Aprovados: um besteirol americano que revela a pressão dos adolescentes para o ensino superior

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“Aprovados” é uma comédia americana de 2006 que gira em torno de um grupo de estudantes do ensino médio que, após serem rejeitados por diversas universidades, decidem criar uma instituição de ensino fictícia para enganar os pais e se livrarem de possíveis castigos e humilhações entre seus pares. Apesar do filme ser de comédia e trazer diversas temáticas diferentes, ela também me levou a refletir sobre os papéis que nos são dados desde a infância: o que devemos ser, quando ser, de que forma, para quem, e por aí vai. 

Em 2023, foi realizada uma pesquisa no Brasil que apontou um nível preocupante de ansiedade entre os jovens de 18 à 24 anos, faixa etária que geralmente está em busca de aprovação em uma instituição de ensino superior (o que não é mera coincidência). Os dados dizem que 31,6 % dessa população é ansiosa, sendo líder dentre todas as faixas etárias no Brasil, dado que é confirmado por educadores e professores. 

Segundo o Hospital Oswaldo Cruz, o estresse decorrente do processo de aplicação nas universidades pode impactar diversas áreas do corpo, afetando cabelos, unhas, boca, dentes e cérebro. Ele também pode prejudicar a memória e enfraquecer o sistema imunológico. No cérebro, o estresse pode levar a mudanças funcionais e no tamanho do hipocampo, que é a parte responsável pela memória, devido ao aumento dos hormônios do estresse, como o cortisol.

O grupo de amigos que protagonizam o filme “Aprovados” são jovens, todos recém formados do ensino médio (que por si só já é uma conquista muitas vezes não reconhecida), e que, apesar da filósofa Hannah Arendt ter afirmado que o ser humano é de infinitas possibilidades, passíveis de transformações e adaptações, ainda somos encurralados com expectativas limitantes sobre quem devemos ser. Em determinado momento, eles são descobertos e são levados à justiça, mas conseguem comprovar que, apesar de terem iniciado como algo “falso”, estabeleceram um senso de pertencimento e comunidade, além de terem adquirido conhecimentos práticos.

O filme “Aprovados” não se passa no Brasil, nem é habituado no ano de 2025, mas é a realidade de muitos jovens que se veem pressionados a entrarem na faculdade assim que finalizam o ensino médio, uma realidade onde o valor e esforço do jovem em processo de aprendizado é medido por quantas e quais aprovações ele recebe por instituições de ensino superior. A pressão é tão nauseante que muitos acreditam de fato que sair do ensino médio sem aprovações significa um fracasso descomunal que determina que tipo de adulto ele será. Não ser aprovado de imediato virou sinônimo de fim do caminho, não há futuro, não há plano B, não há alternativas de carreira ou percurso.

APROVADOS

Diretor: Steve Pink

Elenco: Justin Long, Adam Herschman, Jonah Hill, Blake Lively

Gênero: Comédia

Ano: 2006

MAIS INFORMAÇÕES 

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mais-de-26-dos-brasileiros-tem-diagnostico-de-ansiedade-diz-estudo/#:~:text=Um%20terço%20(31%2C6%25),mulheres%20(34%2C2%25).

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/pressao-pre-vestibular-pode-afetar-saude-e-bem-estar-dos-estudantes/

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O Tratamento do deficiente intelectual e múltiplo: um olhar profissional

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A primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) foi fundada em dezembro de 1954 na cidade do Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil. Caracteriza-se por ser uma instituição responsável pelo cuidado com os deficientes intelectuais e múltiplos e tem como missão a promoção e articulação das ações de defesa de direitos e prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. O trabalho com os deficientes intelectuais e múltiplos é algo de extrema importância mas bastante negligenciado e desconhecido, devido às dificuldades e falta de conhecimento sobre essa área poucos profissionais decidem por essa atuação. Devido a sua importância porém pouca visibilidade decidimos entrevistar parte da equipe multiprofissional da saúde da APAE de Paraíso do Tocantins. Convidamos a Terapeuta Ocupacional Talita Dias, formada pela facudade PUC do Goiás, e ingressou no mercado de trabalho na área dos cuidados com pessoas especiais, através da Apae de Paraíso há mais de 10 anos, e no ano de 2022 abriu sua clínica particular Integrar Paraíso (@integrarparaiso) que é um Centro de Reabilitação Infanto Juvenil, composta por uma equipe multidisciplinar com o intuito de trabalhar com esse mesmo público. Também entrevistamos a Psicóloga Savanna Ferreira Dala, formada pela faculdade Ceulp/Ulbra de Palmas – TO, já trabalhou na Secretaria da Educação como Psicóloga Escolar e atualmente trabalha com o público de deficientes intelectuais. 

