(En)Cena ganha destaque em caderno do Ministério da Saúde

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Texto sobre o portal do Ceulp/Ulbra foi publicado no Caderno HumanizaSUS


O trabalho desenvolvido pelo portal (En)Cena: a saúde mental em movimento mais uma vez ganhou reconhecimento nacional. Desta vez, o projeto que é idealizado pelos cursos de Psicologia, Comunicação Social e Sistemas de Informação do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), desde 2011, foi publicado na 5ª edição do Caderno HumanizaSUS, produzido pelo Ministério da Saúde por meio do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde.O texto reproduzido pelo caderno originalmente foi publicado pela revista Polise Psique, de Porto Alegre, em 2012. O artigo, que apresenta os objetivos do portal (En) Cena, logo após a sua criação, foi produzido pelos autores César Gustavo Moraes Ramos, Irenides Teixeira, Jonatha Rospide Nunes, Mardônio Parente de Menezes e Victor Meneses de Melo.

“O (En) Cena é um espaço de troca de experiências e também de divulgação do que acontece no campo da saúde mental. O portal já nasceu sob o viés da cultura da colaboração e do compartilhamento que ganha potência com o trabalho que fazemos nos serviços de saúde, nas redes sociais. Ter publicado a nossa experiência no caderno HumanizaSUS nos dá indícios que estamos no caminho certo”, comenta a coordenadora do portal, Irenides Teixeira. “Estar a frente da coordenação do projeto me faz perceber cada vez mais a responsabilidade que temos diante das pessoas que confiam suas experiências ao nosso portal”, finaliza.

Lançado em maio de 2011, o portal (En) Cena tem por objetivo intervir na cultura e divulgar material referente ao campo da Saúde, em especial, o da Saúde Mental. Se você não conhece o trabalho, vale a pena conferir (www.ulbra-to.br/encena). Já o texto publicado pelo Caderno HumanizaSUS está disponível no seguinte link http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_mental_volume_5.pdf

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Roda de conversa online discute “Fóruns”

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Webnário é organizado pela Política Nacional de humanização – Ministério da Saúde (Frente de Mobilização Social, Rede humanizaSUS e Núcleo Técnico)


Amanhã, a partir de 16h, acontecerá a roda de conversa com transmissão online “Fóruns: a produção de encontros e a construção de redes”. O webnário é realização da Política Nacional de Humanização (PNH).

Na oportunidade, o arquiteto, político e ativista social brasileiro Chico Whitaker debaterá sobre a importância e necessidade de produção de redes e mobilização de Fóruns para uma Política Pública de Saúde construída de forma participativa e co-gerida.

O debatedor propõe uma discussão com base no conceito de que Fóruns são “”espaços abertos de encontro horizontal – sem portanto dirigentes, porta-vozes ou hierarquizações – de movimentos e organizações da sociedade civil que visam, autonomamente em relação a partidos e governos, a superação do neoliberalismo”, explica Whitaker.

Para assistir ao debate e participar das discussões, acesse o site www.redehumanizasus.net e encontre a página da sala de eventos da Rede humanizaSUS. O webnário também contará com a presença de Ricardo Teixeira – coordenador da Rede humanizaSUS, Stella Maris Chebli – coordenadora da frente de Mobilização Social da PNH, Rodrigo Presotto – participante do Fórum estadual da Luta antimanicomial de São Paulo e Maria Cristina Silveira Prado Martins (Iyálorixa Cristina d’Osun) da RENAFRO (Rede Nacional de religiões afro-brasileiras e saúde).

Sobre Chico Whitaker

Inspirado na Teologia da Libertação é um dos organizadores do Fórum Social Mundial e um dos idealizadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Em 2006, ele recebeu o Prêmio Nobel Alternativo por sua luta a favor da justiça social.

*Com informações da Rede Humaniza SUS

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(En)Cena promove roda de conversa com o tema Comunicação & Humanização em Saúde

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A atividade compõe a programação da Semana Nacional de Humanização do SUS


Com o intuito de discutir a ocupação do ciberespaço por quem luta pelos direitos humanos e saúde pública, o portal de saúde mental (En)Cena promove roda de conversa com o tema Comunicação & Humanização em Saúde. O evento acontece no dia 7 de abril, das 09h às 12h, no mini auditório 543, do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Tendo como base as estratégias de comunicação em saúde na mobilização de pautas e agendas importantes para temas emergentes na região de Palmas – TO, a roda de conversa conta com a participação de movimentos sociais, universidades, representantes de povos indígenas, gestores, trabalhadores e usuários dos serviços de Saúde. O objetivo é discutir o papel das mídias digitais como agentes de humanização do SUS, dando visibilidade para os movimentos sociais na área da saúde.

