Luís Alberto fala sobre a importância da atividade física

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Praticar atividade física nem sempre é uma tarefa fácil, embora entenda-se que através dessa rotina é possível viver com maior qualidade de vida. Geralmente as pessoas têm vivido dias com muita demanda, onde para alguns é impossível encaixar um horário que consiga praticar um esporte, e realizar uma atividade física. Então acabam tornando-se pessoas sedentárias, com indisposição, ocasionando diversas doenças, incsive a mental.

Falando sobre atividade física e seus benefícios, o Encena entrevista o Profissional de Educação Física Luís Alberto Parra, 40 anos, esposo, pai. É egresso do curso de Educação Física da faculdade ULBRA/PALMAS, onde compartilha algumas experiências de pessoas no seu trabalho e de clientes que ele os acompanha como personal e as mudanças que as pessoas alcançam tanto no corpo quanto na maneira de agir e pensar.  

No contexto profissional, atualmente Luís Alberto atua como (Personal trainer tanto de adulto quanto crianças), Professor de Futebol na Academy Santos Palmas, empresário dono da empresa Mega Recreação Esportiva, tendo como ênfase pessoas que buscam mais qualidade de vida por meio da atividade física, ressaltamos que para um bom treino as pessoas tem que ter uma boa orientação.

Pela empresa Mega Recreação Esportiva realizamos eventos de recreação em aniversários, confraternizações, onde buscamos resgatar as brincadeiras antigas, e em especial as crianças e adolescente tenham uma melhor interação.  

(En)Cena – Em seus relatos, é possível perceber que fez parte de uma geração onde era possível brincar na rua, de bola, pega-pega, queimada, esconde-esconde, pular corda, telefone sem fio, jogo da velha, bolinha de gude, e tantas outras brincadeiras. Você acredita que essas brincadeiras promovem saúde para o corpo e para a mente?

Luís Alberto – Com certeza, as brincadeiras de rua de antigamente tinham também um enorme benefício, era a socialização entre as crianças, promovendo ainda benefícios à saúde física e psíquica. Através das brincadeiras era possível desenvolver amizades onde muitas perpetuam até os dias atuais.    

(En)Cena – Luís Alberto na sua infância você vivenciou brincadeiras saudáveis e atualmente se vê utilizando como um instrumento de trabalho. 

Luís Alberto – Sim, inclusive em nossa empresa Mega Recreação Esportiva trazemos a essência dessas brincadeiras com o intuito de movimentar o corpo, trazer socialização e promover saúde psíquica aos participantes.

(En)Cena – Qual a sua percepção sobre as crianças e jovens e a maneira que se envolvem com as brincadeiras recreativas em eventos? Elas participam ou possuem alguma dificuldade para sair das telas e entrar no clima recreativo? 

Luís Alberto – Atualmente a maioria das crianças e dos adolescentes tem ficado muito tempo diante das telas, sendo na tv, tabletes ou celulares, e com isso vem aumentando o sedentarismo nesta faixa etária. Mas quando participam de eventos têm uma interação excelente, não havendo dificuldade de entrosamento dos participantes. 

(En)Cena – Luís Alberto, conta pra gente como foi a sua escolha em trabalhar como Educador Físico?

Luís Alberto – Na verdade eu fui escolhido por essa profissão, na época do vestibular foi a única opção, pois eu tinha que trabalhar durante o dia e estudar a noite, em meu primeiro dia de aula, era o único que não praticava algum esporte, todos faziam: karatê, vôlei, jogavam futebol, basquete  e etc… No entanto fui agraciado em cada aula como era um curso maravilhoso e fui me apaixonando pela educação física e pelo que poderia fazer pelas pessoas e também por mim.

(En)Cena – Há quanto tempo está atuando nessa área, e como foi a sua jornada acadêmica?

Luís Alberto – Estou atuando há 15 anos, a jornada acadêmica foi momentos de muitas descobertas, sofrimentos, vontade de desistir, medos, frustrações e conquistas. Sustos em minha primeira apresentação na frente da turma, susto na primeira vez em contato com um cadáver. Foi também onde descobri o dom de conquistar uma turma com média de 40 alunos de uma sala de aula, descobri os folgados que só queriam fazer trabalhos em grupo para poder não fazer nada, e descobri também o grande coração de alguns colegas acadêmicos que estendiam as mãos para ajudar o próximo, tínhamos uma parceria muito boa com algumas pessoas.

(En)Cena – Quais são os maiores desafios enfrentados pelo educador físico?

Luís Alberto – Mão de obra sem qualificação, infelizmente alguns colegas não buscam melhorias para sua profissão, não buscam se aperfeiçoar e com isso o valor da hora aula que poderia ser bem melhor acaba sendo um valor que não é justo para o Professor. Dentro das escolas temos um grande desafio que é ter apoio para participar de jogos, outro grande desafio é a desunião de muitos colegas.

(En)Cena – Seu trabalho é focado em alguma área específica?

