Mulheres chegam ao mais diversos serviços de saúde em busca de atendimento, e em todos os serviços encontram algumas problemáticas que dificultam o serviço, e até mesmo no que tange os serviços de saúde mental
O gênero é visto como subproduto da opressão gerada pelo patriarcado, onde o homem é tido como superior a mulher, ocasionando assim diversas formas de violência e a justificativa para tais (LAURETIS, 1994). Diante desse pressuposto, nos deparamos com os casos alarmantes de violência doméstica, onde mulheres são agredidas e violentadas por homens que usam da força física para silenciar essas mulheres.
As mulheres vítimas de violências têm direito a receber atendimento nas unidades de saúde de forma integral, porém é perceptível que o serviço não funciona do modo como deveria, pois além da má articulação da rede, há também o problema de profissionais não preparados para lidar e atender esse tipo de demanda (SOARES e LOPES, 2018).
Mulheres chegam ao mais diversos serviços de saúde em busca de atendimento, e em todos os serviços encontram algumas problemáticas que dificultam o serviço, e até mesmo no que tange os serviços de saúde mental, onde mulheres são responsáveis pelo maior número de procura do que homens (ZANELLO e BUKOWITZ, 2011). Mulheres em situação de violência precisam de suporte para enfrentar as dificuldades de cunho social, cultural, econômico e também político quem impossibilitam que elas busquem ajuda (SOARES e LOPES, 2018).
O gênero é produto das tecnologias sociais de acordo com Lauretis (1994), pois o mesmo se sobrepõe em todas as plataformas digitais e também no dia-a-dia, onde o homem é visto como superior a mulher e passível de maior credibilidade. Diante desse exposto, é possível que tenhamos uma visão mais ampla do que mulheres em situação de violência enfrentam quando decidem expor e denunciar o seu sofrimento e o causador do mesmo que em suma são homens (SOARES e LOPES, 2018).
Quando de forma naturalizada a mulher é tida como descreditada e desacreditada diante de um homem, é comum que elas apresentem maior resistência para denunciar violências e procurarem ajuda nos serviços de saúde, que irão investigar as causas do quadro da mesma e acionarão os órgãos responsáveis quando for o caso. Porém buscar ajuda nos serviços de saúde não é tão simples ou fácil, visto que em muitos casos essas mulheres encontram-se presas de forma emocional, física ou financeira a esses homens e muitas vezes elas podem ser punidas ou penalizadas por eles, ou até mesmo seus filhos ou familiares podem ser punidos (SOARES e LOPES, 2018).
A violência gera sofrimento psíquico que se fortalece e aumenta diante do silenciamento, e essas mulheres começam a adoecer psiquicamente (ZANELLO & BUKOWITZ, 2011). Desse modo, temos que perceber a violência contra a mulher de uma forma ampla e complexa, que possui diversas causas e que as consequências perpassam a esfera física, dessa forma, é necessário que haja um atendimento intersetorial (SOARES & LOPES, 2018).
O despreparo dos profissionais para lidar com situações de violência e a invisibilidade social que essas mulheres sofrem podem dificultar e causar ainda mais danos nesses quadros, pois muitas mulheres sequer recorrem ao atendimento de saúde para enfrentar a situação de violência (SOARES & LOPES, 2018).
SOARES, Joannie dos Santos Fachinelli; LOPES, Marta Julia Marques. Experiências de mulheres em situação de violência em busca de atenção no setor saúde e na rede intersetorial.Interface (Botucatu), Botucatu , v. 22, n. 66, p. 789-800, Sept. 2018 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832018000300789&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 01 de Dezembro de 2019. Epub May 21, 2018. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622016.0835.
DE LAURETIS, Teresa; “A tecnologia de gênero”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica cultural. Rio de Janeiro, Rocco, 1994. p. 206-242.
ZANELLO, Valeska; FIUZA, Gabriela; COSTA, Humberto Soares. Saúde mental e gênero: facetas gendradas do sofrimento psíquico. Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro , v. 27, n. 3, p. 238-246, Dec. 2015 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922015000300238&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 01 de Dezembro de 2019. http://dx.doi.org/10.1590/1984-0292/1483.
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Sexualidade, sexo, identidade de gênero e orientação sexual: a construção do sujeito social e sua subjetividade
A sexualidade é, sem dúvida, uma construção. Construção de valores “modernos”, de condutas éticas, de um processo contínuo da percepção de quem somos em condições históricas, culturais e de inter-relações específicas.
Embora muita gente os confunda, esses termos definem aspectos bem distintos de uma mesma pessoa. O sexo do corpo (gênero e fisiologia), a identidade de gênero (quem eu sou na sociedade), e a orientação sexual (condição biossocial). Há muito tempo a questão da sexualidade deixou de ver apenas o que é masculino e feminino, e passou a entender o que de fato se é, a busca pela realização dos desejos e a necessidade de ser livre.
