Gordofobia é tema de intervenção e chama a atenção para estigma

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Intervenção utiliza-se de uma série de dispositivos – como fotografias, roupas, frases, varais informativos – para alertar sobre a problemática em torno dos padrões de beleza vigentes

Como desdobramento do Caos 2019, uma intervenção cultural reverberou entre acadêmicos e profissionais de Psicologia, ao ponto de ser executada fora do espaço acadêmico. Trata-se de “A dor do não caber”, sobre a gordofobia enfrentada por mulheres que não se enquadram no padrão estético preconizado pela mídia e pela sociedade. A ação foi conduzida pela profa. de Psicologia Ruth Cabral e pela acadêmica do curso, Isaura Rossato.

Nas intervenções ocorridas na Ulbra e fora da instituição, utilizou-se uma série de dispositivos – como fotografias, roupas, frases, varais informativos – para alertar sobre a problemática em torno do estigma. Neste sentido, para Ruth Cabral, é necessário criar espaços de fala que garantam a realização de debates e de um cenário de acolhimento para as pessoas que se sentem impactadas negativamente pelo estigma da gordofobia.

Historicamente, por serem vítimas do processo de objetificação do corpo, as mulheres tendem a ser ainda mais afetadas pelos padrões de beleza que se proliferam em diferentes fases históricas.

Fonte: Isaura Rossatto

Gordofobia

De acordo com Flávia Carolina (Do Fala! Anhembi), Gordofobia é nada mais do que uma repulsa e intolerância contra pessoas gordas. É um termo recente, porém denomina diversas ações e situações desagradáveis àqueles que convivem com ela. A normalização da intolerância contra pessoas gordas é encorajada por órgãos de saúde pública e campanhas publicitárias – especialmente no verão, quando os corpos ficam sempre à mostra. Uma sociedade que prega um padrão estético inalcançável também colabora com a repressão de quem não consegue comprar uma roupa em uma loja de departamentos popular. (Com informações de https://falauniversidades.com.br)

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Homofobia e Reorientação Sexual é tema de palestra de encerramento do CAOS

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Ocorreu na última sexta-feira (24) a palestra de encerramento do CAOS, no Auditório Central do Ceulp, mediada pelo Dr. Em Ciências do Comportamento (UNB) Fábio Henrique Baía. A palestra fechou o evento com chave de ouro e teve como tema ‘Homofobia e Reorientação Sexual: o que a ciência diz?’.

Fábio iniciou explicando o ´´biscoito sexual“: o sexo biológico é o sexo cromossomático ou o sexo genital, automaticamente interligado a reprodução. A identidade de gênero é o sentir-se feminino ou masculino, independente da anatomia, um exemplo são os trans. Expressão de gênero está relacionado a forma como a pessoa se veste, se apresenta e age, um exemplo são os andrógenos. E por fim, a orientação sexual se refere ao que a pessoa sente e pensa sobre si, assim como sua afetividade e sexualidade, podendo ser heterossexual, homossexual e/ou bissexual.

Fonte: encurtador.com.br/bfmWZ

O psicólogo informou sobre o perigo de pesquisas com intuito de reorientação sexual, visto que os danos são maiores que os benefícios. E frisou a importância da atuação do psicólogo, visto que é comum demandas relacionadas a sexualidade. Logo, a psicologia ´´deve contribuir com seu conhecimento para esclarecimento sobre questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações“, afirmou.

Outro ponto importante foi a explanação de características de pessoas homofóbicas, pesquisa realizada por Herek (1984). Algumas delas são: geralmente frequentam igreja regularmente e aderem à ideologias conservadoras; em geral são mais velhos e com menor educação; são menos capazes de identificar atitudes negativas (preconceituosas) em seus amigos, especialmente se forem homens; são menos permissivos sexualmente ou manifestam culpa ou negatividade sobre sexo.