Luís Alberto – Hoje trabalho como Personal Trainer, temos uma empresa de Recreação Lazer e atividade física, onde atuamos com treinamento físico, grupos de corridas, ginástica laboral.

(En)Cena – Tem idade correta para iniciar alguma atividade física?

Luís Alberto – Quanto antes começar a fazer uma atividade física melhor, as pessoas terão mais benefícios quando estiverem na fase adulta. Atividade Física sobre uma boa orientação é fundamental.

(En)Cena – Qual a importância da atividade física para a saúde mental?

Luís Alberto – Tem uma importância fundamental, ela ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade, a depressão e também melhora o humor. Além disso, ela pode aumentar o bom humor, a confiança e elevar os níveis de energia e ainda melhora a memória.

A atividade física é importante para manter a saúde física e mental o que é importantíssimo para o bem estar físico e mental

 (En)Cena – Você atende ou já atendeu pessoas que buscam ou buscaram praticar atividade física para o controle da ansiedade?

Luís Alberto – Sim, com a prática da atividade física a pessoa consequentemente irá melhorar a autoestima, reduzir o estresse, a ansiedade, diminuindo ataques de pânicos, pois a atividade física auxilia no relaxamento proporcionando uma melhora em relação aos sintomas da ansiedade. 

(En)Cena – Existe alguma diferença entre atividade física e exercício físico? Qual o mais indicado para quem busca saúde para a mente?

Luís Alberto – Atividade física é qualquer movimento corporal que promove um gasto energético maior do que se o corpo estivesse em repouso. Já o exercício físico é uma atividade física mais planejada e estruturada de acordo com um objetivo.

Procure um Professor de Educação Física pra passar um exercício físico de forma planejada e de acordo com sua necessidade

(En)Cena – O atendimento para o público que você atende é feito de forma individual e em grupo?

Luís Alberto – Temos atendimento individual e coletivo.

(En)Cena – Luís Alberto, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), apresentou que no Brasil mais da metade dos adultos apresentam excesso de peso, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma pesquisa apontou que o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo, você acredita que existe relação com o sedentarismo?

Luís Alberto – Acredito que todos esses problemas estão interligados, pois excesso de peso em alguns casos vem com a ansiedade, pois a pessoa ansiosa tem a tendência a esta toda hora comendo e isso vai se tornando  um hábito, e com o excesso de peso vem o sedentarismo e outras doenças.

(En)Cena – Qual mensagem você deixa para os nossos leitores?

Luís Alberto – Pratique atividade física, aproxime se de quem tenha esse hábito, participe de um grupo de corridas, de trilhas, jogue bola com seus filhos, ande com seus cachorros, deixe o carro, a moto um pouco em casa, precisamos ter mais hábitos saudáveis, precisamos deixar a tecnologia um pouco de lado e aproveitar mais a vida.

 

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A exaustão de estudar e trabalhar: relato de experiência

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Meu sonho sempre foi fazer a graduação de Psicologia. É uma área que sempre me fascinou desde que eu estudava no Ensino Médio, mas um sonho que não pude realizar aos 17 anos quando terminei o terceiro ano. O principal motivo foi a condição financeira da época, já que Psicologia era um curso bem caro oferecido apenas por uma faculdade em Palmas em 2015. Naquele ano, fiz o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e passei para outro curso em uma universidade federal.

Cursei por quatro anos em um curso que, até então, não havia imaginado que seria a área que eu gostaria de ter uma carreira. Mas, foi nesse curso que expandi meu conhecimento e minha visão de mundo. Foram quatro anos de grandes aprendizados, descobertas e experiências. A vivência de ocupar esse espaço de ser estudante em uma federal me transformou em todos os aspectos da minha vida. Acredito que tenha sido o primeiro contato real comigo mesma nesse mundo. Foi também a primeira vez que eu trabalhei e estudei ao mesmo tempo. Eram oito horas de trabalho e três horas e meia de aula por dia. Era bem exaustivo e não sobrava muito tempo para fazer outras atividades.

Quando eu me formei, em 2017, voltaram os questionamentos se eu queria, de fato, exercer a profissão, que se misturaram com o sentimento de achar que eu não seria capaz de iniciar no mercado de trabalho. Assim, adiei essa entrada no mercado por mais de um ano e fui trabalhar com outras coisas. Mas, não conseguia afastar de mim o meu grande sonho. No início de 2018 finalmente me deparei com a oportunidade de conseguir cursar Psicologia, que foi quando ingressei no curso ainda na única universidade particular que o ofertava.

Entrar na graduação de Psicologia foi um passo rumo a grande sonho acompanhado de muitas expectativas. Em conjunto com esse sonho, veio também a inserção no mercado de trabalho pela profissão da minha primeira graduação. Com essa junção, os desafios de novas demandas passaram a ser muitos e foi esse o início de outra jornada dupla se repetindo entre trabalho e estudos.

