Palmas recebe o I Fórum Tocantinense de Redução De Danos

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O objetivo é construir um espaço de diálogo coletivo para o debate das ações e estratégias para o fortalecimento da RD no Estado do Tocantins e fortalecer a política no Brasil.

O I Fórum Tocantinense de Redução de Danos, promovido pela Associação Brasileira de Redução de Danos (ABORDA), Coletivo Antimanicomial de Palmas (COLAPA) e Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS), com o apoio da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP), do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e do Conselho Regional de Psicologia 23ª Região (CRP-23), e acontecerá no dia 25 de outubro de 2019, das 8:00 às 18:00, no auditório da sede administrativa da UNITINS.

Nesse espaço, pretende-se debater a atual situação da política de Redução de Danos e Saúde Mental com a rede intersetorial da Assistência Social, Educação, Justiça e Saúde, bem como entidades não governamentais, sociedade civil, Conselhos de Classe e setores do controle social. Compreendendo o cenário de retrocessos que as políticas públicas estão vivenciando, em especial no que tange à Política de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, e as necessidades para uma construção de uma política sobre drogas humanitária que respeite os direitos humanos, a Associação Brasileira de Redução de Danos (ABORDA) vem debatendo, ao longo desse ano, os 30 anos da Redução de Danos no Brasil, seus limites e desafios.

Fonte: Divulgação

Para isso, vão se reunir instituições e atores importantes no Estado do Tocantins envolvidas com a execução da política de drogas, que executam ações de Redução de Danos e trabalham pautadas na lógica de cuidado que respeita as singularidades individuais, os direitos humanos e o exercício da cidadania, especialmente junto às populações-chave.

O objetivo é construir um espaço de diálogo coletivo para o debate das ações e estratégias para o fortalecimento da RD no Estado do Tocantins e fortalecer a política no Brasil com objetivo de minimizar os danos decorrentes do uso de drogas, diminuir o índice de contaminação pelo vírus Hiv/Aids/Hepatites Virais/Tuberculose e outras vulnerabilidades nas populações-chave (usuários e usuárias de álcool e outras drogas, pessoas vivendo com HIV, pessoas em situação de rua, pessoas em sofrimento psíquico e com transtornos mentais, trabalhadores e trabalhadoras do sexo, população periférica e outras).

Fonte: Divulgação

Para alcançar esses objetivos, o Fórum contará com uma mesa dialogada composta por representantes de instituições e movimentos sociais importantes na história da Redução de Danos no Estado, para construir uma linha do tempo da RD no Tocantins e em Palmas. No período vespertino, serão formados grupos de trabalho para discutir as dificuldades da efetivação da Redução de Danos em três eixos temáticos: Estratégias de cuidado em Redução de Danos; Redução de Danos nos espaços de Ensino e Pesquisa; Processos de gestão e garantia de direitos.

O evento é destinado aos trabalhadores, gestores, usuários e familiares das redes intersetoriais (saúde, assistência social, justiça e educação), coletivos e movimentos sociais, Conselhos de Classe, sociedade civil, Universidades e outras instituições de formação, órgãos do controle social e demais atores envolvidos na construção do cuidado pautado nos direitos humanos, respeito à liberdade individual e redução dos danos e vulnerabilidades sociais, psicológicos, biológicos.

Fonte: Divulgação

A inscrição para o evento está sendo realizada por meio do link. Os participantes receberão certificação pela Universidade Estadual do Tocantins, mediante assinatura na lista de frequência.

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Abertas inscrições para pesquisa que tratará fobia de altura com realidade virtual

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Acrofobia e Realidade Virtual são tema de Pesquisa de Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra.

A Ciência da Computação tornou-se parceira da Psicologia quanto a técnicas de enfrentamento e exposição em tratamento de fobias, possibilitando um melhor desempenho do sujeito. Como exemplo, podem-se citar as tecnologias de Realidade Virtual que facilitam a interação do indivíduo com situações reais, porém em um ambiente virtual, de modo a proporcionar às pessoas meios que permitem sentir e reagir aos estímulos fóbicos no meio virtual com mais segurança, bem como oferecer ao aplicador a possibilidade de controle dos eventos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1993) fobia é definida como um medo contínuo, irracional e desproporcional que não oferece perigo real que o indivíduo externa. O manual diagnóstico do DSM-5 define como transtornos de ansiedade aqueles cujos sintomas se caracterizam por um medo e ansiedade extrema acompanhado de perturbações comportamentais expressivas (APA, 2014).

Estímulos como lugares altos, montes, janelas, aviões, são gatilhos comuns relacionados à altura. Em situações de fobia não é necessário que o indivíduo esteja entrando em contato com o estímulo fóbico, muitas vezes só de lembrar, ouvir alguém relatar, ver uma foto ou imaginar a situação, as reações de ansiedade e medo são acionadas (BUENO et al, 2008).

A acadêmica de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ulbra, Bruna Medeiros Freitas, convida para participar da pesquisa: Avaliação da Utilização do Aplicativo de Realidade Virtual “ALTVRA” no Tratamento de Acrofobia, desenvolvida sob a orientação do professor Me. Fabiano Fagundes.

A pesquisa é parte do projeto guarda-chuva intitulado “Avaliações e intervenções em aspectos da qualidade de vida utilizando tecnologias computacionais interativas”. Neste estudo pretendemos avaliar o uso da realidade virtual no tratamento de Acrofobia, o medo de altura, a partir da ferramenta ALTVRA, dentro da técnica de dessensibilização sistemática, no contexto clínico psicoterápico.