A sexualidade é, sem dúvida, uma construção. Construção de valores “modernos”, de condutas éticas, de um processo contínuo da percepção de quem somos em condições históricas, culturais e de inter-relações específicas, portanto, contextualizadas localmente. (GEERTZ, 2000).
A sexualidade faz parte da personalidade do indivíduo. É um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos da vida, pois influencia a forma como se relacionam, com o que as atrai, qual objeto de seu desejo, sentimentos, pensamentos, interações e ações, portanto, diz respeito a saúde física e mental.
Fonte: encurtador.com.br/iAPV0
Muitas pessoas acham que ao falar de sexualidade estamos falando de sexo. Mas é importante entender que o sexo está ligado aos órgãos genitais, ou também ao ato sexual. Enquanto que sexualidade vai além disso, é um modo de ser, de sentir, de manifestar, é a forma como vamos ao encontro do outro, a intimidade, o afeto. É tudo aquilo que somos capazes de sentir e expressar. Os sujeitos podem exercer sua sexualidade de diferentes formas, eles podem “viver seus desejos e prazeres corporais” de muitos modos (WEEKS, APUD BRITZMAN, 1996).
Podemos considerar que a sexualidade não é fixa e imutável. Ela é influenciada pelo modo como as pessoas desenvolvem suas relações interpessoais. Somos seres em contínuo processo de transformação, ou seja, somos inconstantes, pois, nossas necessidades e desejos mudam. A sexualidade não se confunde com um instinto. Nem com um objeto (parceiro), nem com um objetivo (unir dois órgãos genitais). Ela é poliforma, polivalente, ultrapassa a necessidade fisiológica e tem a ver com a simbolização do desejo (CHAUÍ, 1991, P.15).
Tudo que vivemos e sentimos acontece no nosso corpo, portanto, não é possível separar a sexualidade do corpo ou pensar no corpo sem considerar a sexualidade. Ao redor dos nossos corpos, estão os modos como percebemos, sentimos, entendemos, nos relacionamos. Isso significa dizer que a sexualidade vai muito além de fatores físicos. É caracterizada por aquilo que é subjetivo, próprio, único. É a busca pela realização dos desejos, que pode se transformar ao longo dos anos, dependendo da experiência que a pessoa se permite vivenciar, ou seja, a sexualidade está sempre aberta a novas formas de significação.
Fonte: encurtador.com.br/bKOPU
“O sexo biológico é um termo utilizado para definir o que é homem, mulher, e intersexual, baseado em características orgânicas como cromossomos e genitais. Ou seja, biologicamente nasce meninas ou meninos, em função de um órgão sexual” (LUIZ ANTONIO GUERRA, 2014). O sexo biológico é apenas a parte física da identidade de uma pessoa, que pode encontrar diferentes posturas psicológicas.
Sexo faz referência somente às características biológicas de cada indivíduo, como órgãos, hormônios e cromossomos. Sendo assim, a fêmea possui vagina, ovários e cromossomos XX; o macho possui pênis, testículos e cromossomos XY; já o intersexo (o que por muito tempo tinha o nome de hermafrodita) possui uma combinação dos dois anteriores. (CRISTIANO ROSA, 2016).
Quando falamos em sexo biológico, temos que pensá-lo como a presença de órgãos reprodutivos no corpo orgânico, conhecidos por pênis, vagina ou ambos. Porém, é importante frisar que essa marca biológica que compõe esse corpo não necessariamente irá definir a identidade afetivo-sexual. O sexo biológico é um fator inato, ou seja, pertence ao ser desde o seu nascimento, independente do gênero que o indivíduo possa vir a se identificar mais tarde.
Fonte: encurtador.com.br/gyPZ2
Identidade de gênero é a experiência subjetiva de uma pessoa a respeito de si mesma e das suas relações com outros gêneros. A pessoa se reconhece como feminino ou masculino, independente do sexo biológico ou da orientação sexual. É se identificar com determinados valores, condutas e posturas sociais, ou seja, é como ela se percebe.
Gênero é algo constituído ao longo da vida, e não é estabelecido no nascimento. Alguém pode se identificar com o gênero homem ou mulher que é dado ao nascer (então é cis) ou não (então é trans). Em outras palavras, gênero é a maneira com que você se enxerga, a interpretação que você tem de si mesmo, em sua cabeça e pensamento. (CRISTIANO ROSA, 2016).
A pessoa pode nascer com um determinado sexo biológico, porém, se identificar com outro. Geralmente sentem que seu corpo não está adequado à forma como pensam, e querem adequá-lo à imagem de gênero que têm de si. Isso se dá de várias formas, desde uso de roupas, passando por tratamentos hormonais, até procedimentos cirúrgicos, ou seja, a pessoa pode se identificar com o sexo biológico de seu nascimento, ou não, e isso necessariamente não irá definir sua orientação sexual.
