VOCIFER – Por dentro do heavy/power metal tocantinense

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Jurupary” foi lançado em 23 de junho de 2023 explorando as lendas por trás de uma controversa figura do folclore amazônico. Naturais do estado do Tocantins, com a proposta de levar a essência brasileira para além das fronteiras nacionais, a Vocifer entrega um som singular

Ana Júlia Labre Tavares (Acadêmica de Psicologia)  – anajulialabre@rede.ulbra.br

 

A riqueza mística que permeia as diversas culturas e lendas em um país tão vasto como o Brasil oferece inspiração para narrativas envolventes, sejam compartilhadas ao redor de uma fogueira, registradas em páginas de livros desgastadas pelo tempo, ou até mesmo ecoando através de acordes poderosos em discos de heavy metal. O que a banda de power/heavy metal tocantinense, Vocifer, demonstrou com maestria nos álbuns ‘Boiuna’ (2020) e ‘Jurupary’(2023).

A banda de Heavy/Power Metal originária do Tocantins mantém sua dedicação em difundir a rica cultura amazônica globalmente. Em seu mais recente feito, a banda oficializou parceria com a gravadora grega Alone Records, encarregada da distribuição internacional do álbum ‘Jurupary’ em formatos de CD e vinil. Fundada em 2016, a atual formação da Vocifer conta com João Noleto nos vocais, Lucas Lago no baixo, Pedro Scheid e Gustavo Oliveira nas guitarras e Alex Cristopher na bateria.

O Portal (En)Cena entrevista o guitarrista da banda, Pedro Scheid, de Palmas-TO, para melhor compreender o cenário atual da música no Tocantins e, também, como tem sido sua experiência como músico.

(En)cena – Considerando suas experiências até o momento, qual a tua percepção sobre o cenário da música no Tocantins?

Pedro Scheid – O Tocantins é um Estado que pouco explora a vastidão de sua cultura. Existem muitas manifestações artísticas e culturais que são pouco divulgadas, pouco difundidas, sequer faladas nos ambientes acadêmicos. Acredito que inicialmente, para que possamos fortalecer a nossa cultura, consequentemente o cenário musical, deve-se investir em locais de divulgação. Uma regularidade maior em apresentações no espaço cultural por exemplo, trazendo artistas de fora de todos os nichos para realizar apresentações no teatro Fernanda Montenegro, seria uma forma efetiva de criar uma cultura de consumo e propagação das manifestações artísticas do nosso estado. Existem vários artistas locais, desde a velha guarda como Dorivã, projetos musicais como Tambores do Tocantins, bandas que já apresentam relevância mundial como a Vocifer, enfim, vários estilos diferentes que respiram inspirações muito semelhantes presentes no cotidiano tocantinense. Portanto, com os incentivos e investimentos certos, as manifestações culturais serão difundidas e se tornarão um hábito para a população, contribuindo para seu desenvolvimento e evolução.

(En)cena – Pouco se fala sobre a temática que vocês têm levado mundo afora. Como vocês chegaram nessa ideia de abordar lendas e mitos da região Norte nos álbuns? 

Pedro Scheid – Como toda grande ideia de bandas famosas, tudo começou na mesa de um bar (risos). Através de conhecidos que tinham projetos e convivência com povos originários locais, suscitou-se a temática inicialmente em torno da Boiuna, a grande cobra que atormenta/acalenta os ribeirinhos e os povos originários que difundem suas histórias. O tema despertou muito interesse por nossa parte, uma vez que essa temática fantasiosa e mitológica é muito comum dentro das bandas de metal no mundo todo. Nada melhor, então, que contar histórias sobre a nossa região, onde nascemos, crescemos e fazemos parte e levar para o mundo uma história tão pouco conhecida entre os próprios tocantinenses. Tal temática foi muito bem recebida pela crítica, como pudemos perceber pelo feedback gerado no nosso primeiro disco (intitulado “BOIUNA”) sendo chamados de “os contadores de história do Tocantins”. Isso marcou tanto a banda que levamos a ideia para o segundo disco, trazendo a história por trás do “Jurupary”.

                                                                                                                Fonte: Acervo Pessoal

Foto retirada nas gravações do último álbum, Jurupary. Em sequência, da esquerda para a direita, Pedro scheid, Thiago Bianchi, João Noleto, Luis Fernando Ribeiro, Leandro Abrantes, Gustavo Noleto e Lucas Lago.