A roda de conversa é uma ação que compõe a programação da Semana Nacional de Humanização do SUS, promovida em várias cidades brasileiras pelo Ministério da Saúde. Parte da programação da Semana foi construída por quem faz a humanização do SUS. Em todo o país, cerca de 400 atividades foram cadastradas.

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Imagens do SUS é destaque em Semana Nacional de Humanização

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Semana que será apresentada entre os dias 07 e 11 de março, em Blumenau – SC


Pensando em discutir e divulgar um trabalho fotográfico unido aos diversos temas que envolvem a saúde brasileira e o pensamento humanitário, o Comitê Regional de Humanização do Médio Vale do Itajaí, as Secretarias Municipais de Saúde da região, juntamente com a Câmara Técnica de Saúde Mental e a CIES (Comissão Integração Ensino e Serviço),organizam a programação da Semana Nacional de Humanização. Os Núcleos Municipais de Educação Permanente e Humanização (NEPSHU) dos 14 municípios da região do Médio Vale do Itajaí, com o apoio da 15ª Gerência Regional de Saúde de Blumenau – SC também contribuem para o acontecimento da Semana que será apresentada entre os dias 07 e 11 de março, em Blumenau – SC.

Dentre tantas atividades e exposições que envolvem a saúde da região, o destaque do evento será a exposição fotográfica “Imagens do SUS”, que tem a participação das fotos do artista Radilson Carlos Gomes, autor do livro “SUS em Fotos”, lançado recentemente pelo Ministério da Saúde. Durante a abertura que acontece no Dia Mundial da Saúde, dia 07, a Semana Nacional de Humanização terá o artista Radilson Gomes em uma Roda de Conversa. Radilson contará o trajeto, as experiências e o desenvolvimento das imagens que retratam às ações do Sus de forma ampla e detalhada.

Em sua página pessoal, o artista Radilson Gomes fala sobre as imagens capturadas e a realidade da saúde brasileira. “Muitos colegas se queixam de não encontrar fotos de saúde pública para montar uma simples apresentação em Power Point. A reclamação é sempre a mesma, o biótipo dos modelos encontrados com facilidade nos bancos de imagens não combina com o dos brasileiros”, destaca Gomes em uma de suas galerias fotográficas do site.

Os participantes da Semana Nacional de Humanização poderão ter acesso às discussões relacionadas à saúde de cada município, além de exposições diversas, teatro, músicas, rodas de conversa e outras atividades que serão realizadas conforme o calendário que será divulgado no site: http://www.redehumanizasus.net/mapa-semana

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Por uma saúde humanizada para além das capitais

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A Coordenadora do Coletivo Norte, Alexsandra Cardoso Souza, afirma que PNH avançou muito em 10 anos, mas ainda existem desafios para saúde de qualidade nos extremos do país.

A realização do I Seminário Norte de Humanização, em Manaus – AM, foi um marco para o coletivo de gestores da Política Nacional de Humanização – PNH. O evento, que faz parte de uma série a ser executada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, foi uma preliminar, em comemoração aos 10 anos da PNH, cuja etapa nacional será no segundo semestre em Brasília. Alexsandra Cardoso, coordenadora do Coletivo Norte, explicou que a maior dificuldade encontrada nos preparativos e execução da programação foi na vastidão da região e no fato de ter que dar visibilidade à realização. Você já imaginou viajar durante trinta dias para chegar a um determinado lugar? Pois é, em Manaus isso ocorre e é um desafio para as autoridades e profissionais promover saúde humanizada. Alexsandra revelou mais detalhes do evento, dos 10 anos da PNH, e outros.

(En)Cena – Como foram os preparativos para o Seminário Norte?

Alexsandra – É uma proposta de um coletivo de gestores da Política Nacional de Humanização.  Sentimos a necessidade de criarmos espaços regionais para discussão e amadurecimento de pautas e propostas, de modo que a construção do marco nacional dos 10 anos da política tenha realmente um debate vivo sobre os principais desafios dos territórios e suas especificidades.

Não foi fácil pensar no seminário para a Região Norte, principalmente se notarmos a extensão territorial, pois temos em um único Estado dessa região – por exemplo – a mesma extensão que uma outra região do Brasil. E como é que a gente ia poder fazer isso, de modo potente? Além de que a gente ainda tem uma malha aérea que é de difícil acesso, que é complicado porque as passagens são muito mais caras. Então pensamos: “bom, vai ser um desafio grande, mas é necessário até para a capilarizar a política, porque é um momento em que você consegue reunir gente de toda a região, como trabalhadores da saúde, para poder discutir uma política pública do SUS.”