Fonte: encurtador.com.br/hprCH
Cisgênero abrange as pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi determinado quando de seu nascimento, e transgênero abrange o grupo diversificado de pessoas que não se identificam, em graus diferentes, com comportamentos e/ou papéis esperados do gênero que lhes foi determinado quando de seu nascimento (JAQUELINE GOMES DE JESUS, 2012).
A orientação sexual de uma pessoa indica por quais gêneros ela sente-se atraída. Seja física, romântica e/ou emocionalmente, diz respeito a preferência do desejo afetivo e sexual. Algumas pessoas dão-se conta dos seus sentimentos muito cedo, outras não. Mas apesar de tudo, estes sentimentos podem mudar ao longo da vida.
Toda pessoa, além do sexo, tem uma orientação íntima que define seus interesses, um impulso que configura sua atração sexual. Esse é o aspecto psicológico que complementa o sexo, possibilitando à pessoa estabelecer quais são suas preferências nas relações sexuais e sentimentais. Isso é o que define a orientação sexual da pessoa, que pode ser heterossexual, homossexual ou bissexual. Para alguns especialistas, apesar de não haver consenso, ser assexual também é uma orientação sexual. (MUNDO PSICOLOGOS, 2016).
Fonte: encurtador.com.br/bnosK
A orientação sexual refere-se ao tipo de atração que temos por outras pessoas. Sendo assim, alguém pode se interessar por pessoas do mesmo sexo (homossexual), do sexo diferente (heterossexual), dos dois sexos (bissexual), ou também pode não se interessar por ninguém (assexual). Essa atração afetivossexual por alguém é uma vivência interna relativa à sexualidade. Portanto, é diferente do senso pessoal de pertencer a algum gênero.
Esses tipos de atrações citadas não define todas as possíveis orientações sexuais. Apenas as mais comuns, pois existe uma infinidade de possibilidades para se sentir atraído. A orientação sexual existe num continuum que varia desde a homossexualidade exclusiva até a heterossexualidade exclusiva, passando pelas diversas formas de bissexualidade. (BRASIL, 2004, p. 29).
Portanto, compreende-se que a sexualidade é um dos pontos centrais na identidade do ser humano, que se manifesta através da emoção e da afetividade. É o modo como cada indivíduo vivencia suas experiências, que se tornam únicas. A sexualidade fundamenta os cuidados corporais e as relações de gênero, além de fundamentar também a busca do amor e do contato mais pleno com o outro.
Compreender a sexualidade em seu processo de contínua transformação é a condição necessária para identificar as diversas formas de vivenciar a subjetividade, no qual permite que cada indivíduo tenha uma forma única e particular de ser e sentir. Em muitos aspectos isso tem relação com aquilo que se aprende ao longo da vida, e uma das coisas que as pessoas aprendem é significar sentimentos e comportamentos.
REFERÊNCIAS
GUERRA, Luiz Antônio. Sexo, Gênero e Sexualidade. Disponível em: <https://www.infoescola.com/sociologia/sexo-genero-e-sexualidade/>. Acesso em: 20 mai. 2019.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. 2012. Disponível em: <https://www.sertao.ufg.br/up/16/o/ORIENTA%C3%87%C3%95ES_SOBRE_IDENTIDADE_DE_G%C3%8ANERO__CONCEITOS_E_TERMOS_-_2%C2%AA_Edi%C3%A7%C3%A3o.pdf?1355331649>. Acesso em 20 mai. 2019.
MUNDO PSICÓLOGOS. Diferenças entre sexo, orientação sexual, e gênero. 2016. Disponível em: <https://br.mundopsicologos.com/artigos/diferencas-entre-sexo-orientacao-sexual-e-genero>. Acesso em: 20 mai. 2019.
ROSA, Cristiano. Questão de gênero. 2016. Disponível em: <https://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2016/08/blogs/cotidiano/questao_de_genero/371790-genero-x-sexo-biologico.html>. Acesso em 20 mai. 2019.
SENEM, Cleiton José; CARAMAMASCHI, Sandro. Concepção de sexo e sexualidade no ocidente: Origem, História e Atualidade. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/issue/download/492/69>. Acesso em: 25 mai. 2019.
SILVA, Ariana Kelly Leandra Silva da. Diversidade sexual e de gênero: a construção do sujeito social. Universidade Federal do Pará (UFPA). Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912013000100003, 2013>. Acesso em: 20 mai. 2019.
O que “Azul é a Cor Mais Quente” tem a oferecer para se pensar os discursos de gênero e sexualidade que perpassam a homossexualidade feminina?
O filme, produzido por Abdellatif Kechiche e protagonizado, principalmente, por Léa Seydoux (Emma) e Adèle Exarchopoulos (Adele) foi inspirado em uma HQ chamado “Le bleu est une couler chaude” (Azul é uma cor quente) da escritora Julie Maroh. Tanto o longa quanto a história em quadrinhos tem como foco o encontro entre Adèle (que na HQ chama-se Clémentine) e Emma.