(En)cena – Com a grande quantidade de tribos presentes no Tocantins, e, consequentemente, uma grande diversidade de crenças e culturas, como vocês conseguiram elaborar uma única linha de narrativa para a composição dos álbuns? 

Pedro Scheid -Apesar de existirem, como eu posso dizer… muita difusão “boca-a-boca” dessas histórias, a nossa principal fonte de pesquisa foram as dissertações de acadêmicas na área, principalmente de faculdades como a UFAM. Através das referências, encontramos vários livros sobre as temáticas, livros estes que eram basicamente relatos dos historiadores que visitaram as tribos indígenas no século XIX. Fizemos um compilado de várias versões e várias histórias até chegar em uma linha que nos agradasse e fosse possível converter numa história desenvolvida com início, meio e fim, enfim, uma cronologia lógica. A ideia, na verdade, não é utilizar apenas uma versão narrativa, ou evidenciar alguma versão como sendo correta, na realidade, nós bebemos das várias versões e nos inspiramos para desenvolver algo nosso e que levasse a várias interpretações sobre a vida como um todo, para que quem lesse nossas letras e escutasse nossas músicas, trouxesse os acontecimentos narrados para sua própria vida.

(En)cena – Como você aborda o processo de composição de músicas? Você segue alguma rotina específica?

Pedro Scheid -Normalmente o processo de composição depende de vários fatores. Inicialmente é necessário definir uma temática e quais as referências que servirão como base para inspiração. Através da temática e do contexto de cada música, é possível inferir quais as interpretações instrumentais serão ideais para despertar nos ouvintes os sentimentos equivalentes ao que está sendo contado na música. Dessa forma, imerso nas referências e na temática, aguça-se a criatividade de forma orgânica e os arranjos passam a ser criados. É um processo demorado e volátil pois as composições vão se adaptando ao longo do tempo até chegar em sua versão final. A Vocifer sempre foi muito criteriosa, calculista e perfeccionista em suas composições e isso é exemplificado quando se escuta cada música nos álbuns já produzidos.

                                                                                                                                 Fonte: Acervo Pessoal

Pedro Scheid nas gravações do videoclipe de “Rain of Doubts”, uma das canções do segundo álbum. A composição é uma balada bastante introspectiva que emana uma sensação melancólica e angustiante de incerteza.

(En)cena – Quais são seus álbuns ou guitarristas favoritos?

Pedro Scheid – Hoje em dia meus guitarristas favoritos são: Kiko Loureiro, Andy James, Rick Graham, Timo Tolkki, John Petrucci, Steve Vai, Michael Romeo, Roberto Barros, Bastian Martines, enfim, a lista é grande. Álbuns é mais difícil de citar, acredito que é melhor citar bandas que vieram me inspirando ao longo dos anos em minhas composições como Iron Maiden, Angra, Shaman, Helloween, Edguy, Avantasia, Symphony x, Stratovarius, Kamelot, essas principalmente para a Vocifer, no entanto para o desenvolvimento como músico tenho consumido muito música clássica da escola barroco, metal moderno e instrumental como djent e também linhas de música brasileira como Toquinho, Djavan e Yamandu Costa.

(En)cena – Como lidar com imprevistos durante uma performance ao vivo?

Pedro Scheid – É muito difícil lidar com imprevistos, pois como o próprio nome sugere, é algo que você não consegue prever. Então a melhor forma de lidar é se preparar muito bem para a performance ao vivo, seja fisicamente, seja mentalmente, e lógico, se preparar musicalmente. Os imprevistos sempre acontecem, não existe ambiente musical sem imprevisto, mas aqueles que estão mais preparados e que possuem mais experiência sempre sabem como dar a volta por cima. Uma dica importante é estar acompanhado de profissionais habilitados, como bons técnicos de som, bons roadies, bons produtores e sempre se organizar e pensar em todos os backups. Por exemplo, para o meu caso, guitarrista, eu levo duas guitarras caso uma dê problema, dois jogos de encordoamento caso arrebente, várias palhetas caso eu perca ou caia durante a execução das músicas, cabos de instrumento extra, a possibilidade de tocar em linha caso dê problema nos amplificadores e caixas de ferramenta multiuso para qualquer recurso técnico – gambiarra – que seja necessário.