Nós iniciamos esse movimento em setembro, quando o coletivo se juntou com seus cinco componentes, que são os consultores referentes para cada estado. O primeiro desafio seria chegar aos estados [do Norte], para oferecer um Seminário e dizer precisávamos que esses estados investissem na participação de seus trabalhadores, gestores e usuários. Foi uma conversa muito interessante com as Secretarias Estaduais e Municipais. Tivemos que garantir qual seria o estado que iria dar suporte há Seminário desse porte, dessa proposta, com uma logística adequada. E aí o Governo do Estado do Amazonas resolveu bancar essa parceria, muito legal.

(En)Cena – Como os outros parceiros surgiram?

Alexsandra – Decidimos chamar a Universidade Federal do Amazonas, pois queremos que essas pessoas estejam conosco – alunos do Curso de Medicina – chamamos também o Portal (En)Cena, que é nosso parceiro no Tocantins e garantimos a vinda da equipe para poder fazer toda essa parte de cobertura. Conseguimos incluir outros sujeitos e olhares em nossas discussões e fica a pergunta: como a gente entra numa produção do comum se tem um monte de gente pensando diferente, com objetivos diferentes? Era o que eu estava falando na mesa da abertura, que esse foi um exercício muito de cogestão para nós. Entendo que cogestão possui uma estreita relação com confiança, com tolerância que você tem no outro, tem também a questão de confiabilidade e aí no fim deu nisso daqui: nesse Seminário super potente com muita gente! Tivemos uma demanda muito grande de procura, mas só tínhamos 150 vagas e não foi possível abrir mais. Uma coisa que pontuamos é a necessidade de um Seminário dinâmico e de muito movimento e trocas.

En(Cena) – E você acha que isso está acontecendo? Você acha que está sendo assim?

Alexsandra – Está sim. Eu tenho sentido que está! E as pessoas também tem dito isso. Algumas metodologias que pegamos e colocamos na roda, essa coisa das pessoas circularem nas rodas e da gente fazer uma plenária aberta em que as pessoas pudessem se colocar, valorizando a circulação da fala. Isso já configura outro cenário para o evento. Além de que, tem também as pessoas que convidamos, que são pessoas muito estratégicas, tanto para a mesa de abertura, quanto para conduzir as rodas porque são pessoas que já tinham esse perfil de dar uma dimensão e um movimento às falas.

En(Cena) – Como no Seminário tem gente de muitos lugares diferentes, gostaríamos de saber o que vem a ser um problema comum para todas elas, ou quais são as experiências positivas?

Alexsandra – A experiência mais interessante pra mim é o fato das pessoas conseguirem pegar o que trabalhamos através da teoria da Política Nacional de Humanização, que é pautada nas diretrizes. Então trabalhamos, por exemplo, o acolhimento. Depois trabalhamos a cogestão, refletindo sobre o que é e como ela se configura. A gente trabalha redes discutindo sobre elas também. Primeiramente, você fica nesse campo teórico e conceitual porque as pessoas tem uma dificuldade muito grande de levar isso para o concreto. E aí quando você vem para um Seminário em que você traz sete estados da Região Norte, com secretarias municipais e estaduais de Saúde, Universidades, professores, doutores, trabalhadores, usuários da saúde, formando um público totalmente diversificado, você consegue experimentar alguns dispositivos como, por exemplo, o trabalho em redes. Trabalhamos redes e fazemos redes falando sobre elas, escutando a percepção do outro sobre nosso local de fala, então aqui, agora, a gente está trabalhando redes, estamos mostrando como é esse exercício de trabalhar as diferenças aqui mesmo no seminário. Então, vê-se muita gente discutindo um tema que é comum a todos. Eu acho que os pontos positivos são os temas que estão dentro do Seminário e essa possibilidade de você experimentar as diretrizes da política [PNH] e podermos também se encontrar. Só o fato da gente ter um local para poder se encontrar, comunicar, conversar e dizer das nossas angústias no trabalho, dizer do que está dando certo.

(En)Cena – Há um relato prático dessas rodas?

Alexsandra – Sim. Eu estava em uma roda ontem [dia 21, segundo dia do Seminário], como tema que falava sobre a transversalização das redes, quando as pessoas começaram a falar sobre a questão da saúde mental indígena, que é algo muito forte aqui na Região Norte e dessa roda elucidou-se um monte de perguntas e dúvidas sobre a saúde indígena como, por exemplo: Como é que a gente atua com a população indígena? Como é que a gente entra nas aldeias? Como a gente pode tentar manejar e reduzir o impacto do uso e abuso de substâncias que estão se alastrando nas aldeias? Como diminuir a mortalidade infantil entre os índios? A partir dessas perguntas, pessoas que já tiveram experiências com a população indígena foram partilhando seus saberes e dizendo: “olha, eu fiz isso e deu certo” ou “eu acho que não é por aí”. O relato de experiências é riquíssimo e válido.