Porém, no desenrolar da história, percebe-se inúmeras diferenças na perspectiva entre as duas narrativas, o que posteriormente ao lançamento do filme, Julie Maroh considerou algo normal, já que ela não participou das filmagens e alega que o filme se trata de uma adaptação livre (MAROH, 2013).
Resumindo (e muito) o longa que tem uma duração de quase 3 horas, Adèle é uma garota de 15 anos que está descobrindo sua sexualidade e se divide entre completar o ensino médio e dar aulas para crianças. Já Emma, a jovem adulta de cabelos azuis (motivo pelo o qual se deu o nome do filme), é uma artista plástica, tem sua sexualidade resolvida e namora uma menina.
Enquanto Emma sonha em ser uma artista e frequenta vários ambientes, desfrutando de oportunidades e certos privilégios por participar de uma estrutura familiar com padrões considerados altos, Adèle é uma jovem do interior, de poucas ambições, possui pais mais simples e que são bem objetivos quando pensam no futuro.
Fonte: encurtador.com.br/ptFP1
As duas começam a se conhecer e percebem o quanto suas vidas são diferentes, mas inicialmente, isso não as impedem de iniciar um relacionamento intenso. Muito influenciadas pelos distintos contextos que estão inseridas, assumem posturas diferentes, Emma assume publicamente seu novo relacionamento e Adele permanece no “armário”.
O filme recebeu muitos elogios, teve várias premiações, tendo como uma das mais ilustre, a Palma de Ouro em 2013. Mas, um olhar mais crítico traz a tona reflexões e questionamentos que, a primeira vista, são ignorados pelo grande público e até mesmo, pelos públicos pertencentes às temáticas tratadas no longa. Um dos grandes questionamentos que surgem é sobre os discursos de gêneros e sobre as diferentes formas de se pensar a sexualidade.
A sexualidade dentro das diversas formas de expressão e a identidade de gênero, são temas que vem aparecendo com bastante recorrência na mídia. Contudo, devemos ficar atentos e nos questionarmos como essa vinculação está sendo feita, pois, muitas vezes, há uma clara reprodução das práticas heteronormativas. Portanto, mais especificamente, o que “Azul é a Cor Mais Quente” tem a oferecer para se pensar os discursos de gênero e sexualidade que perpassam as homossexualidades femininas?
A maneira que o longa foi dirigido e a forma que narra a história, possibilita ao público a (re)afirmação e uma nova (re)constituição da construção normativa e limitada das homossexualidades femininas (BATISTA, 2014), nos levando a identificar “aspectos permeados por relações de sexualidade e gênero envoltas pela dominação masculina e por um ideal heterossexista” (CAPRONI NETO, H. L.; SILVA, A. N.; SARAIVA, L. A. S, 2014, p. 247).
Fonte: encurtador.com.br/ipwES
A relação amorosa das personagens pode ser identificada como uma relação de poder que permeia a visão heterosexista, pois a trama se baseia no envolvimento de Emma, a lésbica mais masculinizada, e Adele, a garota que está descobrindo sua sexualidade e se porta na sociedade de forma mais feminina. O desfecho do filme foca, principalmente, no impacto que a primeira (Emma) causa na vida da segunda (Adele).
Pino (2007) fez pontuações importantes sobre os marcadores de gêneros supracitados e define que há um “enquadramento de todas as relações mesmo as supostamente inaceitáveis entre pessoas do mesmo sexo em um binarismo de gênero que organiza suas práticas, atos e desejos a partir do modelo do casal heterossexual reprodutivo” (PINO, 2007, p. 160).
Esse binarismo pode ser identificado novamente quando Adele e Emma vão morar juntas, e, então, a primeira passa a sentir-se insegura em relação à segunda, e acaba se envolvendo com seu colega de trabalho. Quando descobriu a traição, Emma expulsa Adéle de casa, e a partir disto, até o fim do filme, Adele se sente culpada e tenta viver sua vida sem “a menina do cabelo azul”. Depois disse, Adele mostra-se infeliz e tentar reconquistar Emma, mas sem sucesso, pois a mesma já começa a se envolver com outra mulher.
Somando mais características do longa ao que as heteronormatividades e as homonormatividades ponderam, percebemos a repetição da regra que dita que a mulher lésbica sempre deverá experimentar sexo com pelo menos um homem na sua vida. Batista (2007) argumenta que os produtos midiáticos não retratam a necessidade do contrário, ou seja mulheres héteros não demonstram, com frequência, a necessidade de se relacionarem sexualmente com outras mulheres para ter certeza da sua heterosexualidade.