(En)cena – Quais tendências musicais você acha mais interessantes?

Pedro Scheid – Hoje em dia eu busco não rotular um nicho específico como mais interessante que outro. Eu busco encontrar as qualidades e aquilo que está por trás de uma manifestação artística. Todos os estilos musicais têm suas qualidades e, para um músico, quanto mais este conhecer os linguajares dentro de estilos musicais diferentes, maior a sua desenvoltura principalmente em aspectos criativos e nas composições. Infelizmente, hoje no Brasil nós vivemos um monopólio cultural por conta do alto investimento do agronegócio no estilo “sertanejo”, o que ofusca tantos outros estilos muito mais ricos culturalmente falando.

(En)cena – Por fim, que conselhos você daria a artistas aspirantes que estão começando suas jornadas?

Pedro Scheid – A dica de ouro que eu dou é encontrar o seu ídolo, é buscar referências, é escutar muita música, degustar música, assistir shows, ir em shows, ver o seu ídolo tocar, entender como seu ídolo chegou aonde está e buscar trilhar um caminho parecido. E principalmente, encontrar aquilo que você gosta e traçar um objetivo para se desenvolver cada vez mais, fazendo tudo com seriedade e buscando o profissionalismo.

 

 

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Governo do Tocantins promove a II Semana Estadual de Humanização do SUS

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O evento será realizado no Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos, de 06 a 08 de novembro
Karoliny Santiago/Governo do Tocantins
Para produzir mudanças nos modos de gerir e cuidar dos pacientes e profissionais da saúde pública, o Governo do Tocantins realiza entre os dias 06 e 09 de novembro, no auditório do Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos, na Capital, a II Semana Estadual de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) tocantinense. O evento será direcionado aos profissionais do SUS, comunidade acadêmica e todos os atores que vivenciam de alguma forma a construção e o fortalecimento da Política Nacional de Humanização (PNH) no Tocantins.
O tema da semana será ‘Vinte anos da Política Nacional de Humanização: Trilhas e Rumos para o SUS’ e contará com mesas temáticas e oficinas. “A II Semana Estadual de Humanização é um evento que traz uma grande possibilidade para o Estado do Tocantins pensar na sua rede, nos seus objetivos, suas metas e como podemos humanizar o cuidado em saúde nas relações de trabalho, no atendimento e nos processos de gestão dentro da saúde. E nós esperamos que o público esteja aberto para refletir e pensar em conjunto, para quando retornarem aos seus espaços de trabalho, levem um pouco de tudo, para assim fomentar essa implementação da política de humanização nos serviços”, comentou o assessor de Humanização da SES-TO, Wendy Delgado.
Durante o evento, haverá também, a Mostra de Histórias Humanizadas do SUS, um projeto que visa criar memórias do SUS que dá certo e no reconhecimento dos protagonistas desta história, no Tocantins. “Esse evento está sendo planejado com muito carinho, que vai contar com grandes nomes da humanização nacionalmente, pessoas que estão à frente da política hoje em dia, que estiveram à frente da política no passado, que fizeram parte dessa construção, que vão nos auxiliar nesse momento rico de discussão e de reflexão sobre as práticas de humanização dentro da saúde pública”, acrescentou o assessor.
HumanizaSUS
A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS. Promover a comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates em direção a mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho.
Apresentação cultural
Durante o evento haverá a apresentação da orquestra de cajón ‘Botucajón, grupo de estudo permanente que realiza apresentações em escolas, hospitais e eventos em geral, que apresentará a peça Baianescer. Um arranjo criado em homenagem a Bahia que utiliza os ritmos do Ijexá e do Samba-reggae.
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TRE-TO sedia seminário internacional com foco na diversidade da surdez

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Especialistas que atuam em outros países serão os palestrantes no evento, que acontecerá nesta semana, no auditório do Tribunal.

Palestrantes da Noruega, Espanha e Portugal vão unir conhecimentos aos especialistas de estados brasileiros e participarão de evento internacional organizado e idealizado por surdos, o Congresso Internacional sobre Surdez – Acessibilidade, Comunicação e Inclusão para Surdos. Realizado com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), o evento tem início nesta quinta, dia 26, e será finalizado na sexta-feira, 27, a partir das 14h, no auditório do tribunal, em Palmas (TO).