Por fim, Fábio terminou com a seguinte frase de Pirula e Lopes (2019): ´´ou seja, quanto menos a população for seduzida a acreditar nesses tratamentos, melhor para gays, lésbicas, transgêneros e outras variantes, pois menor o risco de esses procedimentos serem oficializados por governantes mirando a opinião pública em busca de votos. Por isso, é bom que as pessoas saibam o que a ciência diz sobre homossexuais.“

Fonte: Acervo Pessoal
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CAOS2019: “A busca feminina pelo corpo sarado”

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Psicóloga fez ricas pontuações sobre corpo, meio social e como a interação desses dois aspectos estão relacionados

Como parte da programação do CAOS 2019, ocorreu na tarde desta quinta-feira (23), na sala 223 do Ceulp/Ulbra, as sessões técnicas do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – Caos. O trabalho apresentado por Tainá Bernardes, psicóloga formada pelo Ceulp/Ulbra, teve como tema “A busca feminina pelo corpo sarado” e teve como orientadores a professora Doutora Irenides Teixeira, Fabiano Fagundes e Pierre Brandão.

Em sua pesquisa, a psicóloga fez ricas pontuações sobre corpo, meio social e como a interação desses dois aspectos estão relacionados. Tainá ressaltou que a mídia tem uma função muito parecida com a de um espelho, pois reflete a educação cultural e social dos indivíduos.

fonte: https://bit.ly/2wgLXN6

Com a autorização das donas, a Psicóloga analisou dois perfis do Instagram, com as seguintes características: duas mulheres, fisiculturistas, que concorriam na mesma modalidade. A partir dessa análise, ela percebeu que o corpo vem sofrendo  uma objetificação que se torna digna de investimento pessoal. Esses aspectos estão envoltos pela a era do consumismo e das influências midiáticas.

Para finalizar, ela trouxe a conceituação de Guy Debord sobre a sociedade do espetáculo, essa exposição midiática utiliza a representação como instrumento de manipulação dos sujeitos. Portanto, o corpo volta a ser cultuado e exposto nas mídias a partir das referências e significações subjetivas.

 

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CAOS 2019 aborda um olhar sobre a Neoescravidão

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O tema abordado tratou sobre como a escravidão ainda é algo muito presente em nosso cotidiano, mas não é vista com os mesmos olhos.

No dia 23 de maio, aconteceu na sala 219 do CEULP/ULBRA a sessão técnica Trabalho escravo urbano: um olhar para a neoescravidão, trabalho elaborado por Sarah Fernandes Britto, bacharela em Direito e mestranda em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos. A sessão técnica foi mediada pela Profa. Me. Thaís Moura Monteiro e contou com a presença da Dra. Liliam Deisy Ghizoni, da UFT.

O tema abordado tratou sobre como a escravidão ainda é algo muito presente em nosso cotidiano, mas não é vista com os mesmos olhos pois nem sempre os indivíduos contemporâneos param para refletir a respeito das condições de trabalho que são impostas pelas empresas que os contrata (em sua maior parte terceirizadas). Essa realidade é bastante recorrente em empresas voltadas para a construção civil e no meio rural, com trabalhadores pouco instruídos e que necessitam desse possível salário ofertado.

Fonte: Arquivo Pessoal

No Tocantins, práticas como essas ainda são bastante comuns em algumas cidades do interior e até mesmo na capital. Alguns dados apresentados sobre o Tocantins mostram que o estado já ocupou o quarto lugar no ranking de incidência de trabalho escravo com um total de 2.242 trabalhadores libertados em condições de trabalho escravo e outros trabalhadores tocantinenses já foram resgatados em outros estados da federação.

Com isso é possível ver o quão importante é o trabalho de profissionais da psicologia que atuam juntamente com a justiça, fazendo com que o trabalho de empresas seja fiscalizado e exigindo uma condição digna de execução do serviço desses trabalhadores.

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CAOS 2019: Violência de gênero nas relações é pauta em sessões técnicas

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No dia 23 de maio, ocorreram na sala 217 do CEULP as sessões técnicas, como parte da programação da quarta edição do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), mediadas pela Profª Me. Cristina D’Ornellas Filipakis. Dentre os temas discutidos, houve “Impactos da situação de violência de gênero sobre o relacionar-se”, artigo produzido pelas egressas do curso Psicologia do CEULP, Amanda Évem Sena Cristo e Gleycielle Silva Magalhães, supervisionadas por Cristina

A apresentação foi realizada por Gleycielle, que falou sobre a violência como processo de uso da força ou do poder sobre outra pessoa, causando algum tipo de dano e que o meio intrafamiliar pode ser um dos cenários para que ocorra essa violência, assim como esta pode influenciar na forma como a pessoa se relaciona. Gleycielle também apresentou as diferenças entre violência contra a mulher, violência doméstica e violência de gênero.

