FJP está com inscrições abertas para competição no ‘Olé Drogas’
30 de setembro de 2022 Secretaria Municipal de Comunicação de Palmas
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A Fundação Municipal de Juventude de Palmas (FJP) está com inscrições abertas até o dia 19 de outubro para o projeto ‘Olé nas Drogas de Futebol de Base’, que tem o objetivo de promover o intercâmbio entre equipes de jovens atletas, evitar que eles se envolvam com drogas e criminalidade, além de estimular a adoção de um estilo de vida saudável, a cooperação, a amizade e a disciplina. As inscrições podem ser solicitadas pelo e-mail olenasdrogas@gmail.com.
Os jogos estão previstos para acontecer entre 29 de outubro e 3 de dezembro deste ano, sempre aos finais de semana. A expectativa é que 864 crianças e adolescentes, com idades entre 11 e 15 anos participem. Além da faixa etária, os interessados ainda precisam participar de alguma escola ou time de futebol, associações públicas e particulares da cidade de Palmas ou de todo o Estado do Tocantins.
O presidente da FJP, Nélio Nogueira Lopes, diz que está muito animado para o resultado desse Campeonato. “Este grande evento esportivo ‘Olé nas Drogas’, será um marco para o futebol tocantinense e para os garotos que aqui vivem e precisam sair de seu estado para jogar competições Brasil a fora. Será um evento que será fixado no calendário para acontecer todos os anos”, afirmou.
Já o gerente de Políticas sobre Drogas, da FJP, Bruno Mendes, disse acreditar que o esporte é umas das ferramentas mais eficazes de prevenção contras as drogas. “Sabemos que o esporte é um balizador para a igualdade social e a idéia é que o projeto seja mais uma ferramenta para evitar que os jovens se envolvam com a criminalidade e drogas, além de prevenir sentimentos depressivos”, destacou Bruno.
O Projeto vai contemplar as grandes regiões do Município e abrange a região central de Palmas, no Campo Oficial da quadra Arse 62 (606 Sul ou 1BPM), região de Taquaralto e Aurenys no Campo Oficial da Aureny I, região norte no Complexo Esportivo da Arne 51 (404 Norte) e região de Taquarussu no Campo de Taquarussu.
As equipes de competidores serão organizadas em categorias SUB-11, SUB-13 e SUB-15, sendo que cada categoria poderá ter 16 equipes. O Congresso Técnico será realizado na semana de início dos jogos, na sede da FJP, localizada no Parque Cesamar. As equipes vencedoras em primeiro e segundo lugar receberão troféus e medalhas e os atletas destaques, artilheiros e melhores goleiros receberão troféus.
A transição para a vida adulta marca o fim da puberdade e culturalmente encerra-se o período de adolescência, que geralmente é marcada por inúmeras descobertas, como o do próprio corpo, identidade sexual e uma maior busca pelas atividades sexuais. A expectativa e a experiência de conquista pela independência em todas as áreas da vida são libertadoras. Porém, a responsabilidade de sustentar as tomadas de decisões, o controle financeiro, a interação com os grupos sociais nem sempre é fácil e pode se tornar algo pesado. Este peso pode trazer muitos transtornos na vida do adulto jovem, e iremos analisar um destes: o uso problemático de álcool.
A literatura aponta que os estudos epidemiológicos no Brasil possibilitam a afirmação de que o álcool é um dos maiores problemas de saúde pública do país. Apesar de ser lícito, traz custos altos para a sociedade e o uso excessivo no país requer uma atenção maior nos projetos de saúde. Além de que o consumo do álcool abrange questões sociais, físicas, psicológicas, individuais e farmacológicas (VICTORA et al, 2011).
É muito comum no Brasil, encontrarmos lugares em que a bebida alcoólica é oferecida em bares, botecos, distribuidoras, pubs, e nos mais diversos eventos sociais. O consumo de bebidas alcoólicas atinge o auge no início da vida adulta. Nas faculdades é muito comum encontrar jovens que fazem o uso com mais frequência e assiduidade do que em jovens que não frequentam a faculdade (SAMHSA, 2004).
Alguns motivos que podem levar o adulto jovem a consumir bebida alcoólica com frequência estão na influência das amizades, na necessidade de se enquadrar em grupos sociais, distrair-se em momentos de tensão ou estresse, para fugir de problemas, por lazer e/ou para se sentirem mais seguros em situações com outras pessoas (SOARES et al., 2017).
