Psicologia Ulbra realiza o IV Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica

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Ocorre de 17 a 19 de abril o IV SIMTAPSI – Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica, com o tema Neurodivergência em foco: do psicodiagnóstico à intervenção. O evento ocorre em parceria com o 1º SINITOC – Simpósio de Neurodivergência e suas interfaces no Tocantins.

O SIMTAPSI já é uma tradição no Tocantins. Realizado pelo LAMAP, pela coordenação de Psicologia da Ulbra Palmas e com apoio institucional da universidade. Neste ano, conta com a participação de dezenas de convidados que irão participar de mesas redondas, palestras e  minicursos, numa ampla programação durante três dias.

Dentre os temas abordados, destaca-se: Da investigação à intervenção; Direitos das pessoas neurodivergentes; Avaliação psicológica no contexto do SUS; Avaliação multiprofissional no contexto do desenvolvimento atípico; Avaliação neuropsicológica e o método Denver; A importância da avaliação da inteligência para o raciocínio clínico; As medidas qualitativas na avaliação neuropsicológica; Avaliação psicológica: da infância a velhice; O olhar da equipe multiprofissional como aliada no processo do diagnóstico e reabilitação.

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Psicóloga Karlla Garcia Ferreira participa do 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica

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No dia 25/05 o 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica irá contar com a psicóloga Karlla Garcia Ferreira

O 3º Simpósio de Avalição Psicológica Tocantinense, que ocorrerá do dia 25/05/22, abordará diversos temas relevantes para o mundo acadêmico e profissional, dentre eles está a Avalição Neuropsicológica do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que será ministrado pela Psicóloga Karlla Garcia Ferreira, egressa do Curso de Psicologia do CEULP/ULBRA.

Fonte: Arquivo Pessoal

Em entrevista concedida ao portal (En)Cena, a palestrante respondeu algumas perguntas sobre o universo da psicologia.

En (Cena) – Há quanto tempo atua no mercado como psicóloga? Quais são suas especialidades e áreas de atuação?

Karlla Garcia – Atuo como psicóloga há 1 (um) ano e 6 (seis) meses, atualmente estou pós-graduando em Neuropsicologia, possuo formações em diversos instrumentos psicológicos e Neuropsicológicos, em avaliação comportamental VB-Mapp e em manejo de comportamentos inadequados. Minha atuação é voltada para avaliação Neuropsicológica e Psicoterapia.

En (Cena) – Como a avaliação neuropsicológica do TDAH está presente na sua atividade profissional?

Karlla Garcia – A avaliação de modo geral está presente na minha vida profissional desde os estágios da faculdade, assim como o processo de estimulação cognitiva. No momento a demanda de avaliação para auxiliar no diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade está presente de forma contínua, uma vez que atuo em uma clínica multidisciplinar voltada para avaliação e estimulação de pessoas com atrasos ou transtornos do neurodesenvolvimento.

En (Cena) – Qual foi o ponto crucial que te levou a escolher este tema para apresentar no 3º Simpósio de Avaliação Psicológica Tocantinense?

Karlla Garcia – A escolha do tema da oficina foi pautada tanto na minha habilidade e conhecimento sobre a área quanto na necessidade de abordar o assunto, uma vez que as redes sociais têm discutido bastante sobre diagnóstico, tratamento e a vida de pessoas com TDAH.

En (Cena) – Como é feita a avaliação neuropsicológica para a detecção do TDAH? A simples aplicação de testes é capaz de detectar o transtorno ou a expertise do profissional é crucial para identificar os indícios?

Karlla Garcia – A avaliação de transtornos do neurodesenvolvimento é multidisciplinar, logo é necessária avaliação de outros profissionais para chegar a um diagnóstico. No TDAH acontece dessa forma, conforme demanda de cada caso. Especificamente na Avaliação Neuropsicológica é investigado às funções cognitivas, especialmente a atenção, função executiva e memória operacional no TDAH, e ainda, aspectos comportamentais, a hiperatividade e impulsividade, tendo em vista que esses são critérios que caracteriza o transtorno. Logo, podemos considerar importante tanto os instrumentos psicológicos, quanto a observação clínica e expertise profissional, sendo essas ferramentas cruciais para o processo de avaliação, não negligenciando um ou outro.