(En)Cena – É um dos exemplos positivos desse tipo de evento…

Alexsandra – A gente sempre pensa quando está provocando uma roda ou um Seminário sobre quais são os encaminhamentos que saem disso tudo. Não me refiro aos encontros e estratégias compartilhadas como apenas um produto, porque embora a gente tenha que produzir algum tipo de produto dos encontros que fez, temos, antes de mais nada que sair com um norte, com algum direcionamento para quando voltarmos para o nosso Estado e saber sobre o que poderá entrar no plano de ação do coordenador estadual ou municipal de humanização frente às demandas, ou mesmo o plano de ação de uma unidade ou dos representantes dos serviços que já são apoiadores da PNH. Tão importante quanto o produto e a direção do plano de ação é o apoio que tais representantes têm – ou têm que ter – frente às dificuldades que enfrentam, porque ter um plano de ação otimista e estar sozinho não significa muita coisa, por isso que essa ideia de apoio na política é forte. Nossa ideia não é produzir um trabalho solitário, mas sim um trabalho coletivo! Porque quando você volta de um encontro como esse, sua percepção sobre seus parceiros fica mais clara, quais são as pessoas com as quais você pode contar (além do consultor) para não se sentir sozinho e é assim que você vai estabelecendo uma rede. Você começa a observar experiências de outros lugares, que comungam com uma realidade próxima da sua, começa articular encontros em seu estado, convida algum consultor para levar uma ação específica para onde você acha conveniente que se trabalhe sobre determinado assunto, chama um trabalhador que tenha uma experiência interessante e assim as pessoas vão fazendo intercâmbios, dividindo para multiplicar. Eu acho que o importante é isso, sem contar também que um dos objetivos nossos é canalizar as políticas e fazer com que as pessoas conheçam a Política Nacional de Humanização.

Alexsandra faz uma fala de agradecimento no fechamento do I Seminário Norte de Humanização

En(Cena) – Quem são essas pessoas a quem você se refere?

Alexsandra – São trabalhadores em saúde, gestores, usuários dos SUS, mas ultimamente tem entrado na nossa proposta começar a sair desse campo da saúde propriamente dito e engendrar na Justiça, na Educação, e nos Direitos Humanos porque a PNH é transversal.

En(Cena) – Já dá para visualizar algum resultado da incursão da PNH nesses outros campos?

Alexsandra – Sim, porque começamos a incluir os operadores da Justiça dentro de um trabalho de Redes que estamos fazendo. Então, tanto o Projeto Cegonha, como as redes de urgência e emergência – e as outras redes de atenção, que são prioridades do governo – tem uma diretriz em comum que é o acolhimento com classificação de risco, que significa você dar resolutividade dentro das unidades de saúde para as pessoas saberem onde é que elas têm que ser atendidas, para que um caso que possa ser atendido num Ambulatório não seja atendido, por exemplo, em um Hospital. Dessa forma temos chamado o Ministério Público para conversar porque os profissionais da saúde sofrem com a judicialização da saúde. Porque quando as pessoas não conseguem remédio no SUS elas vão ao Ministério Público e em 24h o SUS tem que dar conta de fornecer esse remédio, mas esse é um problema que é resolvido individualmente, enquanto nós queríamos resolver isso para todo mundo. Por exemplo, trocamos experiências também com os órgãos de segurança convidando o Corpo de Bombeiros para estar junto conosco nas discussões porque é preciso essa orientação quanto às situações de risco, para eles saberem para onde levar uma pessoa após um acidente, dentre outras situações. Além disso, outra frente que vem crescendo na política volta-se para a Saúde Prisional, que é quando nos perguntamos sobre como as pessoas que estão presas estão sendo atendidas, e como é prestada essa atenção à saúde do preso. Então, frente a isso, eu posso dizer que estamos em direção a outros caminhos, ampliados, fazendo um trabalho bem legal. E esse trabalho – lógico – é um trabalho que a gente sempre faz em rodas.

En(Cena) – Como você avalia esses 10 anos de PNH? Quais os pontos que você acha que precisam mudar?