Algumas questões a serem trabalhadas estão em quais medidas poderiam ser tomadas para que o consumo de álcool pudesse ter menor repercussão na sociedade e como esse consumo de álcool poderia ser desencorajado na população usuária.
O álcool além de ter o potencial de causar dependência, é responsável por inúmeros acidentes automobilísticos, suicídio, violência doméstica, comportamento sexual de risco, problemas de saúde, e se torna um grande potencializador para quem está passando por transtornos mentais. Pode agravar casos de ansiedade, desencadear distúrbios no sono e a probabilidade do usuário cometer agressões sexuais (BRECKLIN e ULTMAN, 2010).
Fonte: pixabay
O comportamento suicida é multifatorial, mas o uso de substâncias psicoativas é um fator de risco e pode ser também um fator decadente. O desejo de consumir as substâncias, como o álcool por exemplo, podem acarretar em uma ânsia e necessidade de consumo quando a mesma está em falta. A bebida pode causar o aumento da impulsividade, podendo ocorrer surtos psicóticos, e também gerar uma característica depressora no Sistema Nervoso Central, tornando-se um agravante para pessoas já deprimidas, sendo assim uma das possibilidades causadoras do suicídio (RIBEIRO et al., 2016).
As autoras Papalia e Feldman (2013) citam que o consumo de risco de álcool é definido quando um indivíduo consome mais de 14 doses de álcool por semana ou de quatro doses em um único dia para homens; e para as mulheres são sete doses por semana e até três doses em único dia. Aproximadamente 3 em cada 10 pessoas são consideradas dentro da faixa de consumo de risco com grande probabilidade de se tornarem dependentes químicos ou de contrair problemas mentais, físicos e sociais e desenvolverem doenças hepáticas.
Dados de 2019 do Ministério da Saúde, apontam que 17,9% da população brasileira adulta faz uso de bebida alcoólica. Mesmo com um percentual menor, as mulheres (11%) tiveram um maior crescimento que os homens (26%) no período de 2016 a 2018. Pesquisas apontam ainda que o uso abusivo entre os homens é maior na faixa etária de 25 a 34 anos e entre as mulheres na idade de 18 a 25 anos e que o consumo frequente tende a diminuir com o avanço da idade em ambos os gêneros.
Este consumo excessivo principalmente na faixa do adulto jovem tende a ser muito romantizado principalmente com as consequências do uso, é comum as pessoas falarem sobre as ressacas, de beber até cair e dar os famosos “pt” como algo bonito ou descolado e até engraçado, gerando vários memes na internet ou assunto nas redes sociais e nas rodas de conversa.
Mesmo que as pessoas digam que fazem o uso social de bebida alcoólica, é importante enfatizar que não existe consumo de álcool isento de riscos, Importante mencionar que a Dependência Química é um transtorno mental, e como tal, há outros fatores envolvidos além do hábito de beber. Como por exemplo, predisposição genética e vulnerabilidade biológica. No entanto, mesmo que não preencha critérios diagnósticos para dependência química, o hábito de beber pode causar prejuízos psicossociais, assim como orgânicos. “Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais” (DSM-5, 2014).
Faz-se necessário apontar que existem dispositivos que ofertam serviços para os usuários de álcool e drogas, os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPS-AD) do Ministério da Saúde, é um dispositivo de assistência e tratamento para os usuários, bem como trabalha com uma política de redução de danos em relação ao uso destas substâncias. É muito importante que os profissionais de saúde trabalhem para promover a facilitação de acesso ao tratamento, ampliando informações para os usuários e para os familiares de como buscar ajuda.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde, Consumo abusivo de álcool aumenta 42,9% entre as mulheres. Brasília, 2019.
Brecklin, L. R., & Ullman, S. E. (2010). The roles of victim and offender substance use in sexual assault outcomes. Journal of Interpersonal Violence, 25(8), 1503–1522. doi: 0886260509354584.