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3º Simpósio de Avaliação Psicológica conta com oficina de Avaliação psicológica e o SUS

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No dia 25 de maio acontece o 3 simpósio de avaliação psicológica, que terá como seu local de encontro a Universidade Luterana de Palmas.

Como parte do simpósio acontecerá oficinas voltadas para diferentes contextos da avaliação psicológica, sendo um deles a oficina: Avaliação psicológica e o SUS . O evento contará com a presença da psicóloga  e egressa do SUS Lisandra Maciel de Sá, especialista em neuropsicologia, pelo instituto de pós-graduação-IPOG ,também residente em saúde da família  e comunidade no município de Palmas-TO.  A oficina em questão será ministrada na  sala 207 do bloco 4 (prédio do CEULP/ULBRA) com previsão de início às 14hs da tarde.

O tema  Avaliação psicológica e o SUS, tem entrado em evidência, pela busca de uma psicologia que vá além de uma profissão liberal, trazendo novas discussões da psicologia com outros campos de atuação e  de conhecimento .  Nesse sentido, de acordo com CFP(2019) a relação entre a Psicologia e a saúde no âmbito da Atenção Básica (AB) é profundamente nova; é uma área em formação, seja por cronologia— a portaria que define a atuação do Núcleo de Saúde da Família (NASF) foi publicada em 20082 — seja por assentar um modo efetivamente diferente de entender o lugar da(o) psicóloga(o) e sua relação com o trabalho.

Fonte: Arquivo Pessoal

A lógica curativo-individualista ainda deixa psicólogas(os) impotentes frente às expectativas de gestores, equipes multiprofissionais e usuários de receberem uma postura clínica de escuta protegida e individual, como atesta Perrella (2015), Leite, Andrade e Bosi (2013), Alexandre e Romagnoli (2017). Os currículos das graduações de Psicologia por muitas vezes não têm contribuído para a superação dessas dificuldades. Na pesquisa feita pelo CREPOP, os respondentes  identificaram os vazios curriculares quanto à inserção do profissional da Psicologia nas políticas públicas e em especial na saúde coletiva,  o que traz desafios a serem enfrentados no contexto da atenção básica do SUS, (CREPOP, 2019)

Diante a tal contexto para  acadêmicos de psicologia e profissionais da área, este evento se faz importante, proporcionando uma imersão de novos conhecimentos práticos, ao saber da avaliação psicológica e  o SUS,  identificando as possíveis formas de atuação. Ao  abranger o olhar para novas oportunidades, a oficina trará a relação que o campo da psicologia estabelece com a saúde coletiva, mostrando as construções do saber ao se pensar em um cuidado integral em saúde. Refletindo as relações teóricas e éticas na atuação da avaliação psicológica, sua ligação com o SUS e sobre  as possibilidades de fazer psicologia nesse contexto.

O simpósio também contará com Palestra de abertura e fechamento, mesas redondas, oficinas de avaliação psicológica e apresentações culturais. No dia 25 de maio de 2022 das 8h às 19h. As inscrições podem ser realizadas através do link.

REFERÊNCIA

Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) na atenção básica à saúde / Conselho Federal de Psicologia, Conselhos Regionais de Psicologia e Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas. 2. ed. Brasília : CFP, 2019. Disponivel em <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/CFP_atencaoBasica-2.pdf> acesso em 06 de maio de 2022.

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Avaliação Neuropsicológica Infantil

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Diagnóstico, do grego diagnõstikós, quer dizer “discernimento, faculdade de conhecer, de ver através de” (ARAÚJO, 2007, p. 127). O modo como este conceito vem sendo empregado atualmente, caracteriza-se por uma investigação aprofundada, executada com o intuito de compreender dados fenômenos, mediante um conjunto de processos teóricos, técnicos e metodológicos. Na Psicologia, as práticas de diagnóstico e avaliação psicológica até hoje são parte essencial na construção e estabelecimento da identidade profissional do psicólogo (ARAÚJO, 2007).

