SUS um sistema de princípios e compromisso

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Como usuária do SUS já vivenciei várias situações que marcaram a minha vida, e a mais recente delas ocorreu quando precisei ficar de acompanhante de um primo após um coma alcoólico no mês de agosto deste ano.

Cheguei ao Hospital Regional de Miracema- TO por volta das nove horas da noite de um sábado, com um misto de agonia e tensão, pois ainda não sabia o que tinha acontecido com meu primo Sérgio, apenas tinha recebido um telefonema para que pudesse encontrar a equipe do SAMU no hospital e ficasse como acompanhante. Não sabia como proceder diante daquela situação, a minha ansiedade era tanta, que não sabia quais informações perguntar ou onde esperar.

Sem saber se o pessoal do SAMU já havia chegado, resolvi ficar um pouco lá fora pegando um ar para então entrar na recepção, quando me sentir menos agoniante fui até a moça e perguntei se o paciente por nome de Sergio havia chegado naquela unidade, ela super prestativa e muito educada me respondeu que não, e pediu para aguardar na sala de espera que assim que o SAMU chegasse ela me avisaria, assim fiz, fiquei aguardando do lado de fora do hospital onde me dava uma visibilidade de entrada e saída de todos os veículos.

Por volta de 23 horas da noite avistei o carro do SAMU tão apressado quanto os meus batimentos cardíacos ao avistá-lo. Nesse momento comecei a ter todos os sintomas de ansiedade, pois era uma experiência nunca vivenciada antes, mas agora já era tarde para pensar em desistir. O SAMU adentrou as portas do fundo do hospital, e logo a moça da recepção me chamou, entramos e Sergio já estava sendo colocado em cima da maca do hospital pelo motorista é enfermeira do SAMU. Em seguida foi encaminhado para sala de urgência e emergência onde o médico iniciou os primeiros procedimentos como aferir sua pressão arterial, o nível de glicose e seus batimentos cardíacos, logo depois, foi recomendado um soro na veia para hidratar e acelerar a eliminação do álcool do organismo. Após esses procedimentos Sergio foi encaminhado para a sala de observação onde permaneceu durante dois dias.

Fonte: encurtador.com.br/qrtzP

Já estando na sala de observação, sendo mais ou menos uma da manhã, Sergio acordou muito agitado e gritando muito, rolava de um lado para o outro e eu já não sabia o que fazer, fui até a sala da enfermagem e pedi ajuda, elas de imediato foram lá no leito, conferiram a medicação, ajudaram quando precisei levar ele ao banheiro e me deu algumas dicas do que fazer caso algumas situações hipotéticas ocorressem. Na manhã do dia seguinte, Sergio já estava bem melhor, porém com fortes dores de cabeça, com isso o médico voltou a medicá-lo e o deixou em observação por algumas horas antes de dar alta definitiva.

Sergio já esteve internado no Hospital Geral de Palmas por tentativa de violência autoprovocada, mesmo a família tentando ajudá-lo sempre voltava para a situação precária na qual vivia, e por vezes demonstrava comportamento muito agressivo. A enfermeira ao ter acesso a essas informações chamou Sergio para uma conversa e entendeu que o abuso de substâncias químicas era proveniente de uma atenção e cuidado que ele recebia quando se encontrava em dada situação. A enfermeira apresentou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para que ele pudesse receber um atendimento integralizado e especializado, onde passaria por assistente social, psicólogo, psiquiatra e outros atendimentos caso necessário, depois dessas informações os papeis de alta foram assinados e Sergio foi levado para casa de parentes.

As oito horas da manhã do diante seguinte, uma segunda-feira, estávamos nós no CAPS para tentar conseguir um atendimento, fiquei impressionada com o quanto foi rápido para ele ser atendido, visto que anos atrás tive algumas experiências que demonstraram uma falta de efetividade e tato na prestação dos serviços básicos de saúde.