Podem participar como voluntários da pesquisa, pessoas que percebam prejuízos decorrentes ao medo de altura, que possuam desde ansiedade, medo até fobia de altura. As respostas individuais serão manuseadas apenas pela pesquisadora e seu orientador. O resultado será amplamente divulgado, porém a identidade dos participantes será preservada, com o sigilo das respostas garantido.

O questionário de inscrição na pesquisa possui função apenas gerencial, nenhum dado pessoal ou de contato será exposto. Vale destacar que a pesquisa é acadêmica e não tem fins financeiros nem de avaliação da carreira.

Para participar clique aqui.

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‘Além da sala de aula’ e a educação cidadã

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A ação pedagógica deveria ser voltada para garantir a todos o saber e as capacidades necessárias a um domínio de todos os campos da atividade humana.

A história se passa em 1987 e apresenta uma jovem professora, mãe de dois filhos e grávida do terceiro, recentemente formada na faculdade, que acaba lecionando para crianças de rua em uma escola de abrigo sem um nome. Aos poucos vamos acompanhando a evolução e a mudança social que Stacey provoca nos alunos e naquela comunidade de pessoas sem teto. Ao chegar à escola ela se depara com um grande galpão, cheio de buracos e rachaduras, sem o mínimo de material necessário para lecionar e crianças e pais completamente desinteressados no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que só frequentam o lugar para receber abrigo e comida.

Um dos desafios relevantes que Stacey enfrente é a evasão, pois aquele é um lugar de passagem, as pessoas vêm e vão. Numa mesma sala de aula ela precisa manejar várias crianças de idades diferentes e que estão desniveladas em relação aos saberes que são esperados para a idade escolar que deveriam se encontrar. Além disso a falta de recursos é limitante para se fazer um trabalho de qualidade no local, temos como exemplo a cena em que a professora tenta aplicar uma prova na classe, mas as crianças não têm nem lápis para responder.

Quanto às variáveis familiares que mais influenciam a evasão e a repetência, nosso estudo de revisão apontou os seguintes componentes: nível socioeconômico dos pais, situação habitacional, número de filhos e o grau educacional dos pais. Deve-se ressaltar que o nível de escolarização dos pais é preditor do nível de escolarização dos filhos, ou seja, é possível prever, com considerável exatidão, a evasão escolar através da história educacional dos pais, como ressaltou Brandão (1982). Outra variável familiar de importância neste problema é a mobilidade de emprego dos pais, que mudam e rematriculam a criança em diferentes escolas, várias vezes por ano. (WECHSLER, 2008, p.149)

Fonte: encurtador.com.br/bIJT6

A relação com a família das crianças também é um problema, pois nem os pais receberam educação, para eles frequentar escola não é algo relevante e por vezes tiram as crianças da sala de aula por razões aleatórias. Stacey se vê de mãos atadas, pois sem a colaboração dos pais ela não consegue conduzir o processo. Frustrada com a situação, porém motivada pela vontade de não desistir das crianças, ela decide provocar mudanças na escola a fim de melhorar as condições de trabalho e consequentemente o aprendizado das crianças.

A instituição escolar, por sua vez, […] carece, muitas vezes, de condições mínimas para a estimulação da aprendizagem. Este fato fica bem real ao visitarmos as escolas das periferias, onde há falta de cadeiras e carteiras, vidros quebrados, água potável nem sempre acessível, inexistência de bibliotecas ou demais materiais escolares, mostrando-nos quão difícil se torna a motivação para aprender em tais condições. (WECHSLER, 2008, p.149)

Stacey passa a tirar do próprio bolso recursos financeiros para investir em materiais didáticos para a escola, se utilizando de seu tempo de folga para limpar, pintar e cuidar de sua sala de aula. Comovidos pelo interesse da professora, os demais usuários do abrigo, trabalhadores e familiares das crianças passam a colaborar com os planos de Stacey. Um senhor idoso e morador de rua passa a ser assistente de aula dela e ensina às crianças desenho, cores, pintura e arte.

Os pais passam a ser ativos no processo e ajudam as crianças com o dever de casa ao invés de passar tempo na televisão. Conforme as mudanças ocorrem, Stacey consegue chamar a atenção do representante do distrito escolar que passa e fornecer recursos para aquela escola. O filme termina com a conquista da lei “Mckinney-Vento homeless assistance” de 1987 que garante acesso a educação para crianças de rua nos Estados Unidos.

Fonte: encurtador.com.br/eioS1

Wechsler (2008) afirma que “as características e as necessidades emocionais do aluno necessitam de atenção por parte do professor e compõem a relação professor-aluno, positiva ou negativa, influenciando assim, o clima da sala de aula”; podemos entender isso a partir da relação que Stacey estabelece com os alunos da Ana, Maria e Danny. Maria passa de aluna novata à aluna assistente da professora; Ana, que tinha medo de contato físico devido a agressões que sofria, passa a ter autoconfiança, melhora sua autoestima e seus relacionamentos interpessoais, e Danny assume papel de líder na sala de aula, estimulando e incentivando os demais alunos a serem acolhedores e participarem das atividades propostas na escola. Essas mudanças refletiram também no relacionamento com os pais dos alunos, uma vez que os pais de Ana, Maria e Danny conseguiram se sentir assistidos pelas mudanças provocadas pela professora na vida das crianças.