A avaliação psicológica é uma prática restrita à psicólogos que exige um planejamento prévio e meticuloso. Esta é definida como um procedimento estruturado de averiguação de fenômenos psicológicos, constituído por métodos, técnicas e instrumentos, com a finalidade de fornecer informações à seleção de uma alternativa, no contexto individual, grupal ou institucional, baseado em demandas, circunstâncias e desígnios específicos (CFP, 2018).

Atualmente, a avaliação psicológica é largamente utilizada em diversos contextos e em cada área de conhecimento, metodologias específicas são exigidas. Dentre os copiosos campos em que sua realização é possível, destaca-se o campo da neuropsicologia.

A neuropsicologia explora, nos âmbitos científico, clínico e aplicado, o arranjo cerebral dos processos cognitivos-comportamentais e suas mutações na existência de lesões ou disfunções cerebrais (ARDILA; ROSSELLI, 2007). As áreas clínica e aplicada abarcam a intervenção neuropsicológica, incluindo os processos de avaliação e reabilitação neuropsicológicas (PAWLOWSKI, 2011).

Fonte: encurtador.com.br/gpJ89

A avaliação neuropsicológica pode ser considerada uma importante ferramenta para o exame das funções cognitivas e executivas e é indicada em qualquer caso onde haja suspeita de uma disfunção cognitiva ou comportamental de fonte neurológica. Seu principal propósito é o diagnóstico, planejamento e encaminhamento de formas mais apropriadas de tratamento e intervenção (PAWLOWSKI, 2011).

Além do aporte teórico sobre a neuropsicologia, Malloy-Diniz et al. (2010) apontam que o conhecimento acerca da psicometria também é necessário em um processo avaliativo, visto que instrumentos e testes padronizados são capazes de – e utilizados para – mensurar as variáveis psicológicas. Todavia, vale ressaltar que o processo de avaliação neuropsicológica não faz uso somente de testes. Este é composto, também, por métodos e técnicas que vão além das testagens e seus resultados, tais como “a aplicação de técnicas de entrevistas, exames quantitativos e qualitativos das funções que compõem a cognição abrangendo processos de atenção, percepção, memória, linguagem e raciocínio” (MALLOY-DINIZ et al., 2010, p. 47)

A compreensão de todo o funcionamento cerebral, o conhecimento a respeito dos transtornos, assim como em relação as etiologias neurológicas e fatores genéticos, emocionais e teratogênicos, são imprescindíveis aos profissionais que atuam neste campo (ARGIMON; LOPES, 2017). Sendo assim, se faz importante que o psicólogo entenda sobre o funcionamento do Sistema Nervoso Central e suas funções, as implicações das alterações nas funções cognitivas e executivas, assim como acerca do funcionamento das áreas corticais e as interações estabelecidas entre tais. Além disso, o profissional deve estar atento às alterações comportamentais, uma vez que podem estar intimamente relacionadas à distúrbios neurológicos.

Outrossim, identificar os aspectos neurobiológicos disfuncionais/alterados nos clientes contribui para um diagnóstico mais preciso e para o traçar de um tratamento mais adequado e eficaz de acordo com a especificidade de cada caso. Através da avaliação neuropsicológica qualificada e do entendimento neurobiológico pode-se estabelecer quais funções, áreas ou sistemas cerebrais podem estar envolvidos e quais hipóteses diagnósticas podem ser feitas.

Fonte: encurtador.com.br/izINT

No presente, a neuropsicologia infantil, a qual tem por finalidade a identificação precoce de perturbações no desenvolvimento cognitivo e comportamental da criança, passou a ser uma das partes elementares das consultas habituais de saúde infantil. Costa et al. (2004, p. 112) ainda complementam que a contribuição da avaliação neuropsicológica infantil

é extensiva ao processo de ensino-aprendizagem, pois nos permite estabelecer algumas relações entre as funções corticais superiores, como a linguagem, a atenção e a memória, e a aprendizagem simbólica (conceitos, escrita, leitura, etc.). […] Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar diferentes profissionais, tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, promovendo uma intervenção terapêutica mais eficiente.