No primeiro atendimento, Sergio passou pela assistente social e a psicóloga, no entanto existia uma resistência muito grande em conversar com essas profissionais. Ele ainda não estava se sentindo seguro para iniciar um diálogo, então foi marcado para o dia seguinte que ele retornasse no mesmo horário para uma nova tentativa. Chegando em casa fui conversar com Sergio e explicar a importância de ele responder as perguntas feitas pela assistente social e psicóloga, e no dia seguinte teve um resultado muito maior a volta ao CAPS, e logo foi encaminhado para uma consulta com o psiquiatra. Após a referida consulta com ele já estava com seus medicamentos em mãos e com um encaminhamento para um neurologista. Ficou marcado um retorno com o psiquiatra com a data de 90 dias após o início dos medicamentos, e sua consulta com o neurologista está marcada para o mês de dezembro de 2019.

Foi uma experiência agregadora, visto que pude constatar na prática como o SUS tem evoluído em todos os aspectos ao longo dos anos e de fato tem cumprido o que propôs a fazer que é oferecer desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Não é à toa que é considerado um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo.

Fonte: encurtador.com.br/koUV1
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Uma experiência singular com estágio no SUS

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O estágio teve foco na psicologia-social-comunitária que se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em condições ambientais específicas.

A matéria de Estágio Básico III, do curso de psicologia do Ceulp-Ulbra, me proporcionou um contato direto com o Sistema Único de Saúde (SUS), no qual tive a oportunidade de conhecer de perto um pouco da Unidade Básica de Saúde (UBS), especificamente o trabalho dos Agentes Comunitários de uma Saúde (ACS’s) em Palmas- TO.

Os encontros ocorreram entre os dias 26 de fevereiro de 2019 e 13 de junho de 2019, sendo  supervisionado pela professora Lauriane dos Santos, que a princípio explicou como funciona o sistema, logo após, tivemos a experiência de ir para o campo. A finalidade do estágio foi de entender melhor qual o papel dos ACS’s na UBS e nas visitas domiciliares;  identificar os principais problemas e dificuldades dos ACS’s enfrentados no ambiente de trabalho; e por fim, propor uma intervenção com os mesmos a partir dos problemas que percebemos e que nos foram apresentados.

O estágio teve foco na psicologia-social-comunitária que se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em condições ambientais específicas.

“A psicologia social comunitária visa promover a consciência e minimizar a alienação, procura promover a participação reflexiva dos grupos com os quais trabalha na definição das prioridades de atuação, planejamento, execução e avaliação de suas atividades.” (Campos,2002).

No primeiro encontro, fomos solicitados para conhecer a Unidade Básica de Saúde (UBS), e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s), com o intuito de criar vínculo. A princípio fomos recebidos muito bem, tanto pelos ACS’s, quanto pela equipe da UBS. Nesse primeiro contato, explicamos então como aconteceriam esses encontros e qual a finalidade dos mesmos.

encurtador.com.br/nqsw8

ENCONTRO DE INTERVENÇÃO

No dia 21/05/2019, às 08:00 horas, proporcionamos uma discussão e reflexão em torno do tema “Assertividade”. Essa dinâmica possibilitou uma reflexão sobre como agimos diante de certas situações, se somos assertivos, passivos ou agressivos. A intervenção durou em torno de 1 hora.

Fizemos algumas perguntas que se encaixavam no que é ser: Agressivo, Passivo ou Assertivo. Todos os ACS pegaram uma pergunta e leu. Solicitamos a resolução do problema, da forma que eles acham melhor. Todos os ACS leram a sua pergunta e propôs uma solução. Depois foi discutindo o tema assertividade relacionando com as perguntas.

Os ACS reagiram de forma positiva a esse diálogo, interagindo sobre esse tema, e compartilhando situações que eles já vivenciaram que se encaixam no que estávamos discutindo. Ocorreu uma autorreflexão sobre como eles agem em determinadas situações, se agem de forma assertiva, passiva ou agressiva. A discussão possibilitou também entender como agir para ser uma pessoa assertiva, sem que isso lhe tire a saúde mental.