O termo meio social, empregado pela Psicologia, restringe-se ao ambiente onde se dá o processo de socialização, ou seja, o ambiente é o ponto de chegada, e não o ponto de partida. A sociedade determina as condições de educabilidade da criança, pois ela já é socializada desde que nasce. As ações educativas, portanto, como são provenientes do meio social, impõem à criança propósitos e tarefas que não são, necessariamente, correspondentes ao desenvolvimento espontâneo da natureza humana individual. A educação é uma atividade de fora, externa à criança. Ela é, de certa forma, uma atividade forçada, que intervém no curso do desenvolvimento do indivíduo. Ao provocar a socialização entre os alunos e a comunidade com feiras de ciência e exposição dos trabalhos das crianças, Stacey estende o meio social das crianças.

A ação pedagógica deveria ser voltada para garantir a todos o saber e as capacidades necessárias a um domínio de todos os campos da atividade humana, como condição para a redução das desigualdades de origem social. Ela deve partir das condições concretas da vida da criança, considerando que a busca de saber deve ser espontânea, por um processo de descoberta. Além disso, deve haver uma Pedagogia Social que entende que há saberes universais que devem ser constantemente reavaliados face às realidades sociais, através de um processo de transmissão-assimilação-reavaliação crítica. Ao ter o primeiro contato com a sala de aula Stacey fala sobre realidades muito distantes da que as crianças vivem com familiares presos e sem recursos para terem férias de verão, por exemplo.

Conforme Libâneo (1984) é fundamental que o professor aprenda a adaptar-se ao aluno para que consiga aproximar-se do interesse, compreensão e linguagem do mesmo, sem ter que sacrificar o ato de ensinar. Posteriormente é necessário que o psicólogo trabalhe com o supervisor escolar (orientador), uma vez que este tem o papel de auxiliar o professor no seu fazer de sala de aula, por isso é necessário que ele consiga dar assistência em problemas de aprendizagem bem como adequar a proposta de conteúdos e métodos as condições socioculturais e psicológicas das crianças.

Fonte: encurtador.com.br/xyCMN

Em relação ao ensino de psicologia no contexto escolar, Libâneo (1984) destaca que, primeiramente, é necessário articular os princípios e explicações com a prática do cotidiano do professor, onde ele mesmo irá transformar seus métodos de acordo com as suas demandas. As principais problemáticas reais relacionadas ao seu dia a dia são: classes lotadas, condições desiguais de base de aprendizagem dos alunos, desmotivação, desinteresse, classes sociais diversas, problemas de comunicação, problemas de indisciplina e inadequação de programas de ensino-aprendizagem.

A visão de Freire (2001) sobre as relações entre educação e responsabilidade se inicia quando este define que ser responsável no desenvolvimento é a soma do cumprimento de deveres com o exercício de direitos. Propõe ainda que existe a necessidade de haver transformações sociais e políticas, para que estas viabilizem cada vez mais a educação voltada para a responsabilidade.

Ele define a responsabilidade como “a prática educativa progressista, libertadora, exige de seus sujeitos tem uma eticidade que falta à responsabilidade da prática educativa autoritária, dominadora”, ou seja, a educação autoritária leva em consideração apenas os aspectos éticos e interesses de determinado grupo social, não respeitando assim a individualidade de cada sujeito, suas potencialidades e o bem coletivo que a educação responsável propõe.

Logo, Freire (2001) destaca que “o educador progressista é leal à radical vocação do ser humano para a autonomia e se entrega aberto e crítico à compreensão da importância da posição de classe, de sexo e de raça para a luta de libertação”. No filme de Bleckner (2011) fica claro o papel social da professora Stacey, mesmo que muitas vezes ela tenha levado questões de sala de aula e das condições sociais dos moradores de rua para dentro de casa, ela exerceu papel de agente transformadora daquele contexto.

Fonte: encurtador.com.br/dilV0

Stacey Bess é uma autora e educadora, mais conhecida pelo livro “Nobody Don’t Love Nobody” que originou o filme; atualmente trabalha como oradora pública, defendendo os direitos educacionais das crianças carentes.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

Além Da Sala De Aula
Título Original: Beyond The Blackboard
Direção: Jeff Bleckner
Elenco: Emily Vancamp, Steve Talley, Timothy Busfield 
País:  Eua
Ano: 2011
Gênero: Drama

Referências

FREIRE, P. Política e educação: ensaios. 5. ed – São Paulo, Cortez, 2001.

LIBÂNEO, J.C. (1984). Psicologia Educacional:Uma Avaliação Crítica. In: Psicologia Social: O Homem Em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984. 220 p.

WECHSLER, Solange Muglia. Criatividade: descobrindo e encorajando. 3. ed. [s. L.]: Lamp Wechsler, 2008. 354 p.

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Pontos-chave para uma Psicologia Organizacional

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A inteligência emocional e sua importância no processo de comunicação estão relacionadas à um indivíduo emocionalmente inteligente. Este tópico é primordial no processo organizacional

Existem teorias diferentes para tentar explicar a motivação; essas teorias podem ser de dois aspectos principais: Teorias de Conteúdo e Teorias de Processo. Diferencia-se essas duas teorias da motivação do trabalho emTeorias de conteúdo’ e ‘Teorias de processo’. A primeira tenta determinar o que motiva as pessoas no trabalho ao identificar necessidades/ iniciativas e como elas são priorizadas. A partir disto buscam por tipos de incentivos ou objetivos que as pessoas querer conseguir de modo a ficarem satisfeitas e terem um bom desempenho. Já as Teorias de processo enfatizam os processos de pensamento nos quais os indivíduos se engajam quando escolhem entre diferentes caminhos quando tentam satisfazer suas necessidades.