(En)Cena: Como vocês chegaram até a Apae?

Savanna: Quando eu cheguei na apae eu já tinha uns dois anos de formada e trabalhava na Diretoria Regional de Ensino, na parte de psicologia educacional.  Após perder o emprego, a presidente da época me convidou para vir trabalhar aqui, eu não conhecia o trabalho das APAEs e nunca nem tinha trabalhado com crianças especiais apesar de trabalhar na área da educação, era voltado para crianças de ensino regular. 

Talita: Me formei em Goiânia na PUC, após 6 meses que eu estava desempregada  recebi a proposta aqui de paraíso, na época eu nem sabia que existia essa cidade, eu vim através da Dona Daura que era presidente na época e isso já faz 16 anos. Eu costumo dizer que caí aqui de paraquedas, já conhecia o trabalho das APAEs através de estágios na faculdade mas nunca tinha tido um contato tão profundo. 

(En)Cena: Como funciona a atuação profissional na APAE?

Savanna: O trabalho da psicologia aqui é bem versátil, tem muitas áreas da psicologia aqui que a gente trabalha aqui dentro, dois exemplos que podemos citar é a psicologia escolar e clínica porque a gente trabalha com orientação de professores, a parte cognitiva das crianças, a aprendizagem e também questões emocionais, familiares, orientação de pais, entre outros. Já tentamos algumas vezes fazer grupo de pais mas não é algo muito fácil de ser realizado porque eles não aceitam e não aderem ao trabalho, às vezes vem e param de vir mas o foco acaba sendo também a família e não somente o aluno.

As crianças que têm o entendimento para trabalhar o emocional, atividades voltadas para o convívio social a gente trabalha e as crianças que não tem esse desenvolvimento cognitiva a gente acaba trabalhando esse desenvolvimento cognitivo de aprendizagem, raciocínio, atenção, concentração, muito voltado para essas duas vertentes, então depende muito do desenvolvimento e do comprometimento cognitivo de cada um, a patologia e o CID que cada um tem. 

Talita: Eu trabalho a parte cognitiva de forma lúdica, a reabilitação física de membros superiores e trabalho a parte de AVDs (atividades da vida diária). 

(En)Cena: Quais os maiores desafios que você enxerga em relação ao seu trabalho? 

Savanna: Eu vejo que uma grande dificuldade é a falta de aceitação dos pais em relação à realidade do filho, porque quando o pai aceita, adere e abraça o história do filho, vê as dificuldades que o filho tem, aceita que aquilo é uma realidade e que se não ajudarem a criança pode não evoluir, se eles aceitam temos um tratamento mais eficaz e uma evolução melhor, mas quando o pai não aceita encontra-se muitas limitações, tanto emocionais quanto de fazer o que se pede, porque precisamos lembrar que o tratamento não é só aqui dentro, muitas vezes orientamos a uma mudança de rotina ou uma atividade diferenciada em casa pra dar continuidade ao que é ensinado aqui, tem pais que fazem e abraçam e tem pais que não. Outra questão que eu vejo também é a frustração que temos como profissional, no começo eu ficava bastante assim, porque o paciente, algumas vezes, não tem a evolução que esperamos devido a patologia, muitas vezes o paciente consegue atingir algo em uma semana e na próxima semana ele já regrediu novamente e quando eu cheguei aqui eu me cobrava bastante achando que eu ficaria a vida inteira trabalhando a mesma coisa sem alcançar uma evolução mas depois eu comecei a entender que é uma área diferente de atuação dentro da psicologia, não é como trabalhar em uma escola regular ou atender um paciente na clínica particular com uma criança sem deficiência intelectual, é totalmente diferente e por isso a gente entende que qualquer ganho é positivo. Eu vejo também que por causa desses fatores para trabalhar aqui é necessário ter um gosto pelo trabalho porque se não, dificilmente o profissional vai permanecer. 

Talita: O maior desafio aqui na clínica são os pais que não ajudam, a equipe multidisciplinar na clínica orienta os pais a dar continuidade no tratamento dentro de casa, e consegue-se enxergar  nitidamente diferença  da evolução dos pacientes em que a família dá esses suporte daqueles que não possuem esse suporte familiar. Outra dificuldade que temos aqui é a questão financeira, porque às vezes precisamos de um equipamento, algo que é mais caro, mas que a instituição não pode comprar e acaba tendo que passar por licitações que acaba sendo demorado ou nem chega. Tem coisas que vão além do que fazemos aqui, um exemplo disso é o desfralde, eu não consigo trabalhar um desfralde sem a ajuda de um pai, ou a seletividade alimentar também, são coisas que não podemos fazer sem a cooperação dos pais no processo. 