O conjunto de instrumentos viabiliza uma avaliação global das competências da criança, tal como dos obstáculos encontrados por ela em suas atividades rotineiras. Ainda quanto à avaliação em crianças, cabe salientar, entre alguns pontos, “o fato de o desenvolvimento cerebral ter características próprias a cada faixa etária” (COSTA et al., 2004, p. 112), o que torna a avaliação infantil um processo melindroso e desafiador para os profissionais, pois, frente ao padrão de funcionamento cerebral, é indispensável a estruturação dos atendimentos consoante ao processo maturacional do cérebro da criança, que ainda encontra-se em desenvolvimento (COSTA et al., 2004; MALLOY-DINIZ et al., 2010).

Argimon e Lopes (2017) assinalam que, ao se realizar uma avaliação neuropsicológica infantil, aspectos genéticos, neurobiológicos, familiares, educacionais, socioambientais e de estimulação, são substanciais para uma avaliação e intervenção de qualidade.

Ao se iniciar uma avaliação neuropsicológica infantil, então, é imprescindível buscar na história de vida da criança aspectos que possam auxiliar o processo avaliativo, como por exemplo, a presença de algum comprometimento cerebral. À vista disso, faz-se necessário iniciar-se esse processo através de uma entrevista de anamnese com os pais e/ou responsáveis, a fim de compreender, de forma mais profunda, os motivos impulsionadores da busca pelo atendimento e como se deu o desenvolvimento emocional, motor e cognitivo da criança/adolescente, desde sua concepção até os dias atuais da mesma (CUNHA, 2000).

Fonte: encurtador.com.br/gpTX6

Em concordância com o mencionado anteriormente, a avaliação neuropsicológica infantil não se limita apenas à aplicação de testes. Os momentos lúdicos detém um relevante papel para o estabelecimento do vínculo entre profissional-cliente (CUNHA, 2000), como também para a observação clínica que, segundo Ferreira (2004), viabiliza ao psicólogo a obtenção de dados a respeito dos aspectos desenvolvimentais, identificando os elementos esperados para determinada faixa etária, bem como àqueles que divergem destes, sobretudo acerca de suas funções cognitivas e executivas mediante sua interação e emissão de comportamentos.

Por se tratar de crianças/adolescentes, também é pertinente que o psicólogo conheça aspectos da vida escolar do cliente/paciente, fazendo ao menos uma visita na institucional de ensino em que o mesmo estuda, com intuito de conhecer o espaço em que o cliente estuda e levantar informações importantes sobre a vida escolar que possivelmente estejam relacionadas com a queixa. Se necessário, deve também buscar informações junto à demais profissionais que lidam com a criança.

Em suma, a avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde haja conjectura de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de razão neurológica e permite o estabelecimento de relações entre funções corticais superiores e a aprendizagem simbólica. Ela pode assistir na identificação e intervenção de diversas disfunções neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, implicações psiquiátricas, alterações de conduta, entre outros (COSTA et al., 2004).

Vale ressaltar que o processo avaliativo não se trata de “rotular” ou “enquadrar” a criança como constituinte de “grupos problemáticos”, e sim de evitar que tais impasses impeçam o desenvolvimento sadio da criança.

Referências:

ARAÚJO, M. F. Estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica. Psicologia: teoria e prática, v. 9, n. 2, p. 126-141, 2007.

ARDILA, A.; ROSSELLI, M. Neuropsicologia Clínica. México: Editorial El Manual Moderno, 2007.

ARGIMON, I. I. L.; LOPES, R. M. F. Avaliação Neuropsicológica Infantil: aspectos históricos, teóricos e técnicos. In: TISSER, L. et al. Avaliação neuropsicológica infantil. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2017. p. 21-47.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP 009/2018. Brasília, D.F. 2018.

COSTA, D. I. et al. Avaliação neuropsicológica da criança. Jornal de Pediatria, v. 80, n. 2, p. 111-116, 2004.

CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

FERREIRA, V. R. T.; MOUSQUER, D. N. Observação em psicologia clínica. Revista de Psicologia da UNC, v. 2, n. 1, p. 54-61, 2004.

MALLOY-DINIZ et al. Avaliação neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010.

PAWLOWSKI, J. Instrumento de avaliação neuropsicológica breve Neupsilin: evidências de validade de construto e de validade incremental à avaliação neurológica. Tese (Doutorado) – Curso de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2011.

PIRES, A. V.; MANERA, C. Avaliação psicológica. Rio Grande do Sul, 2011.