Para entender a relação entre satisfação e motivação definimos, primeiramente, satisfação no trabalho que é o resultado da percepção dos empregados em relação a experiência de trabalho e o estado emocional prazeroso, positivo. Para que o indivíduo se encontre satisfeito e motivado é preciso que tenha um bom salário, oportunidades de promoção, uma boa supervisão, orientação, participação dentro do trabalho, bom relacionamento interpessoal com colegas, condições de trabalho favoráveis, ter suas necessidades e aspirações contempladas. Um não cumprimento destas questões pode resultar, para a empresa, uma grande rotatividade de pessoal, absenteísmo e comprometer o desempenho dos funcionários. Por isso satisfação e motivação andam juntas ao desempenho.

COMUNICAÇÃO – As habilidades de comunicação, conforme Klein et al (2006) citado por Rothmann (2017), surgem das experiências prévias do indivíduo. As principais habilidades que precisam ser desenvolvidas para uma comunicação eficaz são: escuta ativa, boa comunicação escrita e oral, a positividade e as habilidades de comunicação não verbal.

Fonte: encurtador.com.br/qCV39

A inteligência emocional e sua importância no processo de comunicação estão relacionadas à um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade e sabe lidar com suas próprias reações. Ouvir é o processo intelectual e emocional e concentra significado por trás das palavras. Então para se estabelecer um bom processo de comunicação é importante que o indivíduo consiga ouvir para decifrar a mensagens e consiga lidar com suas próprias emoções, por exemplo em uma resolução de conflitos.

LIDERANÇA- Como diferença entre as teorias do comportamento podemos citar Estudos de Harvard: Liderança de tarefa (focado nos objetivos e novas ideias), Liderança Socioemocional (Sensível às necessidades), já Estudos de Michigan: Líderes orientados para o empregado: Relação interpessoal; Interesse nas necessidades; aceitam as diferenças; Líderes orientados para a produção: Realização de tarefas; Meio para atingir um fim; Os Estudos de Ohio: Líder define e estrutura seu papel e dos subordinados buscando alcançar os objetivos. Relações de trabalho caracterizadas por confiança mútua, respeito pelos subordinados e consideração por seus sentimentos; e por fim Grade Gerencial: preocupação com a produção e preocupação com as pessoas.

Entendo que o melhor modelo de liderança seria o da teoria da troca entre líder-liderança, pois acredito que cada indivíduo é único e possui suas totalidades, então é melhor que eu me adeque a forma que cada um receba melhor uma liderança e esta liderança seja efetiva para ele do que definir um padrão apenas de liderança e fazer com que todos se submetam a ela, seja ela efetiva no processo ou não.

Fonte: encurtador.com.br/atJP9

INTEGRAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO- Através do princípio da aprendizagem, é necessário analisar antes de aplicar um programa de treinamento o contexto da empresa e dos empregados, ver se é mesmo necessário fazer um treinamento. Se for, os objetivos têm que ser claros. Deve ser analisado a identificação das necessidades de treinamento e desenvolvimento, análise organizacional, análise da pessoa, objetivos e desenvolvimento do treinamento e avaliação do programa de treinamento através de elaboração de critérios e uso de modelos de avaliação.

É necessário, ao iniciar esse processo de treinamento organizacional de modo que ele seja eficiente, identificar as necessidades, depois estabelecer objetivos, para então ver os melhores métodos. A entrada de um funcionário significa para ele uma nova etapa onde tudo será novo, as pessoas com quem ele trabalhará, os processos que cada empresa utiliza. Portanto, neste momento de mudança e incerteza para ele, é importante facilitar a sua entrada com um processo simples e direto.

Estabelecer metas clara, criando uma cultura de boas-vindas, propiciando treinamento de qualidade que selecione pessoas de cada área da empresa, com boa comunicação, para serem os anfitriões dos novos colaboradores, também se faz necessário oferecer materiais relacionados a empresa.

Fonte: encurtador.com.br/oCGW3

GESTÃO DE COMPENSAÇÃO – A diferença entre avaliação de cargo e avaliação de desempenho, define-se em sua prática. A avaliação de cargo vai levantar quais são os pré-requisitos e as atividades que o individuo que for exercer determinado cargo precisa apresentar para que seja contemplado o esperado para aquele cargo, bem como determinar o valor de determinado cargo em relação aos demais cargos em uma organização. E avaliação de desempenho é exatamente avaliar o indivíduo já exercendo o cargo para medir o que está sendo contemplado ou não por ele.

De forma objetiva, os tipos de compensação são:Adequado”: conforme estabelecido pela legislação e alinhado com o mercado de trabalho; “Justo”: baseado no valor de cargo em relação a outros cargos na empresa; “Conceder incentivos”: usando mérito e aumento; “Seguro”: capaz de atender as necessidades básicas do trabalhador; “Equilibrado”: incluindo salários, benefícios e promoções; Tendo custo compensador para a organização para organização e aceitável para o empregado.

REFERÊNCIA

ROTHMANN, Ian; COOPER, Cary L. Fundamentos De Psicologia Organizacional E Do Trabalho. 2. ed. [s. L.]: Elsevier, 2017. 530 p.