                                                                                                                fonte pixabay

(En)Cena: Já aconteceu de um paciente estagnar nas respostas terapêuticas?, Se sim, como proceder? 

Savanna: Chegar ao ápice do desenvolvimento não é algo que acontece, o que pode acontecer é da família não aceitar que o paciente chega em uma certa idade em que ele não vai passar daquilo. Que ele já alcançou na parte cognitivo porque dentro da idade que ele possui para conseguir ir além. Vai ser em passos mais lentos do que já foi até o momento presente. Por exemplo às vezes o paciente tem trinta anos e não conseguiu falar, e a mãe quer que ele fale ou o responsável quer que ele leia, e o desenvolvimento cognitivo dele mostra que ele não vai ser capaz de ler fluentemente. Ele pode até reconhecer letras mas não consegue ler. Pode ser devido a idade ou questões cognitivas mesmo. Esse impasse existe muito e na maioria das vezes a família não aceita, então se a gente tira determinado paciente do tratamento para dar oportunidade para alguém que tem cinco anos de idade e que a gente sabe que vai conseguir desenvolver melhor porque ela ainda tem essa flexibilidade no cérebro de desenvolvimento. A elasticidade ainda está boa para aprendizagem e por isso ela vai conseguir e já um cérebro de trinta anos já se encontra com mais dificuldades, então acaba sendo melhor dar oportunidade para o paciente de cinco anos, sempre relacionando isso sobre as vagas, porque o atendimento na instituição é bem concorrido. Mas é claro que se pudéssemos atender a todos, essa seria a nossa opção. 

Outra coisa que a gente busca fazer é manter em sintonia com a área pedagógica da instituição, por que às vezes a professora vai conseguir evoluir com ele algumas coisas que seriam trabalhadas aqui com a gente, e isso acaba abrindo vaga para os novos pacientes aqui na clínica. 

Talita: Chegar ao ápice da evolução nunca aconteceu dentro da terapia ocupacional, o que aconteceu foi que o paciente conseguiu alcançar tudo o que eu tinha listado e de certa forma não tinha mais o que fazer. Teve um caso aqui na instituição em que a minha paciente já tinha alcançado tudo na parte sensorial, ela também tinha relações cognitivas para serem tratadasmas ela já estava em outra escola e instituições que trabalhavam as mesmas coisas, então para dar vaga pra outros eu acabei dando alta pra ela. Nesse processo a gente chama a família, orienta, explica os motivos da alta que estamos dando, isso acontece bastante nas crianças da estimulação precoce, quando elas conseguem alcançar os marcos principais como, subir escada, caminhar, correr, pular então nós chegamos nós pais e avisamos aquilo que ele já conseguiu fazer e damos alta orientando a família nos próximos passos a serem feitos.

(En)Cena: Quais os ganhos para vocês como profissionais trabalhando aqui na instituição?

Savanna: Na minha visão, vejo que abriu nossa mente para essa área do desenvolvimento, seja ele infantil, cognitivo, de que tem crianças lá fora que precisam da gente também. Tanto que acabei expandindo e abrindo um consultório particular nessa área.E aqui abriu muitas portas pra mim profissionalmente por que eu vejo que aprendi muita coisa que nem sabia que existia. E com o tempo eu aprendi coisas que não aprendi na faculdade, porque a gente acaba não aprendendo tudo lá, a gente fica mais no campo da teoria, mas na prática, a realidade é mais trabalhando mesmo e eu considero que eu fiz outra faculdade aqui. 

Talita: Entre tantas coisas que eu posso pontuar aqui, eu vejo que meu olhar clínico foi muito aguçado e melhorado ao decorrer dos anos., Hoje a gente  que trabalha nessa área da avaliação já consegue identificar com mais facilidade pessoas que possuem traços de atraso no desenvolvimento, claro que tem aquelas crianças que te deixam dúvida, mas a maioria dos casos é bem certeiro mesmo, e isso é muito bom até porque quanto mais cedo algo é identificado, mais cedo o tratamento pode ser iniciado e mais eficaz ele vai ser. Com todos esses anos aqui eu também tive meus olhos e desejo abertos para estudar mais esse mundo do autismo, que tem sido uma queixa que tem crescido cada vez mais. A gente acaba buscando muita qualificação fora da instituição, porque a gente sabe que muitas vezes a realidade da instituição não consegue proporcionar formações mais eficazes pra gente. muitas vezes por uma questão financeira mesmo, de tantas demandas. Eu estou aqui já há dezesseis anos e pra mim é quase uma vida e eu realmente pude aprender muito. 