Fonte: encurtador.com.br/npyOV

Como aporte teórico, Gleycielle apresentou sobre a teoria geral dos sistemas,  sobre a teoria cibernética e sobre a teoria da comunicação. Utilizou – se de vinhetas clínicas  (falas pontuais dos clientes) para exemplificar os fenômenos de triangulação e diferenciação do self.

Por fim, Gleycielle apresentou sobre a abordagem utilizada nos atendimentos, sendo a Psicoterapia Sistêmica Novo Paradigmática, baseada nos preceitos de complexidade, instabilidade e intersubjetividade, que consistem em ampliar o foco sobre os sistemas, os considerando como não estáveis e considerando a participação do psicoterapeuta no sistema, que o afeta e é afetado por ele.

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Psicoterapia de casais com enfoque na sexualidade é debatida no Caos

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O minicurso é parte da programação do CAOS 2019 que acontece no Ceulp até o dia 24 de maio.

Ocorreu na tarde dessa terça-feira (21) nas dependências do CEULP/ULBRA, o minicurso “Psicoterapia de casais com enfoque na sexualidade” como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2019. As atividades foram conduzidas pela psicóloga Gisélia Noleto.

No início do minicurso foram promovidas discussões em grupos sobre a atuação do psicólogo frente às novas configurações familiares. Os grupos puderam expor suas idéias no quadro e compará-las. Em um segundo momento, a psicóloga explorou, com enfoque na abordagem sistêmica, o subsistema conjugal e o impacto dos conflitos conjugais no sistema familiar. Gisélia abordou, através de casos clínicos no atendimento de casais, técnicas de terapia sexual e métodos de comunicação, ressaltou também a importância da rede de apoio profissional para o psicólogo.

Para Gisélia, o estudo da sexualidade e da família é importante: “O estudo dessa área é extremamente importante pois as pessoas têm vergonha de expôr. Eu me sinto privilegiada de ter esses casos, por que é difícil você ver na clínica. […] O estudo da família também é importante, especialmente, nessa sociedade que está adoecida. Então essa parte me cabe, nos cabe, enquanto psicoterapeutas: ajudar a fortalecer a célula social”.

Gisélia Noleto é psicóloga egressa do Ceulp/Ulbra e tem experiência clínica no atendimento de casais, adolescentes e famílias, com enfoque na abordagem sistêmica. Mais informações podem ser obtidas no site do evento.

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CAOS 2019: padrões estéticos no filme Dumplin’ são discutidos no Psicologia em Debate Especial

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Isaura falou sobre os aspectos que permeiam a trama, apresentando a protagonista do filme, mulher gorda, apelidada pela mãe como dumplin’ (fofinha).

No dia 23 de maio, ocorreu na sala 203 do CEULP o Psicologia em Debate Especial, com o tema geral “Cinema e Sexualidade”. Dentre os diversos temas discutidos, a acadêmica de Psicologia do CEULP, Isaura de Bortoli Rossatto, apresentou Dumplin’: padrões estéticos precisam ser desafiados por mulheres grandes. O Psicologia em Debate Especial fez parte da programação da quarta edição do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS).

Isaura falou sobre os aspectos que permeiam a trama, apresentando a protagonista do filme, mulher gorda, apelidada pela mãe como dumplin’ (fofinha), que está em luto pela morte da tia que a acolhia, suas inseguranças em relação ao próprio corpo e a competição anual Miss Bluebonnet, ocorrida na cidade do Texas.

Fonte: encurtador.com.br/CJW09

Isaura demonstrou em sua fala a necessidade de se desafiar os padrões estéticos, assim como a forma com que os eufemismos utilizados para se referir a pessoas gordas podem ter significado para quem os fala ou os escuta, afirmando que a palavra “gorda” não é ofensa.

Por fim, Isaura relatou um pouco sobre sua própria história e como passou a se aceitar, finalizando com a frase de Dolly Parton, presente no filme, “descubra quem você é e seja você de propósito”.

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CAOS2019: Girassol – um caso de recomeço pós multi violências intrafamiliares

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Girassol é uma mulher que vivenciou um relacionamento abusivo e se sentia culpada por ter práticas sexuais sem concordância e sem coerência com suas crenças e preferências pessoais.