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Papalia, Diane E. Desenvolvimento humano [recurso eletrônico] / Diane E. Papalia, Ruth Duskin Feldman, com Gabriela Martorell ; tradução : Carla Filomena Marques Pinto Vercesi… [et al.] ; [revisão técnica: Maria Cecília de Vilhena Moraes Silva… et al.]. – 12. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
Ribeiro DB, Terra MG, Soccol KLS, Schneider JF, Camillo LA, Plein FAS. Motivos da tentativa de suicídio expressos por homens usuários de álcool e outras drogas. Rev Gaúcha Enferm. 2016 mar;37(1):e54896. doi: http://dx.doi. org/10.1590/1983-1447.2016.01.54896.
SOARES, Fernanda de Jesus; OLIVEIRA, Daiana C.; OLIVEIRA, Paula R.; LIMA, Tatiane S.; ALVES, Adriana L.R.; SILVA, Matheus L.; DUARTE, Stênio Fernando P. Análise dos Motivos dos Jovens e Adultos consumirem Álcool. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, Maio de 2017, vol.11, n.35, p.554-566. ISSN: 1981-1179.
Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA). (2004b). Results from the 2003 National Survey on Drug Use & Health: National findings (Office of Applied Studies, NSDUH Series H-25, DHHS Publication No. SMA 04-3964). Rockville, MD: U.S. Department of Health and Human Services.
Victora, C. G., Barreto, M. L., Leal, M., Monteiro, C. A., Schmidt, M. I., Paim, J. et al. (2011). Health conditions and health-policy innovations in Brazil: the way forward. Lancet, 377(9782), 90-102. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60055-X.
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Jovens “nem-nem” chegam a 16% durante pandemia
29 de julho de 2021 Jornal O GIRASSOL O GIRASSOL
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Dados captados pela segunda edição do Atlas da Juventude, lançado em junho deste ano, apontam que os efeitos da pandemia, que agravou ainda mais o quadro social brasileiro, afetou especialmente os mais jovens. Houve crescimento considerável dos chamados jovens “nem-nem”, ou seja, daqueles que não estudam ou trabalham. De 10% dessa população, em 2020, saltou, em 2021, para 16%. Para a presidente-executiva da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), Fernanda Amorim, o levantamento pode ajudar a embasar políticas voltadas à inclusão e a uma educação de melhor qualidade.
– Os efeitos da pandemia sobre a vida do jovem são visíveis. Quando nos debruçamos sobre o aspecto estritamente do trabalho, observamos não apenas os impactos na renda, mas também no ingresso ao mercado de trabalho. Os jovens que estão trabalhando são, em sua maioria, estudantes e se dividem principalmente entre os que são dependentes financeiros de suas famílias e aqueles de quem o domicílio depende do seu salário – explica Amorim.
Segundo as informações obtidas pelo Atlas, as principais atividades exercidas continuam sendo empregos com carteira assinada (principalmente entre os mais velhos) e aprendizes. Os trabalhos autônomos são mais comuns na faixa dos 25 a 29 anos e em áreas urbanas. A ajuda doméstica sem remuneração é mais comum na faixa dos 15 a 17 anos e em áreas rurais. Entre jovens consultados que não estão trabalhando, 30% não estão estudando.
– A grande maioria continua procurando alguma colocação. Dentre estes, 40% estão nessa busca pela primeira vez. A dependência financeira é a realidade da grande maioria deles, mas 7% contribuem para sustentar o domicílio, total ou parcialmente – detalha a presidente -executiva da Brasil Júnior.
Dentre os jovens que não estão trabalhando, 60% não tiveram qualquer atividade remunerada neste período. Os 40% restantes obtiveram alguma renda na informalidade ou no trabalho autônomo. Destes, 20% fizeram trabalhos pontuais sem carteira assinada e 10% trabalharam por conta própria ou abriram um negócio, o que mostra uma crescente no desejo dos jovens de empreender
– Dos jovens que declararam não estar trabalhando e nem procurando trabalho, quase a totalidade é de dependentes financeiros. O que impressiona é que mesmo assim, 3% nessa situação de vulnerabilidade contribuem para sustentar de alguma forma o domicílio em que vivem. Neste grupo, temos, entre 15 e 24 anos, 60% que estão se dedicando aos estudos, o que nos leva a um marcar terrível de 40% de pessoas nesta faixa etária longe da educação – aponta Amorim.
Diante de uma realidade difícil, o sentimento dos jovens em relação às perspectivas do trabalho no futuro é de desconfiança: 40% estão animados e esperançosos, mesmo percentual daqueles que se sentem inseguros.