Portanto após a experiência de estágio, adquirimos um entendimento sistêmico do SUS, Atenção Primária de Saúde e o papel dos ACS’s na unidade Básica de saúde. Propomo-nos a desenvolver com eles momentos de análise sobre a importância do seu papel no trabalho e a autorreflexão. Tivemos uma melhor compreensão dos papéis que os ACS’s exercem no ambiente de trabalho, como é a rotina nas visitas domiciliares, o jeito que cada ACS conhece e se preocupa com as famílias que fazem parte dessa Unidade de Saúde, compreendemos melhor os estressores do dia-a-dia que esta profissão traz. E por fim, promovemos reflexões sobre o quanto o trabalho dos ACS’s é importante para muitas famílias que precisam.

ACS é um personagem ambíguo: ao mesmo tempo em que é considerado agente transformador da sua comunidade (por trabalhar e morar nela), sofre por não ter as ferramentas e conhecimento necessário para realizar a transformação que a profissão exige. Assim, o ACS é descrito como um personagem “híbrido e polifônico”. (MENDES; CEOTTO, 2011, p. 498).

encurtador.com.br/bivOW

REFERÊNCIAS

GOMES, Antônio Maspolide Araújo. Psicologia Comunitária: Uma abordagem conceitual. 1999, 71-79. Disponível em: <https://www.mackenzie.br/fileadmin/OLD/47/Editora/Revista_Psicologia/Teoria_e_Pratica_Volume_1_-_Numero_2/art10.PDF>. Acesso em: 27 abr. 2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema Único de Saúde (SUS): Estrutura, princípios e como funciona. 2013-2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>. Acesso em: 30 abr. 2019.

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Rotatividade dos profissionais da saúde: uma experiência prática

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A alta rotatividade da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) pode acarretar também em falta de profissionais qualificados, engajados e conhecedores do serviço.

A rotatividade profissional, para Tonelli et al. (2018), é definida como uma permanente entrada e saída de pessoas de uma organização, sendo estas voluntárias ou involuntárias. Dentro das organizações sempre há rotatividade, estas podem ser positivas, desde que sejam de funcionários não essenciais que estejam executando determinada atividade e venham deixar a organização. Portanto, é importante ressaltar que a rotatividade pode acarretar em perdas de pessoas estratégicas para determinada vaga, causando assim o fator de interrupção das atividades e consequentemente prejudicando no desenvolvimento da organização.

A alta rotatividade da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) pode acarretar também em falta de profissionais qualificados, engajados e conhecedores do serviço. Uma vez que o profissional que se encontra pertencente a instituição e conhece todo o funcionamento desta é afastado, a inserção de um novo profissional implicará em todo um processo de adaptação que poderá trazer consequências diversas para o serviço. De acordo com Gil (2006), a rotatividade dos profissionais de saúde resulta na perda de investimentos dos gestores que estão em processo de capacitação e qualificação dos profissionais para desenvolver novas práticas, como cursos de introdução aos princípios organizativos da saúde.

Outro fator que pode estar relacionado ao alto índice de rotatividade dos profissionais de saúde, pode estar interligado com a insatisfação relacionada a política da organização, pois se o profissional não acredita nesta política, o trabalho vai se tornar adoecedor e sem sentido. Para Medeiros et al (2010), os profissionais insatisfeitos com o trabalho podem apresentar maior probabilidade de fazerem parte da taxa de rotatividade. Na medida em que o profissional apresenta falta de realização e pouca motivação, começam a receber pouco reconhecimento no cargo, vivenciar constantes conflitos com a chefia e com os colegas, e ainda experimentam a incapacidade de realizar os objetivos do seu cargo.

Fonte: encurtador.com.br/hvCGR

Com o alto índice de rotatividade dos profissionais da saúde, os usuários do SUS podem apresentar dificuldade em construir novos vínculos e se dedicarem ao tratamento, devido a possibilidade da saída repentina do profissional que, por sua vez, colabora para um sentimento de insegurança. Campos e Malik (2008) acreditam que na saúde, a rotatividade pode gerar alguns impactos, como o comprometimento com os vínculos da equipe com os usuários, que pode afetar também no objetivo dos resultados esperados dentro do serviço, principalmente na Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois o seu foco está na atenção à família na comunidade, onde valorizam-se os vínculos estreitos entre família e profissional.