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Ação Psi Taquari – Família é pauta do 2º encontro

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Projeto é coordenado pela Prof.ª Me Lauriane Moreira

No próximo sábado (27), acontecerá o segundo encontro do Ação Psi no Taquari, proposto pelo curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra. O encontro terá como pauta a família, em que serão discutidos com os pais e responsáveis presentes, os aspectos relacionados à educação de filhos, acompanhamento na escola, trabalhos de estimulação e reforçamento de comportamentos e fortalecimento de vínculos familiares. Também será proposta uma gincana entre as crianças com o objetivo de estimular coordenação motora, motricidade, trabalho em equipe, cooperação e colaboração. Trabalhará também a importância de participar e não competir, bem como o fortalecimento de vínculos de amizade.

Fonte: Arquivo Pessoal

O encontro ocorrerá as 14h, na Escola Estadual Maria Dos Reis Alves Barros de Taquari. A mediação será realizada por acadêmicos matriculados na Ênfase em Psicologia e Processos de Prevenção e Promoção da Saúde e acadêmicos matriculados na disciplina Recreação e Lazer do curso de Educação Física.

Esse segundo encontro é uma parceria entre o projeto Ação Psi, a Escola Estadual Maria Dos Reis Alves Barros de Taquari, a professora do curso de Educação Física Marisa Armudi e o grupo de ação social “O Segredo é o Amor”. Os acadêmicos mediadores contaram com o apoio e intermédio de Gilvania que é Orientadora Educacional da escola que receberá a ação.

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Jung: os arquétipos regem o psiquismo humano

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Carl Gustav Jung nasceu em uma pequena vila na Suíça, em 26 de julho de 1875. Estudou psiquiatria, mas, após conhecer Sigmund Freud em 1907, tornou-se psicanalista e natural herdeiro de Freud. Contudo, devido a divergências teóricas eles se afastaram e nunca mais se viram. Jung fundou a Psicologia Analítica e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo.

De acordo com Jung, os arquétipos são camadas de memória herdada e compõem a totalidade da experiência humana. Para ele, os arquétipos são memórias das experiências dos primeiros ancestrais atuando como moldes no interior da psique. Utilizamos os arquétipos de forma inconsciente para organizar e compreender nossas próprias experiências, embora podemos também preencher as lacunas com detalhes de nossas vidas. É essa a subestrutura preexistente no inconsciente que permite que nós possamos compreender o que vivenciamos.

Esses arquétipos podem se misturar e imitar uns aos outros em diferentes culturas, porém cada ser possui dentro de si o modelo de cada um dos diversos arquétipos adequando-os para a sua realidade. A existência de mitos e símbolos, por exemplo, era a prova de que parte da psique humana contém ideias preservadas em uma estrutura atemporal que age como uma espécie de memória coletiva. De acordo com essa ideia, cada um de nós nasce com uma tendência inata para usar esses arquétipos para entender o mundo.

Fluxograma do pensamento de Carl Jung (MASSARO, 2012, p.104)

Jung considera a Persona como um dos arquétipos mais importantes, pois desde cedo percebeu em si a tendência de mostrar apenas uma parte de sua personalidade ao mundo exterior. Identificou também o mesmo traço em outras pessoas e notou que os seres humanos dividem suas personalidades em componentes e mostram apenas alguns deles de acordo com o meio e a situação.

O Self que apresentamos ao mundo (nossa imagem pública) é um arquétipo que Jung chamou de “Persona”. Ele acredita que o Self tem partes masculinas e femininas e é moldado para ser masculino ou feminino em sua totalidade tanto pela sociedade quanto pela biologia. Quando nos tornamos inteiramente homem ou mulher, deixamos de considerar metade de nosso potencial, embora ele ainda possa ser acessado através de arquétipos.

O Animus é o componente masculino da personalidade feminina e a Anima, os atributos femininos da psique masculina. Refere-se então a uma metade do ser que foi suprimida em nossa construção de homens e mulheres. Esses arquétipos nos ajudam a compreender a natureza do sexo oposto e por conterem um depósito de todas as impressões já produzidas por um homem ou mulher, refletem necessariamente as ideias tradicionais de masculino e feminino. O Animus representa em nossa cultura o “homem real”, que consiste em um ser musculoso, comandante e sangue frio. Já Anima aparece como uma ninfa da floresta, uma virgem e sedutora mulher.

Como existem em nosso inconsciente, os arquétipos podem afetar nosso estado de humor e nossas relações, manifestando-se como declarações sentimentais e proféticas (Anima) ou uma rígida racionalidade (Animus). Há também um arquétipo que representa a parte que não desejamos mostrar ao mundo chamada Sombra, que é o oposto da Persona. A Sombra simboliza todos os nossos pensamentos secretos ou reprimidos e os aspectos negativos de nossa personalidade. Em outras palavras, Sombra é o nosso lado negligenciado que projetamos sobre os outros, porém não necessariamente ruim. Pode simplesmente representar aspectos que optamos por suprimir por serem inaceitáveis em determinada situação.

De todos os arquétipos, o mais importante é o Verdadeiro Self. É um arquétipo central e organizador, que tenta trazer o equilíbrio dos aspectos com fim de formar um Self unificado. Para Jung, o verdadeiro objetivo da existência humana é atingir o ápice psicológico, que ele denomina de “autorrealização” através do Verdadeiro Self. Quando inteiramente compreendido, esse arquétipo é fonte de sabedoria e verdade, capaz de conectar o Self ao espiritual.