                                                                                                                          fonte pixabay

Que dica você deixa para algum estudante ou  profissional formado que gostaria de seguir nessa área?

Savanna: Olha, eu digo que essa área é apaixonante para aqueles que pegam gosto, e essa área em especial não tem como ser feito sem amor, nao tem como fazer por obrigação ou pelo dinheiro, porque os desafios são diversos, não que em outras áreas de atuação não tenha desafios, mas quando se trata de crianças especiais a gente sabe que tudo tem que ser e dobro, a paciência, o amor, a dedicação. Então eu digo que primeiramente precisa existir um gosto mesmo pela área de atuação  para conseguir vencer todos os obstáculos que vem pela frente quando se decide por essa prática, é claro que eu também digo que é necessário, assim como todas as áreas de atuação dentro da saúde, buscar um conhecimento fora daquilo que é falado na faculdade, porque a gente sabe que o conhecimento que a faculdade nos passa é só a ponta do iceberg de um mundo de conhecimento que nós vamos precisar na hora da prática, então acredito que sempre buscar mais conhecimento é essencial também, e por último eu diria para não ter medo de praticar, sempre com muito respeito e zelo pela vida que está sendo confiada a você.

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Abertas as inscrições para o XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos

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A partir dessa sexta-feira (7/10), estarão abertas as inscrições para um dos maiores encontros de estudiosos(as), de pesquisadores(as) e de profissionais do Brasil e doutros países do mundo para discutir sobre possíveis estratégias preventivas para enfrentamento de ameaças atuais e futuras aos Direitos Humanos.

Promovido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), desde 2012, e organizado pelo Programa de Mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos, com o tema “A Proteção dos Direitos Humanos em Cenário de Guerra e Pandemia, acontece de quarta a sexta-feira, no período de 19 a 21 de outubro de 2022.

Após dois anos desde o início da pandemia, o Evento retorna ao presencial, tendo o Auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, o Auditório e as Salas de Aula da Esmat como locais para realização das atividades. O Congresso também será transmitido simultaneamente no canal da Escola no Youtube.

Estão sendo disponibilizadas duas mil vagas para servidores(as), magistrados(as), estagiários(as) e colaboradores(as) do Poder Judiciário Tocantinense; estudantes, professores(as), profissionais e integrantes do sistema de justiça brasileiro e membros da comunidade em geral.

Com carga horária de 20 horas, a programação está distribuída entre conferências, painéis, oficinas e outras dinâmicas. O Evento é gratuito e contará com a participação de renomados palestrantes do Brasil, Hungria, Turquia, Egito, Estados Unidos, México, Espanha, Inglaterra, Bolívia e Moçambique.

Em complemento, serão realizados, nos dias 17 e 18 de outubro, quatro oficinas voltadas para a temática de Direitos Humanos. Mas atenção é necessário se inscrever separadamente nas atividades desejadas.

O Congresso tem como objetivo oportunizar aos(às) docentes e discentes do Programa de Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Prestação Jurisdicional e Direitos humanos e à comunidade em geral a compreensão das reflexões e dos estudos sobre os temas mundiais e atuais em direitos humanos e sua correlação com a atividade prática da prestação jurisdicional.

XIV Congresso Internacional em Direitos Humanos (19 a 21 de outubro)

Inscrições específicas para participação no Congresso, clique aqui.

Para mais informações, leia o Edital clicando aqui.

Confira a programação completa clicando aqui

Para acessar a homepage do evento, clique aqui.

Oficinas (17 e 18 de outubro)

Inscrições para a Oficina I (17 e 18 de outubro) — Ver, Saber, Celebrar e Comprometer-se: oficina de Educação em Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina II (18 de outubro) — Sistema Penal e Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina III (18 de outubro) — Filosofia e Direitos Humanos, clique aqui.

Inscrições para a Oficina IV (18 de outubro) — Tutela Jurídica e Bioética de Direitos de Pacientes, clique aqui.

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Os benefícios do mindfluness para estudantes do Ensino Fundamental

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O espaço escolar é um local onde se aprende a ler e escrever, além de ser um ambiente relevante de aprendizagem, interações, valores éticos, morais e sociais. É nesse espaço que são oferecidas vivências e experiências significativas que contribuirão para a formação de cidadãos críticos e participativos. Por outro lado, a escola enfrenta dificuldades para a efetiva formação desses estudantes e a indisciplina ganha destaque. Na atualidade é crescente o aumento de atos indisciplinares entre crianças e jovens, e esse cenário compromete o ensino e desafia todos os envolvidos nesse processo.