Fonte: encurtador.com.br/guY28
Essa “regra” é percebida nos comportamentos de Adele mais especificamente em dois momentos, no início do filme quando a protagonista se ver interessada por mulher e ao sentir desconforto com esse desejo, se submete há experienciar uma relação com o sexo oposto, e no desenrolar da trama, quando Emma e Adele já morando juntas, entram em um conflito e a sexualidade de Adele também, e a mesma acaba se relacionado com um homem.
Outra “regra” percebida é a “descoberta” de Adele da sua sexualidade. O Filme expõe isso como um momento bastante conturbado e confuso, no qual é comum ser experienciada uma tristeza e um momento de difíceis conflitos em não se identificar como heterossexual.
Portanto, ao firmarem constantemente somente essa maneira de se vivenciar a sexualidade, os produtos midiáticos como o filme “Azul é a Cor Mais Quente” passam a sensação que não existe a exceção, de que não há a possibilidade de se perceber homossexual sem passar por uma série de traumas, tristezas e sem experimentar o sexo com um homem (BATISTA, 2007).
Smigay (2002, p.35) argumenta que “apenas um pensamento antissexista é capaz de airmar o direito a diferenças individuais, entre gêneros e intragêneros, descolados da biologia, rompendo com a perspectiva essencialista”, mas que isso somente será capaz se houver uma ampliação na perspectiva, entendo os seres para além do olhar biologicista, reconhecendo o peso da cultura e considerando a alteridade como condição básica de respeito à pluralidade, ao multiculturalismo, às múltiplas expressões eróticas, sociais, sexuais (SMIGAY, 2002).
Fonte: encurtador.com.br/muBJ9
Dessa maneira, se tratando das diversas formas de expressão da homossexualidade feminina, dentro do filme, pouco é percebido em relação a superação do preconceito. Através dessa análise, um sutil caminho para tentar dar visibilidade para o tema foi traçado, mas que ainda, muitas temáticas tem que ser trabalhadas na questão de representação, tanto de gênero quanto de sexualidade. Há uma urgência de um desprender desse padrão heteronormativo se faz presente.
É necessário ter um olhar mais atento a esses tipos de violências e ao que aparenta ser um olhar descuidado sobre essas temáticas. Estas transgressões, para além do sucesso midiático do longa, reafirmam uma série de discursos e “regras” com valores e verdades sobre gêneros, sexos e sexualidades, muitas vezes, não condizentes com a realidade.
FICHA TÉCNICA DO FILME:
AZUL É A COR MAIS QUENTE
Título original: La Vie d’Adèle – Chapitres 1 et 2 Direção: Abdellatif Kechiche Elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Salim Kechiouche País: França Ano: 2013 Gênero: Drama, Romance
REFERÊNCIAS
BATISTA, D. C. . SERIA AZUL A COR MAIS QUENTE? Reflexões sobre hetero e homonormatividades no filme de Abdellatif Kechiche. In: X ANPED Sul, 2014, Florianópolis. -, 2014. Disponível em: <http://xanpedsul.faed.udesc.br/publicacao/caderno_resumos.php>. Acesso em: 11 maio 2019.
CAPRONI NETO, Henrique Luiz; SILVA, Alexsandra Nascimento; SARAIVA, Luiz Alex Silva. Desenhando o Mundo Ideal e Mundo Real: um estudo sobre lésbicas, trabalho e inserção social. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, v. 48, n. 2, p. 247, dez. 2014. ISSN 2178-4582. Disponível em:<https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2014v48n2p247/28508>. Acesso em: 10 maio 2019.
SMIGAY, Karin Ellen Von. Sexismo, homofobia e outras expressões correlatas de violência: desaios para a psicologia política. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 8, n. 11, p. 35, jun. 2002. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/136>. Acesso em: 11 de maio de 2019.
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“Por que a análise feminista sobre gênero é silenciada” é tema de encontro do Grupo de Estudos Feministas
O debate é aberto ao público e ocorre no dia 12 de novembro, às 17h, na sala 203, no Ceulp
Acontece na segunda-feira, dia 12 de novembro de 2018, o encontro do Grupo de Estudos Feministas com o tema “Por que a análise feminista sobre gênero é silenciada”, das 17h às 18h, na sala 203, no Ceulp/Ulbra. O debate é aberto ao público e será conduzido pelas acadêmicas Monique Carvalho (Psicologia/Ceulp) e Thainá Ferreira (Filosofia/UFT).
Saiba mais
O Grupo de Estudos Feministas, iniciativa do curso de Psicologia do Ceulp, com orientação da Profa. Me. Cristina Filipakis, procura situar a luta feminista e sua história nos mais diversos contextos objetivando discutir temas que perpassam de maneira transversal as perspectivas e vivências das histórias de diferentes mulheres.
O grupo pretende ouvir mulheres de diferentes raças e classes
O grupo focal será aberto para mulheres a partir de 18 anos de idade e tem como objetivo principal a discussão dos temas gênero, raça e classe na constituição identitária.