Alexsandra – Coisa para mudar a gente sempre tem. Então eu digo que são 10 anos de um trabalho de constantes mudanças. A PNH, há 10 anos, aqui no Norte, não é a PHN de hoje. Há sete anos, havia apenas uma consultora para essa região, que foi a Terezinha Moreira, uma desbravadora, que pegou esse desafio de vir para o Norte e trazer a PNH. Imagina uma pessoa fazendo todo esse trabalho sozinha e tentando a comunicação com as secretarias que, a princípio, não conseguiam entender direito às propostas da iminente PNH, porque antes se entendia humanização de outra forma, como se humanizar significasse abraçar as pessoas, colocar recepcionistas alegres e sorridentes nos hospitais, como se isso fosse resolutividade de serviço, embora também seja importante e interessante. Humanização não é necessariamente isso, ou não é só isso, absolutamente. A companheira Terezinha teve um trabalho hercúleo na Região Norte e foi fazendo isso junto com as secretarias, onde os coordenadores municipais e estaduais de saúde foram sendo os “consultores” da política na época e isso deu muito certo. Hoje em dia temos todos os hospitais e todas as unidades de saúde querendo implantar a Política Nacional de Humanização, porque ela está dentro de outras políticas, de outros decretos e antes não era assim. Hoje já estamos mais voltados à saúde do trabalhador, à valorização do trabalhador, além de que, hoje temos um acesso mais fácil às secretarias, que nos aceitam melhor por causa desse trabalho que a Terezinha fez. Em âmbito nacional, a gente tem repensado muito sobre a questão das diretrizes e de outros dispositivos, porque esses da política não são o bastante e nós podemos criar outros dispositivos e sempre estarmos analisando-os. Nós começamos a enxergar essa necessidade agora, mas há 10 anos não pensávamos nisso, de iniciar a comunicação com outros Ministérios – como o de Ciências e Tecnologia, Previdência Social – então está tendo uma rede, coisa que há dois anos nem pensávamos.

En(Cena) – Isso é por conta até do conhecimento que os gestores passam a ter e começam a investir mais em programas, em capacitações para os que trabalham nisso?

Alexsandra – Isso é por conta também das diretrizes do governo, como a de promover a redução de mortalidade, por exemplo. Acho que tem a ver também com o momento novo que o próprio Ministério da Saúde tem passado. E tudo isso está muito ligado à questão das políticas, das necessidades e acho que em partes há também uma cobrança da sociedade, onde as pessoas precisam estar mais ativas, procurando mais saúde, se colocando mais também. Tanto é que investimos muito nessa parte da mobilização social, do controle social, porque sabemos que isso é importante. Um Sistema Único de Saúde não vai depender só de gestores e trabalhadores, vai depender de todo mundo e o quê temos feito para isso melhorar?

En(Cena) – E o Norte como está em termos de Humanização, de Humaniza SUS (se você puder, é claro, fazer uma comparação considerando todas as questões)?

Alexsandra – Eu diria que nós estamos muito bem. Estamos muito felizes com o trabalho, porque isso reflete muito o que se tem feito coletivamente. Por exemplo, temos as parcerias com as Secretarias Estaduais de Saúde, que constituem quem coordena e ordena essa parte da política no estado. Estamos recebendo uma demanda grande das Secretarias Municipais, que nos procuram para poder trabalhar a Humanização dentro dos seus serviços. Hoje temos muito mais trabalhadores que se dizem apoiadores da PNH do que antes. E, por fim, eu acho que isso também reflete no modo que esses cinco consultores estão se organizando, no modo como eles, ou melhor, nós, trabalhamos a proposta para a região Norte em relação à PNH. Então, somos um coletivo cogestor. Temos também tem um apoio enorme da Coordenação Nacional da Política e isso dá uma liberdade para trabalhar. Eu avalio tudo isso como um trabalho muito legal e interessante, além de que, a gente tem pensando em muitas coisas para a região Norte, tudo de forma coletiva, contando com aquilo que eu falei no início de que cada estado é como um país, porque é de uma dimensão, é de uma diversidade cultural imensa. No estado do Amazonas, por exemplo, tem município que você demora trinta dias para chegar. É muito difícil imaginar uma situação desta, quando não se vive nela. É uma distância psicológica muito grande para nós. Daí você pensa em quais estratégias você pode usar para tentar levar saúde para um lugar como esse que, só para chegar, leva-se 30 dias. Então, necessita-se de um planejamento muito mais organizado, consistente e com muito mais pessoas. Acho que é por isso que a gente investe mais nessa questão das redes e da discussão conjunta.

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Política Nacional de Humanização, Amazônia e processos de produção de saúde

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O Congresso da Região Norte da Política Nacional de Humanização (PNH), realizado em Manaus em março deste ano, afirma os princípios desta política que desde 20031 vem produzindo, através de suas intervenções – em nível nacional, estadual e municipal -, transformações nos processos de produção de saúde, em especial nas formas de cuidar e de gerir. Além disso, este jeito de “fazer” está articulado com a constante transformação das formas de ser e de viver, em outras palavras, as intervenções da PNH produzem como efeito, a transformação das pessoas e das práticas, uma vez que as práticas (em qualquer setor em que elas estejam inseridas: saúde, assistência, justiça, etc.) são indissociáveis dos tipos de subjetividade que as encarnam2.