– Os números do Atlas da Juventude, que é produzido por entidades dedicadas à causa jovem, incluindo a Brasil Júnior, são claros e podem embasar políticas de inclusão desse contingente no mercado de trabalho, passando pelo incentivo a uma educação inclusiva de qualidade. Temos ainda como reverter um quadro sombrio e sem muitas perspectivas. O futuro precisa de cuidado hoje – resume Amorim.
O romance ‘Where we go from here’, publicado por uma das maiores editoras dos Estados Unidos, é tradução de ‘Você tem a vida inteira’, do brasileiro Lucas Rocha. A obra conta a história de três jovens entrelaçadas pelo vírus HIV. “O livro mostra que o principal desafio do soropositivo hoje é o estigma”, afirma a editora-executiva Rafaella Machado, que, à frente da Galera Record, consolida um trabalho pioneiro de dar voz à diversidade.
Primeira editora a publicar um livro jovem com protagonista homossexual, a Galera Record teve seu trabalho reconhecido internacionalmente com a chegada ao mercado americano de ‘Where we go from here’, tradução de Você tem a vida inteira, de Lucas Rocha. O romance, que trata sobre o preconceito enfrentado por jovens soropositivos, foi apresentado por Rafaella Machado, editora-executiva da Galera Record, a David Levithan, diretor editorial da Scholastic, uma das maiores editoras dos Estados Unidos. “Conheci o David, que também é autor de livros para jovens, numa Bienal do Livro, e o apresentei ao título. O que mais chamou a atenção dele foi a forma como Lucas abordou a temática do HIV. É uma leitura importante para desconstruir o preconceito”, observa Rafaella Machado. O livro de Lucas Rocha foi um dos três selecionados para o Kit Gay, lançado pela Galera Record em 2018, e foi um dos títulos distribuídos pelo influenciador Felipe Neto na Bienal do Livro de 2019 em seu protesto contra a tentativa de censura do Prefeito Crivella.
A trama de Você tem a vida inteira começa com Ian, que recebe o resultado positivo do teste de HIV. No centro de tratamento onde fez o exame ele conhece Victor, cujo resultado foi negativo. Victor ainda está irado com Henrique, o rapaz com quem está saindo, por ele ter contado que era soropositivo apenas depois que eles transaram – embora tenha se precavido e usado camisinha em todos os momentos. Já Henrique está gostando de verdade de Victor e, por isso, tomou a decisão de se abrir sobre o HIV. Suas experiências anteriores no assunto não foram muito boas, e ele ainda reluta em acreditar que possa amar alguém de novo. Por meio destes três personagens, ele narra os medos, as esperanças e o preconceito sofrido por quem vive com HIV. Tudo isso numa prosa delicada e embalada também por humor, referências pop e personagens secundários cativantes – de diversos gêneros, cores e sexualidades. “Ainda temos inúmeras vozes em silêncio na comunidade onde estou inserido – da sigla LGBTQIA+, a maior parte das narrativas que vejo são G, e vou ficar muito feliz quando todas as outras letras também tiverem seu espaço de destaque, principalmente na literatura jovem brasileira”, defende Lucas Rocha.
Destaque no exterior e SUS em debate
O editor brasileiro Orlando dos Reis, colaborador da Scholastic, em entrevista ao site Publisher’s Weekly, lembrou de quando leu o original em português pela primeira vez – e se encantou imediatamente: “Ao meio do capítulo quatro, comecei a traduzir. Pensei: ‘Alguém mais precisa ler isso. Não posso ser o único”, entusiasmou-se o editor brasileiro. Depois de publicado, o livro recebeu destaque da editora norte-americana. Em meio aos quase quatrocentos títulos publicados anualmente, a Scholastic escolhe três para “leitura obrigatória” aos funcionários para a convenção anual, e ‘Where we go from here’ foi uma delas. Rafaella Machado, que participou da Convenção, a convite de Levithan, comenta o sucesso do título na nova casa. “Um ponto do livro que impressionou os funcionários da Scholastic, especialmente neste contexto de pandemia, é a assistência do serviço público brasileiro de saúde ao portador de HIV, que é uma referência mundial”. No livro, Lucas destaca na trama o desempenho do Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS.