Logo nesse início, me deparei com as dificuldades e a exaustão de estudar e trabalhar ao mesmo tempo. A diferença é que dessa vez era, de fato, o que eu tinha muita sede de aprender. E foi assim desde o primeiro período da minha graduação: vontade de descobrir e aprender tudo sobre a Psicologia. Em contrapartida, as horas que obrigatoriamente eu tinha e tenho que dedicar ao trabalho não me possibilitaram, nem matematicamente em relação ao tempo e nem em questão de esgotamento, dedicar todas as horas do meu dia que eu gostaria para esse projeto de aluna de Psicologia.

Então, também começaram as cobranças pessoais excessivas, frustrações por não conseguir lidar com as minhas próprias expectativas e, claro, as cobranças de produção que uma graduação exige do começo ao fim dos alunos: a rotina de incontáveis trabalhos, seminários, artigos, apresentações, estudos e provas. Em muitos momentos me senti desanimada com o sentimento de fracasso e isso acarretou em crises de ansiedade e medo de não conseguir dar conta de fazer o que deveria ser feito nos 10 períodos da graduação.

Em meio a tantas cobranças, como vivemos em uma sociedade que tem exigido cada vez mais produtividade das pessoas, essa imposição por produtividade contínua me sufocou também na área profissional e me fez ficar travada, estressada e incapaz de produzir inúmeras vezes. A sensação de viver em um looping de obrigações é sufocante e faz com que você se perca até nas coisas que gosta de fazer por simples prazer. No dicionário da Língua Portuguesa, exaustão significa “estado de grande cansaço físico ou mental”.

A jornada dupla de trabalhar e estudar é extremamente exaustiva, não permite que você participe de todos os eventos acadêmicos que gostaria, não dedique o tempo que deseja aos estudos, encontre obstáculos para as atividades complementares exigidas e compromete drasticamente o tempo de descanso do trabalho – essencial para a saúde mental -, o que gera fadiga e torna o dia a dia estressante e desgastante. 

Dentre esses e outros desafios, o mais difícil de enfrentar para mim foi a administração do tempo e os problemas e estresse que a falta dele trouxeram. Junto com essa falta de tempo vieram preocupações que, por muitas vezes, me tiraram o sono, me deixaram ansiosa e não me deram o tempo que hoje percebo o quanto era necessário para que eu pudesse me respeitar e me permitir descansar e fazer coisas que eu gostava sem ser por mera obrigação.

Com todos esses obstáculos no caminho, reviver essa trajetória nessa etapa final me faz perceber o quanto será recompensador passar de uma posição de estudante para Psicóloga daqui a dois meses. Me traz reflexões sobre o quanto foi enriquecedor e a grande recompensa de tanta determinação nesse processo. Valeu muito a pena persistir e me deixou o aprendizado de que não há nada como um grande sonho realizado.·.

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Psicólogo Piettro Lamonier participa do CAOS 2022, com o lançamento do livro: “Fator Judas”

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No segundo dia do congresso, terça-feira, 22 de novembro às 18h30 no auditório Central no Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA ocorreu o lançamento do livro “Fator Judas”, como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) de 2022. 

O Me. Sonielson Luciano Sousa deu início ao evento, com a apresentação curricular do autor, destacando suas diversas habilidades como ator, músico, psicólogo, e escritor. Assim que Piettro Lamonier recebeu a palavra, de forma dinâmica, apresentou um breve relato do significado do título do livro, ressaltando que foi sua primeira obra. Em seguida teve a abertura às vendas dos exemplares impressos, com direito a autógrafos.  

O escritor Piettro Lamonier é psicólogo (CRP 23/494), egresso do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), atua na clínica com a abordagem Psicologia Analítica e Fenomenológica Existencial. Além disso, traz em si conteúdos artísticos como a música, a atuação, a direção e por fim a escrita. Com mais de 15 anos de carreira na psicologia e 23 anos caminhando pelas artes, Piettro se arrisca a juntar suas experiências em seu primeiro livro “Fator Judas”, onde demonstra de forma simbólica um caminho de desenvolvimento de sua alma.

Fonte: Arquivo Pessoal

Em entrevista concedida ao portal (En)Cena, o Psicólogo e escritor Piettro Lamonier respondeu algumas perguntas sobre sua participação no evento.

(En)Cena – Desde que decidiu elaborar o livro, em quanto tempo você o escreveu?

Piettro Lamonier – Eu demorei cerca de 9 meses para escrever o livro, foram 9 meses que na verdade foram bem fantásticos, porque quando você começa a escrever não significa que você esteja escrevendo sempre,  mas você estar sempre pensado no assunto do livro,  questionando a própria escrita, as imagens que vão aparecendo na mente quando você está escrevendo, então, foram nove meses de processo e no meio de uma pandemia. Então naquela ocasião a pandemia também, mesmo com todas as tragédias e desgraças acontecendo, ela provou em mim uma necessidade de me disciplinar para poder escrever, então eu tirava sempre os sábados à noite para poder escrever, eu tive que fazer isso. Fiz uma definição, que eu não poderia contar com a inspiração daquele momento. Então eu ia reunindo informações, fatos, imaginações e criando coisas durante a semana e depois sentava pra fazer o capítulo, ou aquela parte do capítulo. Então duraram nesse processo no

ve meses para fazer todo o livro.