Os encontros acontecerão nos dias 07/08 e 14/08 das 17h às 18h30, no Ceulp/Ulbra, sala 241, prédio 2. As vagas são limitadas, desse modo, as interessadas deverão contatar as pesquisadoras responsáveis para o cadastro inicial.
O Grupo terá como coordenadoras as acadêmicas de psicologia do Ceulp/Ulbra Evelly Silva (pesquisadora) e Isaura Rossatto (assistente de pesquisa). Evelly Silva é responsável pela a pesquisa“Gênero, raça e classe: estudo sobre a constituição identitária de mulheres brancas e negras de Palmas-TO”, e tem como orientadora a Me. Cristina Filipakis, professora e coordenadora adjunta do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra.
Evelly Silva pontua que “a pesquisa científica e os espaços que ocupamos dentro e fora do ambiente acadêmico podem ser também um ato político e de cidadania. Discutir sobre gênero, raça e classe levando em consideração as possíveis afetações desses temas no processo de constituição identitária das mulheres, é um debate que pode promover um olhar crítico sobre o modo como compreendemos o que se entende pelo processo de se tornar mulher na sociedade em que vivemos. Dar voz à essas mulheres e suas histórias de vida e/ou experiências pontuais é também, uma oportunidade de reflexão e de investigação do modo como a cultura e demais temáticas transversais, afetam o modo como nos enxergamos”.
Telefone para contato: (63) 99284-9769 (Evelly) e (63) 999446189 (Isaura)
A epistemologia inatista acredita que “as possibilidades de adquirir conhecimentos são hereditárias, inatas, predeterminadas.” (Paula et al.) ou seja, já nascemos predispostos/predeterminados com as características que deveremos desenvolver durante a vida. Neste pensamento não é levado em consideração a experiência do individuo, visto que quando houve a experiência ele já sabia o que deveria ser feito ou como deveria reagir. Na psicologia temos Rogers que segue esta linha epistemológica de raciocínio.
A personalidade, a forma de pensar, seus hábitos, seus valores, as reações emocionais e o comportamento são inatos, isto é, nascem com o indivíduo e seu destino já vem pré-determinado. Os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais ou importantes para o desenvolvimento (QUEIROZ, 1998).
A epistemologia ambientalista acredita na “experiência como fonte do conhecimento e formação de hábitos, atribuindo um grande poder ao ambiente no desenvolvimento e na constituição das características humanas.” (QUEIROZ, 1998), ou seja, o indivíduo depende das experiências para adquirir novos conhecimentos e repertórios num formato de aprendizagem acumulativa onde esta experiência vai ser direcionada pelos fatores presentes no ambiente, o ambiente é quem determina o formato a ser aprendido. Na psicologia temos Watson que segue esta linha epistemológica de raciocínio.
Fonte: https://bit.ly/2LV5U1H
A epistemologia interacionista acredita que “o organismo e o meio exercem ações recíprocas, ou seja, um influencia o outro acarretando mudanças sobre o indivíduo” (QUEIROZ, 1998), para tanto, o indivíduo e o meio estão relacionados no momento da aprendizagem onde o individuo transforma o meio e é também transformado por ele num formato de construção de novos comportamento e repertórios. Ao falar de interacionismo somos arremetidos à cultura, pois a cultura norteia uma série de condutas do indivíduo e ele está imerso a ela desde o seu nascimento. Na psicologia temos Piaget que segue esta linha epistemológica de raciocínio.
No documentário Paradoxo da Igualdade, do sociólogo Harald Eia, podemos observar argumentos dos pesquisadores que são embasadas nas epistemologias: inatista, ambientalista e interacionistas.
Vemos argumentos inatistas na pesquisa do Trond Diseth, pesquisador do Hospital Nacional, da Anne Campbell, professora do departamento de psicologia em Durham – Inglaterra, e de Simon Baron-Cohen, professor Inglês de Psiquiatria, ambos acreditam que de uma forma ou de outra nascemos geneticamente predispostos a seguir tendências de gênero, exemplificado no documentário como homens terem afinidade com trabalhos que envolvam ciências exatas e mulheres terem afinidade com trabalhos que envolvam se relacionar com pessoas.
Sexismo. Fonte: https://bit.ly/2MvJ16g
Eles comprovam estes fatos baseados em seus estudos, Anne Campbell estuda a evolução e crê que somos fisicamente diferentes exatamente por causa do papel social que representamos desde a pré-história. Trond Disethe Simon Baron-Cohen têm testes feitos em laboratório com crianças ainda na primeira infância que apresentam maior afinidade com brinquedos relacionados ao seu gênero.
Já a teoria ambientalista é representada pelo Dr. Richard Lippa, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, que fez pesquisas em 53 países e percebeu que a questão de gênero na hora da escolha do trabalho depende do ambiente em que aquelas pessoas estão inseridas.