3 perguntas para Rafaella Machado
A editora-executiva da Galera Record, Rafaella Machado, faz parte da terceira geração da família no comando do Grupo Editorial Record, fundado por seu avô, Alfredo Machado, em 1942 – Alfredo tinha o sonho de vender livros como ‘um produto de massa’, que todos pudessem comprar. Depois de passar pelo marketing da empresa, Rafaella assumiu a editora Galera Record com a missão de buscar novos autores, com a formação de novas gerações de leitores, sempre preocupada com a inclusão de temas e pautas de representatividade, e captar tendências editoriais.
Qual é a importância do livro do Lucas Rocha hoje?
Rafaella Machado: Há 20 anos, muitos livros e filmes para jovens falavam sobre o perigo do HIV. Agora que o vírus está sob controle, e o Brasil é referência no tratamento, existe uma carência de livros que falem sobre a verdadeira epidemia que circunda os soropositivos, que é o preconceito e a intolerância. O livro do Lucas mostra que o principal desafio do soropositivo hoje não é mais a doença e sim o estigma pessoal.
Como surgiu a ideia de apresentar o livro ao David Levithan?
R. M: Eu conheci o David aqui no Brasil, quando ele veio para a Bienal de 2018 e conversamos muito sobre a importância de livros LGBT contra o autoritarismo e homofobia, especialmente nos Estados Unidos do Trump. Quando acabou a Bienal, o David foi conhecer a sede do Grupo Editorial Record, em São Cristóvão, no Rio, e ele me perguntou qual livro do selo que mais me empolgou ultimamente. Entreguei um exemplar para o David e nunca pensei que ele encontraria alguém para ler o original em português.
Levithan é uma referência no mercado jovem. Como é sua relação com ele?
R. M: Eu me inspiro muito no trabalho dele. Foi para ele que liguei quando o Crivella tentou censurar os livros gays na Bienal e falar com ele reforçou para mim a responsabilidade social de um editor jovem na luta contra o silenciamento, o tabu e preconceito, seja de pessoas homoafetivas ou qualquer outro tipo de minoria.
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Dezenas de estudantes são beneficiados com Orientação Profissional
8 de julho de 2019 Sonielson Luciano de Sousa
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Sob a coordenação da Profa. Dra. Ana Beatriz Dupré, o projeto de Orientação Profissional atendeu dezenas de estudantes no último semestre. A ação é baseada no livro Orientação Profissional sob o enfoque da Análise do Comportamento, de Cynthia Borges Moura, que tem um andamento que dura de 8 a 10 semanas.
Durante o semestre, houve o desenvolvimento dos encontros em grupo de Orientação Profissional no Centro Educacional São Francisco de Assis, conduzidos pelas acadêmicas Letícia Antunes e Nayara Ferreira Marques. Já as acadêmicas Karlla Garcia Ferreira e Paula Renata Casimiro Pereira, Lílian Baptistella Lambert e Victória Resplandes D’Assunção Bosch e Alessandra Soares Araújo e Ítalo Bezerra de Sousa desenvolveram as atividades, respectivamente, Serviço Escola de Psicologia do Ceulp/ULBRA – SEPSI, na Paróquia São João Batista e com adolescentes em Medidas Socioeducativas – CREAS.
Dentre as ações do projeto, houve a Sessão Individual de pré-orientação; Sessão Definindo o problema de escolha; Sessão Conhecendo-se para escolher; Sessão Relacionando características pessoais e profissões; Duas sessões seguidas com o intuito de investigar as profissões, de modo a selecionar profissões de interesse e realizar leituras sobre as de interesse, além de promover a discussão acerca da importância da pesquisa e da informação profissional sobre a seleção de critérios de tomada de decisão; Sessão Olhando as profissões por outra perspectiva; Sessão Selecionando critérios de decisão; Sessão Analisando o futuro diante da escolha presente e Sessão individual pós-orientação, com intuito de fornecer feedback a cada participante sobre seu desempenho e desenvolvimento ao longo do processo de orientação.
Além disso, a acadêmica Rafaela A. Martins, que compõe a equipe, desenvolveu sua pesquisa de TCC com baseada no programa que o projeto de extensão tem seguido, com o seguinte tema: Dinamizando um Protocolo de Orientação Profissional.