Fonte: Arquivo Pessoal

(En)Cena – Quais os maiores desafios enfrentados durante o período que estava escrevendo o livro Fator Judas?

Piettro Lamonier – Acho que foram diversos desafios, um deles foi primeiro, nunca tinha escrito um livro, escrevia textos pequenos, peça ou outra de teatro coisas que às vezes me passavam despercebido à habilidade de escrever. Então veio assim com muita força intuitivamente essa história do livro que era uma teoria que eu estava aplicando dentro da clínica, estava funcionando para alguns pacientes, então pensei, poxa vou fazer isso, colocar isso dentro de um livro. E aí me veio esse desafio, de sentar e me disciplinar pra escrever, talvez fosse um dos maiores, porque chega um momento em que a gente não se sente motivado para escrever, mas a gente precisa de forçar, é como se tivesse uma camada de desconforto que a gente precisa ultrapassar, e aí eu decidi que eu ia terminar o livro, que muitas vezes durantes esses nove meses eu pensei poxa eu vou desistir, vou deixar  de lado, não poxa num quero mais, então foi bem complicado isso, e esse foi um dos processos. Outro processo que foi complicado também e você desapegar de algumas coisas, que às vezes você não consegue, como se diz, não consegue desapegar, deixar de lado alguma coisa que você criou que você achou bacana e tudo, mas quando você chegar lá na hora de vincular com outras partes do texto, você vê que não faz sentido e aí você precisa desapegar, e isso dói pra caramba, e outra; tem outro processo que, por exemplo, eu tive aí o Sonielson, a Mariana e a minha esposa Viviane que me ajudaram a ler, que fizeram a leitura crítica do processo, então às vezes eles pontuaram algumas coisas que poxa, dá uma dorzinha, mas você precisa desapegar do ego para poder olhar pra obra com mais carinho e entender que a obra não é uma criação de uma pessoa só mais de várias, quando está sendo escrita, quando está sendo concretizada, e eles foram fantástico ai nesse processo e eu tive que ter essa habilidade mesmo do desapego, foi complicado nesse sentido.

Fonte: Divulgação/CAOS

(En)Cena – Você costuma ouvir música quando está escrevendo?

Piettro Lamonier – Eu não costumo escutar nem uma música quando eu estou escrevendo, pelo contrário eu gosto muito de silêncio, e aí nessas horas eu acho que eu trabalho bem a noite, nessa parte criativa sabe? À noite onde não escuto nada, só as vozes da minha cabeça, e as imagens que vão acontecendo nela, então isso pra mim era muito mais fantástico do que escutar uma música, apesar de que música também me inspira, mas no meu caso como algumas coisas já estavam mais construídas, eu gostei muito do silêncio, e o silêncio com um todo, é os barulhos eram mais internos e externos, então isso foi bem marcante, bem gostoso de fazer.

(En)Cena – Qual frase poderia definir esse momento, como egresso do CEULP/ULBRA, poder lançar seu livro dentro da programação do CAOS?

Piettro Lamonier – Há eu acho que presunçosamente falando eu acho que uma frase seria “o retorno do herói” que sai numa jornada, e aí é como se eu voltasse ali pra levar a chancela de que eu consegui dentro dessa jornada, por ter conquistado o meu espaço como psicólogo e agora entrando nesse espaço como escritor, é como se eu recebesse aí uma medalha pela jornada, pronto, cumpri uma parte dessa jornada. É quando o herói retorna a sua casa, então eu definiria isso, essa frase, “o retorno do herói” nesse âmbito mais profundo, não que eu seja um grande herói, mas eu sou um herói da minha jornada, da minha história.

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Tá, mas e agora? Sobre se formar em Psicologia durante a pandemia

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Meu nome é Giovanna Gomes, eu tenho 22 anos e já estive em mais lugares do que eu pensei que estaria. Já morei em quatro das cinco regiões do país, e estudei ao todo em treze instituições de ensino (somando o ensino regular com a universidade).

Nada disso me preparou para me transferir para um estado do qual eu nunca tive, em uma faculdade em que eu não conhecia ninguém presencialmente. Mudei-me para cá no segundo semestre de 2020, e estou atualmente no 9º semestre. Quando você estiver lendo isso, talvez eu esteja até formada.

As salas de aula são ocupadas por e-mails, usuários com fotos de anime, fotos deles mesmos, ou até mesmo sem nenhuma foto. No meio de uma pandemia em que não podemos ter contato, o contato que era tão necessário para que eu pudesse me sentir integrada não existiu. Formar grupos é algo que só aumenta a sensação de estranheza. Não sei se a forma de trabalhar e desenvolver as tarefas de cada pessoa funciona, então é quase como uma roleta russa. Não conheço a aparência de grande parte dos alunos, não consigo associar o rosto aos nomes com facilidade, não sei como eles gostam de se expressar, qual a sonoridade da voz de grande parte deles.