O Congresso discutirá as diversas formas de surdez, como surdos sinalizantes, oralizados, bilíngues, unilaterais, entre outros. O evento visa agregar conhecimentos, diversificar culturas, informar sobre a diversidade da surdez e tecnologias assistivas como ferramentas de acessibilidade. E também de possibilitar o acesso da comunidade surda ao conhecimento de diferentes áreas.

O coordenador do evento, administrador e empreendedor educacional e também palestrante Agnaldo Quintino da Silva afirma que a surdez deve ser encarada com seriedade, precisando discutir e mostrar caminhos, respeitando a condição de todos. “A comunicação entre surdos é o grande desafio do século 21 e existem vários meios e formas de se comunicar. Através dessa comunicação que seremos inseridos na sociedade e na vida profissional”, declara Silva.

Programação

No primeiro dia de programação, a jornalista e surda oralizada, Lak Lobato, da Espanha, abordará a temática “Comunicação Inclusiva e Diversidade Surda”. Do Distrito Federal, o cirurgião otorrino Fayez Bahmad Junior, apresenta “O que há de mais novo no tratamento da surdez? ”. Já a professora e doutora, que também é surda oralizada, Daniela Hott, com o tema “50 anos de Surdez, do AASI analógico ao IC Bimodal”. O enfermeiro do estado de São Paulo, Alexandre Lopes, ministrará a palestra “Politec saúde; 50 anos de dedicação e qualidade de vida das pessoas”. E a médica otorrino, Liane Sousa, vai falar sobre “As Principais Causas da Surdez”.

A programação do segundo dia, 27, conta com a palestra do presidente e sócio fundador da “Ouvir”, Associação Portuguesa de Portadores de Próteses e Implantes Auditivos, Antonio Ricardo Antunes Miranda, que discutirá sobre ‘‘Viver com Surdez’’. A contadora, surda oralizada, Erika Siminonato, do estado de São Paulo, ministrará sobre “A convivência dos surdos com a família e a sociedade”. Do Tocantins também vão palestrar o promotor de justiça e surdo, Luiz Francisco, com o tema “A surdez no ambiente de trabalho”. O que é direito o que é dever”, a psicóloga Denise Capuzo, vai dialogar sobre “A Pessoa surda e o Direito à educação inclusiva”, o Fonoaudiólogo, Aécio Bruno Ferreira, trará o tema “Ele (a) é surdo (a) e agora? A importância do diagnóstico precoce para a reabilitação auditiva” e a professora de Educação Física e surda oralizada, Emília Costa Rodrigues,  com o tema “Surdez sem fronteiras: Uma viagem com a Liz”.

Acesse aqui a programação completa.

Objetivo Estratégico:

1 – Aprimorar mecanismos de atendimento ao cidadão.

Rozeane Feitosa (Ascom/TRE-TO)

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Saúde discute com parceiros o processo transexualizador no Tocantins  

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 Reunião aconteceu na sede da SES-TO nesta segunda-feira, 11. O encontro promoveu alinhamento das ações para efetivação dos serviços a serem disponibilizados no SUS tocantinense

Karoliny Santiago/Governo do Tocantins

Em busca de ofertar um atendimento integral e de qualidade a população de travestis e transexuais viventes no Tocantins, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) promoveu na segunda-feira, 11, uma reunião para alinhar ações e serviços a serem disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tocantinense. O evento foi realizado na sede da Pasta e contou com a participação de representantes de áreas técnicas da SES-TO, do Ministério Público do Tocantins, Defensoria Pública do Tocantins, Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Tocantins (ATRATO) e Secretarias Municipais de Saúde de Palmas e Araguaína.

Durante a reunião, foi acordada a criação de um grupo especializado para o atendimento a esses pacientes. “Essa reunião foi muito produtiva para os presentes, pois saímos daqui com os encaminhamentos necessários para a definição desse grupo de trabalho que irá construir essa linha de cuidado a esses pacientes, tanto na rede pública municipal, quanto estadual, colocando cada responsabilidade na instituição desta portaria”, disse a diretora de atenção primária da SES-TO, Thalyta Fernandes.

A presidente da ATRATO, Byanca Marchioli, relatou a necessidade que a população trans no Tocantins possui, principalmente nesse apoio na saúde. “Foi muito importante participar de mais essa reunião promovida pela Secretaria de Estado da Saúde, pois demos mais um passo para a implantação do ambulatório transexualizador  existir e ofertar o atendimento necessário”.