Partindo do pressuposto de que os processos de trabalho, as formas de cuidado e a produção de subjetividade são imanentes, a PNH intervém, ao mesmo tempo, na forma de produzir a clínica e a política3. As práticas produzidas pela PNH buscam, através da metodologia da humanização4, a produção de dispositivos que possibilitem a construção de um modo de incluir trabalhadores, gestores e usuários na elaboração, execução e avaliação da produção de práticas em saúde5. De acordo com Eduardo Passos6 (2012) “a feitura da humanização se realiza pela inclusão, nos espaços da gestão, do cuidado e da formação, de sujeitos e coletivos, bem como, dos analisadores (as perturbações) que estas incursões produzem”.

A experiência em Manaus (com a participação de trabalhadores, gestores e usuários) possibilitou a vivência da indissociabilidade entre clínica e política nas rodas de conversa7, nos modos de gerir (tanto a organização do evento como os analisadores8 que surgiam), no jeito de ser das pessoas e na implicação9  que as mesmas possuem com o que fazem, ou seja, produção de saúde.

Assim como a clínica e a política não estão separadas, os movimentos do homem não estão separados, de forma alguma, dos movimentos mais amplos do planeta. Em Manaus estávamos em constante articulação com outros movimentos da Amazônia – produzidos por sua imensa biodiversidade e constante transformação. O clima quente e úmido, a fauna e a flora exuberantes, a quantidade de rios, as chuvas e o nível das águas, a mistura de traços de diversas etnias da região… enfim, a floresta amazônica é um dos lugares de maior biodiversidade do planeta, um dos espaços onde há um sem número de diferentes formas de vida compartilhando um lugar comum. A variação de espécies da fauna e da flora se articula com a constante transformação da paisagem operada, em especial, através da elevação e diminuição no nível dos rios em função da quantidade de chuva.

Os movimentos dos processos de produção em saúde operados pela PNH, engendrados por um modo de inclusão das diferenças e a constante análise da produção de práticas em saúde, funcionam de forma parecida com os processos de produção da vida na floresta amazônica. Da mesma forma que na floresta a biodiversidade é imensa, no Brasil existem pessoas de todo tipo, em virtude de sua área territorial extensa e também pela diversidade cultural das diferentes regiões; assim a PNH busca em suas intervenções a produção do comum enquanto uma forma de criar articulações entre as diferenças, produzindo dispositivos que operem através das diversas formas de participação dos envolvidos nos processos de produção de saúde. Assim como a Floresta se transforma constantemente, nossa sociedade também, no entanto o que os rios produzem na floresta é o mesmo que as relações de força em nossa sociedade; relações de força enquanto poder10, conjunto de forças que em sua resultante moldam as condições de possibilidade da nossa existência. Assim como os rios moldam as condições de possibilidade da vida na floresta.

Notas:

1De acordo com a Rede HumanizaSUS http://www.redehumanizasus.net/node/2504 “A PNH existe desde 2003 e propõe mudanças para qualificar a atenção e gestão em saúde pública no Brasil, atuando em todas as políticas do SUS.”

2NEVES, Abbês Baêta; FILHO, Serafim Santos; GONÇALVES, Laura; ROSA, Mônica. Memória como cartografia e dispositivo de formação-intervenção no contexto dos cursos da Política Nacional de Humanização. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Política Nacional de Humanização. Formação e Intervenção / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

3BARROS, R. B.& PASSOS, E. (2005a). A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, p.561 – 571.

4Na Apresentação dos cadernos HumanizaSUS, Dário e Eduardo falam da dimensão metodológica da PNH, enquanto um modo de incluir gestores, trabalhadores e usuários nos processos de produção de saúde. In. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Política Nacional de Humanização. Formação e Intervenção / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

5Idem.

6Ibidem.

7Metodologia criada por Gastão Wagner de Souza com objetivo de inclusão dos sujeitos na produção dos processos de saúde, se trata de produzir “com” os sujeitos e não “para” eles. CAMPOS, G.W. Saúde Paidéia. São Paulo: HUCITEC, 2000.

8LOURAU, R. A análise Institucional. Petrópolis: Vozes, 1975.

9LOURAU, R. Implicação e sobreimplicação. In: ALTOÉ, S. (Org.). René Lourau: analista institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004, p. 186-198.

10 FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2001.

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Você conhece a Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS?

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O (En)Cena recebe equipe de coordenadores e consultores da PNH que explicam quais as diretrizes e como funciona essa importante ferramenta do trabalho em saúde.