Atualmente vivenciam-se diálogos, discussões e projetos acerca de habilidades socioemocionais em todas as áreas onde há necessidade de relacionamentos saudáveis. Noticiários relacionados às agressões em escolas pelo país inteiro vem sendo recorrente entre crianças e principalmente entre adolescentes e jovens. Dados alarmantes de desenvolvimento de transtornos emocionais com esse público tem feito com que organizações reflitam sobre estratégias de prevenção desses acontecimentos, buscando desenvolver habilidades importantes para a vida.

A instituição escolar é um ambiente de convivência, é onde se dá início às aprendizagens acadêmicas assim como também de interação e relacionamento entre pares. É na escola que a criança dá continuidade à expansão de visão de mundo, onde precisa aprender a lidar com as diferenças, dificuldades, respeito, empatia, amor ao próximo, resolução de conflitos de forma assertiva e regulação das suas emoções.

Segundo (Souza, 2009):

“Portanto, o papel que a escola possui na construção dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria”.

Segundo a autora, as escolas podem proporcionar às crianças e adolescentes um ambiente com ensinamentos básicos para a vida que, provavelmente, não receberão em nenhum outro lugar.

A dinâmica de grupo surge com um olhar voltado para promoção e prevenção em saúde mental, reforçando a necessidade de abordar temas relacionados à regulação emocional e interação social através intervenção, dinâmica, discussões e atividades lúdicas.

A dinâmica em grupo busca explorar e identificar a forma como os estudantes se expressam e lidam com as suas emoções e com a relação com o outro e ainda proporciona momentos de escuta, ao mesmo tempo em que permite verbalizar de forma assertiva. Seria uma mudança concretizada através da prática e da realidade.

Fonte: Imagem de vined mind por Pixabay

No ambiente escolar o mindfulness, é totalmente interessante para que os professores e os alunos façam o uso dessa técnica para que reduza os níveis de estresse, e assim possam ocorrer mais mudanças no comportamento dos alunos em sala de aula. Com a técnica mindfulness os professores e os alunos ganham habilidades como o autoconhecimento, lidam melhor com o estresse, ficam mais calmos, sabem lidar com a aceitação, ganham encorajamento e conseguem equilibrar o emocional e melhorar suas relações interpessoais.

O mindfluness transmite uma sensação de bem-estar e isso muda o ambiente escolar deixando-o mais harmônico. Fazer com que o aluno aprenda a dirigir sua atenção e ignorar as distrações podem ser difíceis, mas é o primeiro passo, observando também seu corpo, suas sensações e emoções.

De acordo com (CAMPOS, 2019):

“É necessário colocar em prática programas de mindfulness em contexto escolar, de forma a intervir relativamente às dificuldades emocionais e/ou comportamentais, dado que estes programas melhoram inúmeras competências”.

A atenção plena no ambiente escolar pode contribuir para o desenvolvimento desses aspectos, melhor desempenho, menos impulsividade, fazendo com que as funções sejam executadas da melhor forma.

O uso da dialética no contexto escolar se faz necessário, pois se entende que é dialogando que os envolvidos no ambiente escolar encontram soluções para os conflitos que vivenciam no cotidiano.

Fonte: Imagem de David Mark por Pixabay

Segundo (PEREIRA, 2013), “O termo dialética se refere tanto à natureza do ser humano quanto ao seu pensar”. Diante disso acredita-se que usando a técnica da dialética é possível refletir acerca da indisciplina escolar, pois se sabe que essa problemática caso não seja resolvida, pode ocasionar grandes prejuízos no processo de ensino aprendizagem.

A técnica da dialética pode ser um ser um elo de reflexão, mudanças e reorganização de ideias e pensamentos para aqueles que são mais resistentes às mudanças de comportamentos.

Usar a dialética de forma correta é expressar o pensamento de forma que o outro ouça e que mesmo não concordando com a ideia, acabe respeitando.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Ana Catarina Teixeira. A influência da técnica de mindfulness no comportamento em sala de aula e no empenho acadêmico. Repositório Institucional Camões, 2020. Disponível em: https://repositorio.ual.pt/handle/11144/4597. Acesso em: 30/05/2022

PEREIRA, Thaís Thomé Semi Oliveira. Pichon-Rivière, a dialética e os grupos operativos: implicações para pesquisa e intervenção. Revista da SPAGESP, 14(1),   21-29 (2013). Disponível em: file:///C:/Users/Coordenacao/Downloads/dialetica.pdf. Acesso em 31/05/2022

RAMON COSENZA, DA REVISTA NEUROEDUCAÇÃO, 30 DE JANEIRO DE 2018. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2018/01/30/pratica-de-mindfulness-no-ambiente-escolar-pode-trazer-beneficios-a-alunos-e-professores/. Acesso em 01/06/2022