                                                                                 Fonte: https://saude.to.gov.br/          

 Encontro promoveu alinhamento sobre as ações e serviços que serão disponibilizados no SUS municipal e estadual

O coordenador do Núcleo de Defesa da Saúde (Nusa), defensor público Freddy Alejandro Solórzano Antunes, comentou sobre o reconhecimento da SES-TO para o atendimento deste procedimento à população de travestis e transexuais viventes no Tocantins. “A Defensoria Pública do Tocantins possui um procedimento preparatório para uma ação civil pública desde 2016 para tentar solucionar essa questão e o Estado tem progredido no sentido de tentar organizar o serviço e formar a linha de cuidado. E nisto, a Defensoria tem acompanhado e espera que se dê um andamento célebre”.

“A reunião foi bastante produtiva, pois demos algumas deliberações em relação a essa demanda da criação da linha de cuidado da população LGBTQIA+, que é uma demanda importante e que vem sendo tensionada há algum tempo, tanto para o Estado quanto para o município. E acredito que agora temos um avanço importante para que seja garantido realmente o direito dos pacientes como todos”, comentou a diretora de alta e média complexidade da Semus de Palmas, Jelda Pinto.

As reuniões sobre o 1° Ambulatório Transexualizador no Tocantins estão sendo coordenadas pela Superintendência de Políticas de Atenção à Saúde (SPAS), com apoio da Superintendência de Unidades Hospitalares Próprias (SUHP) e do Programa de Diversidade na Saúde e municípios. No Tocantins, estima-se, entre homens e mulheres trans, aproximadamente 400 pessoas.

LEGENDAS: ANDRÉ ARAÚJO – GOVERNO DO TOCANTINS

1.            Reunião aconteceu na sede da SES-TO nesta segunda-feira, 11
2.            Encontro promoveu alinhamento sobre as ações e serviços que serão disponibilizados no SUS municipal e estadual

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Defensoria Pública realizará em novembro o III Congresso Científico de Direitos Humanos

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A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) realizará nos dias 16, 17 e 18 de novembro o III Congresso Científico de Direitos Humanos da Defensoria Pública. O congresso científico reunirá palestras, atividades culturais, oficinas, apresentações de trabalhos científicos e lançamentos de livros. A realização é da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep) e dos Núcleos Especializados de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) e de Questões Étnicas e de Combate ao Racismo (Nucora).

O objetivo é de proporcionar o aperfeiçoamento dos membros, servidores(as), estagiários(as) e voluntários(as) das Defensorias Públicas, professores, estudantes, comunidade acadêmica em geral e sociedade civil, sobre racialidade e direitos humanos, por meio de várias atividades acadêmicas. A programação contará com atividades presenciais, com transmissão online.

O coordenador do Nucora, defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, lembra que o evento cumpre a proposta do Nucora, que tem a atribuição de desenvolver ações destinadas à valorização da igualdade étnico racial; atuar na prevenção e proteção dos direitos de indivíduos e grupos afetados pelo racismo em todas as suas dimensões.

A diretora-geral da Esdep, defensora pública Téssia Gomes Carneiro, complementou que a proposta é reunir ações de promoção e aprendizagem de maneira aberta e dinâmica, com vistas à construção de conhecimento crítico sobre direitos humanos e a construção da igualdade racial.

Fonte: Imagem no Pixabay

Programação

16 de novembro (quarta-feira)

Serão desenvolvidas atividades com foco na educação em direitos em escolas públicas das cidades de Porto Nacional, Dianópolis, Guaraí, Araguaína, Palmas, Tocantinópolis, Gurupi, Paraíso do Tocantins e Araguatins, com palestras ministradas por membros e servidores(as) da DPE-TO.

A noite, às 19h, haverá a abertura oficial, no auditório da DPE-TO em Palmas, com apresentação cultural de dança e tambores do grupo Tenda do Caboclo; Lançamento dos livros “Famílias quilombolas: história, resistência e luta contra a vulnerabilidade social, insegurança alimentar e nutricional da comunidade Mumbuca- Estado do Tocantins”, da professora doutora da Universidade Federal do Tocantins Ana Lúcia Pereira; e “Direitos das pessoas com deficiência física privadas de liberdade: acessibilidade arquitetônica e inclusão no sistema penitenciário”, do defensor público e mestre Fabrício Silva Brito; além da Aula Magna de abertura “Racialidade dos Direitos Humanos”, com a coordenadora do Nucora, defensora pública do Rio de Janeiro, Daniele da Silva de Magalhães.