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Saúde e educação sexual entre os jovens é foco de debate no Caos 2019
Pensamento errôneo que está sendo difundido é que a educação sexual nas escolas seria “ensinar a criança a fazer sexo”, e não é isso que estudiosos propõem
Durante o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) 2019, no dia 23 de maio, a “Saúde e educação sexual entre os jovens” foi discutido no Psicologia em debate especial através das acadêmicas de psicologia do Ceulp/Ulbra: Adrielly Martins, Bruna Medeiros Freitas, Diane Karen, Janinne Costa, Letícia Antunes e Nayara Ferreira.
Com o atual surgimento do projeto de lei para proibir disciplinas sobre “gênero” e “orientação sexual”, promover momentos de discussão como esse são de suma importância tanto para futuros profissionais de psicologia como para pais e responsáveis, já que o pensamento errôneo que está sendo difundido é que a educação sexual nas escolas seria “ensinar a criança a fazer sexo”, e não é isso que estudiosos propõem.
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HACKATHON: “SCRIBO” quer melhorar a vida de jovens estudantes
25 de maio de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
O SCRIBO é uma plataforma que busca o desenvolvimento da elaboração de sentimentos com foco na relação do aluno para com a escola e para si próprio. Pensando no aumento das queixas relacionadas à automutilação, Bullying, depressão e ideação suicida envolvendo adolescentes, que passam grande parte do dia no âmbito escolar, o aplicativo busca fomentar o desenvolvimento do principal mecanismo para distanciar os jovens dessas situações de sofrimento psíquico: a comunicação. Foi desenvolvida por uma equipe composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”.
Com a iniciativa da instituição escolar em se cadastrar no site, os alunos podem baixar o aplicativo e fazer login vinculados a sua escola. A partir de então, o usuário pode exercitar livremente suas habilidades de comunicação, enquanto a escola recebe gráficos sobre os sentimentos e relatos pessoais através da conta no site.
Os jovens terão acesso a: Opção de fornecer feedbacks anônimos para a instituição na qual está inserido de maneira irrestrita; Diário de Emoções com calendário emocional, no qual emoções básicas podem ser registradas, gerando gráficos para a instituição escolar, bem como um diário cursivo com opções para fotos; Incentivos para interação com pares; Dicas sobre saúde mental em uma linguagem jovem e simples; Instrumentalização sobre como agir em casos de emergência envolvendo crises.
O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
1º Hackathon Tech for Life –Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).
Integrantes da equipe
Alessandra Soares Araújo, 20 anos, acadêmica de Psicologia do Ceulp, 5° período, Voluntária no Portal (En)Cena.
Antônio Carlos Pereira Mota Milhomens Jr, 22 anos, acadêmico de Ciências da Computação do Ceulp, 8° período, Estagiário no Tribunal de Contas do Tocantins.
Arthur Ribeiro de Araújo Conceição, 20 anos, acadêmico de Sistema de Informação da FACTO, 7° período, Estagiário na CRP Tecnologia.
Isaura de Bortoli Rossatto, 20 anos, acadêmica de Psicologia do Ceulp, 5° período, Estagiária no Portal (En)Cena.
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HACKATHON: Diversity alerta para Bullyng/Preconceito nas escolas
25 de maio de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do HACKATHON, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
O Diversity – uma aplicação que tem como finalidade conscientizar jovens e adolescentes com faixa etária entre 11 e 18 anos, sobre a existência da diversidade em suas mais diversas formas – dentre estas pode-se citar a diversidade de gênero, de raça e de aparência -, foi desenvolvida por uma equipe composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”. Com isso é possível que essa ferramenta auxilie em uma queda tanto nas taxas de Bullyng/Preconceito nas escolas quanto nos índices de violência, suicídio, depressão e exclusão no âmbito social.
O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
1º Hackathon Tech for Life –Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).
Integrantes da equipe
Ana Clara da Conceição Macêdo da Silva,19 anos, acadêmica de Sistemas de Informação, 6° Período, Trabalha no Tribunal de Justiça.
Gabriela Gomes Miranda, 20 anos, acadêmica de Psicologia, 7º período, Voluntária no portal (En)Cena.
Giseli da Silva Gonçalves,21 anos, acadêmica de Psicologia, 7º período.
Maria do Carmo Brito da Silva, 24 anos, acadêmica de Ciência da Computação, 6° Período, Trabalha na Mitra Arquidiocesana de Palmas.
