que não havia uma abertura. Dentro da terapia o cliente apresentou-se arredio a perguntas e questionamentos do acadêmico/estagiário.

Nesta condição, no processo terapêutico, houve com o tempo o fortalecimento de vínculo, feito com a ideia principal do ‘não saber’, trazer à tona o ouvir com a experiência da relação, abraçando as demandas ao invés de criar estratégias com a falha ideia da compreensão. No momento do aqui e do agora, a partir da faceta da atenção é possível tirar as verdades do próprio indivíduo ao invés de se posicionar como detentor do saber. A partir disso, houve descobertas, dando a oportunidade do indivíduo legitimar sua fala, podendo trabalhar enfim com o momento de conflito vivenciado. O objetivo da terapia nesse estudo de caso, a partir da abordagem da Gestalt-terapia, foi trazer à tona a compreensão da capacidade do cliente de descobrir-se como enfrentador de ambientes estressantes.

 

Acadêmica de Psicologia no Centro Universitário Luterano de Palmas CEULP/ULBRA. Voluntária no Portal (En)Cena - A Saúde Mental em Movimento.