Humanizar é preciso, mas como fazê-lo? O (En)Cena recebeu nos estúdios de rádio do CEULP/ULBRA, Terezinha Moreira, enfermeira, psicóloga e coordenadora da PNH para a região Norte; Jamison Nascimento, bacharel em educação física e consultor da PNH para o estado de Roraima e também Alexsandra Cardoso Souza, pedagoga e consultora da PNH para os estados do Tocantins e Amazonas.

Explicando a configuração da PNH e falando sobre a realidade do trabalho em rede na saúde, os três profissionais discorreram por temas que vão desde os fundamentos que criaram até as dificuldades encontradas ao percorrer o trajeto atual de consolidação da proposta de humanização. Confira abaixo a transcrição da entrevista:

(En)Cena – Terezinha, o que é a PNH?

Terezinha Moreira – É uma política destinada a fazer o aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS), é uma política pública e como nós gostamos de dizer “de todos nós”, e essa política de humanização surge no Ministério da Saúde, em 2003. Um grupo de professores doutores, mestres, chega para escrever esse texto. A construção da PNH é uma construção coletiva, ela nasce inspirada na construção coletiva no sentido de ajudar, de contribuir com a consolidação com os princípios do SUS: acesso, equidade, universalidade… E ela traz também algumas diretrizes para que nos oriente até porque o paradigma da política é algo instigante. É um paradigma ético, político, estético…

(En)Cena – O PNH é apresentado como política e não como programa, por quê?

Terezinha Moreira – O SUS está “prenho” de programas, porque eu digo isso? Porque o programa ele tem um início, um meio e um fim. Um programa, se não cumprir essas etapas ele não alcança seus objetivos, isso é o programa, a grande diferença entre um programa e a política é que a política se coloca num macro, coloca-se muitas vezes no micro, mas se coloca no macro, e uma política pública, ela surge não pela essência ou pela força de recurso financeiro, a política vem pelo nosso compromisso a política vem pelo nosso engajamento, a política vem pela nossa militância, então é algo que nós defendemos e  em que, a cada momento mais, apostamos.

(En)Cena – A PNH prevê o sujeito como protagonista, o que isso significa?

Terezinha Moreira – Essa ideia que a política traz é algo fascinante para nós, a política quando ela chega ao SUS em 2003 e diz que o SUS é para produzir e cuidar de vidas. Essa questão do protagonismo é fundamental, porque a política nos traz uma compreensão e nós trabalhamos intensamente nessa direção, na produção de sujeito. Nós precisamos estar com os trabalhadores, gestores e usuários do SUS neste sentido. De que essa condição de “assujeitamento” não contribuiu para o aprimoramento do SUS, não contribui para o seu próprio processo de vida, não contribuiu para a abrangência daquilo que o SUS tem para oferecer. Se nós trabalharmos nessa direção de produzir sujeitos, nós temos a clareza de que esses sujeitos farão o protagonismo e terão autonomia de cogerir esse sistema.

(En)Cena – A PNH tem como prerrogativas elementos objetivos: melhoria das condições de trabalho, melhoria salarial, melhoria do ambiente de trabalho. Mas ele tem como princípios também questões subjetivas, fale um pouco do que é subjetivo dentro do que a Rede Humaniza SUS também trabalha.

Terezinha Moreira – Bem… O professor Gastão Vagner é quem mais trouxe essa ideia, dizendo que uma clínica se amplia quando ela incorpora a produção subjetiva que o sujeito traz. Então o sujeito vem com uma história e nem sempre essa história tem o sentido daquilo que ele vem buscar na saúde. Então diz o professor Gastão que uma clínica que não inclui a produção subjetiva dos sujeitos é uma clínica dada ao fracasso. E é exatamente esse movimento que a Política Nacional de Humanização, e é um movimento contra hegemônico, vem produzindo para que a clínica se amplie. E o que degrada o SUS é justamente ignorar que o sujeito produz um tanto de coisa que a essa clínica organicista não dá conta, como por exemplo, a ambiência. A engenharia e a arquitetura têm que entender isso, que nós não estamos aqui para os mega hospitais e arroubos não, mas sim para criar espaços onde essa subjetividade possa se dar.

(En)Cena –  Como lidar com o paradoxo da subjetividade? Como a política traz essa visão da necessidade de olhar para a subjetividade para os médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde?

Terezinha Moreira  – É como se tivéssemos que virar profissionais da saúde pelo avesso. Em primeiro momento deve-se reconhecer que a pessoa está em sofrimento, é diferente. A humanização não nega que o sujeito adoece, o que ela preconiza é as condições que trazem adoecimento para esse sujeito. Essa compreensão que a humanização vem articulando, vem tecendo entre nós trabalhadores do SUS para que a gente possa mudar esse cotidiano. E não de forma imperativa ou prescritiva, a clínica ampliada não é clínica de prescrição é clínica, como diz a Alexsandra, de inscrição, e isso é muito forte.