Fonte: http://twixar.me/73bK

Os arquétipos tem uma fundamental importância na interpretação dos sonhos. Jung acreditava que os sonhos constituem um diálogo entre o self consciente e o eterno (o ego e o inconsciente coletivo) e que os arquétipos atuam como símbolos dentro do sonho, facilitando o diálogo. Esses arquétipos tem significados específicos no contexto dos sonhos. Por exemplo, o arquétipo do(a) Velho(a) Sábio(a) pode ser representado no sonho pela figura de um pai, professor ou um líder espiritual, indicando aqueles que oferecem conselho, orientação e sabedoria. O arquétipo A Grande Mãe, pode aparecer na figura da mãe ou avó, representando a criadora que oferece confiança, cuidado e reconhecimento. A Criança Divina, arquétipo representante do Verdadeiro Self em sua forma mais pura, simbolizando pureza e inocência, aparecendo como um bebê ou uma criança.

REFERÊNCIA
MASSARO, Evelyn Kay. O Livro Da Psicologia. [s. L.]: Globo, 2012.

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Entendendo a Psicofarmacologia do TDAH

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A atenção define-se pelo direcionamento da consciência e estado de concentração mental sobre determinado objeto. Caracteriza-se por selecionar, organizar e filtrar as informações, é um construto importante para alcançar a compreensão dos processos perceptivos bem como as funções cognitivas de modo geral. William James, em 1890 já falava sobre o caráter seletivo dos processos psíquicos onde nossos sentidos absorvem somente os estímulos que são do nosso interesse.

Para a psicologia, a atenção é uma qualidade da percepção que funciona como uma espécie de filtro dos estímulos ambientais, avaliando quais são os mais relevantes e dotando-os de prioridade para um processamento mais profundo. Por outro lado, a atenção também é entendida como o mecanismo que controla e regula os processos cognitivos. A partir das considerações feitas por William James outros modelos teóricos envolvendo a temática da atenção foram surgindo, e tinham o objetivo de determinar o momento onde os estímulos eram selecionados.

Foi então onde surgiu as teorias de seleção inicial e seleção tardia. A primeira defende que para os que os estímulos sejam selecionados não se faz necessário uma análise completa. Já a segunda teoria acredita que se faz necessária uma análise prévia dos estímulos para que sejam selecionados e processados de forma mais aprofundada pelas áreas corticais.

Fonte: encurtador.com.br/bmuNZ

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Alterações no funcionamento de neurotransmissores, tais como a dopamina, noradrenalina e serotonina como outra explicação da possível etiologia. Além disso, está envolvido nesses casos os sistemas dopaminérgicos e noradrenergicos. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade, impulsividade.

A partir das considerações feitas por William James outros modelos teóricos envolvendo a temática da atenção foram surgindo, com o objetivo de estudar, entender e diagnosticar o TDAH:

  • Cherry desenvolveu a teoria da “Atenção Auditiva Focalizada” que defende que um indivíduo seleciona e atende aos estímulos que tem interesse, ignorando os demais estímulos que não chegam a ser processados.
  • Broadbent desenvolveu a teoria do filtro que afirmava sobre uma capacidade limitada de atenção, onde somente os estímulos relevantes eram atendidos e processados. Ela recebeu esse nome por comparar o sistema atencional a um filtro, que se abre para as informações a serem atendidas e fecha-se para as que serão ignoradas.
  • Von Wright veio para refutar a ideia defendida pelas teorias anteriores de que as informações não atendidas eram excluídas absolutamente, pois acreditava na existência de um processamento inconsciente dessas informações não atendidas.
  • Treisman declarou forte contribuição a ideia de Von Wright, ao afirmar que os estímulos não atendidos ao invés de serem totalmente excluídos passavam por um processo de redução ou atenuação, ou seja, o processo de atenuação diz respeito a redução da interferência dos estímulos irrelevantes, sendo uma espécie de mecanismo de defesa do sistema atencional para não prejudicar os estímulos atendidos.

Após todos estes estudos é que foi possível estabelecer critérios para o diagnóstico do TDAH sendo pautados em critérios clínico-comportamentais, isto é, o diagnóstico é dependente da história clínica do paciente sendo DSM V mais utilizado neste processo. O tratamento do paciente com TDAH é complexo, multidisciplinar e condicionado por uma grande quantidade de fatores. Dentre eles, destaca-se a idade, o sexo, sintomas clínicos predominantes, ambientes familiar e escolar e nível socioeconômico.

Fonte: encurtador.com.br/koNS2

Andrade e Junior indicaram que os estimulantes, certos antidepressivos e a clonidina podem ser de grande utilidade para portadores de TDAH incluindo a farmacologia no TDAH e ressaltam a eficácia do tratamento combinado nesses transtornos. Os estimulantes são as drogas mais utilizadas, sendo considerados medicações de primeira escolha para o transtorno (Barbaresi et al., 2006). Os três estimulantes mais comumente recomendados para o TDAH são as drogas d-anfetamina (Dexedrina®), metilfenidato (Ritalina ®) e pemolina (Cylert®) (Biederman et al., 2004).

No Brasil, o único estimulante encontrado no mercado é o metilfanidato. “Segundo os autores, estas drogas não melhoram somente comportamentos relacionados aos transtornos, mas também melhoram a autoestima e o raciocínio. Clinicamente, os antidepressivos tricíclicos (ADT) são indicados nos casos em que não há resposta aos estimulantes e na presença de comorbidade com transtornos de tique ou enurese.” Atualmente a atomoxetina é uma nova opção farmacológica para o tratamento do TDAH recentemente aprovada pelo Food and Drug Administration ( FDA) nos Estados Unidos.