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A eficácia da gratidão

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A palavra gratidão tem origem no termo do latim gratus, que pode ser retratada como agradecido ou grato. Também deriva de gratia, que significa graça. A neurociência nos ajuda a compreender, que quando temos sentimentos de gratidão, estimulamos o “sistema de recompensa” do nosso cérebro.

Por meio desse sistema, passamos a ter sensação de bem-estar em relação às emoções. Quando praticamos a gratidão, estamos estimulando a ação desse sistema, que é a base neurológica da nossa autoestima e satisfação.

Ou seja, quando o cérebro compreende que algo de bom aconteceu, ou que estamos gratos por alguma coisa, é liberado uma substância denominada dopamina. Esse neurotransmissor é encarregado pela sensação de recompensa e de prazer. De forma em que promove um resultado de conquista, a dopamina nos estimula a agir sempre em direção de outras metas, objetivos e necessidades. 

Fonte: encurtador.com.br/dhNTV

Quanto mais essa busca e conquista se repete, mais o nosso corpo procura por novas sensações de recompensa e prazer. Quando sentimos falta de entusiasmo, procrastinação significa que estamos com níveis baixos de dopamina. 

Temos também além da dopamina, um hormônio denominado ocitocina, que o cérebro libera, o famoso hormônio do amor. É ele que estimula o afeto, o bem-estar, diminui a ansiedade, o temor e fobias. Exercitar a gratidão nos traz boas sensações, além de nos ajudar na diminuição das nossas angústias, medos, raiva, ou seja, fica muito mais simples dominarmos nossos estados emocionais negativos. Quanto mais exercitamos a gratidão, mais a reforçamos. 

Fonte: encurtador.com.br/cuFGL

As pessoas que exercitam a gratidão conseguem ter níveis elevados de emoções positivas, e conseguem viver com mais satisfação e otimismo.  Isso não quer dizer que as pessoas que aprendem a ser gratas negam sentimentos ou questões negativas da vida, mas conseguem viver e levar a vida com sentimentos mais agradáveis.

Para termos alguns benefícios através da gratidão, temos que ter o hábito de executar três coisas na nossa vida: agir, decidir e ser persistentes. Que possamos ser gratos sempre e encontrarmos sempre motivos para agradecer, aí sim aprenderemos a ter felicidade independente da circunstância.

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Aulas gratuitas e online sobre Transtorno Opositivo-Desafiador

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O Instituto NeuroSaber vai promover, dos dias 11 a 17 de maio, o evento 100% online e gratuito: ‘A SEMANA ENTENDENDO O TOD’. As aulas visam explicar e sanar dúvidas sobre o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) para pais, profissionais de saúde e educação ajudando a identificar se filho ou paciente com comportamento disruptivo tem TOD ou apenas falta de limites e indisciplina. Inscrições pelo link.

O QUE É TOD?

Segundo o pediatra e neurologista infantil Dr. Clay Brites, o TOD é um transtorno em que a criança é extremamente explosiva, irredutível, que apresenta dificuldades em entender ordens, conversas e explicações. Elas são opositoras em diversas situações como em casa, na escola e em outros locais que frequenta. Em diversas situações, esse transtorno é confundido com birra ou criança sem educação.

SEMANA ENTENDENDO O TOD

O encontro vai ajudar pais e profissionais que têm dificuldades em lidar com o comportamento agressivo, agitado e impulsivo dos pequenos. Também vai ajudar a identificar e diferenciar se a criança tem TOD ou apenas falta de limites. Além disso, vai aprender a identificar os sinais de alerta que caracterizam o TOD, os aspectos que influenciam o desenvolvimento, como lidar com a criança com TOD e mudar o comportamento agressivo, agitado e impulsivo e sobre os tipos de tratamento.

SOBRE ESPECIALISTAS E INSTITUTO NEUROSABER

– Clay Brites

Um dos idealizadores do Instituto NeuroSaber, Dr. Clay Brites é neurologista infantil,  tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutor em Ciências Médicas pela UNICAMP. 

Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Speaker of Neurosaber Institute 

– Luciana Brites

Cofundadora do Instituto NeuroSasber, Luciana Brites é autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie e coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina.