Ele explica que uma mulher indiana, por exemplo, que precisa de emprego, se encontrar oportunidade em um serviço que precise operar computador então ela vai operar computador. Se uma mulher no Camboja precisa ter noções de exatas para trabalhar, elas vão desenvolver afinidade com isto. Então os países com liberdade de escolha tendem a ser países mais sexistas nesta questão dos empregos, pois cada um pode escolher o seu emprego de acordo com suas preferencias.
Já o pensamento interacionista é mostrado nos pensamentos dos três noruegueses,Cathrine Egeland (Pesquisadora no Instituto de Pesquisa do Trabalho), Joergen Lorenzten (Pesquisador de gênero no Centro de Estudos interdisciplinares de gênero na Universidade de Oslo) e Martine Aurdal, que negam a teoria inatista uma vez que eles dizem que somos sujeitados às influencias sociais e culturais que recebemos desde o primeiro segundo de vida.
Eles explicam isto dizendo que todas as expectativas de papeis sociais são simplesmente depositadas em nós, uma vez que influenciamos nossas crianças a quererem determinada cor, ou brincadeira, ou brinquedo.
As representações de trabalho que temos são sexistas, como por exemplo, as placas de “obra na pista” são representadas por bonecos homens. Quando vemos um bebe já mudamos a interação que vamos ter com ele dependendo do sexo que ele tiver, se for menina é uma “princesinha, bonitinha” e se for menino é um “rapazinho valente e forte”.
Fonte: https://bit.ly/2lciq1t
Eles creem que todas estas influências determinam papeis a serem desempenhados, e mesmo em uma sociedade igualitária, os papeis sociais determinam o trabalho que você vai escolher, a roupa que você vai vestir, entre outros fatores.
No documentário norueguês conduzido pelo sociólogo Harald Eia, não fica definida uma das epistemologias como verdadeira e absoluta, na verdade o intento do documentário é mostrar como elas visões vem explicar uma série de comportamentos e fatores presentes na nossa sociedade e nenhum deles é determinante para entender todos estes fatores. Fica como reflexão a cerca do paradoxo da igualdade e também fica como uma boa ilustração das epistemologias inatista, ambientalista e interacionistas.
REFERÊNCIAS:
HJERNEVASK (PARADOXO DA IGUALDADE). Direção de Harald Eia. Produção de Ole-martin Ihle. Noruega: Nrk1, 2010. 7 Episódios (40 min.), son., color. Legendado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=G0J9KZVB9FM>. Acesso em: 21 fev. 2017.
PAULA, Angela et al.Inatismo ou Apriorismo.2009. Disponível em: <http://teoriasdaaprendizagem2009.blogspot.com.br/2009/06/inatismo-ou-apriorismo.html>. Acesso em: 22 fev. 2017.
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HACKATHON: Diversity alerta para Bullyng/Preconceito nas escolas
25 de maio de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
Notícias
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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do HACKATHON, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
O Diversity – uma aplicação que tem como finalidade conscientizar jovens e adolescentes com faixa etária entre 11 e 18 anos, sobre a existência da diversidade em suas mais diversas formas – dentre estas pode-se citar a diversidade de gênero, de raça e de aparência -, foi desenvolvida por uma equipe composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”. Com isso é possível que essa ferramenta auxilie em uma queda tanto nas taxas de Bullyng/Preconceito nas escolas quanto nos índices de violência, suicídio, depressão e exclusão no âmbito social.
O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.
1º Hackathon Tech for Life –Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).
Integrantes da equipe
Ana Clara da Conceição Macêdo da Silva,19 anos, acadêmica de Sistemas de Informação, 6° Período, Trabalha no Tribunal de Justiça.
Gabriela Gomes Miranda, 20 anos, acadêmica de Psicologia, 7º período, Voluntária no portal (En)Cena.
Giseli da Silva Gonçalves,21 anos, acadêmica de Psicologia, 7º período.
Maria do Carmo Brito da Silva, 24 anos, acadêmica de Ciência da Computação, 6° Período, Trabalha na Mitra Arquidiocesana de Palmas.
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Professor da Psicologia fala sobre diversidade sexual e gênero
8 de maio de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
Notícias
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O professor do curso de Psicologia, Sonielson Luciano de Sousa, participou nesta segunda, 07, de uma roda de conversa com acadêmicos de diversos cursos do Ceulp/Ulbra matriculados na disciplina de Sociedade e Contemporaneidade. Na pauta estava “sexualidade, gênero e diversidade sexual”.
Fonte: encurtador.com.br/aevU8
A ação faz parte do projeto de extensão “Roda de Conversa”, promovido pela professora Dra. Valdirene Cássia, cujo objetivo é dinamizar as estratégias metodológicas usadas para envolver os acadêmicos no que se refere aos principais temas sociais da contemporaneidade.