Fonte: encurtador.com.br/abHRZ

Trata-se da primeira droga não pertencente à classe dos estimulantes, oficialmente aprovada para tratamento do TDA/H em crianças, adolescentes e adultos. Seu modo de ação se dá pela inibição seletiva da recaptura de noradrenalina e dopamina (Byamaster et al., 2002).

Referências

JAMES, William. Princípios de Psicologia. [s. L.]: Henry Holt And Company, 1890. 1393 p.

Barbaresi, W. J., Katusic, S. K., & Voigt, R. G. (2006). Autism: A review of the state of the science for pediatric primary health care clinicians. Archive of Pediatric and Adolescent Medicine, 160, 1167-1175.

Biederman, J.; Faraone, S.V.; Monuteaux, M.C.; Grossbard, J.R. – How informative are parent reports of attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms for assessing outcome in clinical trials of long-acting treatments? A pooled analysis of parents’ and teachers’ reports. Pediatrics 113(6): 1667-1671, 2004.

BYMASTER FP, ZHANG W, CARTER PA, SHAW J, CHERNET E, PHEBUS L, WONG DT AND PERRY KW. 2002. Fluoxetine, but not other selective serotonin reuptake inhibitors, increases noradrenaline and dopamine extracellular levels in the prefrontal cortex. Psychopharmacology (Berl) 160: 353-361.

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Estagiárias de Psicologia promovem atividades de Mindfulness em grupo no CAPS AD III de Palmas

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A partir destas atividades é possível trabalhar a autorregulação, a atenção no processo de respiração e promover atividade que valorizem o “aqui e agora”. 

Estagiárias de Psicologia em Processos de Prevenção e Promoção da Saúde alocadas no CAPS AD III – Centro De Atenção Psicossocial Para Usuários de Álcool e Outras Drogas do Sistema Único de Saúde De Palmas/To, promovem grupo de relaxamento “De boa na lagoa” que tem como objetivo desenvolver técnicas para diminuir comportamentos ansiogênicos que possam causar danos na vida dos usuários de álcool ou outras drogas, com queixas de estresse e ansiedade. A ação foi conduzida pelas acadêmicas Bruna Medeiros Freitas, Giseli Gonçalves e Ana Flávia Drumond, que se utilizaram de protocolos de Mindfulness.

É proposta do grupo que ao final da intervenção sejam desenvolvidas as habilidades de conhecimento acerca de atividades e comportamentos ansiosos que o usuário possa estar emitindo. Resgate das funções físicas, motoras, sociais e relacionais. Compreensão dos gatilhos que possam desencadear comportamentos ansiosos causadores de prejuízos a níveis corporais, comportamentais e sociais, podendo até resultar no uso abusivo de álcool e outras drogas. Levando em consideração os valores: protagonismo, colaboração, participação social, independência, autonomia, autoconhecimento, auto regulação.

Fonte: Arquivo Pessoal

Como parte da metodologia são utilizadas técnicas de Mindfulness, estado mental que se caracteriza pela autorregulação da atenção para a experiência presente. A partir destas atividades é possível trabalhar a autorregulação, a atenção no processo de respiração e promover atividade que valorizem o “aqui e agora”, onde os indivíduos possam levar essas práticas para seu cotidiano e reduzir danos em seu processo de auto cuidado.

A psicóloga supervisora de campo Ana Carolina Peixoto do Nascimento relata que “o trabalho que desenvolvemos no campo da saúde mental busca olhar o indivíduo como um ser constituído por múltiplos aspectos: biológico, social, psicológico, familiar, espiritual, econômico, político. Nesse sentido, no CAPS AD III, propomos estratégias que vão além dos efeitos biológicos das substâncias psicoativas no corpo, mas também a relação que esse sujeito estabelece consigo, com os outros e com o mundo.

Fonte: Arquivo Pessoal

Essa relação, muitas vezes, é perpassada por sintomas de ansiedade, estresse, nervosismo, depressão, dificuldade para lidar com as frustrações. A proposta de trabalhar com estratégias de relaxamento, Mindfulness e práticas alternativas à medicalização vêm a somar no cuidado pautado na redução de danos, uma vez que é construído para e com o sujeito, dentro das suas possibilidades e objetivos. O grupo de boa na lagoa traz a potência de trabalhar com seus participantes o autoconhecimento de si e seus fatores ansiogênicos, e práticas concretas de intervenção”.

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Conflito de gerações na organização

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Cada estágio de desenvolvimento de Erikson é marcado por um dilema social e uma tarefa a ser desenvolvida.

O artigo de Chiuzi, Peixoto e Fusari (2011) propõe um estudo comparativo entre as gerações ativas no mercado de trabalho, mais especificamente entre os 18 e 60 anos, sendo assim abrange baby boomers, geração X e Y (p.583). Frente à teoria do desenvolvimento psicossocial de Erick Erikson, os autores traçam um paralelo com as fases que cada geração está vivenciando e a realidade no mercado de trabalho, onde sua fase vai determinar o que é esperado em seu comportamento. As diferenças estão ligadas a visão de mundo, de autoridade, limites de comportamentos e valores entre outros que afetam os indivíduos diretamente e indiretamente.