Fonte: encurtador.com.br/gCHLS

Vou me formar sem nunca ter pisado na faculdade. Vou ter habilidades, conexões sociais, boas o suficiente para conseguir um emprego após a formação? Algum colega do qual eu me dou bem está pensando em abrir um consultório compartilhado? Não faço ideia. Estou assustada? Com certeza.

Mas a vida é sobre jornada, sobre momentos.

Tive sorte que outros alunos em situações similares não tiveram. Em Junho de 2021 tive a oportunidade de me tornar estagiária no SEPSI – Serviço Escola de Psicologia, e aceitei de todo o coração. As meninas de lá me acolheram, me ensinaram, me abraçaram em toda a minha confusão e medo. É por causa delas que tenho a oportunidade de conhecer parte dos alunos que fazem estágio em ênfase clínico, que estão na mesma jornada que eu.

Os nomes, os usuários, agora têm rosto. Sim, ainda tenho o medo existencial de me graduar, eu acho que ele nunca nos deixa completamente. Mas é maravilhoso saber que não estou sozinha.

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Cobra Kai – A omissão de uma vitória

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Em nosso mundo, o gênero e a honra masculina estão muito atrelados a competitividade em competições esportivas. Isto é muitas vezes indicativo de a versão contemporânea da Jornada do Herói, ajustada para tempos fleumáticos e sem territórios inexplorados para ir em descoberta. Em Karatê Kid, filme lançado em 1984, temos um exemplo característico desse fenômeno: Daniel, um jovem que tem dificuldade de adaptação que sofre com a violência dos pais, é salvo por um especialista em artes marciais e este o subordina a um árduo treinamento. Como desfecho, ele se fortalece fisicamente e mentalmente, ganhando o torneio local contra quem o agredia, e para valorizar suas vitórias pessoais, ganha o afeto da garota por quem se apaixonou. Contudo, de modo diferente dos mitos, competições e contos de fada, a vida tem que continuar requerendo atitudes menos heroicas dos homens, tais como pagar contas, procurar um emprego e constituir uma família.

Deste modo a série Cobra Kai presente na Netflix e Youtube, segue contando a história do filme 34 anos depois, porém com os mesmos autores, com base na história de vida de Johnny, o vilão da história é derrotado da competição. Este é o primeiro inconveniente da crônica, transparecer que o vilão não simplesmente desaparece com o fim da crônica. Ele de maneira simplória continua sendo a mesma pessoa. Tendo uma vida de adulto para levar. E essa, porventura, não é das mais agradáveis: subsistindo por meio de trabalhos informais, morando em uma casa desarrumada, tendo que enfrentar o alcoolismo, sem amizade e sem ninguém para pedir um abraço e um beijo, esse vilão não dá sinais de aprendizado com suas dificuldades, continuando sendo uma pessoa arrogante que te proporcionava popularidade na adolescência, porém agora de forma totalmente desajustada.

Fonte: encurtador.com.br/buFIT

A narrativa demonstra como os torneios esportivos tem muita autoridade sobre a masculinidade atual. Onde podemos observar como o resultado de uma competição desagregou duas vidas, aonde uma levou o troféu de vencedora e a outra levou o título de derrotada, deixando a vida adulta em segundo plano diante dos defeitos da adolescência. Isto nos mostra o mal-estar e uma vida sem sentido que muitos sendo ao longo de sua trajetória vital.

Todo o enredo da série se aplica ao reencontro entre os dois personagens, ocasionado por um acidente no qual a filha de um dos personagens estava envolvida. Metaforicamente, podemos sugestionar que a rivalidade era uma questão a ser solucionada em suas vidas, e por mais que tentassem esquecer essa rixa, alguma hora ela iria ser colocada à tona diante deles, por meio de muitas coincidências, submetendo-os a lidar com isso.

Fonte: encurtador.com.br/biGV2

Evidente que este conflito leva os personagens de volta ao caratê, o que acaba levando suas vidas de volta a realidade.  Se tradando de Johnny, ele passa a ter atitudes que quebram uma inércia de décadas, colocando força e ressignificação a uma vida que parecia perdida. Já pelo lado de Daniel, entendemos um vazio que sempre esteve consigo, embora ele seja orgulhoso. Ele tentava de maneira aflita colocar regras e doutrinas do caratê em sua vida de comerciante, o que era visto de modo excêntrico. Agora ele percebe uma oportunidade perfeita para colocá-los em prática.

Neste regresso às artes marciais, uma nova chance aparece aos personagens que é: qual os papeis eles devem desempenhar em seus estágios atuais de vida, já que não podem simplesmente competir em torneios como no passado. Para isso, o quesito fundamental é o relacionamento com as novas gerações, o que se confronta os valores enraizados e os leva a importante desenvolvimento interno.