(En)Cena – Jamison e Alexsandra, como é para vocês viver esse desafio, de trabalhar como consultores do SUS e lidar com a questão da humanização?

Alexsandra Souza – A gente vem experimentando de uma política né? A gente vem teorizando e construindo uma política. Eu sempre falo que na PNH a gente é consultor, mas a gente faz um movimento e aí é quase uma militância. É a partir da implicação que a gente pode ser gestor do trabalho, e a gente pode mudar o processo de trabalho dentro do serviço com uma escuta ampliada, vendo o usuário não como uma doença mas como uma pessoa que pode estar nas relações, porque os dispositivos da PNH se estabelecem nas relações, nas relações de trabalho.

Jamison Nascimento- Primeiro, é a história de falar que o SUS não foi dado, é bacana a gente perceber como que entramos nesse procedimento da instituição do SUS. A política traz a característica da militância, pois o SUS ainda tá em movimento de disputa, o que temos hoje do SUS é o que a sociedade conseguiu com essa disputa. Trazendo pra questão do trabalho e do trabalhador acho interessante falar do campo do trabalho no mundo, pois é interessante pensar em nós como sujeitos (trabalhadores) fomos conduzidos a condição de objeto, então valorizar o trabalhador é reconhecê-lo como sujeito com vontades, desejos e necessidades.

(En)Cena – Sobre os marcos que o PNH tem conseguido como está a  efetividade deles no SUS ?

Terezinha Moreira – Eu acho que a gente não tá em busca de uma conquista fácil. Eu não tenho governabilidade para reduzir filas, por exemplo. Se eu não tenho governabilidade para tratar desses problemas agudos do SUS o que eu vou fazer então para a Política Nacional de Humanização contribuir para a redução de filas? Para contribuir para que a pessoa seja acolhida no sistema? Contribuir para que ela encontre medicação? Para que ela encontre um ambiente que acolhe? O que tem na política que tem com que a gente aposte que é possível alcançar isso? A questão do SUS não é uma questão de ausência de recurso, de dinheiro. Para mim o SUS tem uma questão que é de gestão desses recursos, em toda a dimensão, para mim não se reduz fila com isso, só com dinheiro é um conjunto de ações. Falo do treinamento, é preciso “formar formadores” e isso só é possível em um espaço democrático…

(En)Cena – Imagino que é um espaço de muita tensão também, não?

Terezinha Moreira – O Jamison colocou a questão da disputa, o SUS tem que disputar. Isso é uma radicalização, o acolhimento também é uma radicalização, temos que radicalizar para acolher. Acolher é receber as pessoas, ver o que tá acontecendo com essa pessoa e quais são os recursos que necessita esse atendimento. E isso tem um atendimento, um acompanhamento e uma avaliação…

Alexsandra Souza – Acho que isso se concretiza quando a gente faz uma proposta de trabalhar em redes, a gente percebe que tem que estar conversando e dialogando com outros serviços da saúde naquela região, pois tem várias pessoas que estão imbricadas nessa rede que estão nesse processo formativo do trabalho, não é só o hospital ou o ambulatório, mas também são as organizações, os movimentos sociais, as representações, as associações…

(En)Cena – Ainda hoje é difícil verbalizar tudo isso dentro dos serviços de saúde, expor e conversar sobre isso com os profissionais?

Alexsandra Souza – É duro.

Terezinha Moreira – É difícil sim. Por que o que é que nós desejamos? É que o gestor estadual, ou municipal, enfim, os gestores pudessem acatar para suas pastas essa proposta. O que não acontece…

Jamison Nascimento – Ou não é regra.

(En)Cena – Estão aí, como a Alexsandra falou, uma série de vontades políticas de muitos atores (as diversas organizações, os movimentos sociais etc.), então a PNH é uma política que tem que lidar com muitas políticas?

Terezinha Moreira – Vou exemplificar um pouco essa dificuldade, determinadas situações exigem enfrentamentos. Nós devemos fazer o enfretamento nos campos das ideias. Quando o gestor diz pra mim: “Terezinha, humanização é filigrana” ou “humanização é utopia” ou que “dá muito trabalho e produz pouco”.

Alexsandra Souza – Ou então pedem para que peguemos as pessoas que “dão mais bom dia e coloquem pra acolher”

Terezinha Moreira – E pensam: “pronto, humanizou”. Então isso traduz a nossa dificuldade, não é nada simples. Nós temos que fazer com que esses gestores, e toda sociedade na verdade, compreendam o tipo de humanização que nos queremos. E o que queremos é um novo jeito de fazer aquilo que estamos fazendo no SUS.

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