Dia 17 de novembro (quinta-feira)

A programação vai contar com oficinas, sendo “Abordagem policial e reconhecimento de pessoas: aspectos práticos para a atuação da defesa” com a coordenadora auxiliar do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, Surrailly Fernandes Youssef; e “Poética Negra” com a advogada Luciene Nascimento, de Salvador (BA).

Dia 18 de novembro (sexta-feira)

Apresentação de trabalhos científicos, lançamento do livro “Livrarte: poesia como forma de livre pensar”, fruto de projeto do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) e Esdep; e lançamento da 6ª Edição da Revista Adsmus.

Encerrando o Congresso, no período da tarde, a palestra “Como os saberes tradicionais atuam na construção de uma leitura racializada dos direitos humanos”, com a professora doutora da UFT Solange Aparecida do Nascimento.

Defensoria Pública do Estado do  Tocantins (DPE-TO)
Comunicação / Coordenação de Jornalismo

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Em pesquisa inédita do IBGE, 7 mil adultos se declararam homossexuais ou bissexuais em 2019 no TO

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Cerca de 7 mil pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, no Tocantins, em 2019, o que correspondia a 0,6% da população adulta, maior de 18 anos. Os dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – Quesito Orientação Sexual, que investigou pela primeira vez essa característica da população brasileira, em caráter experimental.

Em 2019, havia cerca de 1,1 milhão de pessoas de 18 anos ou mais no estado do Tocantins. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, desse total, 96,3% se declararam heterossexuais; 0,6% homossexuais ou bissexuais e 3,0% não sabiam sua orientação sexual ou não quiseram responder, correspondendo a um total de 34 mil tocantinenses.

“O número de pessoas que não quiseram responder pode estar relacionado ao receio do entrevistado de se autoidentificar como homossexual ou bissexual e informar para outra pessoa sua orientação sexual”, analisa a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Na Capital, Palmas, havia aproximadamente 213 mil adultos, em 2019. Conforme a pesquisa, 96,4% (206 mil) se declararam heterossexuais, 1,6% (3 mil) homossexuais ou bissexuais e 1,9% (4 mil) se recusaram a responder ou não sabiam sua orientação sexual.

Fonte: encurtador.com.br/aiqIS

Cenário nacional
No país, 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, o que correspondia a 1,8% da população adulta, maior de 18 anos. No Sudeste o percentual foi de 2,1%, no Norte e no Sul 1,9%, no Centro-Oeste 1,7% e no Nordeste 1,5%. Entre as Unidades da Federação, o percentual chegou a 2,9% no Distrito Federal, 2,8% no Amapá e 2,3% no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Amazonas.

Conforme a pesquisa, 94,8% dos brasileiros adultos se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual.

Os percentuais obtidos para os estados e as capitais não devem ser comparados, pois não são considerados significativamente diferentes entre si em função do intervalo de confiança dessas estimativas.

Fonte: encurtador.com.br/irtK2

Censo 2022
Perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero não foram incluídas nos questionários do Censo Demográfico 2022, porque a metodologia de captação das informações permite que um morador possa responder por ele e pelos demais residentes do domicílio. “Pelo caráter sensível e privado da informação, as perguntas sobre a orientação sexual de um determinado morador devem ser respondidas por ele mesmo”, explica o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Cimar destaca que o IBGE entende a importância do tema e está atento à demanda da sociedade por esses dados. Por isso, desenvolveu na PNS, uma das maiores e mais importantes pesquisas de saúde no Brasil, questão específica sobre a orientação sexual. A metodologia da PNS viabiliza o estudo desse tipo de dado.

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Tocantins, estado que amo!

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Tocantins é um estado maravilhoso,

muitos hão de concordar,

pois mesmo aqueles que não moram aqui,

muitas vezes querem ficar.

 

Dia 05 de outubro, no nosso estado,

tivemos muito a comemorar,

pois Tocantins fez aniversário

e isso fez nos alegrar.

 

Para aqueles que escolheram o estado,

muito felizes agora estão,

pois aos poucos construíram suas vidas

e agora estão na autorrealização.