“para compreender como uma geração difere da outra, é preciso que se perceba como cada uma delas forma um conjunto de crenças, valores e prioridades, ou seja, paradigmas, consequências diretas da época em que cresceram e se desenvolveram e entendê-las de um ponto de vista sociocognitivo-cultural” (CHIUZI; PEIXOTO; FUSARI, 2011, p.580)

geração Baby Boomers se caracteriza com valores de respeito e lealdade aos direitos civis, autoridades, moralidades e pela família, pois vivenciaram contextos militares e de guerra. Estas características são carregadas para dentro do ambiente de trabalho, são trabalhadores com fortes princípios éticos, com melhores trabalhos em equipe e com respeito aos comandos e autoridades. (ABRAMS, 1970 apud CHIUZI; PEIXOTO; FUSARI, 2011, p.582) Estes buscam estabilidade financeira e segurança dentro de um emprego, optando assim por trabalhar, em sua maioria, nas empresas governamentais, não tem costume de ficar mudando de emprego.

 

Fonte: encurtador.com.br/adlHV

Já a geração X vivenciou crises econômicas onde seus pais se dedicaram a trabalhar mais em detrimento da subsistência da família, vivenciaram muitos divórcios devido às longas jornadas de trabalho de seus pais, por isso buscam equilibrar o trabalho e a família. Por não querer viver o mesmo tipo de vida que seus pais tiveram, buscam uma carreira de sucesso que respeite os limites de tempo, para que assim possam desfrutar de família, filhos e amigos. Logo esta geração demanda que as organizações sejam mais flexíveis com tempo e nível de exigência no trabalho. Há recorrência de troca de emprego por mais de três vezes, sendo assim as carreiras são usadas como fonte de desenvolvimento pessoal e não de compromisso com a empresa. (CONGER, 1998 apud CHIUZI; PEIXOTO; FUSARI, 2011, p.582)

Quanto aos trabalhadores da geração Y fica a característica do imediatismo aonde querem tudo no “aqui e agora”, são impacientes por promoções, não são fiéis aos projetos da empresa, preferem trabalhar de forma informal e ter contatos de trabalho mais íntimos do que hierárquicos. (SANTANA, 2008 apud CHIUZI; PEIXOTO; FUSARI, 2011, p.582).

Cada estágio de desenvolvimento de Erikson é marcado por um dilema social e uma tarefa a ser desenvolvida. Com base no que fora discorrido no artigo, sintetizei as informações no quadro abaixo onde são demonstradas as diferenças das gerações nos contextos de trabalho.

 

BABY

BOOMERS

 

X

Y

Necessidade em passar diante seus conhecimentos, tendem a reforçar a generatividade visando à sucessão de seus trabalhadores.

Anseiam por maior comedimento entre trabalho e vida familiar.

 

Boa autoestima e apresenta dificuldades de relacionamento com as figuras de autoridade.

Buscam gerir pessoas por consenso e são preocupados com o bem-estar, com a participação e a justiça para com sua equipe.

 

Institui um compromisso de trabalho e começa efetivamente a constituição de sua família, passando a dedicar seu tempo e energia ao estabelecimento de um projeto de vida mais

produtiva, centralizando a tarefa de cuidar da próxima geração.

Tendem a ser muito curiosos, o que os faz pesquisar e buscar, por conta própria, novidades.

 

possibilidade do movimento contrário por parte de alguns em função de sentirem-se ameaçados pelos subordinados mais jovens e, muitas vezes de outra geração, e com isso optam por não dividir seus conhecimentos com receio da perda hierárquica.

Em um cenário onde o sistema capitalista praticamente força os mais velhos a serem retirados do sistema produtivo e reforça a entrada de jovens a fim de manter a própria lógica.

Os jovens precisam conhecer e vivenciar situações e informações para poderem formar opiniões e conjunto de valores ao invés de simplesmente aceitar o que seus pais ou outros membros da sociedade acreditam e pregam.

Erikson (1976) atribui uma falha na expansão de interesses do ego onde o indivíduo torna-se excessivamente preocupado consigo mesmo, ou ainda, sofre uma regressão e gera um sentimento de estagnação, tédio e invalidez.

Lógica capitalista também influencia o fenômeno do conflito geracional, não somente em sua essência (da diferença psicossocial), mas também em questões periféricas tais como as motivações dos mais jovens em conflito com as motivações dos mais velhos em questões de segurança, empregabilidade e questões financeiras.

Encontram-se no estágio de Identidade vs. Confusão.

 

Fundamental que haja uma estimulação presente, com desafios a serem encarados, através de trabalhos criativos, atividade política ou até mesmo o simples convívio com filhos e netos, mantendo-se assim envolvidos vitalmente na sociedade.

Almejam uma carreira de sucesso, mas confiam que o empenho ao trabalho deve acatar um perímetro, demarcado pelo fato de poderem desfrutar e vivenciar o relacionamento íntimo com sua família e filhos.

Geração impaciente e pouco leal à empresa para a qual trabalha.

 

Quadro elaborado a partir das informações contidas nas páginas de 584 a 589 do artigo.

REFERÊNCIA

CHIUZI, Rafael Marcus; PEIXOTO, Bruna Ribeiro Gonçalves; FUSARI, Giovanna Lorenzini. Conflito de gerações nas organizações: um fenômeno social interpretado a partir da teoria de Erik Erikson. Temas em Psicologia, São Bernardo do Campo, v. 19, n. 2, p.579-590, 2011. Cuatrimestral. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/5137/513751438018/>. Acesso em: 28 abr. 2018.

 

 

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