Clay e Luciana Brites são fundadores do Instituto NeuroSaber. A inciativa tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre aprendizagem, desenvolvimento e comportamento da infância e adolescência.

Semana Entendendo o TOD7

De 11 a 17 de maio

Gratuito

Inscrições pelo site. 

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Seu filho tem dificuldades com operações matemáticas? Ele pode ter discalculia!

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Você sabe o que é discalculia? No vocabulário de muitos pais, essa palavra pode ser nova ou nem existir. Mas saiba que ela pode ser indício de que seu filho precisa de ajuda? Muitas crianças, adolescentes e até adultos enfrentam obstáculos na vida acadêmica por conta dela.

A psicopedagoga do Instituto NeuroSaber Luciana Brites explica que a discalculia é um distúrbio de aprendizagem caracterizado pela dificuldade em desempenhar tarefas ligadas a toda e qualquer operação matemática. Ela ressalta que essas barreiras incluem também a compreensão de conceitos numéricos e a utilização de fórmulas, símbolos ou qualquer outro ícone que faça alusão ao saber matemático.

– É bem provável, por exemplo, que um aluno não consiga associar a palavra quatro ao algarismo correspondente. No entanto, o distúrbio de aprendizagem não é o mesmo que a dificuldade que todos nós podemos ter na compreensão de uma disciplina específica. Não se trata de algo que pode ser resolvido com aulas particulares – comenta.

Fonte: encurtador.com.br/aGKQS

Segundo a psicopedagoga, cada pessoa pode manifestar uma característica em relação à ocorrência da discalculia, desde a escolinha até mesmo na universidade. Por exemplo, no período da pré-escola, o aluno pode não conseguir discernir os diferentes algarismos. “O estudante não segue a ordem correta dos números (1 a 5, por exemplo), a criança demonstra dificuldades para aprender a contar os dedinhos da mão. Seu progresso é aquém dos demais coleguinhas.”

– No ensino fundamental, é comum esse estudante ter problemas na aprendizagem de operações básicas, como adição e subtração. Usa os dedos para contagem simples por não ter facilidade para raciocinar. No ensino médio, apresenta dificuldades para compreender valores e lidar com medidas, não consegue olhar as horas em relógio de ponteiro. Já na universidade, pode ter problemas para ler gráficos e infográficos e dificuldade de obter sucesso em provas de vestibular que envolva números e fórmulas – esclarece.

Fonte: encurtador.com.br/jpZ49

Luciana explica que a discalculia é causada pelo mau desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral, genética e pelo ambiente. Porém, o diagnóstico deve ser feito por psicopedagogo, psicólogo escolar e neuropediatras.

– O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar e também deve ser desempenhado por professores em educação especial para a utilização estratégica da matemática. Tudo isso para impulsionar o percurso pedagógico do aluno – conclui.

Luciana Brites

Uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é Pedagoga especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Unifil Londrina. Também é especialista em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Gae São Paulo, além de coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina.

Fonte: Divulgação

NeuroSaber 

O projeto nasceu da necessidade de auxiliar familiares, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e demais interessados na compreensão sobre transtornos de aprendizagem e comportamento. A iniciativa tem como objetivo compartilhar informações valiosas para impactar as áreas da saúde e educação, além de unir especialistas do Brasil e do exterior.

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Inclusão do autista no mercado de trabalho

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Há muitos mitos em torno de pessoas autistas e um deles é de que elas não podem entrar no mercado de trabalho. Pelo contrário, é possível. Quem tem TEA pode conseguir se firmar num emprego de maneira independente. É importante ressaltar sobre a existência de graus de autismo. Aqueles que são mais funcionais e com menos prejuízo cognitivos irão conseguir se sair melhor.

Para que um autista possa se desenvolver bem, é muito importante a detecção precoce. Quanto mais cedo o autismo for diagnosticado e havendo uma intervenção, melhor será o prognóstico e processo de inclusão social futura. Desde cedo, a família deve trabalhar a autonomia da criança e ver as habilidades e interesse dela e focar nisso.

O quadro autístico é extremamente elástico. Por exemplo, a pessoa pode se transformar num médico excepcional, mas por outro lado pode nunca deixar de ser dependente dos seus pais.