SOUZA, Maria Ester do Prado. Família/Escola: A importância dessa relação no desempenho            escolar                (2009).   Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1764-8.pdf. Acesso em 10/06/2022

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Alerta aos pais e professores sobre bullying nas escolas

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Uma ofensa disfarçada de brincadeira, assim é o bullying que tem afetado a vida de muitas crianças e adolescentes durante o período escolar. O termo oriundo da língua inglesa pode ser definido como atos de violência de cunho intencional e repetitivo, que podem ocasionar sérios problemas psicológicos para sua vítima.  O ato da agressão não precisa de motivação, em alguns casos são físicas também. Entre os exemplos mais comuns estão os xingamentos e apelidos, disfarçados de supostos brincadeiras inofensivas, como consequências problemas de cunho psicológico, como insegurança e ansiedade.

Sobre o assunto foi publicada a Lei 13.185/2015, denominada Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) a qual obriga escolas a identificarem e combaterem os casos de agressão entre os alunos.  Conforme artigo 2º, ataques físicos, insultos pessoais, isolamento social consciente e premeditado, e expressões preconceituosas são características bullying.  Para evitar esse tipo de ação, as escolas precisam realizar atividades de conscientização e mudança comportamental. 

Mesmo com a Lei, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense) 2019 revelam que 23% dos estudantes se sentiram humilhados pelos colegas mais de uma vez, 30 dias antes da aplicação do questionário.  A pesquisa aponta que as reclamações sobre sofrer bullying foi maior entre as meninas com 26,5%, enquanto os meninos o percentual ficou em 19,5%. Foram entrevistados estudantes de 13 a 17 anos de idade, em todos os Estados brasileiros. 

Segundo o IBGE, os motivos mais frequentes relacionados ao bullying estão relacionados com a aparência do corpo com 16,5%, sem segundo aparência do rosto com 11,6% e por último cor ou raça com 4,6%.  Os números são preocupantes, porque essas agressões refletem no desempenho escolar, bem como interferem na saúde emocional, o que pode provocar uma baixa autoestima, além de sintomas de ansiedade. A pesquisa ainda informa que 21,4% dos escolares sentiam que a vida não valia a pena.

Fonte: Freepick

 

Neto (2005) analisa que condições familiares adversas são favoráveis ao desenvolvimento da agressividade nas crianças. “Pode-se identificar a desestruturação familiar, o relacionamento afetivo pobre, o excesso de tolerância ou de permissividade e a prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como forma de afirmação de poder dos pais”. Para o autor, a criança e o adolescente que crescem em lares desestruturados tendem a praticar o bullying contra os colegas, uma forma de jogar para fora toda toxidade oriunda de seu lar, ou somente reproduzir o que foi aprendido com seus responsáveis. 

O bullying não pode ser negligenciado e minimizado. Não existem pessoas “mimimi”, uma expressão usada para dizer que não se pode mencionar nada, porque o outro já se sente ofendido. Lembre-se a sua dor é diferente da dor do outro. Nesse contexto, é preciso que os pais e professores fiquem atento aos sinais que seu filho possa apresentar caso esteja sendo vítima de bullying nas escolas, bem como nas redes sociais com o cyberbullying. Cuidar da saúde emocional das crianças e adolescentes é projetar um adulto seguro, bem como saudável em suas emoções. Fiquem atentos!

Fonte: Freepick

Referência 

Planalto, Lei de Nº 13.185, Programa de Combati a Intimidação Sistemática (Bullying) 2015. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm> Acesso: 14, de nov. de 2021.

Neto, Aramis A Lopes. Bullying comportamento agressivo entre estudantes (2005). Disponível < https://www.scielo.br/j/jped/a/gvDCjhggsGZCjttLZBZYtVq/?format=pdf&lang=pt> Acesso: 14, de nov. de 2021.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) 2019. Disponível < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9134-pesquisa-nacional-de-saude-do-escolar.html?=&t=resultados> Acesso: 14, de nov. de 2021.

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Dicas para o estudante driblar o esgotamento mental

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É normal se sentir cansado e desanimado com os estudos, principalmente, no momento em que vivemos. Todos estão passando pelo isolamento social necessário e, consequentemente, ficamos mais reféns da tecnologia e da internet, que por si só, emprega um distanciamento e um vazio.

A vida do estudante, portanto, teve uma reviravolta. Dedicar-se aos estudos com o objetivo da aprovação não é uma tarefa fácil. O esgotamento mental existe, mas é possível driblar e obter um desempenho melhor nos estudos. 