Na tarde desta sexta, 24/05, no auditório central do Ceulp/Ulbra, aconteceram os Seminários Clínicos, como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – Caos.  A abertura ficou por conta da coordenadora do Serviço de Psicologia do Ceulp – SEPSI, psicóloga Lorena Dias de Menezes Lima.

A psicóloga Gleycielle Magalhães, egressa do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, apresentou o estudo de caso “Girassol: um caso de recomeço pós multi violências intrafamiliares”. Na perspectiva sistêmica, Gleycielle, juntamente com a Professora Mestre Cristina D`Ornellas, que na época era sua supervisora, falaram de Girassol (nome fictício).

Girassol é uma mulher que vivenciou um relacionamento abusivo e se sentia culpada por ter práticas sexuais sem concordância e sem coerência com suas crenças e preferências pessoais. Tem um filho, cujo sofreu abuso do próprio pai, o que posteriormente, gerou uma ação judicial contra o ex-parceiro pela a disputa da guarda da criança. Girassol passou por um intenso julgamento e exposição, o que ocasionou mais sofrimento.

Como possibilidades de intervenção para o caso, Gleycielle utilizou as técnicas de acolhimento, escuta qualificada e perguntas reflexivas, para a ampliação do foco para as relações. Foram realizadas 28 sessões, sendo uma delas em conjunto com a criança. a Psicóloga pontuou que foi possível perceber uma evolução, pois foi observado uma maior estabilidade emocional,  uma perspectiva de futuro e de novos relacionamentos (algo que não acontecia no processo inicial da terapia).

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Seminário clínico conta com caso na visão da Gestalt-terapia

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As estratégias utilizadas por Pedro Brito foi a abordagem dialógica, que exige um terapeuta carinhosa(o), atenciosa(o) e aberta(o)

No dia 24 de maio, dentro da programação do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) com a temática Psicologia & sexualidade: corpo, conhecimento e liberdade, foi ofertado seminários clínicos a partir das 14 horas, para compreensão de diferentes abordagens em estudos de casos feitos por egressos ou alunos do curso.

Eles trouxeram um recorte de suas experiências clínicas, mostrando desde dificuldades e superações dentro da proposta do SEPSI (Serviço Escola de Psicologia), assim como nos evidenciaram o tipo de abordagem utilizada a partir do conteúdo denso da atuação conjunta a supervisão de um professor.

A partir das 15 horas, dentro da programação, fora previsto a apresentação ministrada por Pedro Brito de Almeida Neto, acadêmico de psicologia da instituição, com o auxílio de sua supervisora, professora do curso e Psicóloga Rosangela Veloso (CRP 23/976), com a temática “A experiência do contato com a criança dentro da abordagem Gestalt-terapia”.

Em sua apresentação mostrou o perfil de seu cliente, sendo do sexo masculino, estudante, solteiro, do ensino fundamental com vínculos familiares rompidos e/ou fragilizados. A demanda apresentada foi de abuso sexual e relações conflituosas com os pais, cuja queixa inicial foi a agressividade, sendo esse um encaminhamento da instituição de ensino da criança, com intuito de diminuir o comportamento indesejado.

As estratégias utilizadas por Pedro Brito foi a abordagem dialógica, que exige um terapeuta carinhosa(o), atenciosa(o) e aberta(o), cujo objetivo é acolher as pessoas em suas dimensões biopsicossociais; o lúdico também foi usado, cujo o ajustamento criativo tinha como objetivo acessar a criança, dando a possibilidade de compreender as relações familiares assim como as violências vivenciadas, já que não havia uma abertura. Dentro da terapia o cliente apresentou-se arredio a perguntas e questionamentos do acadêmico/estagiário.

Nesta condição, no processo terapêutico, houve com o tempo o fortalecimento de vínculo, feito com a ideia principal do ‘não saber’, trazer à tona o ouvir com a experiência da relação, abraçando as demandas ao invés de criar estratégias com a falha ideia da compreensão. No momento do aqui e do agora, a partir da faceta da atenção é possível tirar as verdades do próprio indivíduo ao invés de se posicionar como detentor do saber. A partir disso, houve descobertas, dando a oportunidade do indivíduo legitimar sua fala, podendo trabalhar enfim com o momento de conflito vivenciado. O objetivo da terapia nesse estudo de caso, a partir da abordagem da Gestalt-terapia, foi trazer à tona a compreensão da capacidade do cliente de descobrir-se como enfrentador de ambientes estressantes.

 

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