Fonte: encurtador.com.br/hoBLN

No seriado The Good Doctor, estrelado por Freddie Highmore, vemos a história do personagem Shaun Murphy, um médico residente com caso de TEA leve. A série mostra as suas dificuldades de comunicação e para se socializar dentro do ambiente de trabalho. No entanto, realiza de maneira brilhante o seu trabalho.

Para que o autista se saia bem na carreira, depende muito do interesse dele por determinado assunto. Podemos ter pessoas com TEA que se interessem por música, jogos ou informática. Depende de cada caso. Porém, quando eles realmente focam conseguem sair-se muito bem no mercado de trabalho.

Para as empresas é uma vantagem ter um profissional autista, pois são bem focados, honestos (tem dificuldade em mentir), perfeccionista, atenção aos detalhes, são organizados, aderem com facilidade a rotinas e cronogramas.

Fonte: encurtador.com.br/vwyT9

Uma característica comum do autismo são as restrições ao expressar emoções, ao entender linguagem de duplo sentido, além expressões faciais e mudanças de tom da voz. Mas como eles não tem preocupações sociais, eles não se preocupam em competir com os outros, não se preocupam também em ter sucesso daquilo que ele faz. Ele quer que dê certo o que se propôs a fazer.

Ele quer terminar o processo sem se preocupar se vai ser elogiado, se vai ser promovido, se ele vai ser excessivamente acarinhado por todos ou bem ou mal aceito. O indivíduo com autismo não se preocupa com esse tipo de coisa, ele só quer fazer aquilo que ele gosta. Portanto, as empresas que tiverem autistas de grau leve só tem a ganhar.

A saber:

Clay e Luciana Brites são fundadores do Instituto NeuroSaber. A iniciativa tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre aprendizagem, desenvolvimento e comportamento da infância e adolescência.

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My beautiful broken brain: o que te torna humano?

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Como você se sentiria se um dia acordasse em um mundo totalmente novo e diferente e tivesse dificuldade em entender o que está acontecendo? Será que você continuaria sendo você? Para onde teria ido a pessoa que você foi, tudo que construiu ao longo da vida? Seria frustrante perceber que tudo se perdeu ou você se agradaria com a ideia da possibilidade de um novo começo?

Esses questionamentos aparecem nos pensamentos de quem assiste ao documentário My beautiful broken brain, além dos respondentes comportamentais – aperto no peito e nó na garganta – misturados à angústia em perceber que tal situação pode acontecer com qualquer um, em qualquer momento e em qualquer lugar. Disponível na Netflix, o documentário é dirigido por Lotje Sodderland e Sophie Robinson, que também fazem parte do elenco.

Fonte: https://bit.ly/2MWXash

Lotje tinha um trabalho difícil como cineasta e documentarista, em que tinha que fazer várias coisas ao mesmo tempo e ser bem organizada. Sua vida era contar histórias através de suas gravações. Ela gostava disso, assim como gostava de ler muito. Sua sociabilidade e comunicabilidade eram notórias. Até que em um infortunado dia, Lotje acorda em um hospital e percebe que essas habilidades que ela tanto prezava e que a faziam ser ela, haviam sumido ou estavam bem prejudicadas. Lotje havia sofrido, dois dias antes, um grave acidente vascular cerebral (AVC), com hemorragia intracerebral.

Estando em um mundo novo, no qual adquiriu novas percepções da realidade, incluindo sons, cores e imagens bem mais intensas do que antes, Lotje apresentou uma reação que muitos não esperariam. Definindo sua situação como uma “viagem paralela esquisita”, teve o ímpeto de começar a gravar a sua rotina. Com a ajuda de Sophie, passou a contar a própria história. Ora com gravações que fazia com o próprio celular de si mesma, ora com gravações feitas por Sophie, o cotidiano de Lotje se tornou a pungente história vista no documentário.

Fonte: https://bit.ly/2putb1v

Tudo começou em um repente, com Lotje sentindo fortes dores de cabeça, náuseas, tontura, confusão. Passado algum tempo, foi encontrada desmaiada no banheiro de um hotel perto de sua casa, onde foi procurar por ajuda, mas não conseguiu porque não saía palavra de sua boca e nem escrita de suas mãos. Isso se deve a área do cérebro que foi atingida pelo AVC. Segundo o médico de Lotje, a situação dela é muito rara, sendo uma hemorragia na substância cinzenta do cérebro.