A rotatividade dos profissionais dos SUS pode afetar também o andamento do tratamento do usuário, pois o profissional pode vir a iniciar uma atividade e deixá-la inacabada por conta de sua saída da organização, causando um desamparo no processo até a chegada de outro profissional, que pode ou não dar continuidade a esta atividade. Sendo assim, alguns profissionais optam por não planejar atividades que requeiram um longo período de execução, como demonstra Pialarissi (2017, p. 2)

Comprometendo a relação do sistema com os trabalhadores e prejudicando a qualidade e continuidade dos serviços prestados em razão de consequências tais quais o alto índice de rotatividade dos profissionais e a impossibilidade de se fixar projetos com processos de planejamento de médio e longo prazos

Fonte: encurtador.com.br/mqtGS

Para Guimarães, Oliveira e Yamamoto (2013), um dos aspectos que pode comprometer a continuidade e o andamento das atividades é a rotatividade dos estagiários, pois pode vir a  causar nos usuários um recomeço constante das atividades, além da necessidade de (re)criar novos vínculos entre usuários e estagiários.

Dentro do âmbito de saúde alguns projetos são colocados em prática, mas devido a rotatividade dos profissionais alguns projetos não são finalizados. Segundo Polejack et al. (2015), a descontinuidade das ações planejadas, a frequente rotatividade dos profissionais, a descontinuidade das políticas e da gestão das mesmas, podem acarretar em implicações severas para o serviço e para o papel de cada profissional.

Uma experiência de rotatividade vivenciada na prática

            O estágio em ênfase B se apresenta como um dos campos de estágio que o acadêmico do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra precisa cumprir, como matéria obrigatória para sua formação. Diante das muitas possibilidades de atuação que foram ofertadas, as estagiárias escolheram o campo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS AD 3).

Fonte: encurtador.com.br/LPQZ1

            As atividades no referido espaço foram iniciadas no mês de fevereiro de 2019, sob supervisão da psicóloga da instituição. Esse primeiro mês teve como objetivo principal a integração das acadêmicas ao campo, para que estas entendessem o funcionamento do serviço e acima de tudo pudessem estabelecer um bom vínculo com os usuários e com a equipe profissional.

            Diante da satisfatória integração, as estagiárias assumiram para si funções específicas, sendo: a condução de um grupo terapêutico sobre autoconhecimento, bem como a realização de atendimentos psicoterápicos individuais. Dessa forma, a inserção e atuação no campo começou a tomar forma e engajamento, e assim foi durante os meses de março e abril, até que o fenômeno da rotatividade acontecesse.

            A psicóloga supervisora tomou a decisão de não continuar mais trabalhando na instituição, por motivos específicos e pessoais. Como consequência da saída da Psicóloga, as estagiárias não puderam mais continuar na instituição, uma vez não permitida a permanência de estagiários atuando no campo sem um supervisor. Sendo assim, o abandono do campo ocorreu, e ocorreu de forma dolorosa para todos os envolvidos no processo: acadêmicas, supervisora, equipe e usuários.

            Tal abandono acarretou no desamparo dos usuários, que estavam sendo assistidos pelos grupos e pelos atendimentos individuais que eram conduzidos pelas estagiárias e pela supervisora. Além de implicar bastante nas relações de vinculação que haviam sido estabelecidas, fazendo com que todas experimentassem um sentimento de rompimento muito doloroso.

Fonte: encurtador.com.br/sFUY6

            O romper desse vínculo e suas consequências foram externalizadas na fala de alguns usuários, que ao saberem da saída das profissionais demonstraram inquietação e preocupação, questionando “por quem” e “como” eles seriam assistidos.

            Contudo, a nova realidade que se apresentava levou as acadêmicas a estagiarem em outro campo, agora a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (SEMUS), especificamente na área de gestão, sob supervisão da psicóloga Isabela Monticelli que se encontrava responsável pelo grupo condutor de Infectologia.