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Jornada do Percurso em Psicanálise XV

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A Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPO) realizará, sábado, 24 de abril de 2021 a partir das 09 horas da manhã, a XV Jornada do Percurso em Psicanálise. O encontro temático virtual será aberto com a fala do psicanalista Gerson Pinho e encerrado por Ieda Prates, ambos representantes da APPO, e no correr do dia serão apresentadas três mesas temáticas: Fazeres da psicanálise, Linhas da psicanálise e Articulações da psicanálise.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no site do Sympla: https://www.sympla.com.br

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O Regresso: a longa jornada em busca de vingança

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Lançado em 2015, The Revenant (no original) é um filme de drama / thriller parcialmente baseado no livro de Michael Punke que conta a história real de Hugh Glass, sendo escrito e dirigido por Alejandro González Iñárritu (indicado ao Oscar por Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância) e com a colaboração de Mark L. Smith (Temos Vagas). O longa recebeu vários prêmios e indicações como o Oscar de melhor ator para Leonardo DiCaprio, Oscar de Melhor Fotografia, Oscar de Melhor Diretor, Prêmio Globo de Ouro: Melhor Filme Dramático, entre outros prêmios.

O filme se passa durante o século XIX no período conhecido como “Marcha para o Oeste’’. Durante esse tempo, os americanos eram incentivados através da Lei de Terras ou Lei do Homestead de 1862, a migrarem em direção ao “far West” até então desconhecido que gerava várias fantasias (como o cowboy, o sheriff, os conflitos com os indígenas, bandidos e sequestradores, as linhas férreas e entre outros) e questionamentos por parte dos cidadãos da época.

Ao longo do filme, os espectadores são apresentados à Hugh Glass (Leonardo DiCaprio, de  O Lobo de Wall Street) um homem simples que aparenta  ter um bom relacionamento com os índios Pawnee sendo casado com uma índia com quem tem um filho chamado Hawk ( Forrest Goodluck, em seu primeiro longa). Após a morte da esposa, Glass e o filho trabalham como guias ao longo do território dos Arikaras no Rio Missouri  para a “ Companhia de Peles Montanhas Rochosas ’’ . No entanto , após uma caçada bem sucedida a equipe dirigida pelo capitão Andrew Henry (Domhnall Gleeson, de Ex-Machina: Instinto Artificial) sofre um ataque dos índios Arikaras em uma das cenas que apresenta maior ação durante o filme , além de ser o primeiro contato do público com os outros personagens.

Fonte: https://bit.ly/2WEFBSY

Após o incidente, o grupo foge pelo rio e contra a vontade de John  Fitzgerald (Tom Hardy , de Mad Max : Estrada da Fúria) abandonam o barco deixando escondido em algumas pedras as peles que conseguiram levar . Depois de algum tempo , Hugh se ausenta do acampamento para caçar, até que é surpreendido pelo ataque de uma ursa que estava com os dois filhotes ,protagonizando uma das cenas mais realistas e fortes da obra ( neste momento a câmera se posiciona próxima ao rosto de DiCaprio para dar a sensação ao espectador de estar “ dentro do filme”).

Logo após o ocorrido Glass é socorrido por Jim Bridger (Will Poulter , de Maze Runner : Correr ou Morrer ) e os outros ficando gravemente ferido . Dessa forma ,o capitão Henry oferece uma recompensa de US$ 100,00  para aqueles que cuidassem de Hugh e o levassem para o forte ou dar a ele um enterro digno. Bridger, Hawk e Fitzgerald ( que só aceita o tratado após a desistência da recompensa pelos outros ) decidem  ficar  para cuidar do ferido , no entanto John demonstra ser  cruel  ao assassinar Hawk na frente de Glass , que estava impossibilitado de se movimentar e falar , deixando-o a própria sorte após enganar Jim afirmando que os Arikaras se aproximavam.

É nesta parte que o público pode compreender as motivações que fazem Hugh Glass se levantar e iniciar uma longa jornada em busca de vingança pela morte do filho e do próprio abandono no estado em que se encontrava. Ele acaba enfrentando dificuldades relacionadas aos ferimentos e à Natureza, que ganha um grande destaque com belas imagens feitas sem recursos artificiais para a iluminação através das lentes do diretor de fotografia Emmanuel Lubezki (Gravidade e Birdman) combinado com a bela e suave trilha sonora de Ryuichi Sakamoto (vencedor do Oscar com o longa O último imperador ) que se faz presente nos momentos certos , além da edição feita por Stephen Mirrione (Traffic) que consegue unir as personagens e a natureza sem se tornar algo muito artificial.

Enquanto Glass tenta se recuperar , Fitzgerald e Bridger percorrem o caminho até o forte (com o segundo apresentando vários remorsos ao longo do trajeto , incluindo conflitos com John) durante esse percurso o público consegue perceber que John Fitzgerald não é um “ vilão’’ comum , ele é apresentado como um homem com problemas, medos e receios tornando-se em algumas partes um indivíduo mais complexo do que o protagonista , já que seus objetivos não possuem tanta “clareza” como os de Glass ou outros personagens como o capitão Andrew Henry.