Além do isolamento, um dos motivos para o esgotamento é o perfeccionismo. É de comum acordo que nada em exagero faz bem, certo? O perfeccionismo na hora dos estudos gera um desequilíbrio emocional que se não for bem tratado, afeta até o seu corpo. Pois, sempre que a mente começa a apresentar problema, o corpo sente. 

Fonte: encurtador.com.br/frFPT

Para termos a mente sã, é essencial cuidar da saúde física. Não é aconselhado estudar 24 horas por dia, buscando uma performance perfeita. Principalmente quando não se faz uma atividade física, não se tem uma boa alimentação e/ou não cuida da saúde mental.

O estresse aumenta e prejudica o desempenho. Por isso, é necessário um conjunto. Caso deseje uma aprovação, entenda que não é uma máquina. Compreenda que você é um conjunto harmonioso entre mente e corpo. 

Vale frisar ainda a importância do apoio da família nesses momentos. Os familiares devem ser a parceria mais importante da vida do aluno, incentivando e mediando as boas expectativas. Nós somos a média aritmética das pessoas que vivem ao nosso redor. Esteja com pessoas que te coloque para cima. 

Também use e abuse do QTS – Quadro de Trabalho Semanal. Nele, você determina os horários do estudo, da atividade física e do lazer – que é muito valioso. Faça algo que te dê prazer. Isso vai permitir que seu corpo funcione bem melhor, além de aumentar consideravelmente seu desempenho. 

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Centro educacional promove debate sobre desenvolvimento mental dos filhos

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Tema será abordado durante programação em homenagem ao Dia da Família no Cesfa

Com o objetivo de chamar a atenção de pais para autonomia, autoestima e desenvolvimento de seus filhos, o Centro Educacional São Francisco de Assis (Cesfa) promove a palestra “Mindset: Como desenvolver um modelo mental de crescimento no seu filho”. O encontro, que acontece nesta sexta-feira, 6, no Anfitetro do Cesfa, faz parte da programação do Dia da Família.

A psicóloga Andreia Rosa irá conduzir a palestra trazendo reflexões sobre a difícil arte de se educar os filhos. “Espero que possamos discutir sobre esta verdadeira missão, que é promover a educação de nossos filhos, com qualidade, respeito e carinho. Vamos trocar ideias para construirmos juntos, possibilidades objetivas e saudáveis de intervenção familiar”, afirmou a especialista.

Para o Cesfa, o Dia da Família é um momento em que estudantes, pais, filhos e profissionais da educação se reúnem para rezar, agradecer e fortalecer ainda mais a união entre todos do centro educacional. Neste Dia especial também terá apresentações culturais da Educação Infantil e de estudantes do 4º e do 5º ano, com canto, violino e violão.

Fonte: encurtador.com.br/luMWZ

Mindset
A Psicologia define mindset como a forma com que cada um de nós lida com a vida e como o ser humano organiza seus pensamentos e toma decisões para encarar os dilemas do dia a dia. Em relação à família, o termo se relaciona com o pensamento de como os pais podem contribuir para um desenvolvimento cada vez mais saudável dos filhos. E isso será fundamental na convivência familiar.

Psicóloga Andréia Rosa 
Psicóloga com formação em Terapia Cognitiva Comportamental. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Diretora Acadêmica da Faculdade Serra do Carmo (FASEC) -, professora de psicologia e psicóloga clínica, com ênfase em atendimento de crianças e adolescentes.

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HACKATHON: “SCRIBO” quer melhorar a vida de jovens estudantes

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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

O SCRIBO é uma plataforma que busca o desenvolvimento da elaboração de sentimentos com foco na relação do aluno para com a escola e para si próprio. Pensando no aumento das queixas relacionadas à automutilação, Bullying, depressão e ideação suicida envolvendo adolescentes, que passam grande parte do dia no âmbito escolar, o aplicativo busca fomentar o desenvolvimento do principal mecanismo para distanciar os jovens dessas situações de sofrimento psíquico: a comunicação. Foi desenvolvida por uma equipe composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”.

Com a iniciativa da instituição escolar em se cadastrar no site, os alunos podem baixar o aplicativo e fazer login vinculados a sua escola. A partir de então, o usuário pode exercitar livremente suas habilidades de comunicação, enquanto a escola recebe gráficos sobre os sentimentos e relatos pessoais através da conta no site.

Os jovens terão acesso a: Opção de fornecer feedbacks anônimos para a instituição na qual está inserido de maneira irrestrita; Diário de Emoções com calendário emocional, no qual emoções básicas podem ser registradas, gerando gráficos para a instituição escolar, bem como um diário cursivo com opções para fotos; Incentivos para interação com pares; Dicas sobre saúde mental em uma linguagem jovem e simples; Instrumentalização sobre como agir em casos de emergência envolvendo crises.