Fonte: encurtador.com.br/HLQT9
Durante o evento o prof. Sonielson fez uma trilha histórica da diferença de gênero, das relações entre o patriarcado e o matriarcado, além de abordar aspectos como misoginia, homossexualidade masculina e movimento feminista. Os acadêmicos participaram de modo ativo com várias perguntas no decorrer da explanação
De acordo com a profa. Valdirene Cássia, a ação possibilita uma ampliação do olhar do acadêmico sobre temas cruciais para a formação universitária, além de propiciar novos espaços para a construção do saber, muito além da sala de aula. O “Roda de Conversa” segue nas próximas semanas com mais dois temas contemporâneos: cidade e territorialidade, além de abordar o racismo.
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Tree Diversidade lança curso inédito sobre diversidade de gênero no ambiente corporativo
Treinamento conta com programação aberta para diferentes perfis, com oportunidade para profissionais que queiram focar no segmento
A Tree Diversidade, consultoria especializada na educação e promoção de diversidade de gênero, lança o treinamento inédito “Equalize – Introdução à Diversidade de Gênero no Ambiente Corporativo”, com formato exclusivo. Será a primeira vez que um curso sobre o tema terá a programação aberta para interessados de diferentes perfis, ao invés de ser ministrado dentro de uma companhia. Agendado para o dia 12 de abril, das 8h30 às 12h, o evento está em sintonia com a formação de pessoas e organizações para os novos padrões mundiais de inclusão.
Amplamente debatida, a diversidade de gênero tem sido diferencial competitivo para muitas empresas e profissionais. Para os que desejam atuar na área, há oportunidades para alavancar a carreira pela necessidade cada vez maior de pessoas qualificadas no assunto. Pesquisa do Instituto Locomotiva aponta que a equiparação de salários entre a mulher e o homem, por exemplo, injetaria R$ 461 bilhões na economia nacional. Ambientes mais diversos contam também com mais inovação, redução de custos e despesas.
De forma didática, o curso será ministrado pela sócia-fundadora e CEO da Tree Diversidade, Mariana Deperon, certificada pela ONU Mulher e pela Universidade de Massachussets, e por Lina Colombo, consultora em educação, com mais de 20 anos de experiência em projetos educacionais.
“Acreditamos na importância de ampliar os conceitos de diversidade e debater o assunto com profissionais multidisciplinares, de áreas como Recursos Humanos, Marketing, Jurídico, Compliance, Sustentabilidade, Jornalismo, além de integrantes de comitês de diversidade de organizações e todos que estejam interessados em aprender mais”, reforça Mariana Deperon.
Fonte: https://goo.gl/nh3273
Durante a programação, os participantes poderão conferir conceitos como: perspectiva histórica relacionada ao gênero, com ênfase na sociedade e cultura brasileiras; introdução e terminologias; elementos e influências; além da compreensão de vieses inconscientes, com ênfase nos estereótipos.
São 30 vagas no valor de R$ 460,00. Ingressos antecipados contam com descontos que chegam a 50%. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de abril, por meio do link
Serviço: Data e hora: 12 de abril de 2018 das 8h00 às 12h30 Local: Al. Santos, 1773 – Auditório. São Paulo – SP Valor: R$ 460,00
Para se inscrever, basta acessar o link
Sobre Mariana Deperon:
Gender and Women’s Right Leader certificada pela UN Women, em Genebra. Formada em Direito pela PUC-SP, tem LL.M em Direito Privado Francês e Europeu na Université Paris, é Mestre em Direito Civil Comparado pela PUC-SP. Autora de livros jurídicos. Capacitada em Women’s and Gender Studies – Brazilian History, pela Universidade de Massachussets (Dartmouth), em 2017. Cursando Gender Mainstreaming (Gender Equality-Advanced Course) no HREA – The global human rights education and training centre. Trabalhou nos últimos 12 anos em departamentos jurídicos de empresas nacionais e multinacionais, atuando como gestora de equipes compostas majoritariamente por mulheres, e aprendeu como a diversidade de gêneros pode gerar produtividade, inovação e melhores resultados.
Sobre Lina Colombo
Formada em Administração de Empresas pela PUC-SP, Lina Colombo é especializada em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/ SP) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ). Pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela FAAP/SP e Mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi. Trabalhou durante 15 anos em Educação Profissionalizante para Mulheres em empresas do terceiro setor e em consultorias. Nos últimos sete anos, atuou como gestora de Programa de Educação e Capacitação Profissional em Empresa Publica.
Tree Diversidade:
A Tree Diversidade é uma consultoria brasileira especializada na educação e promoção de diversidade de gêneros, com o objetivo de desenvolver organizações, empresas e corporações. Conta com profissionais com expertise e certificados por organismos reconhecidos. A metodologia é proprietária, com base em estudos e métodos internacionais, que foram adaptados à cultura brasileira. A TREE traz no DNA a busca por resultados positivos e sustentáveis para as empresas e instituições que desejam capturar integralmente o valor da diversidade de gênero.