            Diante de todo o exposto, é possível perceber o quanto a rotatividade nos serviços de saúde existe e o quão nocivas elas são, tanto para os usuários dos serviços quanto para os profissionais envolvidos. Dessa forma, para as acadêmicas, ter vivenciado esse processo lhes fizeram perceber que, ao profissional da saúde pública é necessário sempre uma criatividade e expertise no que tange a sua atuação profissional, estando sempre atento para que o processo seja o menos prejudicial possível, para os usuários e para si mesmo.

            Tal expertise e atenção, pode se aplicar numa prática baseada num cuidado comprometido que seja efetivo enquanto o profissional estiver inserido naquele espaço de trabalho, tendo este a consciência de que fez o seu melhor dentro do tempo que lhe foi concedido. Além disso, entender que os usuários do serviço podem, por meio da sua atuação profissional alcançar um nível de autonomia que lhes façam ser os protagonistas de suas vidas, colaborando assim para a dissolução de vínculos de dependência não-saudáveis.

 

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Claudia Valentina de Arruda  and  MALIK, Ana Maria. Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família. Rev. Adm. Pública [online]. 2008, vol.42, n.2, pp.347-368. ISSN 0034-7612.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122008000200007.

GIL, C. R. R. Práticas profissionais em saúde da família: expressões de um cotidiano em construção. 2006. 318 f. Tese (Doutorado) – Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro.

Guimarães, S. B., Oliveira, I. F., & Yamamoto, O. H. (2013). As práticas dos psicólogos em ambulatórios de saúde mental. Psicologia & Sociedade, 25(3), 664-673

MEDEIROS, Cássia Regina Gotler et al. A rotatividade de enfermeiros e médicos: um impasse na implementação da Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, Lajeado Rs, v. 15, n. 4, p.1521-1531, jun. 2010.

PIALARISSI, Renata. Precarização do Trabalho. Rev. Adm. Saúde, São Paulo, Vol. 17, Nº 66, Jan. – Mar. 2017.

POLEJACK, Larissa. Psicologia e Políticas Públicas na Saúde: Experiências, Reflexões, Interfaces e Desafios. (2015), Porto Alegre, 1 ed.

TONELLI, Bárbara Quadros et al. Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Revista da Faculdade de Odontologia – Upf, [s.l.], v. 23, n. 2, p.180-185, 22 out. 2018. UPF Editora. http://dx.doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8314.

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Psicóloga Hospitalar relata experiência na turma de Saúde Bioética e Sociedade

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Anita Coelho dos Santos, que atua no Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP), contou à turma sua trajetória como trabalhadora do SUS.

Na tarde desta quarta-feira (29) os alunos da disciplina de Saúde Bioética e Sociedade, que é conduzida pela Profa Dra Renata Alves Bandeira, receberam para um bate-papo a psicóloga Anita Coelho dos Santos, egressa do Ceulp/Ulbra que compõe a equipe de Psicologia do Hospital Infantil Público de Palmas.

A psicóloga contou aos alunos, que finalizaram o módulo de estudo sobre o SUS, como foi sua trajetória de atuação no sistema desde que se formou em 2005 na primeira turma de psicologia do Ceulp.

Turma de Saúde, Bioética e Sociedade – Foto: Irenides Teixeira

Em sua carreira, Anita também já atuou no Instituto Médico Legal de Palmas e no Hospital Regional de Gurupi. De acordo com a psicóloga, é necessária uma postura humanizada frente aos desafios que a profissão apresenta no Sistema Único de Saúde, mesmo que que não envolva diretamente os conhecimentos da psicologia. Defendeu também uma postura enérgica e combativa frente a projetos que não compreendem a prática real no atendimento com os usuários.

Com a conclusão da fala de Anita, os alunos puderam tirar suas dúvidas referentes aos atendimentos realizados em caso de óbito, bem como sobre os sentimentos que o apego aos pacientes pode gerar. Ao final do encontro, foi realizada uma confraternização com um lanche oferecido pelos acadêmicos.