Fonte: https://bit.ly/2COjRMW

Outros personagens que apresentam um lado complexo no filme, são os indígenas que mostram os desafios e os conflitos que eles passam ao longo do enredo. Relações com a natureza e com os exploradores são frequentemente abordadas  como a busca de um chefe por sua filha, os vários vilarejos destruídos por guardas do governo ( inclusive é dessa maneira que a esposa de Glass é assassinada, ela e seu povo sofrem ataques dos guardas, sobrevivendo apenas Hugh e o filho ), há também uma cena onde uma mulher indígena é violentada por um explorador, porém o protagonista consegue ajuda-la enquanto foge com os cavalos deixando cair o cantil que mais tarde será de grande importância para o enredo .

Após a chegada de um explorador francês no forte, que pedia por socorro e comida, o grupo do capitão Henry faz uma descoberta decisiva encontrando o cantil de Glass junto ao francês indicando que ele estaria vivo, já que ele havia sido enterrado com o objeto em uma localidade distante do forte. É durante esse momento que, Fitzgerald foge assaltando o cofre de Andrew enquanto o grupo inicia uma expedição para encontrar o protagonista. Logo depois do relato sobre sua jornada, Hugh e henry se preparam para perseguir John e realizar suas vinganças, entretanto o capitão encontra o antagonista primeiro restando apenas um embate final entre Hugh Glass e John Fitzgerald.

O longa recebeu várias críticas positivas ressaltando a beleza dos cenários, que tiveram como locações para  as filmagens  o Canadá e a Argentina, a trilha sonora que mesmo nos momentos de maior tensão apresenta uma melodia calma e tranquila , o processo de maquiagem que recebeu vários elogios da crítica especializada e do público, além das performances dos atores recebendo destaque para Leonardo DiCaprio , pois na maior parte do tempo Glass devido o acidente não consegue falar ou se movimentar , sendo de grande importância os gestos e feições para a compreensão do estado de Hugh. Outro que merece destaque, é Tom Hardy que não apresenta “apenas um vilão” , mas um homem complexo cercado de medos , receios e desconfianças . A direção também apresenta  seus créditos,  se em Birdman  Iñárritu mostra uma jornada de sucesso que termina no esquecimento de um artista , em O Regresso ele conta uma história de superação, luta pela sobrevivência e desejo de vingança marcado por muito realismo.

Fonte: https://bit.ly/2htHfnQ

Entretanto, nem tudo é perfeito e o longa apresenta alguns detalhes que incomodaram tanto o público quanto a crítica, como o enredo ser considerado “simples de mais ’’, falta de desenvolvimento  de alguns personagens (como a relação de Glass e seu filho Hawk que muitos acreditaram ser “muito superficial’’), além de ser considerado cansativo (2h 36m) e perder o ritmo durante algumas partes do filme. O Regresso é sem dúvidas um belo filme a partir da visão estética possuindo belíssimas locações, grandes interpretações, excelente mistura entre direção e produção e embora possua seus pequenos defeitos é um bom filme para se assistir e apreciar os lindos cenários e a fotografia.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

Fonte: https://bit.ly/2htHfnQ

O REGRESSO

Título Original: The Revenant
Direção: Alejandro González Iñárritu
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter, Forrest Goodluck;
Ano: 2015
País: EUA
Drama

REFERÊNCIAS:

https://www.planocritico.com/critica-o-regresso/

https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/2016/02/critica-o-regresso

www.adorocinema.com/filmes/filme-182266/criticas-adorocinema/

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia-america/marcha-para-oeste-nos-eua.htm

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Transtornos de aprendizagem: aulas online e gratuitas

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Instituto NeuroSaber realiza evento, dos dias 9 a 16 de outubro, para esclarecer dúvidas

Os transtornos de aprendizagem ainda geram muitos equívocos em pais, cuidadores, professores e demais profissionais da educação e da saúde. Por exemplo, muitos não sabem quais são os sintomas e possíveis tratamentos. Com o intuito de esclarecer dúvidas vitais sobre o tema, o Instituto NeuroSaber vai realizar a III Jornada NeuroSaber entre os dias 9 e 16 de outubro. O evento será totalmente gratuito e online. Os interessados podem realizar a inscrição pelo site.

A iniciativa é idealizada pela psicopedagoga Luciana Brites, especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental, e pelo neuropediatra Clay Brites. A jornada tem como objetivo discutir o funcionamento neurológico com o intuito de impactar positivamente o atendimento clínico.

– Além de promover a inclusão escolar, queremos auxiliar famílias de pessoas que tenham dificuldades e distúrbios de aprendizagem a obter um conhecimento de qualidade sobre o assunto – destaca Luciana Brites.

Para o Dr. Clay Brites, a compreensão sobre o tema é fundamental para a vida da criança, para que não se confunda imaturidade com o transtorno. Para ele, caso o entendimento do transtorno não fique claro para professores, pais e o profissional responsável pela avaliação, o problema pode não receber a devida atenção. “É fundamental, por exemplo, saber diferenciar uma dificuldade momentânea de um transtorno”.