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A aprendizagem também é possível para jovens e adultos
Entre os requisitos básicos para o desenvolvimento do ser humano, a educação ganha destaque. Entretanto (sabemos), ela não é privilégio de todos. A realidade muitas vezes leva muitas pessoas a abandonarem os estudos, principalmente em decorrência da necessidade de trabalhar em tempo integral. Felizmente, desde o início da década de 40, temos no Brasil a EJA (Educação de Jovens e Adultos), que busca reintegrar esses no processo de ensino-aprendizagem, promovendo educação e desenvolvimento para aqueles que assim desejam, considerando a carga que esses indivíduos já trazem consigo.
Já inseridos na EJA, esses jovens e adultos se encontram frente à necessidade de adaptação ao ambiente já conhecido, porém novo e à integração aos colegas e professores de turma. Vargas e Cardoso (2013) apontam para questões importantes acerca do processo de socialização e como esse auxilia na educação de jovens e adultos. Citam Lev Vygotsky e Paulo Freire, em que ambos concordam que o ser humano é social, histórico e ativo na construção do seu próprio ser, tal como de seu conhecimento e aprendizado.
Fonte: https://goo.gl/kMZbNQ
Segundo Vargas e Gomes (2013), essas perspectivas levam a compreender os jovens e adultos analfabetos e/ou não escolarizados como sujeitos históricos, sociais e culturais, dotados de conhecimentos e experiências acumulados ao longo da vida, e que necessitam da intervenção de instituições culturais capazes de desencadear o desenvolvimento de suas potencialidades. São, portanto, não objetos depositários de conhecimentos, mas sujeitos capazes de construir conhecimento e aprendizado.
A instituição que dispõe o ensino a jovens e adultos, como qualquer outra, possui normas e regras que devem ser cumpridas pelos alunos para que estes concluam o aprendizado. No entanto, tais alunos, por serem jovens e/ou adultos, já possuem uma carga de experiências que, certamente, envolve tudo o que é visto em sala de aula. Portanto, estão ali somente para sistematizar o ensino de modo a tornar conhecido os métodos científicos desse.
Fonte: https://goo.gl/CcKq7V
Mais do que promover o ensino pedagógico, a EJA acaba por promover o uso do conhecimento de vida, em que os indivíduos participantes do processo, através do diálogo, compartilham seus próprios conhecimentos uns com os outros e, dessa forma, cada qual vai formulando sua própria conceituação de mundo e do meio em que se está inserido.
Em uma pesquisa realizada em uma sala de aula de alfabetização de EJA, dando ênfase à história de Antônio, um dos estudantes, buscou-se observar como se dá o processo de interação dos alunos e dos professores. A investigação ocorreu em torno da linguagem, verbal e não verbal, e se ela oferece o suporte necessário para o desenvolvimento do conhecimento acadêmico. Os resultados da pesquisa mostram que Antônio reconhecia a necessidade do conhecimento teórico para o desenvolvimento de suas capacidades e até mesmo de sua identidade, aprimorando seu modo de refletir e pensar sobre problemas e buscar solucioná-los.
Fonte: https://goo.gl/RqiDM8
Fazendo um diálogo desta pesquisa com o pensamento do psicólogo Kurt Lewin de que uma teoria só é boa quando se pode colocá-la na prática, percebe-se que a EJA tem dado muito certo, haja visto que o programa iniciou pela necessidade de conciliar a vida acadêmica com o trabalho de jovens e adultos que abandonaram os estudos antes de concluí-los.
Portanto, sendo colocada em prática essa ideia, é fornecida aos alunos a oportunidade de resgatar seus potenciais e desenvolvê-los, levando em conta não apenas o conhecimento teórico, científico e/ou acadêmico adquirido em sala de aula, mas também valorizando o seu histórico de vida e o conhecimento adquirido por suas experiências, através da convivência e interação com outros sujeitos e o mundo a sua volta, dando maior autonomia para os indivíduos envolvidos no processo.
Referência
VARGAS, Patrícia Guimarães; GOMES, Maria de Fátima Cardoso. Aprendizagem e desenvolvimento de jovens e adultos: novas práticas sociais, novos sentidos. Educ. Pesqui. vol.39 no.2 São Paulo April/June 2013 Epub May 10, 2013. Artigo disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151797022013000200011#. Data de acesso: 13/05/16.