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Articulação entre SUS e PM no combate à violência contra a mulher é tema de mesa redonda

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A mesa redonda é parte da programação do CAOS 2018 que acontece no Ceulp até o dia 24 de maio.

Ocorre na manhã desta quarta-feira (22) nas dependências do CEULP/ULBRA, a mesa redonda “Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária ao cuidados de vítimas de violência sexual” como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2019. As atividades foram conduzidas pela psicóloga Raphaella Pinheiro e pela capitã da Polícia Militar Flávia Roberta de Oliveira, com mediação da psicóloga Izabela Almeida Querido.

Na mesa redonda foram discutidos casos de violência doméstica e sexual atendidos pelo Sistema Único de Saúde em articulação com a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, através do NUPAV (Núcleo de Prevenção de Acidentes e Violência, Promoção da Saúde e Cultura da Paz). Foram apresentadas as principais características e o perfil de vulnerabilidades das mulheres que estão em situação de violência doméstica e sexual, entre elas a dominação patriarcal, a dependência financeira e a comunicação violenta.

Fonte: encurtador.com.br/dmzNY

A Patrulha Maria da Penha é um policiamento especializado e preventivo, que atua através de visitas preventivas, evitando que agressores descumpram as medidas protetivas. As atendidas podem entrar em contato com a Patrulha, que realiza rondas nas regiões específicas onde as atendidas residem e trabalham. Além disso, a Patrulha realiza palestras em escolas com o objetivo de conscientizar crianças e adolescentes acerca de possíveis violências no âmbito doméstico.

Raphaella Pizani Castor Pinheiro é psicóloga, possui formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, é mestre e especialista em saúde. Flávia Roberta de Oliveira é bacharel em direito e em segurança pública, Capitã QOPM, comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas-TO.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento.

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Sexualidade e Sistema Único de Saúde abre as Mesas-Redondas do Caos

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A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira.

Várias atividades ocorrem de modo simultâneo no Caos 2019. Dentre elas, três mesas-redondas compõem a programação. A primeira delas, ‘Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária aos cuidados de vítimas de violência sexual’ ocorre no dia 22/05, as 9h no auditório central do Ceulp/Ulbra.

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira, que irão se debruçar sobre educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo a partir de políticas públicas desenvolvidas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, além de enfatizar o papel do Estado no que se refere a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal que garantam a promoção de saúde.

A mesa-redonda também tem como foco a observação da preservação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos de jovens e adultos, bem como informações sobre insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids. Neste sentido, atualmente, o SUS garante a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva. – Com informações do Ministério da Saúde.

Fonte: Arquivo Pessoal

Sobre as debatedoras

 Flavia Roberta Pereira de Oliveira: Bacharel em direito e em Segurança Pública. 1ª Tenente QOPM. Comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas/TO.

 Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência no HGP.

Confira a programação completa do CAOS 2019. 

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Professor da Psicologia do Ceulp participa de projeto do Telessaúde

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Docente ministrará curso sobre as Práticas Integrativas do SUS, tema recorrente no Portal EnCena e que compôs disciplina de Tópicos Especiais em Psicologia

O prof. Msc. Sonielson Luciano de Sousa, do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, compõe uma equipe de profissionais que irá participar de um curso de qualificação em Saúde Mental promovido pelo Telessaúde-UFT. O docente irá abordar, durante sua participação, três técnicas utilizadas dentro das Práticas Integrativas do SUS- Sistema Único de Saúde, sendo elas: Mindfulness, Autocuidado e Grupos de Leitura com fins terapêuticos. As duas primeiras técnicas foram usadas pelo professor durante a disciplina de Tópicos Especiais em Psicologia, ocorrida em 2018.

Sonielson é um dos editores do EnCena, um portal de conteúdos para a web, vinculado ao curso de Psicologia, sob a coordenação da profa. Dra. Irenides Teixeira, que publica uma série de produtos – textos, vídeos, etc. – sobre saúde mental. O material a ser trabalhado pelo docente no Telessaúde-UFT está vinculado à produção que é oferecida no EnCena.