O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

1º Hackathon Tech for Life – Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).

Integrantes da equipe

Alessandra Soares Araújo, 20 anos, acadêmica de Psicologia do Ceulp, 5° período, Voluntária no Portal (En)Cena.

Antônio Carlos Pereira Mota Milhomens Jr, 22 anos, acadêmico de Ciências da Computação do Ceulp, 8° período, Estagiário no Tribunal de Contas do Tocantins.

Arthur Ribeiro de Araújo Conceição, 20 anos, acadêmico de Sistema de Informação da FACTO, 7° período, Estagiário na CRP Tecnologia.

Isaura de Bortoli Rossatto, 20 anos, acadêmica de Psicologia do Ceulp, 5° período, Estagiária no Portal (En)Cena.

 

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O estresse que ronda os vestibulandos

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Recentemente o Psicologia em Debate – apresentado pela psicóloga egressa do Ceulp, Fernanda Gomes de Oliveira – analisou a presença de estresse entre adolescentes concluintes do ensino médio. A pesquisa foi realizada numa instituição de ensino privado em Palmas-TO. Participaram dessa pesquisa 15 alunos (entre 16 e 18 anos).

A adolescência é compreendida como um dos momentos mais críticos do desenvolvimento humano. É um período envolto de crises, e uma dessas crises é a escolha de uma profissão. Tal escolha torna-se muito estressante, porque é uma das mais importantes que fazemos para a nossa vida. Além disso, o adolescente é envolto de expectativas, tanto próprias, como das pessoas que o cercam (família, amigos, professores…). No mais, o processo de seleção para entrar em um ensino superior atualmente é feito pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que é uma prova bastante complexa e possui uma grande concorrência.

O estresse é uma reação do organismo frente a estímulos externos ou internos; a partir do momento que o individuo se defronta com um evento estressor ele inicia estágios de estresse. O primeiro estágio é considerado de alarde ou alerta, quando o organismo passa por um evento estressor, então reage com algumas reações como pupila dilatada, tremor leve, coração disparado, e depois de algum tempo esses sintomas passam. Quando esses sintomas perduram ou se o evento estressor continua, entra-se no segundo estágio chamado de resistência, na qual o organismo passa a resistir a esse evento e utiliza todas as suas reservas adaptativas para conseguir se equilibrar novamente. Depois a autora Marilda Emmanuel Lipp, incluiu o terceiro estágio que corresponde a Quase-Exaustão, aqui o corpo começa a ter sintomas somáticos, biológicos, orgânicos, mas ainda consegue exercer as atividades diárias. Se esse evento estressor perdurar ou se o organismo continuar com tais sintomas, entra-se no quarto estágio chamado de exaustão, que é quando o individuo fica impossibilitado de conviver socialmente e realizar as atividades normalmente.

Fonte: encurtador.com.br/msKSU

Os tipos de sintomas recorrentes ao estresse são irritação, tristeza, desânimo, impaciência, etc; em relação à parte cognitiva a pessoa experimenta baixo aprendizado, falta de concentração, problemas de memória; já os sintomas fisiológicos se apresentam sob a forma de dores de cabeça, dores nas costas, gripes constantes; no campo interpessoal o sujeito têm dificuldades de se relacionar, fazer parte de grupos.

Nesta pesquisa Fernanda concluiu que cerca de oitenta e seis por cento dos entrevistados foram classificados com a presença do estresse, em contrapartida de aproximadamente treze por cento sem estresse. Os questionamentos mais intensos dos alunos sobre o grande nível de estresse através das fontes externas são para o método escolar, pelo vestibular, pela escolha profissional, pela exigência ou repressão por parte dos colegas, pelo excesso de atividades, por uma mudança significativa ou frequente, conflitos com os pais e a família, morte na família, doença e hospitalização. Já as fontes internas do estresse foram o desejo de agradar aos outros, a ansiedade, a insegurança, desacordo entre as expectativas e as exigências do sucesso e o verdadeiro potencial, a autoestima baixa, medo do fracasso.

Entende-se que não se pode relacionar somente o processo seletivo como causador do grande estresse. Foram percebidos que diversas outras fontes também contribuem, porém os processos seletivos estão nas narrativas relacionadas a diversos eventos estressores.
Por isso é de grande importância a discussão sobre a inserção do psicólogo no contexto educacional, realizando intervenções que envolvam tanto os alunos quanto os demais participantes deste processo (pais, professores, coordenação dos cursos, etc.).

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