Com isso, o córtex cerebral que, dentre outras, tem funções cognitivas superiores, ficou vulnerável. Além disso, a hemorragia ocorreu no lobo têmporo-parietal do cérebro de Lotje. Lesões nessa área levam à afasia sensitiva transcortical que, segundo Higashi (2011) “leva a uma compreensão prejudicada, fluência preservada e associação com hemioanopsia (perda parcial ou completa da visão). Difere-se da afasia de Wernicke porque mantem a repetição preservada”.

Fonte: https://bit.ly/2pvF6Mt

Desse modo, Lotje consegue falar, mas apresenta dificuldade em formular frases totalmente corretas, sempre havendo troca de palavras ou não conseguindo lembrar delas ou reproduzi-las. Também não consegue escrever e nem ler e sua visão do lado direito ficou prejudicada. Essa situação a deixou bem frustrada, pois ela tem consciência do que está acontecendo e, segundo seu irmão, ela demonstra desejo de se comunicar melhor, mas não consegue. Em uma de suas falas embaraçadas, Lotje diz que “antes era bem ocupada, normal, inteligente. Agora é tudo estranho, começar do nada”.

Esse começar do nada reflete a impressão que o documentário passa, de que Lotje está aprendendo tudo de novo, como uma criança quando está começando sua caminhada no mundo das palavras faladas, lidas e escritas. Sua frustração se dissipou um pouco quando começou a participar de uma terapia experimental, que consistia em exposição intensa à palavras e repetição dessas. Entretanto, a frustração voltou quando os resultados apontaram pouco efeito e quando uma crise de epilepsia a atingiu, devido a intensidade do tratamento.

Fonte: https://bit.ly/2NzKDQD

O documentário foi gravado durante um ano, no qual Lotje passou por vários especialistas e terapias. Uma neuropsicóloga também atuou no caso, tendo ajudado Lotje a voltar a digitar, explicando que os caminhos entre essa atividade e a escrita diferem um pouco. Isso se deu porque, apesar da área cortical associativa terciária (que compreende funções motoras e sensoriais e funções cognitivas) ter sido atingida, suas funções motoras ficaram preservadas.

Passado esse tempo, depois de tantos tratamentos e algumas frustrações, Lotje se reencontrou na meditação. Se afastou um pouco do barulho e do excesso de informações da cidade. Há de se perceber que ocorreu uma mudança na vida de Lotje, entretanto, sua essência permanece, talvez até mais visível do que antes. Inclusive sua paixão como cineasta continua viva e ativa.

Fonte: https://bit.ly/2MQqcJW

“O cérebro precisa de silêncio para desempenhar suas funções. Me sinto muito mais próxima da minha consciência. Uma proximidade maior do meu eu, que é a minha essência. Se o corpo físico, o cérebro, for danificado, esse dano se estendeu ao “eu”? Preciso estar à vontade com a diferença sutil, ou como diriam alguns, a diferença nada sutil, entre quem eu era antes e quem eu sou agora. Na meditação descobri a fragilidade da mente e também seus recursos infinitos. Me sinto fortalecida com essa descoberta. O silêncio. A solidão. Apenas respire. Não entre em pânico. Se liberte do medo”. Lotje Sodderland, durante suas férias em Gilette, França.

Não se recomenda sofrer de um AVC para se descobrir, mas o que Lotje ensina com sua história é que não somos apenas um amontoado organizado de órgãos ambulante, mas que todos têm sua importância, sua essência e sua história não depende necessariamente do que se faz ao longo dela, mas o que se torna com ela. É isso o que nos faz ser humanos.

Nota: Este trabalho foi realizado como requisito de avaliação na disciplina Neuropsicologia, sob docência de Gabriela Ortega Coelho Thomazi.

Referências

HIGASHI, Rafael. Afasias e lobos cerebrais. Rio de Janeiro: Slideshare, 2011. 33 slides, color. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/RafaelHigashi/afasia-e-lobos-cerebrais>. Acesso em: 06 set. 2018.

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