Além do prof. Sonielson, compõe a equipe uma série de profissionais locais envolvidos com as Práticas Integrativas, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e profissionais de educação física.

Telessaúde-UFT

O Telessaúde-UFT tem por objetivo qualificar equipes de Saúde da Família, por meio da utilização de modernas tecnologias de informação e comunicação, capazes de promover a teleducação/teleassistência, melhorando a resolubilidade na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto faz parte de uma rede nacional, denominada Telessaúde Brasil.

Para tanto, implanta infraestrutura de informação e telecomunicação com prioridade em zonas remotas, isoladas e marginais no país, para possibilitar o desenvolvimento contínuo a distância das Equipes de Saúde da Família.

Dentre os benefícios do Telessaúde Brasil, do qual o projeto local está vinculado, encontra-se: Fortalecimento da Atenção Básica, Qualificação da equipe, Melhora no atendimento -2ª opinião, Diminuição de riscos e agravos pelo deslocamento, Diminuição de custos, Planejamento de encaminhamento de paciente, Valorização do profissional, Fixação do profissional em áreas remotas e Inclusão digital.

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Eugênio Vilaça Mendes e a Atenção Primária à Saúde

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Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta.

A Atenção Básica pode ser caracterizada como “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde” (LAVRAS,2011, p.868). Além disso, ela é orientada seguindo os princípios da universalidade, acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade, bem como da participação social.

Eugênio Vilaça Mendes fez uma discussão sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) nas Redes de Atenção à Saúde e inicia comentando sobre a situação da saúde no Brasil. Segundo ele, um dos motivos que contribuem com a tripla carga de doenças é a transição demográfica, a qual resulta em uma população maiormente idosa, ou seja, pessoas que são naturalmente mais suscetíveis à doenças.

Além disso, a maioria dessas doenças são crônicas. Outro fator importante é a agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva, a forte predominância relativa das doenças crônicas e de seus fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e alimentação inadequada. Também, o crescimento das causas externas (fruto do fenômeno da urbanização e violência).

Fonte: https://goo.gl/9KsWng

Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta. Sendo assim, Eugênio expõe que o problema crítico do SUS é a incoerência entre uma situação de saúde que combina transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas, e um sistema fragmentado de saúde que opera de forma episódica e reativa e que é voltado principalmente para a atenção às condições agudas e às agudizações de condições crônicas. A condição crônica exige uma resposta social proativa, contínua, dos sistemas de atenção à saúde.

Vilaça acredita que a causa fundamental da crise do SUS, bem como do sistema privado no Brasil é que sistema utilizado é fragmentado, opera de forma episódica e reativa e que se volta principalmente para questões agudas e paras as agudizações crônicas. Já que o manejo clínico para as condições crônicas “se constitui em processo complexo que envolve o desenvolvimento de práticas de autocuidado, abordagens multiprofissionais e garantia de continuidade assistencial, o que só pode ser obtido através de sistemas integrados” (LAVRAS,2011,p.871).

O descompasso entre fatores contingenciais que evoluem rapidamente, como:transição demográfica, transição epidemiológica e inovação tecnológica, além dos fatores internos (cultura organizacional,recursos, sistemas de incentivos, estilos de liderança e arranjos organizativos) justificam uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por um sistema de atenção à saúde da metade do século XX. É possível perceber que existe uma dificuldade do sistema em adaptar -se às mudanças, o que resulta no dilema que se baseia em como acelerar as mudanças no sistema já que esses fatores citados acima são bem vindos.

Fonte: https://goo.gl/8gaJDd

Eugênio expõe que o sistema praticado hoje é baseado no sistema ainda do século XX, quando metade das mortes era por causas infecciosas. Para ele, a crise é universal, ou seja, até nos EUA há problemas com casos de diabetes, significa que a crise ocorre independente do volume de recursos. Semelhante à esse posicionamento, Lavras (2011) também acredita que é necessário valorizar e legitimar as práticas que estão em desenvolvimento, mas antes deve-se superar um padrão cultural pré- estabelecido tanto na sociedade como no aparelho formador.