Dr. Clay Brites e a Psicopedagoga Luciana Brites. Fonte: goo.gl/Nq6AZj

– A velha frase ‘vamos esperar para ver se melhora’ pode acabar com o futuro de alguém que apresenta uma dificuldade de aprendizagem. Portanto, quanto mais cedo for o diagnóstico correto, melhor e mais rápido será o tratamento – ressalta.

Por outro lado, Brites diz que há pais que entram em pânico só em pensar na possibilidade dos filhos terem tais problemas. Por isso, ele ressalta que a família nunca deve ter medo caso note nas crianças alguma dificuldade na escola ou descubra que tenha algum transtorno. “Primeiro de tudo, é preciso compreender o que está acontecendo e ajudá-los no que for preciso para superar”.

Sobre o conteúdo do evento

Voltada para médicos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psicomotricistas e neuropsicopedagogos, a Jornada oferecerá aulas e materiais para promover a imersão profissional no Funcionamento Neurológico dos Transtornos de Aprendizagem de forma científica e com linguagem acessível.

Na programação, serão respondidas, por exemplo, questões referentes ao funcionamento do cérebro de uma criança com e sem problemas de aprendizagem, além de quais as áreas cognitivas são acionadas e porque este conhecimento faz toda a diferença no processo de avaliação e durante as intervenções. Outros assuntos abordados serão:

 – Quais os sinais para suspeitar de transtornos de aprendizagem?

– Avaliação interdisciplinar em dificuldades de aprendizagem: como fazer?

– O funcionamento neurocognitivo do cérebro.

– Transtornos de aprendizagem: da avaliação à intervenção.

 Jornada NeuroSaber
Realização: Instituto NeuroSaber

Cadastro
Dos dias 9 e 16 de outubro (de segunda a segunda)
Gratuito, online e aberto ao público

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A dor da partida em Mogli – O Menino Lobo

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Com uma indicação ao OSCAR:

Melhores Efeitos Visuais

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Lançado em 2016, Mogli – O menino lobo, é um filme (baseado na série literária de Rudyard Kipling) que conta a história de um garoto que fora criado por lobos, distanciado da sociedade e de qualquer referência humana. Inicia apresentando a vivência de Mogli na floresta, onde se adaptou para viver como os outros animais, em especial, a sua família/alcateia. Entretanto, Mogli e sua família possuem um inimigo, o temido tigre Shere Khan. Esse deseja matar o garoto, uma vez que acredita que ele e sua raça são os responsáveis pela destruição da floresta.

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Mogli é um exemplo louvável de que o humano é um ser biopsicossocial, ou seja, dotado de várias instâncias (biológica, psicológica, social, cultural, histórica), que influenciam mutuamente no desenvolvimento do indivíduo. Mesmo com a genética humana, ele sobreviveu e se desenvolveu em um ambiente sem intervenção humana. Os afetos, de Mogli pelos animais e vice-versa, foram bem desenvolvidos, provando o dito de que “família é quem cuida”.

Impelido pelo perigo iminente, representado por Shere Khan, Mogli se vê na obrigação de se afastar da floresta e procurar pela sua raça. Não porque ele desejasse conhecê-la ou estivesse insatisfeito com a vida na floresta, mas porque não queria oferecer riscos para a família que tanto o amou e o cuidou até então. Por amar, foi obrigado a partir. E então, começam as grandes aventuras esperadas no filme.

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Fica bem claro nesse momento as angústias, anseios e temores de Mogli. Ora, nunca havia ido muito além da floresta e, de repente, a única opção que lhe resta é seguir em frente, quase sozinho e sem poder voltar. “Quase sozinho” porque contou com a ajuda da pantera negra Bagheera, que sempre aparecia nos momentos mais complicados para Mogli, tentando ao máximo afastá-lo dos perigos, inclusive do tigre malfazejo.

Durante sua jornada, Mogli também se depara com Baloo, um urso esperto que, ao perceber a utilidade do garoto, faz de tudo para mantê-lo por perto. Com segundas intenções ou não, o que importa é que Mogli agora conta com uma companhia a mais, além de uma ajuda para enfrentar os desafios que surgirem pelo caminho e com quem aprendeu que “necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais! ”

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Com muita aventura, aprendizado e também muitos perigos, Mogli representa bem a temida partida, vivenciada por muitos jovens e adolescentes quando chega a hora de sair de casa e explorar o mundo. Assim como o menino lobo, esses jovens passam por anseios, temores, angústias, perigos e, principalmente, medo do desconhecido. A dor de “abandonar” o lar também é perturbadora, contudo, necessária. Dessa maneira, torna-se possível adquirir maturidade, autonomia e autoconhecimento. O retorno para o lar se torna esperado pela família que anseia e deseja ver esse filho alcançando os objetivos de vida, tendo a certeza de que seus esforços e cuidados valeram a pena.

FICHA TÉCNICA DO FILME: 

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MOGLI – O MENINO LOBO

Diretor: Jon Favreau
Elenco: Neel Sethi, Scarlett Johansson, Idris Elba, Bill Murray
País: EUA
Ano: 2016
Classificação: Livre

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