 

Muitos estiveram aqui

e para suas terras retornaram,

sejam por questões diversas

e até mesmo pelo calor que os assustaram.

 

Uma coisa digo a você,

valeu a pena o sacrifício,

pois aqueles que permaneceram,

agora estão colhendo os frutos disso.

 

Tocantins tem coisas belas,

que valem a pena conhecer,

desde suas praias, sua gente,

tudo é motivo para se vê.

 

Jalapão com suas dunas e cachoeiras,

encanta muita gente,

de vários lugares do mundo,

ouve-se falar desse ambiente.

 

A fauna e a flora nos encantam,

no entanto preocupa a gente,

pois as queimadas as castigam,

mudando assim a vida desses ambientes.

 

Por aqui vou ficando,

neste   dia especial,

Lembrando a todos leitores,

que ser tocantinense é ser mais que legal.

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A importância da educação ambiental na infância

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“Ensina a criança no caminho em que ela deve andar”, esta referência bíblica pode ser usada no contexto da educação ambiental. Ou seja, a sustentabilidade e o meio ambiente devem ser ensinados desde cedo, e desenvolver esse comportamento em um pequenino, é contribuir para a formação de um adulto consciente, por meio de ações positivas. Evitar o desperdício de água, descarte correto dos resíduos, queimadas indevidas são alguns exemplos que devem ser cultivados na aprendizagem da criança.

Pensando nisso, o Ministério da Educação elaborou o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), um documento didático que direciona técnicas pedagógicas a serem utilizadas em sala de aula para o ensino aprendizagem da criança sobre educação infantil.  O objetivo do referencial é sociabilizar informações, discussões e pesquisas junto aos professores e demais profissionais da educação infantil, no ensino público no âmbito municipal e estadual.

Fonte: Freepick

Para isso, o RCNEI foi dividido em três volumes: Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo, Identidade e Autonomia, bem como Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. A intenção da divisão em eixos de trabalho foi facilitar o trabalho do profissional da educação infantil para o desenvolvimento de atividades com os alunos para a prática educativa. O documento encontra-se disponível no portal do ME para consulta.

Sobre essa temática a Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Palmas, lançou um projeto de extensão intitulado “BeeTec UFT”, que objetiva levar a educação ambiental à criança do ensino público, da Capital, por meio dos estudos das abelhas nativas do Tocantins. Inaugurado em 2019, a iniciativa disponibiliza sua versão online, devido à pandemia de Covid- 19, bem como página no Instagram e canal no YouTube.  O projeto de extensão é realizado pelo trabalho voluntário dos estudantes de iniciação científica e de pós-graduação da UFT.

Fonte: Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Nesse sentido, Campus de Carvalho (2004) afirma que a maioria das pesquisas empíricas, demonstram a influência de aspectos físicos nas ações de crianças pequenas, oriundas da psicologia ambiental. Segundo o pesquisador, um aspecto ambiental físico faz-se necessário para a ocorrência de interações positivas, não só entre crianças, mas também delas com o adulto. Por isso, a importância do lúdico por meio de ações com características físicas para a assimilação do conteúdo exposto para a criança, no que tange a educação ambiental, bem como outras disciplinas.

Gleice Azambuja Elal (2013) aponta que o debate do ambiente no desenvolvimento infantil, bem como sua literatura na área das relações pessoa-ambiente são necessários para a construção de uma qualidade de vida na criança, a qual passa pela compreensão ecológica de seu comportamento. “A otimização das relações com o ambiente, preocupando-se com a definição de lugares que contribuam para a formação da identidade pessoal, das aptidões e competências individuais”.

REFERÊNCIAS

Campos-de-Carvalho, M. (2004). Psicologia ambiental e do desenvolvimento: O espaço em instituições infantis. In R. S. Guzzo, J. Q. Pinheiro & H. Günther (Orgs.), Psicologia ambiental: Entendendo as relações do homem com seu ambiente

ELALI, Gleice Azambuja. O Ambiente da Escola – o Ambiente na Escola : Uma Discussão sobre a Relação Escola-Natureza Educação Infantil. Estud. psicol. (Natal) 2003, vol.8, n.2. Disponível em: <http:// www.scielo.org/> Acesso em: 20 julho 2013

Ministério da Educação (ME). Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso 01.out. de 21.

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