Após apontar as dificuldades que permeiam o sistema, Vilaça sugere uma solução possível para a crise fundamental do SUS: proposta da rede de atenção à saúde. Sua ideia consiste no restabelecimento da coerência entre a situação de saúde com transição demográfica acelerada e tripla carga de doença com predomínio relativo forte de condições crônicas e um sistema integrado de saúde que opera de forma contínua e proativa e voltado equilibradamente para a atenção às condições agudas e crônicas.

Se seguir a lógica da atenção às condições agudas de modo geral, o sistema poderá ser descontínuo, fragmentado e reativo. Mas isso não se aplica às condições crônicas. Pois, assim como afirma LAPÃO et al (2017, p. 714), espera-se que uma APS não restrinja a “um nível de serviço ou focalizada em grupos em situação de pobreza, mas capaz de assumir a coordenação de todos os seus usuários e a integração do seu sistema”.

Fonte: https://goo.gl/MsrfUQ

Por fim, Vilaça fala sobre os elementos importantes para composição das rede de atenção à saúde, quais sejam:

– uma população: a população adscrita à rede de atenção à saúde.

– um modelo lógico: O modelo de atenção à saúde.

-uma estrutura operacional: os componentes da rede de atenção à saúde.

Vale ressaltar que a população de uma rede não é a mesma contabilizada pelo IBGE, mas sim a população efetivamente cadastrada na atenção primária de saúde. Portanto, para que a APS no SUS possa desempenhar esse papel com efetividade grandes medidas devem ser tomadas conjuntamente pelas três instâncias de gestão do SUS, visando seu fortalecimento.

REFERÊNCIAS

LAPÃO,Luís Velez; ARCÊNCIO, Ricardo Alexandre; POPOLIN, Marcela Paschoal e RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira. Atenção Primária à Saúde na coordenação das Redes de Atenção à Saúde no Rio de Janeiro, Brasil, e na região de Lisboa, Portugal. Ciência & Saúde Coletiva, 22(3):713-723, 2017.

LAVRAS, Carmem. Atenção Primária à Saúde e a Organização de Redes Regionais de Atenção à Saúde no Brasil. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.4, p.867-874, 2011.

MENDES, Eugênio Vilaça, 2012.  A APS nas Redes de Atenção à Saúde. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA&list=PLQ2Ue6m-QUZI0lQ500NMIqX N2rgEHUwir>. Acessado em: 04 de outubro de 2018.

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CAPS II comemora o dia da saúde mental

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O evento aconteceu no dia 10 de outubro de 2018, de 8h00 às 12h00, promovido pela equipe multidisciplinar da instituição.

Aconteceu, na última quarta-feira, dia 10 de outubro de 2018, a comemoração do dia mundial da saúde mental no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II. Ação teve como objetivo proporcionar um momento de lazer aos usuários do serviço, como também promover de saúde mental a estes e seus familiares.

Foto: equipe multiprofissional do CAPS II.

A programação contou com a intervenção do educador físico do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), abertura, explanação sobre a data, café da manhã, exposição de artesanatos dos usuários, apresentações culturais, gincana, danças, almoço e encerramento e foi promovida pela equipe multiprofissional da instituição.

Foto: equipe multiprofissional do CAPS II.

O que é CAPS II?

O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) II oferece atendimento intensivo a portadores de sofrimento psíquico leve, moderado e severo, constituindo uma alternativa ao modelo centrado no hospital psiquiátrico, que os usuários tenham no contato com a família e comunidade uma forma complementar de terapia.

Os atendimentos são realizados por uma equipe multidisciplinar, com o objetivo de reinserção do usuário na família e na comunidade, as ações desenvolvidas neste serviço são feitas de forma humanizada, conta-se com equipe de apoio matricial em saúde mental que presta suporte técnico às unidades básicas.

Endereço: 804 Sul, Al 09, Lt 09 Telefone: (63) 3218-5421

Horário de atendimento: 07h às 18h de segunda à sexta-feira

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